Queremos
refletir, nesse texto, sobre a “pedagogia da criatividade” como estratégia para
o empoderamento de sujeitos, especialmente (mas não apenas) em contextos de
exclusão extrema.
Propomo-nos
a indagar o poder transformador de vivências focadas no resgate e valorização
do potencial criativo de sujeitos comunitários e usaremos, para tanto, do caso
do “Rio de Encontros”, em curso de implementação em Marabá, PA. Trataremos do
empoderamento como objetivo dos processos descritos e, cientes da polissemia de
tal conceito, procuraremos esclarecer o sentido que a ele atribuímos.
O
referencial teórico das Metodologias Integrativas e da Pedagogia da
Transformance serão os dispositivos teórico-práticos que nos permitem
qualificar esses caminhos de busca de autonomia.
Os
conceitos de Inteligências Múltiplas e de Escuta Ativa, assim como o respeito
pela autonomia dos sujeitos que pretendemos envolver nos processos, e que
apreendemos com Paulo Freire, são mais alguns marcos conceituais que o leitor
verá em ação.
Os
procedimentos metodológicos usados são os da pesquisa bibliográfica, além do
recurso a material empírico oriundo de relatórios de projeto e da reflexão
ativa em torno da experiência de gestor social e cultural de um dos autores.
Em
suma, o caso apresentado permite- nos formular a tese seguinte: o se recorrer à
valorização das capacidades expressivas e criativas é uma estratégia crucial em
processos que visam o empoderamento, especialmente de sujeitos marginalizados e
excluídos.
Nosso
auspício é lançar mão de um diálogo que nos parece urgente e que tem como
objeto o aumento da eficácia das práticas de intervenção em gestão social, para
a inclusão social e ampliação da cidadania.
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