REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
LICEU Nº 774
“DOMINGOS SKS/MUXALUANDO-NAMBUANGONGO
TRABALHO DE HISTÓRIA
A DESCOLONIZAÇÃO DO CONTINENTE ASIÁTICO
DOCENTE
_____________________
LUÍS PEREIRA
BENGO/2018
LICEU Nº 774 “DOMINGOS SKS”
TRABALHO DE HISTÓRIA
A DESCOLONIZAÇÃO DO CONTINENTE ASIÁTICO
·
O Contexto Internacional da emancipação afro-asiático
·
Factores internos e externos da emancipação asiático
·
Panorâmica do processo de libertação nas diferentes colónias
·
Os casos da Índia, Paquistão, Indochina, Vietname
·
Os grandes Líderes do nacionalismo asiático: Ghandi, Nehru, Mohamed Jinah,
Ho chi Min, Chiang Kai-Shek, Bao-Dai, etc
GRUPO Nº 02
Turma: GE11
SALA: 01
PERIODO: TARDE
CLASSE: 11ª
BENGO/2018
Sumário
Introdução
A ebulição política e social após a Segunda Guerra
Mundial se estabeleceu também nas regiões em processo de descolonização, pois o
fim da guerra fria demarcava, na pratica, ó fim dos impérios coloniais. A
partir de 1945, o ideal de independência dos povos colonizados transformou-se
num fenômeno de massas, com o surgimento de vários países politicamente livres,
que, no entanto mergulharam na dependência econômica, determinando o
subdesenvolvimento, o terceiro-mundismo.Entre 1950 e 1956, mais de quarenta países
afro-asiáticos conseguiram sua independência, impulsionados pelo nacionalismo,
pelo declínio do poderio europeu após a guerra e pelo apoio da Organização das
Nações Unidas, que reconhecia seus direitos. Além disso, havia a posição
favorável dos Estados Unidos e da União Soviética, que viam em tal processo um
forma de ampliar suas áreas de influência.
Assim sendo, o presente trabalho visa abordar sobre A
Descolonização do Continente Asiático, constituído por um Capítulo e este
constituído por vários subtemas, tais como: O contexto Internacional da
emancipação asiática; factores internos e externos da emancipação asiática;
panorâmica do processo de libertação nas diferentes colónias; os casos da
Índia, Paquistão, Indochina e Vietname; os grandes líderes do nacionalismo
asiático: Chandi, Nehru, Mohamed Jinah, Ho Chi Min, Chiang Kai-Shek, Bao-Dai,
etc.
Descolonização é o nome genérico dado ao processo pelo
qual uma ou várias colônias adquirem ou recuperam a sua independência,
geralmente por acordo entre a potência colonial e um partido político (ou
coligação) ou movimento de libertação.
A descolonização da Ásia aconteceu quase que simultaneamente
com a Segunda Guerra Mundial, os asiáticos contaram com o apoio dos Estados
Unidos e da ex-União Soviética.Para estruturar as colônias europeias no mundo
foram necessários mais de quatro séculos, contando a partir do período das
feitorias até a segunda metade do século XX.
A independência do continente asiático se deu por duas
causas:
·
O enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial, e;
·
A eclosão de movimentos de luta pela independência.
O processo de descolonização asiático contou com o
apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele
momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas
áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos
países que iriam emergir com a independência.
A descolonização asiática sucedeu quase que
simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram
independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri
Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução
socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e
japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos
domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois
países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A
Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os
anos de 1957 e 1965.
As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se
submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria
tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.
O restante dos países que integram o Oriente Médio
obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do
Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.
Em razão de muitos anos de intensa exploração por
parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no
entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são
percebidos até os dias atuais.
Em 1955, a Conferência de Bandung, na Indonésia,
debateu os problemas do Terceiro Mundo e a questão do não-alinhamento, reunindo
vinte e nove nações afro-asiáticas, que declararam apoiar o anticolonialismo e
combater o racismo e o imperialismo.
Bandung substituiu o conflito leste-oeste qntre
capitalismo e socialismo pelo norte-sul entre os países industrializados ricos
e os países pobre e exportadores de produtos primários. As nações reunidas
definiram publicamente quatro objetivos básicos:
·
Ativar a
cooperação e a boa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus
mútuos interesses;
·
Estudar os
problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes;
·
Discutir a
política de discriminação racial, o colonialismo e outros problemas que
ameaçassem a soberania nacional;
·
Definir a
contribuição dos países afro-asiáticos na promoção da paz mundial e na
cooperação internacional.
No fundo, a Conferência de Bandung firmava a
existência de um bloco multinacional, não alinhado, o denominado Terceiro
Mundo, sem definir uma política concreta para a superação do subdesenvolvimento
e das heranças coloniais.
A principal consequência do processo de descolonização
afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que juntamente com a
América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.
Essa denominação deve-se ao fato de que os países
originados a partir desses processos de independência acabaram por manter
vínculos de dependência econômica com os países capitalistas desenvolvidos
(Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).
O final da Segunda
Guerra Mundial criou um clima amplamente favorável a democracia e a emancipação
dos países que ainda estavam sob o jugo colonial de nações estrangeiras. A
vitória no confronto contra os nazistas liderada pelos Estados Unidos,
Inglaterra e França trazia no seu bojo o claro constrangimento das nações
europeias. Esses países da Europa, que proclamavam em alto e bom tom o seu
ideário liberal e democrático, ainda se valiam do domínio sobre territórios
africanos e asiáticos para aumentar suas riquezas e fortalecer suas economias.
Isso aumentava ainda
mais as dificuldades internas dos países africanos em busca de emancipação e
estabilidade política e econômica. Até mesmo em países que teoricamente estavam
mais preparados para realizar a transição da posição de colônias para a de
países livres, como eram os casos do Quênia e da Nigéria (ex-colônias
britânicas) ocorreram muitos problemas.
O Quênia, país pobre
situado na África Oriental, caracterizado por um território sem água, em que as
terras são estéreis, tinha enormes problemas em Sectores básicos como a
produção e a distribuição de alimentos. Suas poucas áreas propícias ao desenvolvimento
de culturas agrícolas situam-se na região sul do país, na proximidade do Oceano
Índico.
A Nigéria por sua vez,
vivia assolada por denúncias de corrupção, desmandos e violência que se
tornaram ainda mais devastadoras para o processo emancipatório local com o
assassinato de seu primeiro-ministro e a ascensão de um governo militar em
1966. Para piorar ainda mais a situação um movimento separatista proclamou o
surgimento da República de Biafra apenas um ano depois do estabelecimento dos
militares no poder.
O país foi então tomado
por uma guerra civil que se estendeu por três anos e vitimou mais de um milhão
de pessoas. As maiores perdas não ocorreram nos campos de batalha e sim em
virtude da fome e de doenças ocasionadas pela devastação do país. A derrota dos
separatistas ocorreu apenas em 1970 e impediu a plena organização do país, um
dos mais ricos em recursos minerais do continente africano (possui reservas de
gás natural, carvão, petróleo e colúmbio – mineral utilizado para a produção do
aço).
Havia também casos de
países que realizaram sua independência sem que o poder fosse repassado para a
maioria negra. Nesses casos a minoria branca concentrou as atribuições
políticas, militares e econômicas e legou aos negros uma posição de submissão controlada
a partir de um aparato de estado de caráter repressor.
Isso aconteceu, por
exemplo, no Zimbábue (antiga Rodésia), onde a conquista da Independência levou
ao poder o primeiro-ministro Ian Smith, que cortou todos os laços que uniam o
país a metrópole inglesa, inclusive a participação na Comunidade Britânica.
Essa atitude radical não promoveu, porém, o gradual repasse das atribuições
políticas e econômicas à comunidade negra que formava a esmagadora maioria da
população do país.
Acuado por pressões
políticas externas, advindas principalmente da Inglaterra e dos Estados Unidos,
Smith promoveu uma lenta abertura política a partir da qual se comprometeu a
passar o poder político para os negros. Em 1979 o país teve o seu primeiro
presidente negro eleito.
Líderes nacionais que
abertamente se posicionavam contra os abusos cometidos na África do Sul foram
penalizados de forma brutal. Stephen Biko, influente defensor do protesto não
violento foi assassinado na cadeia a partir do comando das principais autoridades
do país.
Ele realizava importante e expressiva campanha
em prol da recuperação da auto-estima de seus compatriotas ao liderar protestos
que tinham como principal bandeira o slogan “Black is beautiful”.
Nelson Mandela ficou
encarcerado por décadas até que fosse libertado e pudesse se tornar o primeiro
presidente negro da África do Sul já no início dos anos 1990. Desmond Tutu,
bispo anglicano, respaldou-se na sua condição de religioso para proteger
inimigos do estado racista e pregar abertamente contra o Apartheid em nível
internacional. Apesar de seus esforços e de diversos outros ativistas a
comunidade internacional que investia no país não apoiou de forma efetiva um
boicote a África do Sul contra o racismo.
Outro caso contundente
quanto as dificuldades dos países africanos para atingir autonomia plena foi o
de Gana. Essa ex-colônia britânica, conhecida anteriormente como Costa do Ouro
tornou-se independente em 1954. O líder do movimento emancipacionista foi Kwame
Nkrumah (1909-1972), que apesar de suas origens humildes foi educado na
Inglaterra e nos Estados Unidos.
Tinha fortes tendências
socialistas e era um estudioso do marxismo, apesar disso nunca declarou
formalmente ter aderido ao socialismo. Buscou apoio para algumas de suas
políticas internas em Moscou. Acreditava que as tradições culturais africanas
como as de seu próprio país não poderiam ser esquecidas em favor das
influências europeias. Centralizador, o presidente de Gana criou um regime
político unipartidário. Investiu em ações de caráter social com a construção de
hospitais e um importante trabalho na área educacional.
Foi deposto por um
golpe militar sob a acusação de corrupção e da criação de um culto a sua
própria personalidade. Esse golpe, conforme auferido posteriormente foi financiado
pela CIA (Agência Central de Inteligência) dos Estados Unidos. A ação
norte-americana fazia parte das estratégias de combate a expansão do comunismo
internacional daquele país. O importante era derrotar os russos, o que
aconteceria com a África pouco importava...
Foi no Congo, colônia
da Bélgica, que ocorreu uma das mais duras e violentas revoltas do continente
africano. Prevendo que os acontecimentos locais poderiam redundar num banho de
sangue os colonizadores belgas concedeu a independência a seus súditos locais.
Esse acontecimento desencadeou lutas internas que motivaram o surgimento de
movimentos separatistas, com especial destaque para a revolta que ocorreu em
Katanga.
Katanga era a principal
fonte de renda do país com suas ricas minas de cobre, controladas por empresas
belgas. Lideranças locais motivadas pela riqueza de seu subsolo iniciaram
revolta contra o poder central do país e promoveram o assassinato de vários
líderes nacionais, inclusive do líder esquerdista Patrice Lumumba. Para isso
contaram com o auxílio da CIA, preocupada com a possibilidade dos comunistas
tomarem o poder no país.
A ação do Conselho de
Segurança da ONU impediu a continuidade da guerra civil no país, no entanto não
impediu que a história daquela nação continuasse problemática e cheia de
dificuldades já que em 1971 assumia o poder o ditador Mobutu, que mudou o nome
daquela nação para Zaire.
Na segunda metade do
século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela segunda Revolução
Industrial e em face das independências das colônias americanas, a Europa
volta-se novamente à África e à Ásia, impondo o neocolonialismo.
As disputas entre as
potências europeias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a Primeira
Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra, perdendo sua hegemonia
para os Estados Unidos.
A crise do pós-Primeira
Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929, que repercutiu
nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos colonos, que
iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles europeias. Esses movimentos
coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento de um
forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.
Após a Segunda Guerra
Mundial, a Europa declinou completamente, sendo dividida em áreas de influência
entre EUA e URSS. O enfraquecimento da Europa significou o fortalecimento do
nacionalismo e o crescimento do desejo de independência. Desejo esse que passou
a se apoiar na Carta da ONU, que reconhecia o direito à autodeterminação dos
povos colonizados e que fora assinada pelos países europeus (os colonizadores).
Em 1955, vinte e nove
países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da
Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência
de Bandung estimulou as lutas por independência na África e Ásia.
Terminada a Segunda
Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a liderar os dois
grandes blocos, capitalista e comunista. Dentro do contexto da Guerra Fria,
buscaram a expansão de suas áreas de influência. Nesse sentido, passam a ver
nos movimentos de independência afro-asiática a possibilidade de ampliar sua
influência política nas novas nações.
A Revolta dos Cípaios,
1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que culminou com a
sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.
A dominação da Índia
não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo centralizado, a
diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas facilitaram
a penetração inglesa.
A partir da década de
1920, Mahatma Gandhi e Jawarharlal Nerhu, através do Partido do Congresso, com
apoio da burguesia, passaram a liderar o movimento de independência da Índia.
Gandhi pregava a
desobediência civil e a não-violência como meios de rejeição à dominação
inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela
independência.
A perda do poder
econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou-lhe
as condições para continuar a dominação na Índia.
Em 1947, os ingleses
reconheceram a independência indiana, que levou — em função das rivalidades
religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, do Partido do
Congresso, com maioria hinduísta, e do Paquistão (Ocidental e Oriental),
governado por Ali Jinnah, da Liga Muçulmana, com maioria islamita. O Ceilão
também se tornava independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka, com
maioria budista.
Em 1947 a Índia obteve
sua independência, graças a ação do líder pacifistaMahatma (ou Mohandas)
Gandhi, após anos de resistência pacífica à dominaçãoinglesa. A Índia, país de
diversas culturas e religiões teve um processo de libertaçãoconturbado, onde os
ingleses incitavam as diferenças religiosas, principalmente entrehindus e
muçulmanos, para manter seu domínio.Após a Segunda Guerra, a Índia ganhou a
independência, mas dividiu-se em doisEstados: a República União Indiana (de
maioria hinduísta) e a República do Paquistão(de maioria islâmica).
A independência da
Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas
divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao
assassinato de Gandhi.
O
Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separa-se do
Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.
·
Nascimento
do Paquistão
A Segunda Guerra
Mundial constituiu-se em oportunidade para nacionalistas indianos, perante um
governo britânico desejoso da cooperação indiana durante o conflito. Gandhi e o
Congresso lançaram então o movimento Quit India ("Saia da Índia", bordão
dirigido aos britânicos), ao qual a Liga Muçulmana não se associou de maneira
formal.
Seguiu-se um período de
violência descontrolada na Índia, provocado pela repressão ao movimento de
desobediência civil de Gandhi e agravado pela fome catastrófica que levaria à morte
três milhões de pessoas na Bengala, em 1943.
·
Partição
e independência
Decididos a abandonar a
Índia a partir de 1945, os britânicos depararam em 1946 com a multiplicação dos
confrontos sangrentos entre a comunidade muçulmana, de um lado, e as comunidades
siques e hindus, de outro. A Liga, que continuava a exigir a criação de um
Estado distinto nas regiões de maioria islâmica, sagrou-se vencedora na maior
parte das zonas eleitorais muçulmanas nas eleições de 1946. Os britânicos
decidiram-se, então, em favor da partição do país, apesar da oposição de Nehru
e Gandhi. A Lei de Independência Indiana (Indian Independence Act) aprovada
pelo parlamento britânico, entrou em vigor à 00:00 h do dia 15 de agosto de
1947, momento em que o Reino Unido transferiu a soberania local para os novos
Estados independentes da Índia e do Paquistão, que se tornam então membros da
Commonwealth.
Em 1887, a Indochina
foi conquistada e submetida ao colonialismo francês. A França, em 1940, foi
ocupada pelos alemães, cessando seu domínio sobre a região. No ano seguinte,
1941, os japoneses ocuparam toda a Indochina, com o consentimento do general
Pétain, o que levou à formação do movimento de resistência nacionalista,
comandado pelo Vietminh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã).
O Vietminh era liderado
por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do Japão na Segunda
Guerra proclamou a independência da República Democrática do Vietnã (parte
norte).
Terminada a Segunda
Guerra, os franceses não reconheceram o governo de Ho Chi Minh e tentaram, a
partir de 1946, recolonizar a Indochina, ocupando as regiões do Laos, Camboja e
o Vietnã do Sul, desencadeando a Guerra da Indochina, que se estendeu até 1954,
quando os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu.
No mesmo ano,
realizou-se a Conferência de Genebra, na qual a França retirava suas tropas e
reconhecia a independência da Indochina, dividida em Laos, Camboja, Vietnã do
Norte e Vietnã do Sul.
Laos e Camboja ficaram
proibidos de manter bases militares estrangeiras em seu território, e no Vietnã
deveriam se realizar eleições num prazo de dois anos para decidir a
reunificação.
Pela Conferência de
Genebra, o paralelo 17 estabelecia a divisão entre Vietnã do Norte — governado
pelo líder comunista Ho Chi Minh — e Vietnã do Sul governado pelo rei Bao Dai,
que colocou Ngo Dinh Diem como primeiro-ministro.
Em 1955, Ngo Dinh Diem,
com um golpe de Estado, proclama a República, depondo o rei Bao Dai. Passa a
receber o apoio dos EUA.
No Vietnã do Sul
estabeleceu-se um governo de caráter impopular, marcado pelo autoritarismo de
Ngo Dinh Diem que, em 1956, suspende as eleições estabelecidas oela Conferência
de Genebra.
Em oposição ao seu
governo, formou-se a Frente de Libertação Nacional, em 1960, que contava com um
exército guerrilheiro, o Vietcong. O objetivo da Frente era depor Ngo Dinh Diem
e unir o Vietnã do Sul ao Vietnã do Norte.
O Vietcong passou a
contar com o apoio do Vietnã do Norte e Ngo Dinh Diem era apoiado pelos Estados
Unidos, que, em 1961, enviam ajuda militar ao Sul. Em 1963, os vietcongs
dominavam boa parte do território do Vietnã do Sul. Neste mesmo ano morria o
presidente norte-americano, John Kennedy, e o vice, Lyndon Johnson, assumia a
presidência do país.
Os bombardeios
norte-americanos sobre o Norte prolongaram-se até 1968, quando foram suspensos
com o início das conversações de paz, em Paris, entre norte-americanos e
norte-vietnamitas. Como nos encontros de Paris não se chegou a uma solução, os
combates prosseguiram.
Em 1970, o presidente
dos EUA, Richard Nixon, autoriza a invasão do Camboja e, em 1971, tropas
sul-vietnamitas e norte-americanas invadem o Laos.
Os bombardeios sobre o
Vietnã do Norte por aviões dos EUA recomeçaram em 1972.
Desde 1968, a opinião
pública norte-americana, perplexa diante dos horrores produzidos pela guerra,
colocava-se contrária à permanência dos EUA no conflito, exercendo uma forte
pressão sobre o governo, que iniciou a retirada gradual dos soldados. Em 1961, eram
184.300 soldados norte-americanos em combate; em 1965, esse número se elevou
para 536.100 soldados; e, em 1971, o número caía para 156.800 soldados.
Em 27 de janeiro de
1973 era assinado o Acordo de Paris, segundo o qual as tropas norte-americanas
se retirariam do conffito; haveria a troca de prisioneiros de guerra e a
realização de eleições no Vietnã do Sul.
Mohandas Karamchand
Gandhi nasceu no dia 2 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, na Índia
ocidental, hoje estado de Gujarat. Seu pai era o primeiro-ministro do minúsculo
principado, e a mãe era uma devota vaisnava.
·
O movimento pela independência indiana
Após a guerra, Gandhi se envolveu com o
Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Ganhou
notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso
do jejum como forma de protesto.
Outra estratégia
eficiente de Gandhi pela independência foi a política do swadeshi - o boicote a
todos os produtos importados, especialmente os produzidos na Inglaterra. Aliada
a esta estratégia, estava sua proposta de que todos os indianos deveriam vestir
o khadi - vestimentas caseiras - ao invés de comprar os produtos têxteis
britânicos.
·
Segunda Guerra Mundial
Gandhi passou cada vez
mais a pregar a independência durante a II Guerra Mundial, através de uma
campanha clamando pela saída dos britânicos da Índia (Quit Índia, literalmente
Saiam da Índia), que, em pouco tempo, se tornou o maior movimento pela
independência indiana, ocasionando prisões em massa e violência em uma escala
inédita.
Gandhi e seus
partidários deixaram claro que não apoiariam a causa britânica na guerra a não
ser que fosse garantida, à Índia, independência imediata.
Durante este tempo, ele
até mesmo cogitou um fim do seu apelo à não violência, um princípio até então
intocável, alegando que a "anarquia ordenada" ao redor dele era
"pior do que a anarquia real". Foi, então, preso em Bombaim pelas
forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos.
Chiang Kai-shek ou
Jiang Jieshi (31 de outubro de 1887 - 5 de abril de 1975) foi um militar e
político chinês que assumiu a liderança do Kuomintang (um partido político
conservador da China na época) depois da morte de Sun Yat-sen, em 1925.
A República da China
caiu na Segunda Guerra Sino-japonesa com o Império do Japão invadindo a
Manchúria, em 1937; o que fragilizou a imagem de Chiang dentro da China, mas
cresceu externamente. Durante a Guerra Civil Chinesa (1927-1949), ele tentou
erradicar os comunistas chineses, mas falhou nessa tentativa, e se viu tendo
que recuar seu governo para Formosa (também conhecida como Taiwan), onde
continuou atuando, agora como presidente da República da China nessa ilha.
3.2.3 Muhammad Ali Jinnah
O nome de Jinnah no
nascimento foi Mahomedali, e ele nasceu provavelmente em 1876, filho de
Jinnahbhai Poonja e sua esposa Mithibai, em um apartamento alugado no segundo
andar da Mansão Wazir perto de Karachi, Sindh, na Presidência de Bombaim da
Índia britânica, atual Paquistão.
No início dos anos 30 viu
um ressurgimento no nacionalismo muçulmano indiano, que chegou à tona com a
Declaração do Paquistão. Em 1933, os indianos muçulmanos, especialmente das
Províncias Unidas, começaram a instar Jinnah a voltar e assumir novamente a
liderança da Liga Muçulmana, uma organização que havia caído em inatividade.
·
Antecedentes
da independência
Até o final da década
de 1930, a maioria dos muçulmanos do Raj britânico esperavam, após a
independência, fazerem parte de um estado unitário abrangendo toda a Índia
britânica, assim como os hindus e outros que defendiam o autogoverno.[62]
Apesar disso, outras propostas nacionalistas estavam sendo feitas. Durante um
discurso em Allahabad para uma sessão da Liga, Sir Muhammad Iqbal pediu um
estado para os muçulmanos na Índia britânica.
Com os britânicos e os
muçulmanos até certo ponto cooperando, o vice-rei pediu a Jinnah uma posição da
Liga Muçulmana sobre o governo autônomo, confiante de que seria muito diferente
do Congresso.
HồChí Minh
(Kiem Lan, 19 de maio de 1890 – 2 de setembro de 1969) foi um revolucionário e
estadista vietnamita. Nguyễn Sinh Cung nasceu na província de Nghệ An e somente
mais tarde seria mundialmente conhecido como Hồ Chí Minh ("aquele que
ilumina"). Embora Ho desejasse ser cremado, ele foi embalsamado e seu
corpo actualmente encontra-se no seu mausoléu em Hanoi
·
As inúmeras faces de Ho Chi
Minh
Ho Chi Minh
nasceu no distrito de Nam Dan da província de Nghe An. O seu nome verdadeiro
foi Nguyen Sinh Cung. Ele era pródigo em pseudônimos, muitos usados para
despistar inimigos e outros por fetiche. Quando se alistou a navio que o levou
à Europa usou Nguyen Van Ba. Já na liderança do Partido Comunista da Indochina,
criou o jornalista Tran Dan Tien, para se auto-entrevistar e divulgar as suas
ideias. Ao todo, eram dez alcunhas. O apelido Ho Chi Minh possui duas acepções.
Muitos
defendem que este era o nome de um mendigo, surrupiado pelo líder do Vietname.
Outra corrente afirma que Ho Chi Minh significa "aquele que traz a
verdade" ou "aquele que ilumina", e por isso foi escolhida como
alcunha oficial. Ho Chi-Minh também é acusado por seus oponentes de ter
mantido, desde a década de 1950, censura, repressão e culto à personalidade em
seu período de liderança no Vietnã.
3.2.5
Jawaharlal Nehru
(Allahabad,
14 de novembro de 1889 — Nova Délhi, 27 de maio de 1964[1]), também conhecido
como Pandit (professor) Nehru ou Pandita Nehru, foi um estadista indiano, que
foi o primeiro (e até hoje o de mandato mais longo) primeiro-ministro da Índia,
desde 1947 até 1964. Líder da ala socialista no congresso nacional indiano
durante e após o esforço da Índia para a independência do império britânico,
tornou-se no primeiro-ministro da Índia na independência, de 15 de agosto de
1947 até sua morte.
Nehru
afirmou em 1960: "A verdade é que estávamos cansados e estávamos entrando
num novo ano... O plano para a partição ofereceu uma saída." Os líderes do
Congresso decidiram que, tendo frouxamente amarrado as províncias de maioria
muçulmana, não valia apena o governo central que desejavam. No entanto, o
Congresso insistiu que se o Paquistão se tornasse independente, Bengala e
Punjab teria que ser dividido
Nehru foi educado na
Grã-Bretanha, na escola independente para rapazes Harrow School e no Trinity
College, em Cambridge.
Nehru teve a singular
honra de levantar a bandeira da Índia independente em Nova Deli em 15 de agosto
de 1947, no dia em que a Índia ganhou a independência. A valorização de Nehru
das virtudes da democracia parlamentar, o secularismo e liberalismo, juntamente
com as suas preocupações com os pobres e desfavorecidos, são reconhecidos como
o que o guiou na formulação de políticas que influenciam a Índia até o
presente. Também refletem as origens socialistas da sua visão de mundo. Sua
longa permanência foi fundamental na modelagem das tradições e das estruturas
da Índia independente. Ele é muitas vezes referido como o "Arquiteto da
Índia Moderna".Sua filha, Indira Gandhi, e seu neto, Rajiv Gandhi, também
exerceram o cargo de primeiros-ministros da Índia.
·
Papel no movimento de independência
indiano
Jawaharlal Nehru
retornou à Índia em 1912 e iniciou a prática jurídica. Casou-se com Kamala Kaul
através de um casamento arranjado por seus pais em 1916. Jawaharlal Nehru
ingressou no All India Home Rule League (Liga em prol do Autogoverno da Índia
Unida) em 1917. Sua real iniciação na política veio dois anos depois, quando
entrou em contato com Mahatma Gandhi, em 1919. Naquela época, Mahatma Gandhi
tinha lançado uma campanha contra o Rowlatt Act. Nehru foi imediatamente
atraído para o compromisso de Gandhi para uma ativa mas pacífica desobediência
civil. Jawaharlal Nehru foi eleito presidente da Câmara Municipal de Allahabad
em 1924 e serviu durante dois anos como executivo chefe da cidade.
·
Política económica de Nehru
Nehru admirava os
planos quinquenais soviéticos e tentou aplicá-los à Índia. Queria unir o melhor
do capitalismo ao melhor do socialismo, criando um Socialismo democrático,
embora incapaz de tirar seu país das últimas posições entre os países em desenvolvimento.
Sua única filha, Indira
Gandhi, tornou-se primeira-ministra após a morte de Lal Bahadur Shastri, em
janeiro de 1966.
BảoĐại (保大, ou Bao Dai na escrita ocidentalizada; Huế, 22 de
outubro de 1913 — Paris, 30 de julho de 1997) foi o último imperador do Vietnã
(1926—1945), décimo-terceiro da dinastia Nguyen.
Nasceu como príncipe
Nguyễn Vĩnh Thụy em Huế, que era então capital do país. Seu pai foi o imperador
Khai Dinh. Depois de ter estudado na França, tornou-se imperador em 1925, após
a morte do pai. Naquele momento o Vietname ainda era colônia francesa, e Bảo Đại
tinha que se submeter em parte à decisões da França. (O Vietnã era parte da
chamada Indochina francesa).
·
Colonialismo
Em 1940 (durante a
Segunda Guerra Mundial), coincidindo com a invasão alemã sobre a França, os
japoneses invadiram a Indochina. Apesar de não terem expulsado as autoridades
francesas, os japoneses dirigiam extraoficialmente a política da região,
paralelamente com o governo de Vichy da França.
O Vietnã, que passou a
maior parte da guerra sob ocupação japonesa, era administrado oficialmente pela
França. Durante esse período, o líder comunista vietnamita Ho Chi Minh, exilado
na China, tinha formado uma frente para a independência chamada Vietminh
(1941).
Os japoneses haviam
prometido não interferir com a corte em Hué, mas em 1945, Bao Dai foi forçado a
declarar independência do Vietname em relação à França, e união do país à
chamada Grande Esfera de Coprosperidade Oriental Asiática, nome eufemístico
para o império que o Japão estava construindo. Japoneses e o sucessor
vietnamita, príncipe Coung De, tinha um plano de tomar o poder caso Bao Dai se
recusasse a cooperar com o Japão. Os japoneses renderam-se aos aliados em
agosto de 1945; os comunistas do Viet Minh, liderado por Ho Chi Minh, tentaram
tomar o poder.
Com ajuda japonesa, Ho
Chi Minh persuadiu Bảo Đại, forçando-o a abdicar em 25 de agosto de 1945 e
levando-o a entregar o poder ao Viet Minh. Bảo Đại foi indicado como
"conselheiro supremo" no novo governo estabelecido em Hanói.
Em suma, compreende-se
que, ao final da Segunda Guerra Mundial, enquanto as metrópoles estavam
envolvidas na recuperação econômica, ocorreu a queda de seus impérios
coloniais. Na Ásia, apareceu com mais intensidade o processo de colonização da
Índia. O movimento de descolonização do Continente Asiático colocou à mostra um
grupo de países atrasados econômico e socialmente. Em 1955 foi realizada a
Conferência de Bandung, onde vinte e nove países afro-asiáticos estavam
presentes (na Indonésia), onde decidiram criar o Terceiro Mundo, que foi
programado para incentivar a descolonização, a luta contra o racismo e o
imperialismo, mas devido enfrentarem inúmeras divergências e desunião, não se
torna um bloco capaz de mudar substancialmente suas condições
socioeconômicas.Até 1990, muitas dezenas de países conseguiram libertar-se do
comando da colônia. Violentas guerras acompanharam o processo de
descolonização, produzindo milhões de mortos, empecilhos políticos e sérias
crises econômicas. Tratando-se da Descolonização da Ásia, alguns conflitos e crises
foram considerados principais, são eles: Independência da Índia, Independência
da Indonésia e Independência da Indochina.
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Jobson de A., e Piletti, Nelson. Toda a História: história geral e história do
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