A RELAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA

INTRODUÇÃO
            O presente trabalho visa desenvolver o tema relacção escola-comunidade de acordo com o projeto que realizamos, onde analisamos a educação, compreendendo as situações vividas nas escolas e nas salas de aula, envolvendo professores, pais e alunos. A pesquisa realizada investigou a realidade das escolas acima referida. Foi proposta uma interacção de toda a Comunidade Escolar, ou seja, professores, funcionários, pais e alunos.
            Segundo Paulo Freire, o problema da Educação esta inserido dentro dos mecanismos sociais. Não é a educação que forma a sociedade, mas a sociedade que estrutura a Educação em função dos interesses de quem tem o poder, encontra na educação um factor fundamental para a preservação desse poder.
            O objectivo dessa pesquisa foi contribuir com as discussões sobre a relacção entre as escolas envolvidas e as famílias dos alunos que estudam nas instituições. Analisamos a forma de interacção com o intuito de pensarmos em como melhorar o relacionamento entre alunos, professores e pais na escola e na comunidade visando um grupo bastante diversificado de sujeitos, concebendo e colocando em circulação a temática relacionada aos problemas que os alunos enfrentam com os pais em casa, pois muitas vezes, já chegam à escola frustrados devido às dificuldades que muitas vezes enfrentam devido à vida precária que tem que suportar.
           













CAPÍTULO I-A RELAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA
            A relacção entre a escola e a família é sobretudo nos dias de hoje, uma das mais palpitantes questões discutidas por pesquisadores e ou gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo. Este fato é evidenciado, por um lado, pelo expressivo número de pesquisas e publicações especializadas sobre o assunto, e, por outro, pela preocupação manifestada nos mais diversos fóruns de reuniões escolares a fóruns nacionais e internacionais pelos profissionais responsáveis por gerir simples unidades escolares ou complexos sistemas nacionais de ensino.
            Segundo Montandon e Perrenoud, “de uma maneira ou de outra, onipresente ou discreta, agradável ou ameaçadora, a escola faz parte da vida cotidiana de cada família”. A Relação escola- família tem trazido muitas discussões entre os intelectuais da época, pois é um fato que tem que ser discutido com muita precisão, sendo imprescindível para toda a clientela escolar.
            Todavia, é fundamental a participação da família na escola, pois ela restaura muitos pontos que muitas vezes, os educadores não conseguem fazer sozinhos. Entretanto, as condições  de vida  precária  que  é imposta à maioria da população faz com que tenhamos um
            A acção da família é, no entanto, uma acção complementar à da Escola e a ela subordinada, porque se desconfia da competência da família para bem educar; na verdade, no mais das vezes, afirma-se que a família não consegue mais educar os seus filhos. A esse respeito, o grande problema, detectado nas páginas das revistas e dos jornais, é que os pais não se interessam em particular, pela escola, pois dela estão afastadas.
            É impossível educar nas escolas quando os pais de nossos alunos são eles próprios mal-educados; por conseguinte, qualquer tentativa nossa para educar estas crianças as poriam em atrito com os pais e parentes e, por meio destes, conosco, educadores. Para termos uma sociedade educada, é preciso em primeiro lugar, educar os pais, para que esse entendimento já venha registrado desde casa, porque não é possível educar os filhos se os pais não forem educados.
            Educação não se confunde com escolarização, pois a escola não é o único lugar onde a educação acontece. A educação também se dá onde não há escolas. Em todo lugar, existem redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração para outra. Mesmo nos lugares onde não há sequer a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado, existe educação. A família, por exemplo, é o primeiro elemento social que influi na educação. Sem a família, a criança não têm condições de subsistir. Tal necessidade não é apenas de sobrevivência física, mas também psicológica, intelectual, moral e espiritual. A família, no entanto, encontra uma série de problemas, na sua missão de educar. A falta de preparo de muitos pais para exercer integralmente essa função, é o principal problema.
  1.1- A Relação Escola e Comunidade
            Os pais que apóiam os seus filhos na escola, contribuem para ela seja uma instituição bem sucedida.
            Segundo Mizukami, esse tipo de sociedade mantém um sistema de ensino baseado na educação bancária (tipologia mais aproximada do que se entende por ensino nessa abordagem), ou seja, uma educação que se caracteriza por depositar no aluno conhecimento, informações sobre os fatos, etc. Pode se afirmar que as tendências englobadas por este tipo de abordagem possuem uma visão individualista de processo educacional não possibilitando na maioria das vezes, trabalhos e cooperação nos quais o futuro cidadão possa experimentar a convergência do esforço.
            A educação e o diálogo na medida em que não é transferência do saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam as significações dos significados. Na prática o processo da educação, durante o período em que o aluno freqüenta a escola, ele se confronta com modelos que lhe puderam ser úteis no decorrer de sua vida durante e após a escola. A educação está intimamente ligada a transmissão cultural. É quase impossível de o estudante descobrir por si mesmo qualquer parte substancial da sabedoria de sua cultura.
1.2-A Escola e a Família
            De acordo com a revista Nova Escola, a escola e a família têm os mesmos objetivos, fazer a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem. Todos aprendem com essa parceria.
            Os pais, por sua vez, acusam a escola de negligente, quando não tacha o próprio filho de irresponsável. Nessa briga – nada saudável -, a única vítima é o aluno. “Família e escola devem ter princípios gerais, não negociáveis, que serviram de parâmetro para a elaboração das regras.
            O professor também não deve se sentir como único responsável pela formação de valores. Porém é fundamental considerar os que são trazidos de casa pelos estudantes e contribuir para fortalecer princípios éticos, o segredo de uma boa relacção é saber ouvir, respeitar as culturas e trabalhar junto.
            A família é o primeiro grupo com o qual a pessoa convive e seus membros para a vida. No que diz respeito à educação, se essas pessoas demonstrarem curiosidade em relação o que acontece em sala de aula e reforçarem a importância em que está sendo aprendido, estarão dando uma enorme contribuição para o sucesso de aprendizagem.
1.4-A Interação Entre Escola e Comunidade
            Para que aconteça a interacção entre a escola e a comunidade, é preciso buscar formas para que a escola esteja mais presente no dia-a-dia da comunidade e também o inverso, isto é, a escola. De modo que a escola e os estudantes e professores possam se envolver em atividades voltadas para o bem-estar de sua comunidade.
            O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais e o ambiente escolar é o espaço de atuação mais imediato para os alunos. Assim, é preciso salientar a sua importância. (Idem Nova Escola). É desejável a comunidade escolar refletir conjuntamente sobre o trabalho, sobre os objetivos que se pretende atingir e sobre as formas de conseguir, esclarecendo o papel de cada um nessa tarefa.
            Para que esse trabalho possa atingir essa amplitude, é necessário que toda a comunidade escolar assuma esses objetivos, pois eles se concretizarão em diversas ações que envolverão todos, cada um na sua função vida em sociedade façam parte, com clareza, da organização curricular, levando a ética ao centro da reflexão e do exercício da cidadania.


















CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apois uma reflexão candente sobre este tema que é de extrema importância, possamos assim concluir Encontram-se aqui reunidos os principais resultados da pesquisa que realizamos e, que demonstram algumas implicações quanto à relação escola e comunidade.
Dadas as limitações que cercam esta pesquisa, as considerações finais são necessariamente parciais e, provavelmente polêmicas, representando antes de tudo, linhas de reflexão.
A comunidade-escola em seu currículo, sendo que a maioria de seus alunos possui uma realidade diversificada de outras já vistas no cotidiano escolar. Que a participação dos pais na escola é de vital importância, porque sem a participação deles, o desempenho escolar seria um fracasso, por que precisa caminhar paralelamente com parcerias entre professores/pais/alunos, levando-se em conta a comunicação que é a melhor forma de interagirmos com a comunidade.
A comunidade escolar precisa conhecer as condições de vida do aluno, pois só assim poderá atingir seus objetivos.















REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Currículo, Cultura e Sociedade. (Orgs.) MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. Tradução de Maria Aparecida Baptista – 8 ed. – São Paulo, Cortez, 2005
FREIRE, P. e ILLICH, I. Diálogo. Buenos Aires, Búsqueda, 1975
MENGA, Ludke Marli E. D. André
Revista Nova Escola. www.novaescola.org.br junho/julho de 2006
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/Secretaria de Educação Fundamental.- Brasília: MEC/SEE, 1998
PAREDES, Eugênia Coelho. Org. Fascículo III. Psicologia da Aprendizagem. Cuiabá: EDUFMT, 2006.
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 14ª ed. São Paulo, 1991








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