ORIGEM DA
LÍNGUA PORTUGUESA E AS SUAS CARACTERÍSTICAS
Derivou-se o nosso idioma, como língua romântica, do Latim vulgar. É
bastante difícil conhecer a língua dos povos habitantes na península Ibérica antes dos Romanos
dela se apossarem.
Os Romanos ocuparam a Península Ibérica no séc. III antes de nossa Era.
Contudo, ela só é incorporada ao Império no ano 197 antes de Cristo. Tal fato
não foi pacifico. Houve rebeliões contra o jugo Romano.
O Latim, língua dos conquistadores, foi paulatinamente suplantado a dos
povos pré-latinos. “Os turdetanos, e mormente os ribeirinhos do Bétis, adotaram
de todos os costumes romanos, e até já nem se lembram da própria língua.”
O Latim implantado na Península Ibérica não era o adotado por Cícero e
outros escritores da época clássica (Latim clássico). Era sim o denominado
Latim Vulgar. O Latim Vulgar era de vocabulário reduzido, falado por aqueles
que encaravam a vida pelo lado prático sem as preocupações de estilísticas do
falar e do escrever.
O Latim Clássico foi conhecido também na Península Ibérica, principalmente nas escolas. Atestam tal
verdade os naturais da Península : Quintiliano e Sêneca.
Sabe-se que o latim era uma língua corrente de Roma. Roma, destinada
pela sorte e valor de suas bases, conquista, através de seus soldados, regiões
imensas. Com as conquistas vai o latim sendo levado a todos os rincões pelos
soldados romanos, pelos colonos, pelos homens de negócios. As viagens
favoreciam a difusão do latim.
Primeiramente o latim se expande por toda a Itália, depois pela Córsega
e Sardenha, plenas províncias do oeste do domínio colonial, pela Gália, pela
Espanha, pelo norte e nordeste da Récia, pelo leste da Dácia. O latim se
difundiu acarretando falares diversos de conformidade com as regiões e
povoados, surgindo daí as línguas românticas ou novilatinas.
Românticas porque tiveram a mesma origem: ao latim vulgar. Essas línguas
são, na verdade, continuação do latim vulgar. Essas línguas românticas são:
português, espanhol, catalão, provençal francês, italiano, rético, sardo e
romeno.
No lado ocidental da Península Ibérica o latim sentiu certas influencias
e apresenta características especiais que o distinguiam do “modus loquendi” de
outras regiões onde se formavam e se desenvolviam as línguas românticas. Foi
nesta região ocidental que se fixaram os suevos. Foram os povos bárbaros que
invadiram a península, todos de origem germânica Sucederam-se nas invasões os
vândalos, os suevos (fixaram-se no norte da península que mais tarde
pertenceria a Portugal), os visigodos. Esses povos eram atrasados de cultura.
Admitiram os costumes dos vencidos juntamente com a língua regional.
É normal entender a influencia desses povos bárbaros foi grande sobre o
latim que aí se falava, nessa altura bastante modificado.
- Formação
de Portugal
No século V,
vários grupos bárbaros entraram na região ibérica, destruindo a organização
política e administrativa dos romanos. Entretanto é interessante notar o
domínio político não corresponde a um domínio cultural, os bárbaros sofreram um
processo de romanização. Neste período formaram-se uma sociedade distinta em
três níveis: clero, os ricos e políticos poderosos; a nobreza, proprietários e
militares; e o povo.
No século VII essa situação sofre profundas mudanças devido a invasão muçulmana, estendendo –se assim o domínio árabe variando de regiões, e tinha sua maior concentração na região sul da Península, e o norte não conquistado servia de refúgio aos cristãos e lá organizaram a luta de reconquista, que visava a retomado do território tomado pelos árabes.
No século VII essa situação sofre profundas mudanças devido a invasão muçulmana, estendendo –se assim o domínio árabe variando de regiões, e tinha sua maior concentração na região sul da Península, e o norte não conquistado servia de refúgio aos cristãos e lá organizaram a luta de reconquista, que visava a retomado do território tomado pelos árabes.
No que a
Reconquista progredia a estrutura de poder e a organização territorial vão
ganhando novos contornos; os reino do norte da Península (Leão, Castela,
Aragão) estendem suas fronteiras para o sul, o reino de Leão passa a pertencer
a o Condato Portucalense.
No fim do século XI, o norte da Península era governado por o rei Afonso VI, pretendendo expulsar todos os muçulmanos, vieram cavaleiros de todas as partes para lutar contra os mouros, dentre os quais dois nobres de borgonhas: Raimundo e seu primo Henrique. Afonso VI tinha duas filhas: Urraca e Teresa. O rei promoveu o casamento de Urraca e Raimundo e lhe deu como dote o governo de Galiza; pouco depois casou Teresa com Henrique e lhe deu o governo do Condato Portucalense. D. Henrique continua a luta contra os mouros e anexando os novos territórios ao seu condato, que vai ganhado os contornos do que hoje é Portugal.
No fim do século XI, o norte da Península era governado por o rei Afonso VI, pretendendo expulsar todos os muçulmanos, vieram cavaleiros de todas as partes para lutar contra os mouros, dentre os quais dois nobres de borgonhas: Raimundo e seu primo Henrique. Afonso VI tinha duas filhas: Urraca e Teresa. O rei promoveu o casamento de Urraca e Raimundo e lhe deu como dote o governo de Galiza; pouco depois casou Teresa com Henrique e lhe deu o governo do Condato Portucalense. D. Henrique continua a luta contra os mouros e anexando os novos territórios ao seu condato, que vai ganhado os contornos do que hoje é Portugal.
Em 1128, Afonso
Henriques – filho de Henrique e Teresa- proclamou a independência do Condato
Portucalense, entrando em luta com as forças do reino de Leão. Quando em 1185
morre Afonso Henriques, os muçulmanos dominavam somente o sul de Portugal.
Sucede a Afonso Henriques o rei D. Sancho, que continuava a lutar contra os
mouros até sua expulsão total.. Dessa forma consolida-se a primeira dinastia
portuguesa: a Dinastia de Borgonhas.
A SOCIEDADE
A formação
de Portugal ocorreu num período de grande transição em que se percebe que o sistema feudal em
crise e, em contrapartida, o crescimento de em áreas urbanas. Então este
período se resume ao período de transição do feudalismo para as atividades
econômicas, como os mercadores e os negociantes de dinheiro.
A formação e
a própria evolução da língua portuguesa contam com um elemento decisivo: o
domínio romano, sem desprezar por completo a influência das diversas línguas
faladas na região antes do domínio romano sobre o latim vulgar, o latim passou
por diversificações, dando origem a dialetos que se denominava romanço ( do
latim romanice que significava, falar a maneira dos romanos).
Com várias
invasões barbaras no século V, e a queda do Império Romano no Ocidente,
surgiram vários destes dialetos, e numa evolução constituíram-se as línguas
modernas conhecidas como: neolatinas. Na Península Ibérica, várias línguas se
formaram, entre elas o catalão, o castelhano, o galego-português, deste último
resultou a língua portuguesa.
O
galego-português, era uma língua limitada a todo Ocidente da Península,
correspondendo aos territórios da Galiza e de Portugal, Cronologicamente
limitado entre os séculos XII e XIV, coincidindo ocom o período da Reconquista.
Na entrada do século XIV, percebe-se maior influência dos falares do sul,
notadamente na região de Lisboa; aumentando assim as diferenças entre o galego
e o português.
O galego
apareceu durante o século XII e XV, aparecendo tanto em documentos oficiais da
região de Galiza como em obras poéticas. Apartir do século XVI, com o domínio
de Castela, introduz-se o castelhano como língua oficial, e o galego tem sua
importância relegada a plano secundário.
Já o
português, desde a consolidação da autonomia política e, mais tarde, com a
dilatação do império luso, consagra-se como língua oficial. Da evolução da
língua portuguesa destaca-se alguns períodos: fase proto-histórica, do
Português arcaico e do Português moderno.
FASES
HISTÓRICAS DO PORTUGUÊS
• Fase proto-histórica
Anterior ao
século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade do latim usado
apenas em documentos e por isso também chamado de latim tabaliônico ou dos
tabeliões).
• Fase do português arcáico
Do século
XII ao século XVI, corresponde dois períodos:
a) do século
XII ao século XIV, com textos em galego-português;
b) do século
XIV ao século XVI, com a separação do galego e o portugu6es.
• Fase do português moderno
A partir do
século XVI, quando a língua portuguesa se uniformiza e adquiri as
caracteristicas do português atual. A rica literatura renascente portuguesa,
produzida por Camões, teve papel fundamental nesse processo. As primeiras
gramáticas e dicionários da língua portuguesa também surgiram do século XVI.
GEOGRAFIA DA
LÍNGUA PORTUGUESA
O actual
quadro das regiões de língua portuguesa se deve as expansões territorial
lusitana ocorrida no século XV a XVI. Assim que o língua portuguesa partiu do
ocidente lusitano , entrou por todos os continentes: América (com o Brasil),
África (Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, República Democrática de
São Tomé e Príncipe), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), e Oceania (Timor), além
das ilhas atlânticas próximas da costa africana ( Açores e Madeira), que fazem
parte do estado português.
Em alguns países o português é a língua oficial (República Democrática de São Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde), e apesar de incorporações de vocábulos nativos de modificações de pronúncia, mantêm uma unidade com o português de Portugal.
Em alguns países o português é a língua oficial (República Democrática de São Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde), e apesar de incorporações de vocábulos nativos de modificações de pronúncia, mantêm uma unidade com o português de Portugal.
Em outros
locais, surgiram dialetos originários do português. E também regiões em que
essa língua é falada apenas por uma peguena parte da população, como em Hong
Kong e Sri Lanka.
Bibliografia
NICOLA, José de, Língua, Literatura e Redação, 6ª ed., Editora Scipione, 1994
TERSARIOL, Alpheu, Biblioteca da língua portuguesa, 14ª ed., Editorial Irradiação S.A.- São Paulo, 1970
Material do site:
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-origem-da-lingua-portuguesa.html
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