HIGIENE ESCOLAR

 

 

Região Acadêmica I

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Escola Superior Pedagógica do Bengo

Departamento de Ensino, Investigação e Extensão de Ciências da Sociais

 

 

 

 

 

 

 

HIGIENE ESCOLAR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BENGO- 2021/2022

Escola Superior Pedagógica do Bengo

Departamento de Ensino, Investigação e Extensão de Ciências da Sociais

 

 

 

 

 

 

 

 

HIGIENE ESCOLAR

 

 

AUTORA: LURDES LUÍS ANTÓNIO

SALA: 13

TURMA: A.N

PERÍODO: PÓS -LANORAL

CURSO: PEDAGOGIA

DISCIPLINA: SAÚDE, SEGURANÇA E AMBIENTE  

                                    

                                               PROFESSOR DRº: MARIA GONÇALVES

 

 

 

 

 

 

BENGO- 2021/2022

SUMÁRIO

 

1. INTRODUÇÃO.. 1

2- HIGIENE ESCOLAR.. 2

2.1- Higiene. 2

2.2- A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE NO AMBIENTE ESCOLAR.. 3

2.2.1- Conceito de escola Promotora de Saúde. 3

2.2.2- Objectivos e Finalidades da Escola Promotora da Saúde. 4

2.2.3- Conceito, Importância e Características construtivas: materiais, localização e orientação no espaço  5

2.2.4- Características construtivas: materiais, localização e orientação no espaço. 5

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 6

4. BIBLIOGRAFIA.. 7

 

 

 

 

 

 

 

 


1. INTRODUÇÃO

 

De orientação acertada e da criação de bons hábitos nas primeiras fases da vida, depende a marcha e o futuro da criança para o resto da existência. (Reis, 1950, p.76).

O pensamento higienista designava a intervenção como objeto para alcançar a democratização da educação e da saúde.  A disciplina de higiene e saúde escolar é mais uma que vem juntar-se a tantas outras no enriquecimento dos saberes dos estudantes. O homem não será só aquilo que sabe, mais o conjunto do que sabe, o saber ser e o que saber fazer em prol de si, dos seus e da sociedade, ou seja, em prol dos outros.

Assim sendo, será importante conhecer as matérias ligadas a esta disciplina, mas, o mais importante ainda será leva-las ao conhecimento dos alunos e destes para a sociedade passando pela família. E, portanto, para o presente trabalho, começamos a definir a higiene e o saneamento para que possamos entender a importância do tema.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2- HIGIENE ESCOLAR

2.1- Higiene

 

É um ramo das ciências médicas que tem por objectivo o estudo das doenças, ou seja, criar e manter as condições óptimas para a vida do homem ao estudar a sua relação com o meio em que ele vive.

Assim, faz parte da higiene o Saneamento, é um conjunto de medidas tomadas por elementos da comunidade, visando a modificação das condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir as doenças e promover a saúde. Ter saúde não significa apenas ausência de doença. Para que uma pessoa tenha saúde, deve não só estar livre de doença, mas precisa de estar bem física e mentalmente, ser útil a si próprio, aos seus semelhantes e a sociedade onde esta inserida. A saúde é um direito fundamental de todo o ser humano sem distinção de raça, sexo, religião, credo político ou condição social. Quando falamos de saúde, não queremos apenas dizer que as pessoas devem ir ao médico quando estão doentes. Tão importante como isso, é trabalharmos para termos saúde. Para termos saúde, é necessário procurarmos utilizar boa água para o consumo; é comermos o melhor possível de acordo com os alimentos que estiverem disponíveis; é procurarmos ter uma casa confortável e limpa; é estudarmos, é trabalharmos, etc.

 

Segundo a definição de John Dewey (1954, p. 48), “o hábito é uma reação automática adquirida e estereotipada pela repetição de situações estimuladoras idênticas com reforçamento da mesma rede de integração nervosa”. Como um ato que se repete regularmente, o modo de expressão ativa de um hábito possui características como: automatismo adquirido, isto é, reação sempre igual, aprendida, porém involuntária, acompanhada ou não de consciência.

Ex.: aprendemos a levar o copo com água á boca, sem prestar atenção, mas sem entornar a água. b) repetição ou exercício, isto é, reprodução da “situação estimuladora de modo a produzir os mesmos movimentos úteis e inibir os inúteis”. c) presteza e eficiência, isto é, rapidez de adaptação e adequação da resposta. Esta é uma das características mais mensuráveis porque pode ser facilmente apreciada pela “curva de rendimento”. (DEWEY, 1954, p.48).

 Como o objectivo da higiene era ensinar a proteger a saúde física e mental do homem, ela se tornou uma verdadeira cultura do indivíduo humano. Porém, não bastava apenas ensinar a instrução higiênica, era necessário, inconscientemente, “por habito, sem pensar, que proceda o indivíduo, em todos os actos, de modo a beneficiar a saúde: é o que se consegue a educação higiênica, particularmente importante nas primeiras idades da vida”. (Fontenelle, 1930, p.4).

2.2- A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE NO AMBIENTE ESCOLAR

O ambiente escolar é um espaço onde circula uma grande quantidade de pessoas diariamente. Não importa se estamos falando de uma creche, escola infantil, de ensino fundamental ou médio, universidade, escola de idiomas ou de outros cursos. A limpeza e higienização desses locais é fundamental para o bom andamento das atividades, para garantir a saúde e a própria aprendizagem dos que ali estão.

Além da alta circulação de alunos, professores, colaboradores, fornecedores e visitantes, essas pessoas ainda passam muitas horas por dia nesses espaços. Em uma escola ou universidade, por exemplo, um aluno passa uma média de 5 horas por dia ou mais.

Com relação aos espaços, há uma grande variedade e complexidade. São salas de aula, cantinas e cozinhas, quadras de esportes, piscinas, vestiários, centros de informática, áreas de convivência, banheiros e laboratórios, dentre tantos outros. Neles, há uma intensa manipulação de alimentos e de materiais diversos (argila, tintas, papeis, produtos químicos etc). Os banheiros e vestiários são utilizados praticamente o tempo todo, assim como corrimãos, carteiras, torneiras, maçanetas e bebedouros.

Tudo é muito intenso nesses espaços, logo, a possibilidade de contaminação também é alta. Dependendo do nível em que isso aconteça, uma sala inteira pode ter que ser dispensada das atividades escolares, incluindo o corpo docente. Um ambiente sujo e sem cuidado também afeta o rendimento tanto de quem estuda quanto de quem ensina e ainda propicia maiores índices de vandalismo. Ou seja, é preciso atenção máxima na limpeza e higienização das escolas para atuar preventivamente frente a todos esses problemas.

Garante as condições óptimas de limpeza e saneamento e condições adequadas para conservar a saúde dos alunos e trabalhadores da escola e obter assim um maior aproveitamento docente educativo.

2.2.1- Conceito de escola Promotora de Saúde

Promover a saúde na escola constitui uma forma privilegiada de promover a saúde na comunidade. Cabe, assim, aos serviços de saúde participar, através de trabalho regular e contínuo junto das escolas, fornecendo os contributos solicitados pela escola em função das necessidades da população escolar e dos programas e projectos dos centros de saúde dirigidos à comunidade.

O conceito de escola promotora de saúde, proposto pela O.M.S, assenta em três vertentes fundamentais:

·         A existência de um currículo de educação para a saúde, devera ter em conta os grandes problemas de saúde e desenvolver diversas áreas como sejam: higiene pessoal e social, alimentação saudável, abastecimento de água potável, segurança e prevenção de acidentes, exercícios físicos e repouso, entre outras.

·         Ambiente escolar saudável e seguro, em termos de espaços e equipamentos que deverá estar em concordância com o que é aprendido nas aulas, facilitando assim a tomada de decisões saudáveis.

Dinâmica escola – meio, através de um trabalho conjunto envolvendo pais e familiares, as equipas de saúde escolar e outras estruturas da comunidade consideradas pertinentes que, em articulação com a escola, deverão assumir um papel activo e interveniente na defesa e promoção da saúde dentro da escola e na comunidade onde a escola se situa.

Estas três vertentes do currículo escolar, ambiente escolar e interacção escola/família/meio constituem os pilares em que a escola promotora de saúde assenta.

2.2.2- Objectivos e Finalidades da Escola Promotora da Saúde

·         Proporcionar espaços e equipamentos limpos, seguros e atraentes.

·         Dispor de medidas claras em relação a assuntos de saúde como por exemplo: higiene, vacinas, pratica desportiva, etc.

·         Estimular a participação dos alunos na definição dos programas e medidas da escola relacionadas com a saúde.

·         Proporcionar um ambiente estimulante e saudável para todos os que nela trabalham.

·         Envolver as famílias dos alunos como parceiros na vida da escola.

·         Procurar estabelecer relações entre o que é ensinado na escola e o dia-a-dia de casa e da escola.

·         Dispor de professores que se assumam como modelos em termos de hábitos saudáveis.

2.2.3- Conceito, Importância e Características construtivas: materiais, localização e orientação no espaço

Ambiente escolar é o conjunto de factores que rodeiam o aluno, tais como o edifício, sua localização, o redor, mobiliário, meios de ensino, latrinas ou WC, fontes de água, luz, ar, cor das paredes, condições do quadro, etc, que influencia na saúde e no aproveitamento escolar.

2.2.4- Características construtivas: materiais, localização e orientação no espaço

O edifício escolar deve ser construído, possuindo as seguintes características:

         O material deve ser solido, firme, incombustível, impermeável e que seja mau condutor de calor, da eletricidade e do som;

         O piso (chão) deve ser construído com material impermeável e polido que permite a sua fácil limpeza;

         As escadas devem ter larguras em 1 e 2,5 metros. Não devem possuir mais degraus não polidos, com corrimãos com 75 a 100 cm de altura;

         O telhado deve ser resistente, impermeável e refratário ao calor. Deve ter certa inclinação que evitara a estagnação da água e as infiltrações;

         As janelas devem garantir uma maior e melhor ventilação;

         As cores das superfícies não devem ter muito brilho, pois afecta as vistas. Devem ser claras (branco, azul, verde…).

Portanto, como já se referiu acima, tem como objectivo, promover e fomentar a saúde dos escolares e dos trabalhadores do centro de ensino, bem como controlar o estado sanitário dos locais de ensino e dos matérias que se empregam, assim como a planificação das actividades docentes.

 

 

 

 

 

 

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

 

 Para criar um hábito é preciso educar, uma vez que o cérebro humano é um órgão complexo e aprende não apenas pela instrução, mas pela experiência. Transformar, os maus hábitos em bons foi uma ação necessária e que deveria ser feita desde a mais tenra idade, visando assim estimular as áreas do cérebro a auxiliarem os neurônios, produzindo novas conexões e moldando comportamentos. 

Promover a saúde na escola ou contribuir para a construção de uma escola promotora de saúde implica, a participação activa de diversos intervenientes. Assim, só é possível promover a saúde na escola e na comunidade com processos de trabalho assentes numa saudável cooperação interdisciplinar que envolvem, não só a comunidade escolar, como a restante comunidade onde a escolar se situa.

Enfim, é deveras diversificado, o papel do professor na promoção da saúde; em geral compete-lhe: Tomar conhecimento dos interesses e necessidades dos alunos e das dificuldades próprias do meio em que vivem. Prestar a necessária atenção ao aluno de forma a detectar precocemente as eventuais deficiências físicas, motoras, sensoriais ou psíquicas e, bem assim os desvios do seu comportamento. Aproveitar os períodos de intervalos para a prática de hábitos de higiene individual e de convivência que possam espontaneamente constituir padrão e exemplo para o aluno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. BIBLIOGRAFIA

 

1.      ALMEIDA JUNIOR, Antônio Ferreira. Biologia Educacional, noções fundamentais. São Paulo: Companhia Editora,1969.

2.      CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A Escola e a República. São Paulo: Brasiliense, 1989.

3.      DEWEY, John. Vida e Educação. São Paulo, Editora Melhoramentos, 1954.

4.      FONTENELLE, José Paranhos. Compêndio de Hygiene. 1930.

5.      ______, José Gonçalves. Artes de Civilizar, Medicina, Higiene e Educação escolar na Corte Imperial. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2004.

6.      MUNHOZ, Milton. A saúde pela educação. Revista Médica do Paraná, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 11-18, dez. 1933.

7.      RIZZINI, Irma; GONDRA, José Gonçalves. Higiene, tipologia da infância e institucionalização da criança pobre no Brasil. Revista Brasileira de Educação, v. 19, n. 58, jul./set. 2014.

8.      SOUZA, Rosa de Fátima. História da Organização do Trabalho Escolar e do Currículo no século XX: ensino primário e secundário no Brasil. São Paulo: Cortez, 2008.

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