TRABALHO ELABORADO POR FLUSIL MOMENT
Escola de Magistérios Kimamuenho de Caxito
Curso: Educação
Especialidade: Língua Portuguesa/E.M.C.
História
A função Social da História
(Política, Economia e Social)
10ª Classe
Turma: B
Sala: 2.2
O Docente
_________________________
Daniel G. Almeida
Caxito/2018
Lista dos Integrantes do Grupo
1. Antonica Domingos.......................................................................................
Nº 02
2. Isabel c. Calei................................................................................................
Nº 07
3. João Zacarias J.
Ricardo................................................................................
Nº 14
4. Juliana Lopes Bendrão..................................................................................
Nº 21
5. Maria António Apolinário..............................................................................
Nº
6. Maria da Silva
Manuel..................................................................................
Nº 35
7. Marinela do Rosário......................................................................................
Nº 38
8. Roberta N.
Ngunza........................................................................................
Nº
9. Rosa Lisboa...................................................................................................
Nº 54
10. Sabrita M. Pascoal
........................................................................................
Nº 59
ÍNDICE
O estudo da história é uma indagação sobre o
significado da vida individual e colectiva dos seres humanos no transcorrer do
tempo; nesse sentido, a história cumpre uma função na formação do cidadão, seja
ele no contexto Político, Económico ou social. Seu estudo nestes três contextos
(económico, político e social) ilumina os mecanismos que impulsionaram o
desenvolvimento dos povos e informa sobre as idéias que tais povos têm sobre seu
desenvolvimento histórico. Permite, portanto, registrar a variedade de artefactos
que imaginaram para armazenar, reter e difundir a memória do passado.
Assim sendo, o presente trabalho visa abordar sobre a
Função Social da História, cuja finalidade é conceituar o termo história,
explicar o seu objectivo, descrever em poucas palavras sobre o seu historial, e
posteriormente descrever a função social da história no aspecto Político,
Económico e Social.
História é uma ciência humana que estuda o
desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos,
personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico,
cultura ou civilização.
Um dos principais objetivos da História é resgatar os
aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do
processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a
compreensão do presente.
Dentre as várias correntes historiográficas,
destacam-se três que podem ser considerados as mais importantes dentro do
processo de desenvolvimento e evolução da historiografia, o Positivismo, o
marxismo e a escola dos Annales. Ambas buscaram em seus métodos e
especificidades exercer a função da História na sociedade, sendo esta o dever
de possibilitar ao educando, agente social, uma compreensão ativa da realidade,
condição para a formação da cidadania.
O Positivismo da origem a História enquanto ciência, por
ser marcado pela cientifização do pensamento e do estudo humano tendo como
preocupação torná-la algo mais comprovado e científico, pela busca de fatos e
pelo estabelecimento das relações precisas entre o documento e a narração,
ciência aplicada.
Nessa perspectiva, a História é ciência pura,
comprovada, que objetiva uma verdade única, fundamenta-se pra busca de fatos
históricos e comprovação, tendo como sujeitos personalidades políticas,
religiosas militares. Privilegia o estudo dos fatos passados que são
apresentados numa seqüência de tempo linear e progressiva, tendo o historiador
o papel de coletar, ajeitar documentos do esquecimento e divulgá-los, nunca
interpretar ou emitir opiniões, resultado numa História infantilizada num encadeamento
dos fatos isolados.
Neste contexto objectiva mostrar a importância da
história no contexto económico, visto que ela relata os factos, localizando-os
no tempo e no espaço e esta estuda a alocação dos recursos escassos da
sociedade, necessita localizá-los numa localização cronológica. A economia
tenta resolver os problemas econômicos quer seja estáticos ou dinâmicos,
lançando mão dos relatos históricos para melhor direcionar as decisões de um
fazer perfeito, isto é, não incorrendo nos erros do passado, como ainda se
incorre hoje em dia.
Não se pode pensar em economia sem buscar na história
as justificativas mais plausíveis à tomada de decisões que qualquer
administrador, cientista econômico, ou economista propriamente dito no uso de
suas atribuições, construir a verdade econômica.
Os grandes problemas da humanidade em termos de
economia, tal como as crises que tem ocorrido, os progressos econômicos, a
Revolução Industrial, a Revolução Agrícola, a Revolução Financeira e muitas
outras formas de problema que a humanidade tem enfrentado, sempre têm a ajuda
da história. Mesmo que se queira dar um caráter particularizado à economia
estática, não se pode esquecer que a história também esteja e está presente,
indicando onde está errado e onde está certo pelo prisma do processo evolutivo
da humanidade.
Desta forma, a história exerce a sua grande influência
na economia como elemento basilar da solução dos problemas econômicos que todos
atravessam em todos os tempos, pois o fundamento mais importante são os
documentos históricos que proporcionam sustentáculos.
Nenhum ponto dos fundamentos econômicos que a economia
moderna trabalho prescindiu da participação da história, cujos dados
documentais e com a força do raciocínio lógico conseguiram desvendar alguns
mistérios que os cientistas da economia com os instrumentais econômicos, não
conseguiram entender. Pode-se dar uma caminhada pela trajetória da história
econômica e verificar que sem o auxílio dos hieróglifos, dos papiros mofados e
da intransigência dos historiadores, não se chegaria a descobrir a resposta a
alguns questionamentos importantes da economia.
Compreende-se que, a economia tem como princípio
fundamental a utilização dos recursos escassos da sociedade, como melhor
direcioná-los e como proporcionar um maior bem-estar possível e toda população
de cada nação e do planeta onde vive a humanidade actual que necessita resolver
os problemas. A economia tem como direção os que detêm o poder naquele momento,
todavia, deve-se considerar que a influência dos intelectuais e políticos na
condução da história está além dos que formam consciência, mas a humanidade
determina seu próprio destino. Os políticos, cientistas e intelectuais estudam
e tentam direcionar os seus comandados, porém, a consciência e a determinação
evolutiva de cada povo, é que traçam os caminhos econômicos, cuja história
conhece claramente os meandros desta fase.
A economia tem como princípio investigar os problemas
econômicos, fazendo uma conexão entre meios e fins, relacionando sempre o
passado com o futuro, tentando organizar os elementos participativos da
economia, dentro dos fundamentos de uma boa administração dos meios escassos da
sociedade. É justamente neste relacionamento das pessoas com as pessoas e das
pessoas com as coisas, isto é, a máquina, os elementos naturais e a
criatividade que a economia funciona, produzindo máximo aos mínimos custos e
sem ferir a natureza.
Falar de princípios de economia é tentar relacionar as
técnicas de como vive numa sociedade que esteja num sistema de concorrência
perfeita, onde tudo está bem ajustado, não existe a interferência direta do
estado e tudo ocorre de acordo com as relações compradores e vendedores na
economia.
Com as hipóteses da concorrência perfeita, claramente
se chega ao ótimo pareteano, ou ao equilíbrio geral, tal como proclamou L.
WALRAS (1874) em seus princípios de economia, que é um aprimoramento das
teorias de Adam SMITH (1767) e seus seguidores.
Em resumo, economia é uma ciência que tem muito que se
estudar, ao considerar que o mundo se transforma a cada instante, as
imperfeições são cada vez mais evidentes e se tem que tomar as devidas
providências para se construir um mundo melhor.
Por muito tempo tratar de uma história política estava
relacionado a uma velha história de grandes líderes, principalmente políticos
ou instituições. No entanto, apesar destas visões, com o advento de uma Nova
História Política, a partir dos anos de 1980, vemos discussões sobre o poder
sob um novo enfoque, tratando do poder estatal até o poder de micro poderes.
A história política está ligada à noção de “poder”,
não mais o poder de uma elite, mas também a discussão do estudo de micro
poderes num ambiente cotidiano, no interior da família, mas retornam a partir
dos anos de 1930 antigos objetos por muito tempo negligenciados pela Escola dos
Annales.
Nessa nova concepção da História, surge uma proposta
de ação política articulada a uma idéia global da História da humanidade, onde
a economia é vista como base de toda a estrutura da sociedade, numa
superestrutura (política e ideológica). Sendo a História em processo
descontínuo, relação dialética entre as forças produtivas e as relações de
produção, marcada pela luta de classes, conhecida como “motor da
história".
Segundo Karl Marx, é preciso não apenas entender o mundo,
mas transformá-lo, pois não é a consciência do homem que determina o seu ser,
mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência.
Sendo assim, o historiador ganha nova função, torna-se
sujeito investigador sem retirá-lo do contexto histórico, centra análise no
coletivo, no social. O aluno ou agente social perde sua passividade, passando a
ser sujeito do processo educativo, interage, deixa de ser visto como folha em
branco a ser preenchida.
Com o materialismo Histórico ou Marxismo, a função
social da História é exercida, levando o indivíduo a compreender os diferentes
processos e sujeitos históricos, das relações que se estabelecem entre os
grupos humanos nos diferentes tempos e espaços, partindo do contemporâneo. Daí
a sistematização de uma concepção de História articulada à prática
revolucionaria, para mudar o presente.
Dentro do vasto campo de modalidades da História que
hoje abrigam os enfoques e fazeres historiográficos e que vão de categorias
mais recentes como a Micro História e a História do Imaginário até categorias
já tradicionais como a História Econômica e a História Demográfica existem
algumas modalidades que se definem a partir de uma peculiaridade bem
interessante. Elas são atravessadas por uma palavra apenas, que parece iluminar
de maneira especial cada um dos seus diversos caminhos internos. Entre outras
possíveis, podemos lembrar as noções de “Cultura”, “População”, “Poder”, a
partir das quais teremos modalidades historiográficas muito específicas como a
História Cultural, a História Demográfica, a História Política.
Dentre essas modalidades historiográficas que são
iluminadas em seu espectro de possibilidades internas por uma noção
fundamental, a História Política ocupa um lugar bastante especial por razões
que já discutiremos. Por trás da História Política de qualquer história
política, das antigas às novas possibilidades está uma palavra apenas, ou um
aspecto, que ocupa o papel de centro de gravidade de todos os fazeres e
abordagens históricas que se abrigam sobre esta categoria.
A palavra “poder” rege os caminhos internos da
História Política da mesma maneira que a palavra “cultura” rege os caminhos
internos da História Cultural, ou que a palavra “imagem” erige-se como
horizonte fundamental para a História do Imaginário.
Nova História Política passou a abrir um espaço
correspondente para uma “História vista de Baixo”, ora preocupada com as
grandes massas anônimas, ora preocupada com o “indivíduo comum”, e que por isto
mesmo pode se mostrar como o portador de indícios que dizem respeito ao social
mais amplo. Assim, mesmo quando a Nova História Política toma para seu objeto
um indivíduo, não visa mais a excepcionalidade das grandes figuras políticas
que outrora os historiadores tradicionais acreditavam serem os grandes e únicos
condutores da História.
Tem-se aqui, portanto, um elemento novo que ajuda a
compreender o chamado retorno do Político. Não apenas uma nova História
Política mostrou-se no decurso do século XX favorecida por uma expansão e
diversificação da noção de “poder”, conforme pontuamos no início deste ensaio,
como o retorno das atenções sobre o Político vê-se beneficiado também por novos
contextos históricos.
O ensino de história nos faz conhecer uma realidade
que nos permite reproduzir transformações pelas quais a sociedade esta se
passando. A formação social é fundamentada na história de cada povo o tempo
histórico passado e presente são essenciais para compreender a formação
estrutural de cada civilização.
Aqui a função social da História é defasada, obscura,
pois prioriza um processo de ensino no qual o aluno se mostra em sua
passividade, sujeito passivo e contemplativo, cópia fiel do objetivo.
Na terceira corrente historiográfica, a Escola dos
Annales há uma aproximação ou complementação do Marxismo, pois também
fundamenta-se na integração entre os factores econômicos, sociais e políticos. Os
factos são construídos pelo historiador, as "fontes" (perdem a
prioridade, os documentos escritos, aproveitando tudo que é do homem, dando
origem a uma História-problema).
Outras características importantes são a divisa do
caráter cientifico da História e as relações ou sua inserção no contexto com
outras ciências, humanas, aproveitando métodos, técnicos de pesquisa e temáticas
para as investigações históricas, como a Arqueologia, a Arte e a Sociologia,
por exemplo.
A idéia de História global, leva em consideração todos
os elementos constitutivos de uma sociedade, em sua transformação ao longo do
tempo, capaz de compreender todas as dimensões possíveis da vida social. Tal
concepção dá ênfase, nas articulações históricas sociais, econômicas e
culturais mais gerais, ao invés da concentração da pesquisa nos indivíduos e na
incineração de fatos, dando abertura à pesquisa em todos os documentos
disponíveis: escritos, visuais, sonoros, vestígios arqueológicos, paisagens,
pictográficos etc.
O estudo de história deve esta na formação de cada
cidadão desenvolvendo seu conhecimento transformando-o em um cidadão capaz de
formar seus próprios conceitos ideológicos. A educação do homem se faz
necessário com um bom conhecimento da história temporal que o torna parte
fundamental interferindo nos valores dominantes da sociedade.
A escola é a principal formadora de conhecimento
implantado no homem onde sua amplitude de ensino esta nos diversos espaços
educacionais que capacitará o homem como ser pensante, principal fonte de
reprodução do conhecimento da história que transmitirá o conhecimento e valores
sociais que viabilizarão a legitimação do conhecimento em todos os espaços.
Está na educação à importância de ensinar história, à
escola como fornecedora do conhecimento tem a responsabilidade de formar o
cidadão um agente duplo ao mesmo tempo ensinando e aprendendo como uma
sociedade deve se portar diante de sua própria história.
A socialização do cidadão em uma sociedade brasileira
faz do aluno uma parte na construção histórica de um povo que tem conhecimento
onde estes são utilizados em diferentes meios sociais para incorporar na vida
do cidadão elementos tornando-o um sujeito ativo e pensante.
As sociedades estão em constantes mudanças sejam elas
nos espaços políticos, culturais e sociais a historiografia tem como objetivo
levar cada pessoa a observar em cada contexto histórico acontecimentos isolados
que a sociedade vive a negligenciar.
O conhecimento histórico é fundamental em cada nação,
sociedade no momento atual passamos por uma grande crise de identidade onde os
valores não são lembrados importantes fatos não observados com a devida
importância. O certo é que uma sociedade que não se identifica com sua própria
história não tem conhecimento de se mesmo.
A função da história é nos tornar atentos aos
acontecimentos analisá-los e termos uma noção do que esta se passando. Uma
nação cuja história não é valorizada e dada o seu devido valor esta sujeita a
se perder no tempo.
Consclusão
Em suma, o conhecimento histórico é indispensável para
preparar crianças e jovens para viver em sociedade, pois proporciona um
conhecimento global do desenvolvimento dos seres humanos e do mundo que os
rodeia, quer no ponto de vista económico, político ou social. Se as novas
gerações estão obrigadas a conhecer o presente, convém que o façam a partir do
passado. Por outro, não se deve fazer história da economia, todavia, deve-se
fazer economia com história, pela sua participação inquestionável e necessária
para as grandes descobertas econômicas de todos os tempos que ainda não se
conseguiu.
Enfim, só através das propostas do Marxismo e dos
Annales é possível atender aos anseios da História, ou seja, fazer com que sua
função social de criar condições para o desenvolvimento e a formação da
cidadania seja concretizada.
ALMEIDA, Maria Josefa de Carvalho. Introdução aos estudos históricos.
ALMOND, G. e VERBA, S. The civic culture. Princeton: Princeton University Press,
1963.
BAKHTIN,
Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC, 1981
BARROS, José D’Assunção. O
Campo da História: Especialidades e Abordagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da
historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.
FERRAZ, Francisco César Alves. Historiografia. In. UNIVERSIDADE NORTE DO
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANA. Licenciatura em História Módulo I
.
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