ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BENGO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
SECTOR DE HISTÓRIA
TEORIA DE HISTÓRIA
UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS EFEMÉRIDES
CASO PARTICULAR 11 DE NOVEMBRO 1975
4º Ano
Curso:
História.
Turno: Diurno.
Orientador:
Trabalho
a apresentar como requisito da segunda prova na cadeira de Teoria de História.
MAIO
DE 2017
ESCOLA
SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BENGO
DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIAS SOCIAIS
SECTOR
DE HISTÓRIA
TEORIA DE HISTÓRIA
UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS EFEMÉRIDES
CASO PARTICULAR 11 DE NOVEMBRO 1975
4º Ano
Curso:
História.
Turno: Diurno.
Trabalho
a apresentar como requisito da segunda prova na cadeira de Teoria de História
CAPITO,
MAIO DE 2017
ÍNDICE
Introdução - - ---
- - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - -- - - - - -- - - - - - -- - 01
Capítulo I
As Efimérides Que Fazem
Parte Da Memória Colectiva Do Povo Angolano
-- - -- - -04
Relevância
Científica - - - - - - - - - -- - - - - - - -- - - - - - - -
- - - - - -- - - - - - - - -- - -05
Enquadramento
Teórico - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - -
- - -- - - - - - -06
Enquadramento
Histórico - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - 06
Enquadramento
Metodológico - - - - - - - - - -
- - - - - -- - -- -- -- - - - - - - - -- - - - - 07
Capítulo II
Quadro As Lacunas Identificadas - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - -- -
- - --- - - - 07
Proposta Da Aborgem Da
Data Em Causa - - - - - - - - - - - - - - - -
- -- - - - - - - -- - - - 07
Recomendações - - - - -
- - - - - - - - - - - -- -- - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - --08
Estudo de campo - -
- -
-- -- - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - -- - - - - - - - - -- - -
- -08
Conclusão - - - - - - -
- -- - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - -
- - - - 10
Bibliografia - - - - -
- - - - - - - - - - - - -- - - - - - --
- - - - - - -- - -- - - - - - - - - - - - - -- - 11
Anexos - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- -- - - - - - -- - - - - - - -- - - - - 12
DEDICATÓRIA
De uma forma especial dedicamos este trabalho aos
nossos familiares pelo apoio e incentivo, coragem incondicional e incontestável
que têm nos concedido desde o ingresso a faculdade até o presente momento.
AGRADECIMENTO
Agradecemos primeiramente a Deus, pelo dom da vida e
força de podermos continuar com os nossos estudos com sapiência.
Aos nossos colegas que nos ajudam a ser mais nós,
com os seus conhecimentos, muitos deles oportuno á diversas situações sobre o
estudo da história.
EPÍGRAFE
“Se todas as esperanças podem ser traduzidas em um
sonho realizável e não em um pesadelo que atormente as almas dos velhos, então
terei paz e tranquilidade, então a história e os bilhões em todo mundo proclamarão
que valeu a pena sonhar e se esforçar dando a vida por um sonho realizável” .
NELSON MANDELA
SIGLAS
EUA- Estados
Unidos da América
FALA- Forças
Armadas para a Libertação de Angola
FAPLA – Forças
Armadas Populares de Libertação de Angola
FNLA- Frente
Nacional de Libertação de Angola
FRELIMO- Frente
de Libertação de Moçambique
MFA- Movimento
das Forças Armadas
MPLA- Movimento
Popular de Libertação de Angola
PAIGC- Partido
Africano de independência da Guiné e de Cabo-Verde
PIDE/DGS_
Polícia Internacional de Defesa do Estado/ Direcção Geral de Segurança
PLUAA- Partido
da Luta Unida dos Africanos de Angola
UNITA- União
Nacional para a Independência Total de Angola
UPA- União dos
Povos de Angola
UPNA- União dos
Povos do Norte de Angola
URSS- União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas
RESUMO
Angola ocupa uma área de 1.246 700 km2, incluindo a
superfície do enclave de Cabinda, durante muitos anos, viveu sob o domínio
colonial português até a independência em 1975, o primeiro português a chegar a
costa de Angola foi o explorador Diogo Cão, que desembarcou na foz do rio
Zaire, em poucos anos, o comércio de escravos marcaria a relação entre Angola e
Portugal que durou até meados do século XX, com Angola a ser a maior fonte de
mão-de-obra para as plantações no Brasil,
Entretanto na década de quarenta do século XX, a
questão da colonização das terras africanas emerge no plano internacional e
torna-se uma questão incontornável. Assim sendo, em Angola, no princípio dos
anos sessenta, três movimentos de libertação-UPA/FNLA, MPLA e
UNITA-desenvoveram uma luta contra o colonialismo português, que só terminou na
sequência do 25 de Abril de 1974.
Angola alcançou a sua independência em 11 de
Novembro de 1975, e, logo a seguir, viveu um longo período de guerra, cujo
final, após a morte de Savimbi, abriu novas perspectivas para o povo angolano,
Já em tempo de paz, tiveram lugar as segundas eleições da história, nas quais o
MPLA se sagrou vencedor.
Palavras-Chave: Colonialismo, Independência
INTRODUÇÃO
As efemérides em Angola,constituem um marco
importante para o povo angolano, sendo que cada data representa uma história
importante,toda via é necessário que o povo conheça estas datas
importantíssimas que servem como memória ou lembranças de muitos que viveram e
ouviram a falar destas importantes datas.
Este trabalho comporta uma introdução, dois
capítulos onde no capítulo-I consta as Efemérides que fazem Parte da memória
colectiva do povo angolano, relevância científica, enquadramento teórico, enquadramento
histórico, enquadramento metodológico e no capítulo II,quadro as lacunas
identificadas, proposta da abordagem da data em causa, recomendações, estudo de
campo, uma conclusão, bibliografia e no final anexos.
Primeiro fizemos um levantamento exploratório das
datas importantes de Angola, mas que o
trabalho vai cingir-se, especificamente na data referente ao 11 de
Novembro de 1975[1],
sendo um dos principais marco histórico do povo angolano, para tal confrontamos
os manuais do subsistemas do ensino geral da educação para ver como este
assunto é abordado, se existe lacunas ou não, também confrontamos outros livros
que não fazem parte do ensino geral, fizemos um enquadramento teórico e quem abordou sobre o assunto em causa;
fizemos também enquadramento histórico, metodológico e posteriormente partimos
para as recomendações, para além disso
fizemos também um estudo de caso isto na escola do Iº e IIº ciclo do ensino
secundário do município do Dande comuna da Açucareira onde fizemos algumas
entrevistas quer seja da parte do professor como têm transmitido este assunto e
como os alunos recebem esta informação para obtermos mais informações sobre a
respectiva data, e finalmente a conclusão onde poderemos aferir sobre a data em
causa quanto a sua abordagem nos manuais se está bem detalhada ou não.
a)-Objecto de
Estudo
Todo trabalho com pendor científico exige um objecto
de estudo, este que será o guia da nossa pesquisa. Nesta senda, temos como
objecto de pesquisa `` o 11 de Novembro de 1975``
b)-Campo de Acção
O nosso campo de acção para a elaboração desse
estudo, é o município do Dande comuna da Açucareira, pois que nesta região
encontramos bibliotecas e escolas bem como pesquisas na internet que
ajudaram-nos para a realização deste assunto.
c)-Objectivos
Geral: Compreender
a abordagem da independência de Angola
Específicos:
Ø Analisar
o modo de transmissão desses conhecimentos;
Ø Contextualizar
historicamente o período em causa;
Ø Identificar
as lacunas e como deveria ser abordado o assunto.
d)-Hipóteses
Sendo as hipóteses respostas antecipadas ao problema
levantado, que poderão ser ou não confirmadas no final da pesquisa, assim
sendo, formulamos as seguintes:
·
A independência de
Angola representa a luta que os nacionalistas fizeram em prol da pátria, sendo
que antes estava sob o domínio colonial português.
·
Os manuais do
subsistema do ensino geral não aprofundam com maior precisão, e isto constitui
erros gravíssimos sendo que os alunos não poderão conhecer realmente como
decorreu este processo até alcançar a independência.
·
Os professores não
abordam esta importante data com os alunos, por ser um dos últimos temas do
final do trimestre, sendo que maior parte pensa que os alunos poderão ver nas
classes vindoura.
e)-Justificativa
do Estudo
Escolhemos esta data pelo facto do assunto não está
claramente abordado isto nos manuais do subsistema do ensino geral, sendo uma
data relevante para o país deveria ser um dos principais focos nos manuais isto
é partindo dos antecedentes, o percurso ou o desencadear da guerra e a
independência propriamente dita. A data é bastante relevante como nos afirma
A finalidade da história é estudar e analisar o que
realmente aconteceu e acontece com os homens, o que com eles ocorre
concretamente, quais as transformações pelas quais passam dentro da sociedade,
sejam descontínuas, progressivas ou com rupturas. (BORGES, 1986,pp.60-84).
f)-Metodologia
A metodologia é o caminho pelo qual iremos percorrer
para alcançar os objectivos propostos. Sendo assim, para a realização deste
trabalho faremos recurso a uma metodologia qualitativa. Onde faremos o uso do
método bibliográfico para a recolha de alguns dados importantes relativo ao
tema, neste método bibliográfico faremos uso de livros, revistas científicas,
teses de mestrado e doutoramento; faremos ainda recurso ao método comparativo
para aferir a autenticidade das versões sobre o assunto.
CAPÍTULO I
AS EFEMÉRIDES QUE FAZEM
PARTE DA MEMÓRIA COLECTIVA DO POVO ANGOLANO
As efemérides que fazem parte da memória colectiva
do povo angolano são:
4 de Janeiro de
1961: foi uma revolta de camponeses nas
plantações de algodão da baixa de cassange.
A
população local era obrigada a cultivar apenas algodão, deixando de fora
produtos alimentares, em certas áreas, os 31. 652 produtores do distrito de
Malange, eram obrigados a vender a totalidade das suas colheitas a um preço
fixado pelo governo muito abaixo do mercado mundial. (PELISSIER, 2011)
4 de Fevereiro de 1961:
ataque as prisões de Luanda ou seja dá-se o início da luta armada de libertação
nacional, a guerra da independência de Angola, começou oficialmente nesta data.
A
4 de fevereiro de 1961, a primeira acção armada de impacto internacional dos
nacionalistas angolanos, o ataque as prisões em Luanda. A PIDE prendeu também,
em 1960, o médico Agostinho Neto, o padre Joaquim Pinto de Andrade entre
outros, mas transferiu-os para fora de Angola, temendo a agitação que se criara
(NETO, 1999).
15 de Março de
1961: ataque às fazendas de café e às
pequenas vilas do norte de Angola.
Neste
ataque os angolanos desejaram grandes êxitos sob o ponto de vista de o alerta
ter atingido com uma maior abrangência a comunidade internacional, que até
então parecia insensível aos legítimos anseios à independência de Angola (MASCARENHA,2010).
O
número de portugueses mortos pode ser estimado entre 200 a 300, a somarem-se
aos mestiços e aos incontáveis Bakongo, Ambundo, e Ovimbundo locais. (PELISSIER,2011)
17 de Setembro: dia
do Herói nacional, celebração do nascimento António Agostinho Neto.
4 de Abril de
2002: Considerado dia da paz, foi assinado o
acordo de paz entre as forças armadas angolanas e a facção armada do partido UNITA.
14 de abril:
dia consagrado a juventude angolana.
14
De Abril de 1968, morte do comandante José Mendes de Carvalho, mais conhecido
por Hoji-ya-Henda, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), realizou
uma assembleia no dia 23 de Marco de 1969 declarando assim em sua memória o 14
Abril como sendo dia da juventude angolana. (ENCICLOPÉDIA, 2014).
11 de Novembro
de 1975: Dia da proclamação da independência de Angola,
por ser o nosso foco começaremos por apresentar os elementos que fizeram parte
deste importante efemérides que foram:
v
Holden Roberto,
presidente da UPA/FNLA
v
António Agostinho Neto,
presidente do MPLA
v
Jonas Savimbi,
presidente da UNITA
v
Comodoro Leonel Cardoso[2]
A proclamação da independência de Angola, foi um
processo que começou de 3 a 5 de Janeiro de 1975, quando por unanimidade foi
escolhido o Dr. JomoKeniata, para, moderar mais uma vez os encontros entre dos
três movimentos, que se deslocaram para o Quênia, onde assinaram uma declaração
de particípio para a reconhecimento mútuo e como forma de plasmar regras de
cooperação para as negociações como governo português. Estas negociações
tiveram lugar em alvor, sul de Portugal de 10 a 15 de Janeiro de 1975, onde os
movimentos de libertação, isto é MPLA, FNLA e a UNITA, representado pelos
líderes Dr. António Agostinho Neto, Holder Roberto e Dr. Jonas Savimbi,
concordaram na unanimidade a formação de um governo de transição quadripartido,
com representantes dos três movimentos e um do governo português denominado
como Alto comissário. Este governo devia assegurar a direcção política e
administrativa de Angola até as eleições em Outubros e a independência de
Angola marcado para o dia 11 de Novembro de 1975.(MASCARENHAS,2010,79)
Período em que, se proclamou a independência total
de Angola em Luanda pelas 00 horas do dia 11 de novembro de 1975?
RELEVÂNCIA CIENTÍFICA
A data representa um dos principais marcos da
memória colectiva do território angolano, sendo que muitos angolanos
contribuíram para o alcance da independência total de Angola, toda via é
necessária, olharmos para a cientificidade desta data importantíssima para o
reflexo emocional de todos os elementos desta parcela de terra, facto que,
permitiu o livre arbítrio e a circulação de bens e não só.
O 11 de Novembro de 1975, tem uma enorme elevação,
isto, na memória colectiva angolana, porque constitui um marco que deu a
conhecer ao mundo que mais uma nação independente nasce por iniciativa de
intelectuais com os pés assentes no chão capazes de conduzir os seus próprios
destinos.
Os nacionalistas angolanos festejaram com muita
satisfação e gratidão no dia 11 de Novembro de 1975.(MUEKALIA
2013:78).
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
No desenrolar das consultas dos manuais dos
subsistemas do ensino geral angolano, constatamos as seguintes observações:
·
No manual da 6ª, classe
o tema em causa é abordado da seguinte forma: formação dos movimentos
nacionalista angolano, em 1961 foi formada FNLA (Frente Nacional de Libertação
de Angola), liderada por Álvaro Holden Roberto.
Em 1956 surge o partido PLUAA (Partido da Luta Unida
dos Africanos de Angola). Nesse mesmo ano circulava um documento a que foi dado
o nome de um manifesto. Apelava a criação de um amplo movimento Popular de
Angola Libertação de Angola (MPLA) isto e em 1958.
Em 1966 foi fundado o partido UNITA (União Nacional
para a independência Total de Angola). De seguida dá-se o golpe de Estado de
1975. Posteriormente foi estabelecida a data das negociações que culminaram com
os acordos de Alvor que permitiu a marcação da proclamação da independência de
Angola em 11 de Novembro de 1975.
·
No manual da 9ª classe,
TEMA 6: A Descolonização da Ásia e da África, subtema 6.3.3 A independência de
Angola primeiramente fala da formação dos movimentos, golpe de Estado, o acordo
de Alvor que estabelecia a data da independência e a formação de um governo de
transição. primeiramente fala da formação dos Movimentos de Libertação
Nacional, queda do regime Salazarista, dando sequência ao Acordo de Alvor este
que se deu no dia 10 á 15 de Janeiro de 1975, que propunha a data da
independência do País e a formação de um governo de transição, o que mais tarde
resultou numa guerra civil que perdurou até 2002.
·
No manual 11ª classe, isto
no TEMA 5: A Revolta Anti-Colonial e a
Luta de Libertação Nacional 1961-1975.o assunto foi aprofundado, abordando
primeiramente o 25 de Abril (a queda do regime Salazarista em Portugal e o fim
da guerra colonial), as colónias portuguesas esperavam que a potência colonizadora adoptasse a mesma postura.
Portugal manteve-se intransigente e em Angola os nacionalistas dão início á
luta de libertação em 4 de Fevereiro de 1961, este exemplo foi seguido pelas
colónias de Guiné-Bissau em 1963 e em Moçambique em 1964. Essas lutas de
libertação foram conduzidas por partidos nacionalista como PAIGC, no caso da
Guiné-Bissau e Cabo-Verde, a FRELIMO em Moçambique eo MPLA a FNLA e a UNITA em
Angola.
Durante a luta de libertação, os Movimentos
nacionalistas das colónias portuguesas receberam apoio de alguns africanos,
europeus e Asiáticos e de organização internacional que aceitaram estabelecer
bases de trino de transito de armamento e logística, para a formação de
técnicos e militares para obrigar o colonialismo português a conceder a
independência.
De seguida enfatiza a nova guerra e o acesso á
independência, esta intensificou-se em Luanda e no Norte, com a entrada das
forças da FNLA vinda do Zaire continuou por entre as denúncias com MPLA da
inatividade Portuguesa.
Depois de 1974 os quatro meses que se seguiram ao
acordo do alvor foram Fundamentais, este período foi aquele em que os pontos
fracos do acordo ficaram mais evidentes e os movimentos se revelaram
claramente.
Desta feita, no dia 10 de Novembro foi arreada a
bandeira Portuguesa e no dia seguinte foi proclamada a República Popular de
Angola sob a presidência de António Agostinho Neto e nesta não se encontravam
representantes Portugueses. Assim sendo a FNLA e a UNITA declarava a
independência nacional sob o nome de República Democrática de Angola.
No manual da 12ª classeTEMA 1: A África Austral no último quarto do século XX., traz uma focagem
muito restrita sobre o assunto, falando antecipadamente dos movimentos de
Libertação Nacional, e posteriormente a proclamação da independência Nacional.
Os autores dos manuais acima consultados abordam o
assunto duma forma superficial dando maior ênfase ao partido vencedor, por ser
eles do detentor e monitor de todos os sectores da vida do país, pois que, a
estes, recaem o poder de elaboração das políticas de formação de quadro a nível
nacional.
Visões de outros
autores
Estes autores pecam por não aprofundarem o assunto
detalhadamente sobre a data em causa, visto que, alguns autores apresentam
dados importantes sobre o assunto, que os manuais do subsistema de ensino geral
de Angola não apresentam sobretudo os locais da proclamação da independência,
depois do acordo qual era a recomendação que estes receberam. Nesta senda, (MUEKALIA 2013:39).
Afirma que
Antes da proclamação da independência a convivência entre os três movimentos
isto no Huambo tornou-se impossível e culminou com a expulsão do MPLA em
Setembro de 1975, dando azo a uma aliança entre a UNITA e a FNLA, desta feita,
proclamação da independência de Angola fez-se sob o ribombar de canhões num
clima de guerra total, intolerância política letal com exércitos estrangeiros a
apoiarem os seus aliados internos, claramente em rota de colisão. Nessa altura
Portugal a potência colonizadora que também enfrentava instabilidade política e
social, consequente da revolução dos Cravos, tinha perdido por completo o
controlo da situação, enquanto isso o Dr. António Agostinho Neto, proclamava a
república popular de Angola em Luanda, a UNITA e FNLA, proclamava a república
democrática de Angola no Huambo.
Após o derrube do governo em Portugal o processo de
descolonização de Angola bem como em outros territórios ultramarinos viu-se
acelerado. O governo provisório iniciou negociações com os três principais
movimentos de libertação para o período de transição de poder e o processo de
implantação de um regime democrático. (ARRAIGA
apud ASSIS E COSTA, 2010, 62).
Perante esta passividade das autoridades
Portuguesas, o MPLA[3],
senhor da capital, tinha a sua base de apoio e também tinha sido beneficiado
por Portugal e dos cubanos, proclamou a 11 de Novembro de 1975[4],
de modo unilateral, a independência da republica de Angola.
(PINTO apud ASSIS E
COSTA, 2010,64).
De igual modo no Huambo, a UNITA e a FNLA tinham
proclamado a independência da República Democrática de Angola (TALI apud ASSIS E COSTA, P.64)
Alguns estudiosos afirmam que a guerra civil em
Angola teve seu início logo após a assinatura do acordo de Alvor, ignorando os
compromissos de integrarem os seus guerrilheiros nas Forças Militares Mistas
como o acordo previa, assim sendo deram início a luta para alcançar o poder e
controlar o território. (CORREIA apud
ILONKA, 65)
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Este acto aconteceu num contexto em
que, o mundo procurava se estabilizar a luz do conflito já mais assistido (2ª
guerra mundial) e que mais tarde mergulhou-se numa tensão de guerra fria
desencadeada pela URSS e EUA. Angola, encontrava-se sob opressão colonial, que
viu-se livrenesta data, com a agitação das ondas das acusações esforçou a
proclamação de independência de Angola no clima de tensão, com a presença de
forças estrangeiras.
…o conflito interno transvazou as
fronteiras internas nacionais e continentais atraindo exército estrangeiro que
fizeram do país palco dos conflitos geoestratégicos denominados Guerra Fria (MUEKALIA, 2013,38).
O MPLA, proclamava a Independência na Capital
de Angola, com o apoio cubanos, proclamou a 11 de novembro de 1975, de modo
unilateral, a República popular de Angola,(ASSIS
E COSTA, 2010,64).
ENQUADRAMENTO
METODOLÓGICO
Sendo os métodos a forma de trabalho dos
historiadores e de outros profissionais que no desenvolvimento das suas
pesquisas se servem de um conjunto de acções teóricas ou práticas para o
alcance dos objetivos preconizados. Assim sendo, baseamo-nos em fontes
bibliográficas que ajudou-nos na elaboração deste trabalho bem como a sua
compreensão, sendo assim, através desta fonte foi possível obter muita
informação para o alcance dos seus objetivos.
Sendo que, escrever uma narrativa histórica o
profissional de história deve escrever a partir de dados concretos porque tarde
ou cedo poderemos provar se é ou não verdade aquilo que escrevemos. (CANABARROS, 2008,15).
CAPITULO II
QUADRO DAS LACUNAS
IDENTIFICADAS
Quanto as lacunas encontradas identificamos as
seguintes:
No manual da 6ª classe sendo a base, o tema em
causa, no princípio faz uma abordagem clara e concisa, mais abaixo encontramos
lacunas sobretudo o texto da proclamação da independência que encontra-se menos
visível ou seja com pouca visibilidade, sendo um período bastante agitado
sobretudo em Angola e Portugal depois do acordo de Alvor, em Angola os
acontecimentos foram decorrendo de forma.
No manual da 9ª classe: sobretudo num dos Subtemas que fala da independência de
Angola verificou-se que no início começou por abordar a formação dos
movimentos de libertação, o golpe de Estado e o acordo de Alvor. Depois disso,
partiu logo para a guerra civil em Angola o que constitui falhas,sendo um tema
de extrema importância para os estudantes e para as gerações vindouras. Pois que
no final o assunto é narrado de forma superficial, falando da guerra civil e a
ascensão de José Eduardo dos Santos.
Quanto ao manual da 11ª classe, não encontramos
lacunas, ou seja o assunto é explicado detalhadamente por fases sendo que o
autor fala primeiro da guerra de 1961, até atingir a independência propriamente
dita isto em 1975.
Ao passo que no manual da 12ª classe os autores
pecaram faz uma abordagem muito resumida sendo um nível elevado, esse assunto
tinha de ser abordado de forma detalhada isto é partindo dos antecedentes até
atingir a independência de Angola propriamente dita.
PROPOSTA DA ABORDAGEM
DA DATA EM CAUSA
Quanto ao tema em causa, data deveria ser abordada
da seguinte forma:A conjuntura saída da II Guerra Mundial;
§ Os
Momentos de Libertação;
§ Formação
dos movimentos de libertação Nacional;
§ Os
apoios;
§ As
atividades dos Movimentos e a Guerra Colonial;
§ As
acções Militares
§ O
25 de Abril de 1974 e o caso Angolano
§ O
Acordo de Alvor
§ A
independência e a guerra Civil
RECOMENDAÇÕES
Recomendamos ao INID, (Instituto Nacional de
Investigação e Desenvolvimento) sendo uma instituição máxima, que vela pela
organização de temas propostos para cada classe, que fiscalizem, os livros
devem passar por uma revisão, análise profunda antes de serem postos á
respectivas classes do ensino geral.
Sendo classes baixas, os temas devem ser bem
organizados, para uma melhor compreensão sobre o assunto.
Ainda assim salientamos que haja mais clareza,
simplicidade e aprofundamento na abordagem deste assunto.
Propomos mais palestras e debates para a divulgação
do assunto.
ESTUDO DE CAMPO
Depois de consultarmos os manuais do ensino geral da
educação bem como outros autores que abordam sobre o mesmo assunto, partimos
para uma das escolas do município do Dande comuna da Açucareira onde tivemos o
privilégio de conversar com o professor de História sobre o assunto.
Assim sendo, segundo o professor Francisco Gomes,
lecciona a cadeira de História á 7 anos, na escola 11 de Novembro e quanto ao
assunto em causa diz que sendo um dos temas que se encontra quase ao fim dos
manuais e também no programa da 9ª classe raramente os professores abordam
sobre a independência como aula propriamente dita, mas sim têm organizado
palestras onde a qual explicam que horas, dia e ano foram proclamada
independência só para os alunos terem uma noção desta data que representa para
Angola.
Ainda assim, ele recomenda como professor ir mais
afunda ou seja conhecer as reais causas que levaram o povo angolano ascender a
independência.
Também tivemos o privilégio de conversar com algumas
alunas com o objectivo de saber se realmente sabem dessa data e o que ela
representa para o povo, desta feita algumas sabiam outras não, o que constitui
problemas graveis.
3 das entrevistada a firmaram que já ouvir
dizer mas não aqui na Escola, e a outras e disse que desconhecia o assunto.
CONCLUSÃO
Ao longo da
pesquisa, concluímos que o 11 Novembro de 1975, que é a data da independência
de Angola foi um dos marcos muito importante por constituir um dos principais e
precioso ganho que o país conheceu ao longo da sua história, Em contra partida
aos nacionalistas que estivera diante das batalhas do regime português que
preservam e divulgam os acontecimentos desta data até hoje.
Por ser uma data importante e indispensável para a
historiografia angolana, o grupo pensa que, tinha de haver uma maior divulgação
deste histórico acontecimento, que é responsabilidade de todos os angolanos, em
especial aos Historiadores.
BIBLIOGRAFIA
WHEELER,
D.; PÉLISSIER, René.Hstória de Angola:Lisboa
Tinta- da- China 1ª edição de bolso: Feveiro 2011
COSTA
de Assis DilfanioIlonka, Processo Plítico
Angolano desde o início da guerra
Colonial,1ª edição Luanda 2010
MBUNGA
Honoré, Angola a segunda Revolução
Memórias da Luta pela Democracia, 4ªedição Outubro de 2013.
NSIANGENGOPedro(Coordenador),
Manual de História 6ª Classe, editora
Livraria mensagem Luanda 2010
NSIANGENGOPedro(
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Lvraria mensagem Maio de 2011
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Texto editores 1ª edição. Luanda, 2013
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Classe, Texto editores Luanda,2011.1ª edição
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,2010
MUEKALIA,
Jardo Angola A Segunda Revolução: Memria Da Luta Pela Democracia, 4 ed,
sextante editora, 2013
FONTES ORAIS
GOMES, Francisco, professor de História,
na escola primária e secundária do Iº ciclo nº 315, 11 de Novembro, 2017
Carlos, Mira,4/05/017, 15h:20m,
estudante do, na escola primária e secundária do Iº ciclo nº 315, 11 de
Novembro, 2017
Lurdes, Maria, 04/05/017, 15h:26m, na
escola primária e secundária do Iº ciclo nº 315, 11 de Novembro, 2017
BOM ANO, Cristina, 04/05/017, 15h:47m, , na
escola primária e secundária do Iº ciclo nº 315, 11 de Novembro, 2017
PAULO, J.04/05/017, 16h:05m,, na escola primária
e secundária do Iº ciclo nº 315, 11 de Novembro, 2017
[1] Esta data marca Angola por ser o dia mês e ano da Dipanda como é
apelidado.
[2]o último alto-comissário português a quem a FNLA e UNITA não
reconheciam a sua legitimidade, fez arrear a bandeira portuguesa pela última vez em Luanda, proferiu um discurso anunciando a
entrega do poder ao povo angolano.
[3] O MPLA, era um movimento que representava uma fecunda mistura das
culturas Portuguesas e angolana segundo Freitas cita por ILONKA de assis e
costa ,o processo político angolano desde o inicia da guerra colonial.
[4] Foi um médico angolano, que em 1975, se tornou o primeiro
Presidente de Angola, cargo que exerceu até 1979, data da sua morte.
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