MOTIVAÇÃO DA AULA COMO CAUSA DE SUCESSO ESCOLAR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.


 




REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
AJUDA DE DESENVOLVIMENTO DE POVO PARA POVO
ESCOLA DE MAGISTÉRIO PRIMÁRIA A.D.P.P – BENGO









TEMA:


MOTIVAÇÃO DA AULA COMO CAUSA DE SUCESSO ESCOLAR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.









NOME: ROBERTO JOÃO SALDANHA














CAXITO – 2018
ESCOLA DE MAGISTÉRIO PRIMÁRIA A.D.P.P – BENGO











TEMA:
 MOTIVAÇÃO DA AULA COMO CAUSA DE SUCESSO ESCOLAR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.







NOME: ROBERTO JOÃO SALDANHA








Trabalho final do Curso de Psicopedagógico apresentado na E.P.F como um dos requisitos parciais para a obtenção do grau de Professor médio para ensino primário,








CAXITO – 2018
AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus, pelo dom da vida que me concedeu. Os meus profundos agradecimentos, porque nada do que aconteceu na minha vida seria possível sem a sua vontade, Senhora da minha vida.

 Todos detentores do saber em Angola e no mundo em geral. Aos meus pais Fortunato José, Joaquina António João, Mário José, Nelson José, Alzira José, aos irmãos Alfredo José, Júnero José, Maria Helena José, Márcia José, e Margarida José, pelo afecto e carinho que sempre me ofereceram incansavelmente.

Aos meus tios: Jorge António, João António, André António, Paulino António e Augusto António.

Não esquecer de lado o meu pai, por estar comigo em todos os momentos, por apostar na minha formação. Ao grande Professor Artur Domingos, por me dar forças em todos os momentos ruins ensinou-me a ter esperança e fé.

Também agradeço ao directo da escola do Kiage pela força, coragem e o apoio que forneceu-me durante o período de estágio.

Os meus profundos agradecimentos.
















DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais que me apoiaram nos momentos mais difíceis da minha vida; aos meus filhos Ventura Francisco, Fortunato Francisco, Adriano Francisco, Mário Francisco e Taniclenio José Domingos, especialmente a toda a minha família em geral, a minha esposa Eva Francisco Domingos. Ao meu tio Miguel Bambe, pelo apoio e crítica construtiva para a realização do presente trabalho.


































RESUMO

A motivação é vista como meio para conseguir êxito, como tal, o aluno precisa de sentir em casa e na escola um ambiente de gosto e aceitação de conhecimento e respostas aos seus interesses curriculares. Os pais devem colaborar ou seja mostrar os caminhos positivos e de bem-estar dos filhos.

Sendo a motivação o elemento importante para uma aprendizagem eficaz, entendemos que se deve congregar um grande espaço no sentido de haver métodos eficientes para promover os índices motivacionais quer a nível dos alunos, assim como dos professores; porque os mesmos constituem a face da educação. Durante a nossa investigação notamos uma crescente desatenção no modo como os professores ministram as suas aulas.

O objectivo é de efectivamente elaborar um conjunto de indicadores que possam com efeito favorecer o modo de ensinamento, porque vimos que quando mais o aluno estiver motivado mais secesso teremos no processo de aprendizagem.


Palavra – chave: Educação, Motivação, Alunos Ensino e Aprendizagem.















SUMÁRIO








O presente trabalho realizou-se ma Província do Bengo, Município do Buala-Atumba, na Comuna do Kiage. que a sua população sobrevive dependentemente da agricultura e da caça. e segundo o censo 2014, do INE/Angola, a sua população estima-se em 250 habitantes, onde a maioria percentagem é do género feminino. a sua língua local é Kicongo e o Município em que está situado o mesmo bairro limita-se geograficamente da seguinte maneira:

A comuna do Kiaje esta constituído por 13 bairros e é limitada a norte com a comuna de Terreiro, e ao este com a comum da Aldeia Nova, e ao oeste com a Comuna do Koxi.

A componente sinofre, visa essencialmente estudar um problema queira de natureza social comportamental, intelectual, ou moral que afecta negativamente o processo de ensino e aprendizagem.

O problema a ser estudado centra-se na dificuldade da motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, que afectam não só a turma da 1ª Classe, mas sim a própria escola, assim sendo, eu como professor tenho em simultânea identificar estratégias para se inverter o quadro do mal para o bem e ultrapassar tais situações. este trabalho denominado simples, é uma síntese do currículo das escolas de formação de professor do futuro, que tem como objectivo trazer a realidade mais próxima dos problemas que afectam negativamente a escola onde o finalista de encontrou durante o seu período de estagio sobre todos os problemas que afectam o processo de ensino e aprendizagem.

A educação é uma das mais nobres actividades do homem, pois, existe uma grande relação entre os níveis educacionais de um povo e o bem-estar social. Porém, sem a educação de qualidade não há desenvolvimento sustentado nem democrácia, é por isso que a qualidade na mesma é uma questão importantíssimo nas sociedades contemporânea. Num mundo globalizado marcado pela inovação tecnológica, pois que não pode haver professor mal formado ou desmotivado. O presente estudo fala a cerca da motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem.
Trata-se, pois, de um estudo de natureza comparativo, visto que foi realizado entre a escola primária e o Iº Ciclo nº 240, Município do Bula-Atumba, Comuna do Kiage, cuja finaldade é a de compreender a importância que a motivação carreta no processo de ensino –aprendizagem. Com efeito, pretendemos buscar fundamentos teóricos para justamente sustentar a ideia ora levantada,

Como sabemos, a motivação depende em grande parte da integração entre os factores internos e externos no sentido de se preparar o individuo para uma aprendizagem mais eficiente, dinamica, participativa, integradora e activa. Com base aos criterios emanada pelo Ministério da Educação. No entanto, a motivação sempre existiu desde os tempos mais remotos como elemento catalizador para alcance dos bons resultados no processo docente-educativo.

Portanto, a motivação é um assunto bastante interessante no processo de ensino-aprendizagem, precisamos de congregar maior esforço e incentivar os docentes que fazem o pouco uso da mesma.

Com efeito, o nosso trabalho está estruturado por quatro Capítulos, sendo que, o primeiro capítulo refere-se da problemática que serviu de base para a identificação de questões científicas, a justificação, limitação, delimitação, hipoteses, formulação dos objectivos do estudo.

No segundo capítulo realçamos sobre a fundamentação teórica através dos seguintes subtemas: Conceitos de motivação da aula, a reflexão sobre o papel do professor, a importancia da motivação e alguns aspectos influeneciadores da motivação.

Finalmente no último capítulo falamos a cerca da metodologia e a interpretação dos dados obtidos através dos instrumentos de colectas de dados. Assim sendo, pensamos que é um estudo bastante pertinente visto que incentiva cada vez mais o quadro docente em realizar as suas actividades com maior eficácia.








Na escola primária que se situa na Província do Bengo, Município do Bula-Atumba, na Comuna do Kiage, concretamente na Sede, tem assistido vários problemas que afectam negativamente o processo de ensino e aprendizagem. Tendo em conta as dificuldades que se encontrava na aquela escola, sobre a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem. Houve então a necessidade de criar métodos para melhorar estes fenómenos. É realizado na escola nº 240, Vicente de Almeida.

O mesmo trabalho tem como objectivo principal melhorar o uso da motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem na escola do Kiage.

No presente estudo, pretendemos apresentar reflexões que dizem respeito a motivação na sala de aula por parte do professor, no sentido de suscitar e levar o aluno a uma aprendizagem eficaz.

Lamentavelmente, constatamos que, hoje em dia a escola está praticamente doente, porque diariamente verificamos o desinteresse dos alunos em frequentar as aulas, a antipatia que tem por esta ou por aquela disciplina, a indisciplina na sala de aula, o elevado número de alunos fracassados, e até mesmo o insucesso escolar.

Para sairmos desta situação, pensamos que é preciso um esforço conjunto de todos os agentes educativos, através de um profundo esforço imaginativo, criativo e racional sobre os meios técnicos e humanos para a escola poder cumprir com a sua grande missão que é a de educar.

Com relação a esta situação formulou-se o problema científico como: desenvolver a motivação na aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino-aprendizagem na escola Primária e do I Ciclo nº 240, no Município do Bula-Atumba, na Comuna do Kiage.



São vários as vantagens da motivação. A motivação é um factor primordial e fundamental e contribui directamente no interesse, não só pelas diversas disciplinas administradas durante as aulas e em cada ano lectivo, mas também desperta e contribui na formação da personalidade, tendo como uma das virtudes o optimismo. A motivação é acima de tudo a alavanca, o trompolim para a realização de todo e qualquer acto quer seja pessoal ou colectivo, académico ou profissional, em suma, em todas as dimensões da vida. Dizer que a razão do interesse pelo tema, reside essencialmente no facto do mesmo ser a base fundamental de todo o processo de ensino aprendizagem, e exercer um papel primordial no aprendizado do aluno.

Tendo em atenção o Universo de factores que concorrem para o inverso da motivação, e porque, as consequências são nefastas, também despertou-nos maior interesse na dissertação do tema. Dentre esses factores podemos destacar os seguintes: falta de incentivo do professor, dos pais e encarregados de educação, mau ambiente escolar e falta de bom relacionamento entre os colegas na escola, desintegração familiar motivada pela separação dos progenitores, fraco nível de escolaridade dos pais ou encarregados de educação, a influência negativa dos colegas ou dos amigos no meio circundante.

Com base nesses fundamentos, sendo a motivação o elemento essencial e fundamental, nos prepusemos a falara do tema no sentido de partilharmos, sugerirmos e contribuirmos com o nosso saber na melhoria das condições que direitamente estão associadas a este grande bem intrinsecamente ligado ao aluno, professor ou seja, numa tripla responsabilidade de tarefas consubstanciadas em família-aluno-escola e seus respectivos agentes.

Considerando a educação como o processo que visa o desenvolvimento harmonioso do homem nos seus aspectos intelectuais, moral e cívico a sua inserção na sociedade, como estudante em pedagogia e futuros professores, estamos profundamente preocupados com o futuro da educação e escola. Dai a razão da escola dessa temática, porque acreditamos que a motivação é um dos principais instrumentos para o sucesso educativo.

Com esta investigação, queremos contribuir da forma positiva na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, que visa educar, ensinar, e transformar o homem novo capaz de criar coisas novas, transformando a sociedade num espaço justo e mais humano. Certamente a esta missão muito depende da personalidade motivada do professor na sala de aula, que vai ser o embaixador na transmissão de conhecimentos a este aluno. Por isso, acreditamos nós, que para a escola alcançar o seu objectivo que é a perfeição do homem, é preciso acreditar na educação e nos seus profissionais.



Fundamentar alguns aspectos teóricos e práticos relacionados com a motivação da aula, como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, na Escola Primária e do I Ciclo nº 240 no Município do Bula-Atumba na Comuna do Kiage.

Um primeiro objectivo, realizar um estudo teórico para sistematizar os conhecimentos científicos que existe a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem.

Um segundo objectivo, diagnosticar o estado actual da motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem na escola Primária e do I Ciclo nº 240 – Kiage, Município do Bula-Atumba.

Um terceiro objectivo, realizar um estudo comparativo entre a escola primária e do Iº Ciclo nº 240, Município do Bula-Atumba na Comuna do Kiage.

Um quarto objectivo, contribuir com algumas recomendações metodológicas para melhorar a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem na escola primária e do Iº Ciclo nº 240 – Kiage, Município do Bula-Atumba.






Segundo Marcone e Locato (2002 P, 121 a 122) afirmam que as hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisora para o problema de pesquisa. Como isso deu-se enfase as possíveis respostas.

A motivação do aluno na sala de aula depende de factores como de que estão intrinsecamente ligados ao estado de espírito do mesmo. Por esta razão, directa ou indirectamente, agravada a pobreza reinante no seio da família, muitos alunos vão a escola sem tomarem se quer uma refeição; a falta de merenda escolar, contribui na ausência de motivação do aluno no processo de ensino – aprendizagem.

1-      Um aluno que vive insolado da família, e que tem fuga paternidade ou que vive num meio restrito. A falta de incentivo por parte dos pais e encarregados de educação, a mudança constante de residência, os conflitos constantes das famílias, esta criança, por sua vez não se encontra motivada em aprender.
2-      Outo factor, é a ausência de planeamento das aulas por parte dos professores e a sua ausência do conhecimento da vida social do aluno.
3-      Desde que educador se apaixone e torne da arte de ensinar a sua companheira predilecta, permite que seja o espelho, guia para os seus educandos sendo que a atitude do educador pode influenciar de forma positiva ou negativa da motivação do aluno no processo de ensino e aprendizagem.
4-      O meio ambiente em que o aluno estiver envolvido e a falta de relações positiva entre a família e a escola.

















1.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS

1.1.1 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO

Segundo Piletti (2010, p. 238), “a motivação, consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar aprendizagem mais eficaz”.

Para Feijó (2008,p.53), “a motivação humana, é um conjunto de condições responsáveis pela variação na intensidade, qualidade e Direcção do comportamento.

Pintricch (2000, p.133), diz que no contexto educacional, a motivação dos alunos é um importante desafio que nós devemos confrontar, pois tem implicações directas na qualidade do envolvimento do aluno com o processo de ensino-aprendizagem.

O aluno motivado procura novos conhecimentos e oportunidades, evidenciando envolvimento com o processo de aprendizagem, participa nas tarefas com entusiasmo e revela disposição para novos desafios. ALCARÁ e GUIMARÃES (2007 p.177-178).

A motivação do aluno é uma variável relevante do processo de ensino-aprendizagem, visto que, o rendimento escolar pode ser explicado unicamente por conceito como inteligência, contexto familiar e condição sócio-economica. MURRAI (1986, p.20).

De acordo com Pfrom (1987 p. 20), a motivação representa um facto interno que dá uma energia interna, dirige e integra o comportamento de uma pessoa.

Garrido (1990 p.20), a motivação é um processo psicológico, uma força que tem origem no interior do individuo e que impulsiona uma acção.

Segundo Balancho e Coelho (1996, p.17). A motivação é tudo o que desperta, dirige a conduta com efeito, é tida como um elemento fundamental no uso de recurso do individuo, de modo á se alcançar um objectivo. Esta característica reforça a justificação da importância que é atribuída á motivação na aprendizagem escolar. Por esse motivo, os autores sublinham que através da motivação, consegue-se que o aluno encontre razão para aprender, para melhorar, descobrir e rentabilizar competências.

Pintrich e Schunk (2002, p. 133), a motivação é um factor primordial no desempenho académico dos alunos.

A motivação é um processo, que pode ser inferida a partir de determinados comportamentos. É conhecimento como um factor central para o desenvolvimento pessoal e académico dos alunos, pós, os problemas motivacionais, porem, podem comprometer gravemente aprendizagem dos alunos. MARINI (2008. P. 479-480).

Devis (2009 p. 135) alude que a motivação é caracterizada por uma seleção cuidada das estratégias de acção. Insistindo na actividade até que os Objectivos definidos sejam alcançados.

Buruchuvitch (2009 p.137) destaca a necessidade de transformar a sala de aula num ambiente afável, activando no aluno o sentimento de pertença. É essencial que o professor construa um ambiente onde o aluno se sinta integrado. Vejam legitimadas as suas dúvidas e os pedidos de ajuda. Concretamente, a motivação não é somente uma característica própria do aluno, é também mediada pelo professor, pelo ambiente da sala de aula e pela cultura da escola. Visto que as distintas formas de promover a motivação, é que o próprio professor seja um modelo de pessoa motivada para que o aluno aprenda.
Segundo Vigostski (2003 p.137) Diz que o processo de aprendizagem pode ser definido na forma que os alunos adquirem conhecimento, desenvolvem competência e modificam o comportamento, é uma mudança relactivamente estável do comportamento, de uma maneira mais ou menos constante, conseguida pela experiencia, observação e pela pratica motivada.
A movimentação humana é observada desde terna idade sob diferentes formas. Ex: O bebe que busca a satisfação de sua fome, somada aos aconchego de um colo quente e acolhedor, demostra, ao sugar o peito ou uma mamadeira, possuir motivação de sobra, através, de seu instinto e da fisiologia que lhe cobra a nutrição e os afectos expressos pelo choro, por vezes intenso e fortes, e os movimentos mais bruscos de braços e pernas. Faz com que cujo desenvolvimento de locomoção e manipulação de objeto, vê-se outras possibilidades inerentes ao tipo de motivação na criança. No brincar, especial circunstância do quotidiano infantil, encontra-se rica fonte de informação acerca de seu mundo interno nas suas emoções e pensamentos, (ibidem).

Bzuneck (2000, p.9), a motivação, é algo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma actividade progressiva, que canaliza a actividade para um dado sentido. Afirma que, a motivação é o impulso que move a pessoa ou que a põe em acção e a faz mudar de curso.

Not, (1993, p.3), diz que, toda actividade requer uma dinâmica que se define por dois conceitos: o de energia e direcção. Na psicologia, esse dinamismo tem sua origem nas motivações que os sujeitos podem ter. Portanto, observa-se a forte presença de motivação por meio de determinadas actividades, presentes em uma criança de tenra idade, aos dois anos por exemplo.

Acompanhando o crescimento dela, nota-se novo momento de se construir a motivação. Uma forma de exemplificar este processo na Psicologia infantil, ocorre por meio da análise das competências adquiridas. A criança torna-se competente em seu meio social, levando-a a estar motivada. A aprendizagem é influenciada pela inteligência, incentivo e motivação.

Bergamini (1990, p. 26), a motivação passa a ser compreendida como um esquema de ligação estimulo-resposta. Os elementos fundamentais para manter as novas informações adquiridas e processadas pelo individuo são o estimulo, o impulso, o reforço e a resposta.

Lima (2004, p. 26), diz que, o reforço acontece quando depois de determinado comportamento se segue uma consequência desagradável, o individuo tenderá afastar-se da situação que a gerou. Nesta sequência, um individuo motivado possui um comportamento activo empenhado no processo de aprendizagem, e desta forma, aprende melhor.

Partindo dos conceitos acima referidos, a motivação é uma das ferramentas mais importantes no processo de ensino-aprendizagem, pois motivar é preparar o aluno naquilo que se pretende ensinar; é levar o educando à participar de forma activa e consciente nos trabalhos escolares. O aluno motivado, interessa-se no processo de ensino-aprendizagem e esforça-se intencionalmente na construção do seu saber.

Assim sendo, podemos perceber que a motivação depende da interação entre os factores internos e externos no sentido de se preparar o individuo para uma aprendizagem que se pretende por excelência. Assim, pensamos que sem a motivação, por mais esforços empreendido pelo professor na aula, será sempre em vão se o aluno não estiver motivado a aprender.


Fernandes (2012, p.02), “Aula, é a forma básica de organização da actividade do professor, pois, permite sintetizar e expor a matéria da disciplina para o alcance de Objectivos propostos, nomeadamente o desenvolvimento psicomotor do aluno”.

Oliveira (1997, p. 19), “ Aula é um vocábulo que provém do Grego – aulê que significa espaço ao ar livre, pátio, morada onde o “aluno” devia sentir-se bem e a vontade.

Segundo Libâneo (1990, p 177), “aula é o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos”. Para tal, em função dos conceitos apresentados, pensamos que estamos em altura de darmos o nosso parecer: A aula, é o conjunto de actividades devidamente organizada e sistematizada, que envolve um conjunto de elementos didácticos, recursos de ensino, métodos, objectivos, e outros, com vista a atingir um fim.



Segundo Dicionário prático de pedagogia (2011, p. 233) Processo é a acção de proceder, de avançar. Sucessão de operações, acções ou fenómenos encarados como um todo e que caminha em direcção a um resultado determinado.
Libâneo (2006, p. 54), “ Processo de ensino-aprendizagem é uma sequência de actividades do professor e dos alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimento e desenvolvimento de habilidades, através dos quais os alunos aprimoram capacidades cognitivas (pensamento independente, observação, analise – síntese e outras).

Segundo Queiroz Tânia Dias (2011, p. 112), o Ensino é uma acção na qual um individuo mais experiente transmite os conhecimentos, gerais ou específicos, para que outro individuo possa compreender e assimilar Desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano.

Ensino é o conjunto de sistemas e métodos para dar instruções a uma pessoa. É uma das mais elevadas formas de servir a sociedade (ibidem).

Piletti (2010, p. 34), converge com Libâneo nos aspectos que dizem respeito ao processo de assimilação e o pensamento no que tange as questões ligadas ao ensino-aprendizagem, e acresce dizendo que a aprendizagem, é um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.

Segundo Piletti (2010, p. 24 e 29), o ensino visa a aprendizagem, sendo que a aprendizagem é um fenómeno, um processo bastante complexo. Ainda, diz que a aprendizagem só se torna significativa quando ela envolve a pessoa como um todo, especialmente a sua estrutura cognitiva. Tornando os conhecimentos aplicáveis e significativos para a vida. Afirmando que essas mesmas teorias sobre aprendizagem são estudadas pela Psicologia Educacional.

Hough e Duncan, o ensino é estratégia geral a pôr em prática para provocar mudanças de comportamentos e facilitar a aprendizagem. Dada a essa situação, surgem as seguintes questões:

Q comportamentos se querem obter? Em função de que objectivos gerais da educação são fixados esses comportamentos? Com base em que critérios se escolhem esses objectivos? Qual é o sistema de valores que preside a essa escolha? Estas definições ficam a um nível pragmático e não põem todas estas questões fundamental.
A preocupação de racionalizar a pedagogia e de ajustar o acto de ensinar ao acto de aprender, levou aos docentes a interessarem-se pela definição dos objectivos. B.S BLOM e R. MAGER, (1998, p. 40) propuseram taxonomias que ajudaram a estabelecer racionalmente programas de aprendizagem e a examinar simultaneamente as etapas do ensino e da aprendizagem. Poder-se-á instalar uma verdadeira dialética entre as duas etapas e permitir uma regulação constante no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Queiroz (2011, p. 23) A aprendizagem é o acto de aprender e construir conhecimentos ao longo processo de ensino-aprendizagem.

A aprendizagem, não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. Pois, as informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativos para a vida das pessoas. Todas as informações, dados das experiências devem ser trabalhadas, de maneira consciente e crítica, por quem os recebe (ibidem).

Aprendizagem, é um processo de aquisição e assimilação de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.” SCHMITZ, E.P. OPCIT (2002, p. 53).

Piletti (2010, p. 30), conceitua os vários tipos de aprendizagem

Aprendizagem motora ou motriz, consiste na aprendizagem de hábitos que incluem desde simples habilidades motoras, aprender a andar e aprender dirigir um automóvel, por exemplo: até habilidades verbais e gráficas – aprender a falar e a escrever.












O nosso tema está inserido na linha temática da motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e esta presente no banco de problemas da escola nº 240 no Município de Bula-Atumba, na Comuna do Kiage.


O presente trabalho realizou-se na Província do Bengo, Município do Bula-Atumba na Comuna do Kiage, concretamente na Sede, com o tema: A Motivação da aula como causa de Sucesso escolar no processo e Iº Ciclo nº 240 do Kiage, Município do Bula-Atumba.


Relactivamente a entrevista realizada com o Director da escola do ensino primário e Iº Ciclo nº 240 – Kiage, o mesmo definiu a motivação como sendo a pré-disposição que o individuo tem em realizar uma determinada acção ou tarefa acrescendo nele os estímulos exteriores. Ou seja, processo pelo qual o professor prepara o aluno no sentido de aprender os conteúdos em estudo. Já para o Sub-Director Pedagógico, a motivação é a base fundamental para toda aprendizagem.

Segundo o Director, a motivação é importante porque o processo de ensino-aprendizagem eficaz depende da motivação e, para o Sub-Director Pedagógico, sem a motivação a criança sente-se aborrecida e cansada na dala de aulas. Pelo que podemos perceber que o aspecto motivacional dos principais veículos para o secesso educativo, pois que sem ele, por mais esforço que o professor faça será sempre em vão.

No que concerne a motivação dos professores na escola, verifica-se que quando regista alguns atrasos salarial, os mesmos não sentem motivados em cumprir com as suas obrigações laborais, visto que o ordenado mensal é um factor intrínseca a vida do professor e da família, que serve como a mola, impulsionadora para o cumprimento exitoso, com dedicação e zelo nas suas tarefas.


Já o Director da Escola nº 240 disse, que quando se verifica alguns atrasos salarial, os professores não se sentem motivados e parte deles furtam-se das suas obrigações, as vezes num período de Sete dias, visto que muitos deles têm como residência em Luanda e como não possuem meios de transporte, encontram enumeras dificuldades para se locomoverem até ao local de serviço. Para eles, de uma forma geral, convergiram na ideia de que a escola tem-se preocupado em criar um ambiente adequado e propício onde as crianças se sintam bem, por isso, elas sentem-se motivadas no ambiente escolar. A escola para além de se preocupar em criar um ambiente propício com os professores, a Direcção tem realizado uma série de actividades extra-escolares com os alunos, e encontro com os encarregados de educação no sentido de se formar de uma maneira geral os discentes.

O Sub-Director Pedagógica, afirma que existe uma ligação entre a direcção, professor e alunos e todos trabalham no sentido de se alcançarem os objectivos. Em relação a motivação da aula defendeu que é importante visto que não transforma nem torna o professor num objecto estático, mas sim um investigador na busca constante dos conhecimentos. Ainda, afirma que nem todos os professores da escola concebem a verdadeira importância da motivação, por isso a direcção da escola tem realizado seminários de capacitação pedagógica no sentido de se promover uma aprendizagem eficaz, onde o seu papel na qualidade de Subdirector Pedagógico tem sido a de dialogar com os seus colegas, em relação aos aspectos metodológicos, bem como com base a uma agenda ou programação, vai assistindo e ainda, algumas aulas. Nesta perspectiva, notamos que não é só o aluno que precisa ser motivado para aprendizagem, mas sim, o próprio professor deve antes ser motivado e auto motivar-se, de forma a trabalhar em prol dos objectivos estabelecidos, buscando uma melhor qualidade do ensino.

Continuando, o Subdirector Pedagógico, afirma ainda que os professores da escola estão preocupados com a aprendizagem dos seus educandos e não o cumprimento dos programas de formas a verificar, se os mesmos professores têm planificado as suas aulas, direcionando a aprendizagem aos alunos. Isso, leva-o a assistir algumas aulas e quando se depara com algumas dificuldades motivacional, conversa com o professor passando-lhe algumas experiências de como este pode motivar os seus alunos durante a aula.

Precisamos compreender que a educação é tarefa de todos nós, para tal, é imprescindível todo tipo de ajuda prestado do professor no sentido de se atingir os objectivos previamente definidos superiormente. Assim são recomendadas as visitas de assistência as aulas dos professores no sentido de ajudá-los a melhorar a sua prática docente.

No entanto, na qualidade de gestores máximos da instituição, têm criado um ambiente dalutar em todos os membros da Comunidade escolar, têm realizado seminários de capacitação de forma que os professores deem a verdadeira importância da motivação no exercício das suas funções. Para eles, independentemente de os professores terem levado ou realizado algumas aulas fora da sala de aula, aumentando para o efeito a capacidade de observação, argumentação e reflexão dos seus alunos, ainda não se sentem satisfeitos porque muitos professores não têm seguido com essa orientação, pelo que continuarão a trabalhar para promover actividades do género, porque acreditam que o aluno aprendem de uma maneira mais descontraída e directa com o fenómeno em estudo. Para eles, o sucesso educativo depende da maneira como os professores motivam as suas aulas, visto que, a aula é uma coisa boa, mas sem motivação ela se torna uma banalidade.

Se os professores não motivarem os alunos durante as aulas correrão o risco de terem uma sociedade revoltada. É preciso que se ensine algo com significado para os alunos a fim de não obrigarem a decorarem conteúdos eu no ver dos alunos não tem nenhuma utilidade prática. Acreditam ainda que a motivação não depende unicamente dos professores, mas sim de todos os elementos que concorrem na aprendizagem dos alunos, tais como: a própria criança, a família, a igreja e a sociedade de forma geral.

Por isso, restruturou-se a comissão de pais e encarregados de educação, para juntos trabalharem na resolução dos principais problemas que afligem os educandos.

Havendo alguns consensos em relação o acima exposto, podemos afirmar que a escola por si só não é capaz de formar o homem integralmente, por isso de forma cooperativa, trabalha com a família e a sociedade no geral na construção do homem novo capaz de responder com os desafios no futuro. Em suma, torna-lo num bom cidadão.


Relactivamente a questão que se refere ao conceito de motivação, os professores convergiram na ideia de que consiste no processo de preparar e predispor o aluno no sentido de aprender os conhecimentos. Para outros, a motivação é a capacidade de poder prepara o aluno para a aquisição dos conhecimentos da aula. Já os alunos sentem-se motivados a estudarem naquela escola, visto que os professores, segundo eles explicam bem a matéria, a escola é bonita, gostam dos seus professores porque conta estórias e ensinam canções bonitas e outros, acrescem dizendo que, os professores gostam de ouvir os alunos a falarem, e porque os pais gostam que estudamos nessa escola. Para nós, a motivação é a porta de entrada de toda aprendizagem porque, sem ela nada podemos reter do fenómeno em estudo, por isso é recomendável a criança de ambiente favorável para a aprendizagem.

Quando a importância da motivação, os professores acham importante motivar os alunos porque se não motivarem os alunos, eles ficam desorientados, o aluno motivado mostrará maior interesse na aula. Enquanto outros acham importante porque na aula, os alunos lhe encaram como amigo (a), para os alunos ficarem sem medo e enquadrados na aula. Enquanto outros, acham importante porque por meio da motivação chama-se atenção e despertam-se os alunos naquilo que se ensina.

Já alguns alunos hesitam em responder as questões feitas pelos professores, porque uns sentem medo de errar, outros porque os colegas vão rir-se deles e outros dizem porque o professor é mau. Com esta situação, nos chama em atenção a relação bilateral que deve existir entre o professor e o aluno, para resultar numa participação voluntária e activa dos alunos nas aulas. Para isso, lembra-se ao professor o quanto é importante criar um ambiente propício para uma aprendizagem salutar significativa e duradoura.

Os professores quando foram questionados de como tem sido as suas aulas, a maioria disseram que as aulas têm sido motivadas, acrescentando que motivam as aulas durante todas as fases didáticas. Outros, têm dificuldades em motivar as suas aulas porque não tem formação pedagógica.

Consequentemente, não conseguem, têm pouca experiência didáctica e como consequência, não conseguem encontrar métodos e recursos adequados para ministrarem as aulas. Em relação a questão que faz referência da desmotivação dos alunos na escola, os professores afirmam que elas, muitas vezes vêm já desmotivadas de casa por causa dos problemas familiares. São ralhados, são prestados pouca atenção, saem de casa sem se alimentar e nem organizam higienicamente os filhos. Acabamde ir a escola com o mesmo vestuário que passou com ele a noite e já com mau aspecto. Relactivamente aos alunos, eles gostam das disciplinas que estudam porque, para eles os professores falam bem e gostam de ouvirem os alunos a falarem. Já para alguns pais e encarregados de educação, dizem que as crianças voltam da escola sempre motivadas e esta motivação continua em casa no interesse que elas monstrão em realizarem as tarefas escolares. Afirmando que o comportamento dos professores tem sido positivo de formas que estes têm velado por uma aprendizagem participativa e activa.

Enquanto outros afirmam que, nem sempre as crianças voltam motivados da escola, porque há professores que ainda batem nas crianças, castigam-nas e outros faltam frequentemente. Para uma educação que se pretende a de forma harmoniosamente, o homem de forma livre, activa e participativa é necessário uma coesão entre os elementos didácticos (Conteúdos, métodos, actividades, objectivos e os recursos de ensino), que vão permitir uma compreensão por parte dos alunos. Por isso, aconselha-se aos professores a utilidade de métodos e técnicas apropriadas para a transmissão dos conteúdos programados.

Com base aos incentivos metodológicos da Direcção para com os professores, todos afirmam de modo positivo alegando que, a direcção tem realizado várias actividades no sentido de ajudarem os professores a melhorarem as suas actividades, nomeadamente, Conselhos, Distribuição de materiais didácticos e realização de Seminários de capacitação pedagógico. Para os alunos, além de assistirem as aulas dentro das salas, os professores têm realizado outras actividades fora da sala de aula, como: actividades desportivas, acampamentos de estudo, trabalho de campo, limpeza na escola, etc.

Neste contexto, podemos notar a importância que o trabalho de campo e as actividades extra-escolares tem na aprendizagem dos alunos, uma vez que leva-os a desenvolver outras habilidades quenão seriam possíveis nas salas de aulas.

Tendo em conta os resultados que as crianças apresentam, alguns pais e encarregados de educação mostram-se satisfeitos com o grau de aproveitamento dos seus educandos, e com isso, procuram informar-se periodicamente com os professores sobre o aproveitamento escolar do mesmo. Já outros, apresentam.se menos satisfeitos daquilo que são os resultados dos seus filhos, porque acreditam que os professores poderiam trabalhar mais com os educandos sobre tudo em aspectos ligados a escrita e a leitura.

Outros, não tem acompanhados o desempenho de seus filhos, visitam o professor da criança para informar-se do se aproveitamento escolar, alegando a falta de tempo. Considerando que a escola é a segunda morada da criança que tem a missão de dar sequência na formação iniciada pela família, há necessidade de haver uma relação intima entre a família e a escola para direcionarem melhor o educando, preparando-lhe para a vida futura.

Em relação aos incentivos as crianças para estudarem, os professores aconselham conhecer a realidade do aluno (estilo de vida), desenvolver brincadeiras como ogos, ensinar canções, continuação do programa de distribuição de merenda escolar por parte do Governo, boa interação entre professores e alunos, buscar o afceto (ser como um pai ou uma mãe para a criança). Para os encarregados de educação relactivamente a essa questão, têm a seguinte opinião: é necessário ordenar e orientar as crianças a fazerem as tarefas escolares, ajudá-las a resolverem as questões em dúvida e ao mesmo tempo explica-las o quanto é importante estudar. Visto que é da formação que depende o seu futuro. Outros, acrescem a criação de condições mínimas para as crianças estudarem (fornecimento de materiais didácticos, bata, alimentação, vestuário, etc). Diante disso, podemos resumir que para o ensinar a criança primeiramente é preciso amá-la.



Os professores convergem com a ideia que a motivação é uma ferramenta fundamental do processo de ensino e aprendizagem, porque para eles, a motivação é eu levanta a moral do aluno, de maneira que o mesmo entenda aquilo que o professor vai transmitindo ao longo das aulas. Sem a motivação não há interesse dos alunos em aprenderem alguma coisa, nem há sucesso no processo do ensino-aprendizagem.

Para os pais, ainda não se sentem completamente satisfeitos na maneira como os professores ensinam, onde estudam os seus filhos, pelo que, recomendam mais pontualidade, dedicação, empenho e devem também melhorar a grafia no quadro, não podendo continuar a usar o castigo como método de ensino e outros sugerem que as entidades patronais a fim de criarem parques infantis para diversas actividades, professores especializados para atenderem as necessidades da criança. Para tal é preciso motivarmos a criança para cultivar ela o interesse de aprender.
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Tendo em conta as respostas dadas pelos professores com base aos questionários descritos deformas a confrontarmos a realidade nas suas práticas pedagógicas, levou-nos a observarmos algumas aulas e podemos constatar o seguinte:

·         Alguns professores motivam os seus alunos apenas na primeira fase didáctica da aula, isso é, na introdução. Ao longo do desenvolvimento e conclusão da aula, os aspectos motivacionais são menos notáveis. Desse modo, dificulta a aprendizagem por parte dos alunos. Por outra, alguns professores fazem escolha de um método que ao longo da aula não fazem o uso, ou usam-no muito mal. As intervenções dos alunos são mais impostas do que voluntárias, apesar de notarmos uma linguagem didáctica adequada em função do nível dos alunos. Já para outros professores, notamos que têm mais experiências didácticas e dominam de forma satisfatória os aspectos motivacionais e as suas aulas são mais dinâmicas onde os alunos participam de forma voluntária.





A educação para além de ser uma das mais nobres actividades do ser humano e de afigura como a base fundamental de uma sociedade que se deseja que seja próspera e equilibrada, sendo os seus membros bons cidadãos, homens, pais e acima de tudo indivíduos com valor acrescido.

Para a realização desde desiderato, é necessário que desde a génese e no seio familiar se começa a marcar os primeiros passos na criação de uma personalidade aceitável e permissível dentro de um grupo, comunidade ou sociedade em que se encontra inserido e as instituições sociais exercem algumas influências na educação do individuo, sendo que a escola e os seus actores não devem ficar a margem deste processe.

Para tal, os critérios, métodos e meios a serem utilizados para que se obtém resultados, dependem maioritariamente de um grupo ou elemento que é a motivação. Sendo a motivação um elemento fundamental para a absorção de conhecimentos em todas as suas dimensões, ele envolve factores internos e externos do individuo apto para a aprendizagem e este é o tema que serve como pano de fundo na presente abordagem.

A motivação passa a ser um factor decisivo nesse processo porque se não haver direcção de aprendizagem com sucesso por parte do professor, o aluno não estará motivado a aprender.

O presente trabalho, pretende contribuir de forma positiva na qualidade do processo de ensino e aprendizagem, visando educar, ensinar e formar o homem novo, capaz de criar coisas novas,transformando a sociedade num espaço justo e mais humano. Pelo que a missão de educar, ensinar, depende muito da personalidade motivada do desempenho o papel de embaixada na transmissão de conhecimentos há este aluno e a escola alcança o seu objectivo que é a perfeição do homem, acreditando na educação e nos profissionais.

Ao longo da nossa pesquisa, constatámos que os professores das escolas em estudo utilizam pouca motivação e que de certa maneira tem contribuído negativamente na causa de sucesso das aprendizagens dos alunos.

Outro sim, entendemos também que, a maioria dos alunos já vêm de casa totalmente desmotivados, pois, que observa-se a fraca participação das famílias no processo educativo.

Vimos também que grande parte dos professores que formam objecto de estudo deste trabalho, não possuem agregação pedagógica ou seja, não fizeram formação de professor, dai a razão de constatar grandes dificuldades na execução das suas aulas, portanto, o presente trabalho que cingiu-se num comparado e teve como base realizado nas escolas Primárias e do Iº Ciclo nº 240, Município do Bula-Atumba, na Comuna do Kiage. Tendo trabalhado com as referidas direcções, docentes, pais e encarregados de educação.

Em síntese, podemos aferir que o sucesso escolar dos alunos é influenciado por vários factores, nomeadamente: Estrutura do Currículo escolar, manuais escolares, métodos de avaliação e de ensino, qualidade dos espaços e de equipamentos escolares, formação e estabilidade do corpo docente, dimensão das escolas e das turmas, bem como a interação permanente dos pais e encarregados de educação e o corpo docente.

Não se pode reservar e incumbir excessivamente a responsabilidade de educar, ensinar e instruir o aluno a escola, particularmente ao professor, quanto os resultados dependem em grande medida da estreita colaboração entre as partes: escola-família.

Finalmente, concluímos também que por falta de informação e tabus de certos pais deixam toda a actividade somente para escola e excluem-se de participar no mesmo. A motivação é o factor nuclear para o sucesso educativo dos alunos das escolas nº 240 do Kiage.











1.      Que se considere a motivação como elemento presente em todas as fases didácticas;
2.      Que o Ministério da Educação promova mais Seminários de capacitação aos professores do Ensino Primário em todo o território Nacional;
3.      Que haja mais Professores versados no curso de Instrução Primária, para que se tenha maior qualidade no ensino;
4.      Que os pais joguem um papel importante no Processo de Ensino-Aprendizagem;
5.      Que tenha mais Conteúdos que realce acerca da motivação e se trabalhe de forma cooperativa com a família e a sociedade no geral, na formação e desenvolvimento do individuo;
6.      Aos Professores: Desenvolver o conjunto de actividades para favorecer a motivação na sala de aula;
7.      É necessário que a escola no geral e os pais criem um ambiente favorável para a aprendizagem dos educandos.
























ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei. Sem imaginar que pudesse existir. 2ª Ed. Santa Iria de AZÓA Portugal: Asa, 2002.

BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira. Metodologia Básica para elaboração de Trabalhos de conclusão de Curso. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011

BRANDÃO, Sérgio Vieira. Professor Carta para você. 2ª Ed. São Paulo: Paulinas, 2003.

CURY, Augusto. Pais brilhantes e professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

FEIJÓ, Caio. Preparando os alunos para a vida. 3ª Ed. São Paulo: Novo Século, 2008.

FERNADES, Pedro. Aspectos Metodológicos sobre a preparação de aulas e a implementação de plano de aula. Luanda-Angola: Trabalho não publicado, 2012.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2010.



































































Senhor Director, o presente guião de entrevista destina-se para recolha de dados referentes a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e dirige-se para a elaboração do trabalho de fim de curso para a obtenção da Escola do Magistério ADPP-CAXITO/BENGO.

Dados pessoais
Idade:____, Nível académico:_______________, Tempo de serviço:___________, Morada:___________________, Sexo:_______________.

Questões

1.      Senhor Director, o que é para si motivação?
2.      Ilustre Director, qual é para si a importância da motivação da aula no processo de ensino e aprendizagem?
3.      Os professores queixam-se da falta de motivação dos alunos na sala de aula?
4.      Os professores apresentam se motivados para trabalhar mesmo quando se verifica o atraso salarial?
5.      Os alunos sentem-se motivados no ambiente escolar?
6.      Na qualidade do gestor principal da instituição, o que tem feito para que os professores deem a verdadeira importância da motivação no exercício das suas funções?
7.      A Direcção da escola tem realizado actividades extra-escolares, no sentido de promover na criança a motivação e interesse pela aprendizagem?
8.      Os professores, além da sala de aulas, têm levado os alunos a manterem contacto e a observarem o meio que o rodeia?
9.      O Senhor Director acredita que o sucesso do processo de ensino e aprendizagem dependem da forma como os professores motivam as suas aulas? Porque?
10.  O Senhor Director acha que a motivação por parte do aluno depende unicamente do professor? Que factores podem ocorrer nesse processo?
11.  A escola tem uma Comissão de Pais e Encarregados de educação? Tem trabalhado com os mesmos no sentido de juntos poderem encontrar melhores formas de atuarem na transmissão dos conhecimentos aos alunos?


Digníssimo Sub-Director Pedagógico, o presente guião de entrevista destina-se para recolha de dados referentes a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e dirige-se para a elaboração do trabalho de fim de curso para a obtenção da Escola do Magistério ADPP-CAXITO/BENGO.

Dados pessoais
Idade:____, Nível académico:_______________, Tempo de serviço:___________, Morada:___________________, Sexo:_______________.

Questões

1.      Senhor Sub-Director, existe uma relação labora e profissional entre a direcção, professores e alunos?
2.      O Senhor Director sente-se motivado em exercer a função que lhe foi incumbida?
3.      Senhor Director Pedagógico, o que é para si a motivação?
4.      Acha importante motivar os alunos durante as aulas?
5.      O senhor Director tem acompanhado as aulas dos professores? O que mais lhe preocupa?
6.      Como tem sido na prática dos professores em tua escola?
7.      A Direcção tem motivado os professores na questão metodológica no sentido de tornarem o ensino participativo, útil e significativo para a vida do aluno?
8.      Será que os professores concebem a verdade importância da motivação da aula, para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem?
9.      Será que os professores estão mais preocupados em cumprir com os programas ou na aprendizagem dos alunos?
10.  Os professores têm planificado as suas aulas’
11.  Para quem dirigem os seus objectivos?
12.  O que é que a Sub-Direcção pedagógica faz quando se verifica a falta de motivação nas aulas?




Caro professor, o presente questionário destina-se para recolha de dados referentes a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e dirige-se para a elaboração do trabalho de fim de curso para a obtenção da Escola do Magistério ADPP-CAXITO/BENGO.

Dados pessoais
Idade:____, Nível académico:_______________, Tempo de serviço:___________, Classe que leciona:________Morada:___________________, Sexo:_______________.

QUESTÕES

1.      Como professor, o que é para si motivação?
2.      Achas importante motivar os alunos durante a aula? sim___ não_____. Porque?
3.      Como tem sido a sua aula? Motivada_____, desmotivada_____, Razoável_____.
4.      Em que momento da aula motiva os seus alunos? Na introdução_______, no desenvolvimento_______, na Conclusão_________, outras opções__________.
5.      Tenho dificuldade de motivar eficazmente a minha aula porque:
a)      Não me formei em pedagogia______________.
b)      Tenho poucas experiências didácticas________.
c)      Não consigo encontrar recursos adequados as aulas________.
d)     Outras opções:____________________________________________________________________________________________________________________
6.      Durante as minhas aulas dou muita importância a motivação porque:
a)      Acredito que é o garanto do sucesso educativo_______________________.
b)      Porque assim os alunos passam a gostar mãos de mim_________________.
c)      Para poder obter uma avaliação de desempenho positivo_______________.
d)     Porque gosto de brincar com os meus alunos_________________________.

7.      Um aluno desmotivado pode aprender os conhecimentos transmitidos? Sim_____, Não________.
8.      Os alunos vêm desmotivados a partir de casa? _____ algumas vezes_____, porque?
9.      A Direcção tem motivado os professores na questão metodológica no sentido de melhorar a qualidade do ensino?
10.  Como professor, o que é necessário que se faça para manter motivado a criança na sala de aula e no ambiente escolar?
11.  Podemos considerar a motivação como sendo uma das ferramentas mais importantes no processo de ensino e aprendizagem? sim____ não_____ Talvez_____. Porque?______________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.


Caro estudante, o presente questionário destina-se para recolha de dados referentes a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e dirige-se para a elaboração do trabalho de fim de curso para a obtenção da Escola do Magistério ADPP-CAXITO/BENGO.

Dados pessoais

Idade:____ Classe:_________, Sexo:__________.Morada:_______________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________.

QUESTÕES

1.      Gosta de estudar nesta escola? sim____ não_____.
2.      Costo da minha escola, porque:
a)      Gosto do meu professor______.
b)      O professo ensina-nos canções e estórias bonitas_______.
c)      A minha escola é bonita_______.
3.      Não gosto de responder as perguntas que o professor faz na sala de aula, porque:
a)      O professor é muito mau______.
b)      Os meus colegas vão rir de mim_____.
c)      Sinto medo de errar_______.

4.      Gosto das disciplinas que estudo, porque:
a)      O meu professor é muito bonito________.
b)      O meu professor explica bem e gosta de ouvir os alunos a falar_____.
c)      O professor fala bem___________.

5.      Venho na escola, porque:
a)      Eu gosto de estudar_______.
b)      O Pai manda____________.
c)      Não gosto de ficar em casa______.

6.      Além da sala de aula, os professores têm organizado outras actividades dora dela. Sim_____ Não______ dê exemplo:________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________.





Estimados pai e Encarregado de educação, o presente questionário destina-se para recolha de dados referentes a motivação da aula como causa de sucesso escolar no processo de ensino e aprendizagem, e dirige-se para a elaboração do trabalho de fim de curso para a obtenção da Escola do Magistério ADPP-CAXITO/BENGO.

Dados pessoais

Idade:____ Nível académico:_________, Sexo:__________.Profissão______________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________.

QUESTÕES

1.      O (a) Senhor (a) sente se bem por seu filho estudar nessa escola? Sim_____ Não_______. Porque?______________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

2.      De quem foi a escolha? Minha____ da Esposa_____ do filho_____ Nossa_____. Porque não há outra escola na Comunidade_______.

3.      Será que existe uma relação entre os pais, professores e a direcção da escola? Sim ______ Não______. Porque?_____________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________.

4.      Tem motivado as crianças a estudarem? Sim____ Não_____. Porque?________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

5.      As crianças voltam da escola motivada? Sim____ Não___ Algumas vezes_____.
6.      As crianças queixam-se do comportamento dos professores? Sim____________ Não_____Por exemplo:_____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

7.      Sente-se satisfeito pelos resultados apresentados pelo seu filho? Sim____   Não______ Mais ou menos________. Porque?___________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

8.      Já procurou o professor do seu filho para saber do seu aproveitamento escolar? Sim______ Não_______. Porque?
9.      Como pai, o que é necessário que se faça em casa para incentivar a criança a estudar?
10.  A forma de ensinar dos professores da escola onde o seu filho estuda, corresponde com o seu desejo? O que espera que a escola melhore?
11.  Como encarregado de educação, faz parte da Comissão de pais e encarregados de educação? Sim________ Não_______.
12.  Quantas vezes procuras o professor do seu filho em cada Trimestre?
13.  Quais são os aspectos que mais o professor se refere quanto ao rendimento ou fracasso escolar do seu filho?
14.  A que consenso tem chegado de acordo a conversa com o Professor?

























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