REICH E A PSICOLOGIA CORPORAL




INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICA DE  ANGOLA
(ISTA)









DISCÍPLINA: TEORIA DA PERSONALIDADE







TEMA





 REICH E A PSICOLOGIA CORPORAL





SUMÁRIO






O presente trabalho versa sobre o tema Reich e Psicologia Corporal, como també a teoria Psicodinâmica de Freu.
A Psicologia Corporal dedica-se a estudar as manifestações comportamentais e energéticas da mente sobre o corpo e do corpo sobre a mente. É uma abordagem humana que busca compreender todo ser vivo como uma unidade de energia que contém em si dois processos paralelos: o psiquismo (mente) e o soma (corpo). Tem por objetivo reencontrar a capacidade do ser humano de regular a sua própria energia e, por conseqüência, seus pensamentos e emoções, oferecendo a ele a oportunidade de alcançar uma vida mais saudável.

A Psicologia Corporal tem suas raízes em Wilhelm Reich (1897-1957), médico vienense e colaborador de Freud que, ao romper com a Psicanálise, criou sua própria escola, segundo a qual pensamento e emoção são indissolúveis e influenciam-se mutuamente. A partir de Reich, diversos outros pesquisadores criaram seus próprios modelos de trabalho e, alguns, sua própria escola, teoria e metodologia, mas todas elas objetivam estudar as manifestações comportamentais e energéticas da mente e do corpo.

Freud apresenta uma perspectiva psicodinâmica de personalidade em que o comportamento humano tem uma base energética ou impulsos do tipo Sexual e Agressivo. A compreensão de como as intervenções  psicoterapêuticas mudam  o  cérebro  espelha  a  constante  tensão  entre  as explicações psicológicas e biológicas do comportamento humano. A psicoterapia psicodinâmica, tem origem na teoria e conhecimento psicanalíticos, e é, acima de tudo, um modo de pensar que inclui conflitos inconscientes, falhas e distorções das estruturas intrapsíquicas, representações mentais de si próprio e dos outros,  enfatizando  a  função comunicativa (entre paciente e terapeuta) do sintoma (e do comportamento).


A Psicoterapia Corporal começa com Wilhelm Reich, médico e psicanalista, que  durante a primeira metade do século passado, passou a utilizar o corpo fisiológico do paciente, como parte integrante do seu trabalho, na clínica psicanalítica da época.
            Podemos considerar Reich, como o pai das Psicoterapias Corporais que se sucederam ao seu trabalho, tais como, a Biodinâmica de Gerda Boyesen, a Bioenergética de Alexander Lowen, a Biossíntese de David Boadella, e muitas outras que surgem e afloram nos dias atuais, como a Experiência Somática de Peter Levine, ou o TRE de David Berceli , ou o Pulsation de Aneesha Dillon, ou qualquer outra que provavelmente esteja surgindo agora em algum lugar do mundo, que nós não sabemos o nome ainda. Se as Psicoterapias Corporais tiveram a sua origem em Reich, é porque, consequentemente, beberam na fonte da Psicanálise de Sigmund Freud. Muitas delas, hoje em dia, nem prestam suas homenagens, e nem tomam mais a merecida benção ao grande mestre, Freud.

            De todos os psicanalista da época, colaboradores de Sigmund Freud, foi apenas Wilhelm Reich que defendeu essa bandeira: ir em direção ao corpo biológico –  à biologia –  na tentativa de emprestar à psicanálise um respaldo nas ciência naturais, e ao mesmo tempo, contribuir para uma visão mais integral do humano, uma integração corpo e mente. Entrava portanto, o corpo, como parte inseparável e atuante no processo terapêutico.


Sublimação é uma forma de deslocamento, sendo o mais eficaz dos mecanismos de defesa, na medida em que canaliza os impulsos libidinais para uma postura socialmente útil e aceitável.  A sublimação consistitui a adoção de um comportamento ou de um interesse que possa enobrecer comportamentos que são instintivos de raiz. Um homem pode encontrar uma válvula para seus impulsos agressivos tornando-se um lutador campeão, por exemplo.
 
Vimos que essa particular forma de identificação constitui um dos núcleos cruciais para a compreensão da melancolia; uma perturbadora constante dentre as propriedades que atravessam a história da descrição desta afecção ao longo dos séculos que nos apartam (e aproximam) da antiguidade. Acreditamos que a sombra do objeto que invade e triunfa, trespassando qualquer vestígio que houvera (ou não) do eu, predomina graças à maneira pela qual o melancólico consegue instalar em si não o objeto, mas precisamente a sua sombra. É justamente a perda que constitui o aspecto preponderante desse mecanismo.

A psicoterapia corporal reichiana é uma linha clínica da psicologia, originalmente criada por Wilhelm Reich, na qual percebe-se o ser humano como uma unidade psicossomática, em que corpo e mente formam um sistema integrado, no qual um é reflexo do outro. O corpo reflete nossas emoções da mesma forma que o que acontece no corpo também reflete em reações emocionais.

Como para muitos distúrbios orgânicos como:
. hipertensão
. asma
. dores de cabeça
. gastrite
. obesidades
. tiques
. bruxismo


Toda mobilização emocional gera uma reação corporal da mesma forma que toda reação corporal gera uma mobilização emocional. Com isso, Reich descobriu que todo distúrbio psicoemocional está associado a distúrbios corporais (anatômico-fisiológico). Tais distúrbios corporais foram denominados por Reich de couraça, devido à sua função de contenção emocional. A formação da couraça (encouraçamento) inclui alterações musculares (tensão ou flacidez), viscerais, respiratórias, circulatórias, sensoriais e hormonais.

Desta forma, a psicoterapia corporal propõe um trabalho psicoterapêutico que, unido à escuta clínica e ao trabalho verbal psicodinâmico, inclui trabalhos corporais que visam a dissolução da couraça, acompanhados da liberação de impulsos e emoções reprimidas e da elaboração dos conteúdos psíquicos associados.

Alguns trabalhos corporais da prática clínica são:
Respiração: Toda contenção emocional envolve uma contenção da respiração. Essa contenção respiratória pode ocorrer a nível torácico ou diafragmático, e a contenção pode ser da inspiração ou da expiração. Em cada caso utilizam-se técnicas próprias de desbloqueio juntamente com o trabalho das questões emocionais associadas.

Actings ou movimentos desbloqueantes: São ações corporais voluntárias repetidas, que reproduzem e ativam funções importantes no processo de contato, expressão afetiva e elaboração das questões emocionais. Existem inúmeros tipos de actings que são utilizados para o desencouraçamento de cada região do corpo.


Psicodinâmica é o estudo e teorização sistemáticos das forças psicológicas que agem sobre o comportamento humano, enfatizando a interação entre as motivações consciente e inconsciente. O conceito original de "psicodinâmica" foi desenvolvido por Sigmund Freud. Freud sugeriu que processos psicológicos são fluxos de psicoenergia num cérebro complexo, estabelecendo uma "psicodinâmica" na base da energia psicológica, que refere-se à libido.

A abordagem da psicologia conhecida como psicodinâmica não utiliza as rotas científicas usuais de explicação, em vez disso, concentra-se em pensamentos do indivíduo sobre as experiências, como eles vêem o mundo e seus relacionamentos. Sigmund Freud é considerado o fundador da abordagem psicodinâmica.

Psicodinâmica é uma alternativa deliberada de psicologia comportamental. Esta abordagem à psicologia incide sobre as unidades e centra-se nas pulsões de uma pessoa individual, especialmente as do inconsciente. Elae também se concentra nas diferentes estruturas da personalidade de alguém.

1.4- Sintese

             A teoria psicanalítica enfatiza a importância do determinismo psíquico e das pulsões inatas, o papel da mente inconsciente e a continuidade do comportamento normal e anormal. Ao discutir o conteúdo da mente, Freud distinguiu entre a mente consciente e o subconsciente (compreendendo no pré- consciente e no inconsciente).

A teoria da personalidade de Freud considera o comportamento em termos dos relacionamentos dinâmicos do Id, do Ego e do superego. Freud descreveu o desenvolvimento em termos de cinco fases psicossexuais, distinguidas por mudanças no modo de gratificação básico: oral, anal, fática, de latência e genital. Cada fase é marcada por desafios e por conflitos específicos; destes, o complexo de Édipo (na fase fálica) talvez seja o mais importante em termos do desenvolvimento posterior.


Sigismund Schlomo Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao império austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos. Aos quatro anos de idade, sua família muda-se para Viena, onde os judeus tinham melhor aceitação social e melhores perspectivas econômicas.
Desde pequeno mostrou-se brilhante aluno. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Durante os anos de faculdade, deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório fisiológico dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke. De 1876 a 1882, trabalhou com esse especialista e depois no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Concluiu o curso em 1881 e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia.

Durante vários anos trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome. Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia. Chamado de “método catártico” constituíram o ponto de partida da psicanálise. Em 1885, Freud foi nomeado professor assistente de neurologia na Universidade de Viena. Nesse mesmo ano, foi para Paris a fim de fazer um curso com o neurologista francês J. M. Charcot, mas decepcionou-se por não receber o apoio esperado. De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer.

Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá-lo em sua essência. Durante dez anos, Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da psicanálise. Em 1906, a ele juntou-se Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908 se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise. Dois anos mais tarde, o grupo fundou a Associação Internacional Psicanalítica, com sucursais em vários países.


Personalidade: é uma organização dinâmica no interior de 1 indivíduo q causa padrões de comportamento pessoais duradouros, tais como: perceber, pensar, sentir, agir, que dão às pessoas identidades diferentes. Teorias Psicodinâmicas – defendem que a personalidade se desenvolve quando os conflitos psicológicos são resolvidos, quase sempre no início da infância. Segundo FREUD, a estrutura da personalidade é formada por três instâncias, o id, o ego e o superego, descritas a seguir.


O id é o sistema original da personalidade, a matriz o qual se originam o ego e o superego. O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre ativas. Ele está diretamente relacionado à satisfação das necessidades corporais. Para Freud, ele age de acordo com o princípio do prazer.

O id não tolera aumentos de energia, que são experienciados como estados de tensão desconfortáveis. Conseqüentemente, quando o nível de tensão do organismo aumenta, como resultado ou de estimulação externa ou de excitações internamente produzidas, o id funciona de maneira a descarregar a tensão imediatamente e fazer o organismo voltar a um nível de energia confortavelmente constante e baixo. Esse princípio de redução de tensão pelo qual o id opera é chamado de princípio do prazer.

O id representa o mundo interno da realidade subjetiva, não tendo conhecimento da realidade objetiva (função do ego). Para atingir seu objetivo de satisfação, o id tem sob seu comando as ações reflexas (inatas e automáticas, como piscar e espirrar, por exemplo) e o processo primário, que envolve uma reação psicológica mais complexa. Outro exemplo é quando a pessoa está faminta.


As características do processo secundário (raciocínios maduros necessários para lidar racionalmente com o mundo exterior) estão contidas no ego, que é a segunda estrutura da personalidade freudiana e o mestre racional da personalidade. Enquanto o id obedece ao princípio do prazer, o ego obedece ao princípio da realidade. “O objetivo do princípio da realidade é evitar a descarga de tensão até ser descoberto um objeto apropriado, para a satisfação da necessidade. O ego controla o acesso à ação e decide que instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ele é a porção organizada do id, e existe para atingir os objetivos do id e não frustrá-los.


O último sistema da personalidade a se desenvolver é o superego, força moral da personalidade, obtida por meio da introjeção dos valores e padrões dos pais e da sociedade. “Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade conforme interpretados para a criança pelos pais e impostos por um sistema de recompensas e punições”.

A principal preocupação do superego é decidir se uma coisa é certa ou errada, para poder agir de acordo com os padrões morais da sociedade, desenvolvendo-se em respostas às recompensas e punições dadas pelos pais por volta dos cinco ou seis anos de idade. Para receber recompensas e evitar punições, a criança passa a orientar seu comportamento de acordo com os pais. Com isso, a criança aprende um conjunto de regras que são aceitas ou rejeitadas por seus pais, introjetando esses ensinamentos, as recompensas e castigos, tornam-se auto-administráveis.

As principais funções do superego são inibir os impulsos do id (principalmente sexuais e agressivos); persuadir o ego a substituir objetivos realistas por objetivos moralistas; buscar a perfeição. Apesar das aparentes diferenças entre o id e o ego, na verdade, o superego é como o id ao não ser racional e como o ego ao tentar exercer um extremo controle sobre os instintos. O superego não busca prazer (como o id), nem a obtenção de metas realistas (como o ego), mas apenas a perfeição moral. O id pressiona por satisfação, o ego tenta adiá-la e o superego coloca a moralidade acima de tudo.

Id, ego e superego, na verdade, são apenas nomes para vários processos psicológicos. A personalidade, normalmente, funciona como um todo e esses diferentes princípios trabalham juntos, sob a liderança do ego. O id seria o componente biológico da personalidade, o ego o componente psicológico e o superego o componente social. O ego, por ficar no meio, é pressionado pelo id, pela realidade e pelo superego e o “resultado inevitável desse confronto, quando o ego é excessivamente pressionado, é o surgimento da ansiedade”.


A ansiedade funciona como um alerta das ameaças contra o ego. Segundo Schultz, Freud descreveu a ansiedade como temor sem razão e que geralmente não podemos identificar a fonte do objeto especifico que a tenha provocado. Freud sugeriu o trauma do parto como o protótipo da ansiedade, pois o recém-nascido é bombardeado com estímulos do mundo exterior para os quais ele não está preparado e que ele não consegue se adaptar.


Sigmund Freud propôs três tipos de ansiedade: a ansiedade objetiva, a neurótica e a moral ou sentimentos de culpa. O tipo básico de ansiedade objetiva se relaciona aos medos e perigos iminentes do mundo real e tem por finalidade orientar o comportamento no sentido de proteção. A ansiedade neurótica é o medo de que os instintos saiam do controle e levem a pessoa a tomar alguma atitude em que possa ser punida.  Já a ansiedade moral é resultado do confronto id e superego, ou seja, é o medo da própria consciência. Dependendo do grau de desenvolvimento do superego, a pessoa tende a se sentir culpada quando faz ou pensa algo que contraria o código moral o qual ela foi criada.


Os mecanismos de defesa são diferentes tipos de manifestações que as defesas do ego podem apresentar, já que este não se defronta só com as pressões e solicitações do id e do superego, pois aos dois se juntam o mundo exterior e as lembranças do passado. Quando se desencadeiam situações que possam vir a provocar sentimentos de culpa ou ansiedade, de forma inconsciente, ativa-se uma série de mecanismos de defesa, a fim de proteger o ego contra uma dor psíquica iminente.


Quando um indivíduo possui grande dificuldade em reconhecer seus impulsos que os levam sentir angústia ou a lembrar-se de   acontecimentos passados traumáticos é o que chamamos de repressão. A omissão forçada e deliberada de recordações ou sentimentos é repressão. Em casos extremos, a repressão pode apagar não só a lembrança do acontecimento, mas também tudo que diz respeito ao mesmo, inclusive seu próprio nome e sua identidade, criando uma profundo esquecimento.


A negação talvez possa ser considerada o mecanismo de defesa mais ineficaz, pois se baseia em simplesmente negar os fatos acontecidos à base de mentiras que acabam se confundido e na maioria das vezes contrariando uma à outra. Um bom exemplo de negação é um garoto que, ao ser acusado de roubo, que é realmente culpado, diz não ter nada com o acontecido, ou mesmo quando a mãe, percebendo uma completa mudança de comportamento dentro de casa, alega que o filho sai para trabalhar, quando é notório que ele é usuário de drogas.


Quando a repressão de fortes impulsos é acompanhada por uma tendência contrária, sob a forma de comportamentos e sentimentos exatamente opostos às tendências reprimidas, tal tendência é chamada de formação reativa.  Uma mãe que se preocupa exageradamente com o filho pode ser reflexo de uma verdadeira hostilidade a ele. Uma pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo de um medo do oculto. Esse mecanismo de defesa mantém o impulso indesejado longe do consciente, superenfatizando o impulso oposto. É um processo psíquico que se caracteriza pela adoção de uma atitude de sentido oposto a um desejo que tenha sido recalcado, constituindo-se, então, numa reação contra ele. Muitas vezes tenta-se negar ou reprimir alguns impulsos na tentativa de defender a pessoa contra um perigo instintivo.


Projeção é o processo mental pelo qual as características que estão ligadas ao eu psíquico são gradativamente afastadas deste em direção a outros objetos e pessoas. Essas projeções tendem a deslocar-se em direção a objetos e pessoas cujas qualidades e características são mais adequadas para encaixar o material deslocado. Muitas vezes nos defendemos da angústia  gerada por fracasso, culpa ou nossos defeitos projetando a responsabilidade por esse facto em alguém ou em algo. 


Regressão é o retorno a atitudes passadas que provaram ser seguras e gratificantes, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Devaneios e memórias que se tornam recorrentes, repetitivas. Aplica-se também ao regresso a fases anteriores da sexualidade. É o processo psíquico em que o ego recua, fugindo de situações conflitivas atuais, para um estágio anterior. É o caso de alguém que depois de repetidas frustrações na área sexual, regrida, para obter satisfações, à fase oral, passando a comer em excesso.


Racionalização é uma forma de substituir por boas razões uma determinada conduta que exija explicações, de um modo geral, da parte de quem a adota. Os Psicanalistas, em tom jocoso, dizem que racionalização é uma mentira inconsciente que se põe no lugar do que se reprimiu. A pessoa amada que não quer mais você, agora tem muitos defeitos.


Também pode ser uma ideia representada por uma outra, que, emocionalmente, esteja associada à ela. É o caso de alguém que tendo tido uma experiência desagradável com um policial, reaja desdenhosamente, em relação a todos os policiais. É muito corrente nos sonhos, onde uma coisa representa outra. Também se manifesta na transferência, fazendo com que o indivíduo apresente sentimentos em relação a uma pessoa que, na verdade, lhe representa uma outra do seu passado.


A teoria do desenvolvimento psicossexual foi proposta pelo famoso psicanalista Sigmund Freud e descreveu como a personalidade era desenvolvida ao longo da infância. Embora a teoria seja bem conhecida na psicologia, é também uma das mais controversas. Então como é que esta teoria psicossexual funciona? Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida através de uma série de estágios de infância em que as energias da busca do prazer do ID tornam-se focadas em determinadas áreas erógenas. Esta energia psicossexual, ou libido , foi descrita como a força motriz por trás do comportamento.


    Faixa etária: Nascimento – 1 Ano
    Zona erógena: Boca

Durante o estágio oral, a fonte primária de interação do lactente ocorre através da boca, de modo que o enraizamento e reflexo de sucção é especialmente importante. A boca é vital para comer e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. A criança é totalmente dependente de cuidadores (que são responsáveis pela alimentação dela), e também desenvolve um sentimento de confiança e conforto através desta estimulação oral.

O conflito principal nesta fase é o processo de desmame – a criança deve tornar-se menos dependente de cuidadores. Se ocorrer a fixação nesta fase, Freud acreditava que o indivíduo teria problemas com dependência ou agressão. Fixação oral pode resultar em problemas com a bebida, comer, fumar ou roer as unhas.

→ O hábito de morder objetos e a Fixação oral na Psicologia
→ Odaxelagnia, a vontade de morder pessoas.


    Faixa Etária: 1 a 3 anos
    Zona erógena: Entranhas e controle da bexiga

Durante a fase anal, Freud acreditava que o foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O grande conflito nesta fase é o treinamento do toalete – a criança tem de aprender a controlar suas necessidades corporais. Desenvolver esse controle leva a um sentimento de realização e independência.

De acordo com Freud, o sucesso nesta fase é dependente da maneira com que os pais se aproximam no treinamento do toalete. Os pais que utilizam elogios e recompensas para usar o banheiro no momento oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as crianças a se sentir capazes e produtivas.


    Faixa etária: 3 a 6 anos
    Zona erógena: Genitais

Durante a fase fálica, o foco principal da libido é sobre os órgãos genitais. Nessa idade, as crianças também começam a descobrir as diferenças entre machos e fêmeas.
Freud também acreditava que os meninos começam a ver seus pais como rivais pelo afeto da mãe. O complexo de Édipo descreve esses sentimentos de querer possuir a mãe e o desejo de substituir o pai. No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por estes sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de castração. O termo complexo de Electra tem sido usado para descrever um conjunto semelhante de sentimentos vivenciados pelas jovens. Freud, no entanto, acredita que as meninas, em vez disso experimentam a inveja do pênis.


Complexo de édipo é um termo usado por sigmund freud em sua teoria de estágios psicossexuais do desenvolvimento para descrever os sentimentos de um menino: desejo pela mãe e ciúme e raiva em relação a seu pai. Essencialmente, um menino se sente em concorrência com o pai por posse de sua mãe. Ele vê seu pai como um rival para suas atenções e afetos. Na teoria psicanalítica, o complexo de Édipo se refere ao desejo da criança pelo envolvimento sexual com o pai do sexo oposto, especial atenção erótica de um menino para a mãe.
Freud sugeriu que o complexo de Édipo desempenha um papel importante na fase fálica do desenvolvimento psicossexual. Ele também acreditava que a conclusão desta etapa envolve a identificação com o pai do mesmo sexo, o que acabaria por levar ao desenvolvimento de uma identidade sexual madura.


Algumas coisas importantes a saber sobre o complexo de Édipo:
             De acordo com Freud, o menino deseja possuir sua mãe e substituir o seu pai, que a criança vê como um rival pelo afeto da mãe. O complexo de Édipo ocorre na fase fálica do desenvolvimento psicossexual entre as idades de três e cinco anos.
             A fase fálica serve como um ponto importante na formação da identidade sexual. A etapa análoga para as meninas é conhecida como o complexo de Electra, em que as meninas sentem desejo por seus pais e ciúme de suas mães. Freud propôs pela primeira vez o conceito de complexo de Édipo em seu livro de 1899 .A Interpretação dos Sonhos, embora ele não tenha formalmente começado a usar o termo até o ano de 1910. O termo foi nomeado por causa do personagem de Sófocles, Édipo Rei, que acidentalmente mata seu pai e se casa com sua mãe.


A fim de desenvolver um adulto bem-sucedido com uma identidade saudável, a criança deve identificar-se com o genitor do mesmo sexo, a fim de resolver o conflito do complexo de Édipo. Freud sugeriu que, enquanto o primitivo id quer eliminar o pai, o mais realista ego sabe que o pai é muito mais forte. De acordo com Freud, o menino, então experimenta o que ele chamou de angústia de castração um medo literal e figurativo. Freud acreditava que, como a criança se torna ciente das diferenças físicas entre homens e mulheres, ele assume que o pênis do sexo feminino foi removido e que seu pai também vai castrá-lo como um castigo por desejar a sua mãe.


O superego mantém o caráter do pai, quanto mais poderoso o complexo de Édipo era e quanto mais rapidamente ele sucumbiu à repressão (sob a influência de autoridade, ensino religioso, educação e leitura), mais restrita será a dominação do superego sobre o ego, mais tarde – na forma de consciência ou talvez de um sentimento inconsciente de culpa.

5-Mecanismos de defesa - Definição

Mecanismos de defesa são uma parte de nossa vida cotidiana. Mesmo se você não seja um freudiano por filosofia ou preferência de linha de estudo na psicologia, você tem que admitir que há algo a ser dito para a ideia de que todo mundo se envolve em alguma forma em auto-engano, pelo menos por algum tempo.
Vamos dar uma olhada em alguns mecanismos de defesa mais comuns. Primeiro, foi Freud, mas não Sigmund, que definiu os mecanismos de defesa. Anna Freud definiu em detalhes os mecanismos de defesa esboçados por seu pai em seu livro, “O Ego e os Mecanismos de Defesa”. Em segundo lugar, os mecanismos de defesa não são apenas uma medida de proteção inconsciente para impedi-lo de se conectar com seus desejos instintivos vorazes. Eles também vão protegê-lo da ansiedade de enfrentar suas fraquezas.
 Os principais mecanismos de defesa


Você pode considerar este o mecanismo de defesa “genérico”, porque aparece por trás de muitos dos outros. Quando você usa a negação, você simplesmente se recusa a aceitar a verdade ou a realidade de um fato ou experiência. “Não, eu sou apenas um fumante social. Da mesma forma as pessoas podem aplicar o mecanismo de defesa da negação a qualquer mau hábito que desejam se distanciar incluindo uso excessivo de álcool ou uso de drogas, compras compulsivas ou jogos de azar, e similares. “Apenas diga não”, neste caso, significa que você vai proteger a sua autoestima ao não reconhecer o seu próprio comportamento.


Um passo acima da negação no esquema de classificação genérica, a repressão envolve simplesmente esquecer de algo ruim. Você pode esquecer uma experiência desagradável, no passado, como um acidente de carro no qual você foi culpado. Você também pode usar a repressão quando você “esquecer” de fazer algo desagradável, como ir ao dentista ou ao encontro com um conhecido que você realmente não gosta.


Da repressão à regressão o “g” faz toda a diferença. Na regressão, você volta a um estado emocional infantil em que seus medos inconscientes, ansiedades, e “angústia” geral reaparecem. Na teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud, as pessoas se desenvolvem através de estágios, como o estágio oral, anal e fálico, e as estruturas básicas da personalidade são estabelecidas.





A psicologia corporal é uma área de estudo dentro da ciência psicológica na qual o individuo é considerado sob o ponto de vista energético. A energia é o equivalente a força vital que circula no organismo podendo estar em desequilíbrio.
             A teoria de Freud causou profundas mudanças no universo da Psicologia, que tinha como precursores o estruturalismo e o funcionalismo.  Lançando o conceito da dinâmica das pulsões de morte e pulsões de vida, num interminável conflito, o modelo de Freud deu uma nova dimensão ao aparelho psíquico, e expôs a fragilidade que existe entre a normalidade e a loucura.
As teorias psicodinâmicas da personalidade enfatizam a importância dos motivos, emoções e outras forças internas. Eles assumem que a personalidade se desenvolve à medida que os conflitos psicológicos são resolvidos, geralmente durante a infância. A evidência que apóia essas formulações vem principalmente de entrevistas clínicas.
Como Sigmund Freud (1856-1939) tratou seus pacientes neuróticos, ele procurou chaves para o funcionamento da personalidade humana. Também se baseou na autoobservação e nas teorias biológicas de seu tempo. Construa lentamente uma teoria chamada Psicanálise. Ele explicou a personalidade normal e anormal e descreveu como cuidar de indivíduos com problemas psicológicos. Ao longo de sua vida, Freud comparou seus pensamentos com novas observações clínicas e modificou suas opiniões em conformidade.
















HALL, Calvin S.; LINDZEY, Gardner; CAMPBEL, John B. Teorias da personalidade. 4ª Edição. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
SCHULTZ, Duane P; SCHULTZ, Sidney Ellen. Teorias da personalidade. 4ª Edição. São Paulo: Cengage Learning, 2002.
Freud, S. (1924): The dissolution of the Oedipus complex. Standard Edition, 19:172–179
Freud, S. (1949). The Ego and the id. The Hogarth Press Ltd. London.
Freud, S. (1956). On Sexuality. Penguin Books Ltd.












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