A DESCOLONIZAÇÃO DO CONTINENTE ASIÁTICO

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
LICEU Nº 774 “DOMINGOS SKS/MUXALUANDO-NAMBUANGONGO






TRABALHO DE HISTÓRIA








A DESCOLONIZAÇÃO DO CONTINENTE ASIÁTICO











DOCENTE

_____________________
LUÍS PEREIRA



BENGO/2018
LICEU Nº 774 “DOMINGOS SKS”






TRABALHO DE HISTÓRIA








A DESCOLONIZAÇÃO DO CONTINENTE ASIÁTICO

·        O Contexto Internacional da emancipação afro-asiático
·        Factores internos e externos da emancipação asiático
·        Panorâmica do processo de libertação nas diferentes colónias
·        Os casos da Índia, Paquistão, Indochina, Vietname
·        Os grandes Líderes do nacionalismo asiático: Ghandi, Nehru, Mohamed Jinah, Ho chi Min, Chiang Kai-Shek, Bao-Dai, etc



GRUPO Nº 02
Turma: GE11
SALA: 01
PERIODO: TARDE
CLASSE: 11ª









BENGO/2018



Sumário









Introdução


A ebulição política e social após a Segunda Guerra Mundial se estabeleceu também nas regiões em processo de descolonização, pois o fim da guerra fria demarcava, na pratica, ó fim dos impérios coloniais. A partir de 1945, o ideal de independência dos povos colonizados transformou-se num fenômeno de massas, com o surgimento de vários países politicamente livres, que, no entanto mergulharam na dependência econômica, determinando o subdesenvolvimento, o terceiro-mundismo.Entre 1950 e 1956, mais de quarenta países afro-asiáticos conseguiram sua independência, impulsionados pelo nacionalismo, pelo declínio do poderio europeu após a guerra e pelo apoio da Organização das Nações Unidas, que reconhecia seus direitos. Além disso, havia a posição favorável dos Estados Unidos e da União Soviética, que viam em tal processo um forma de ampliar suas áreas de influência.

Assim sendo, o presente trabalho visa abordar sobre A Descolonização do Continente Asiático, constituído por um Capítulo e este constituído por vários subtemas, tais como: O contexto Internacional da emancipação asiática; factores internos e externos da emancipação asiática; panorâmica do processo de libertação nas diferentes colónias; os casos da Índia, Paquistão, Indochina e Vietname; os grandes líderes do nacionalismo asiático: Chandi, Nehru, Mohamed Jinah, Ho Chi Min, Chiang Kai-Shek, Bao-Dai, etc.



















Descolonização é o nome genérico dado ao processo pelo qual uma ou várias colônias adquirem ou recuperam a sua independência, geralmente por acordo entre a potência colonial e um partido político (ou coligação) ou movimento de libertação.


A descolonização da Ásia aconteceu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial, os asiáticos contaram com o apoio dos Estados Unidos e da ex-União Soviética.Para estruturar as colônias europeias no mundo foram necessários mais de quatro séculos, contando a partir do período das feitorias até a segunda metade do século XX.


A independência do continente asiático se deu por duas causas:

·         O enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial, e;
·         A eclosão de movimentos de luta pela independência.

O processo de descolonização asiático contou com o apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos países que iriam emergir com a independência.

A descolonização asiática sucedeu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os anos de 1957 e 1965.

As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.

O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.

Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.


Em 1955, a Conferência de Bandung, na Indonésia, debateu os problemas do Terceiro Mundo e a questão do não-alinhamento, reunindo vinte e nove nações afro-asiáticas, que declararam apoiar o anticolonialismo e combater o racismo e o imperialismo.

Bandung substituiu o conflito leste-oeste qntre capitalismo e socialismo pelo norte-sul entre os países industrializados ricos e os países pobre e exportadores de produtos primários. As nações reunidas definiram publicamente quatro objetivos básicos:

·         Ativar a cooperação e a boa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus mútuos interesses;

·         Estudar os problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes;

·         Discutir a política de discriminação racial, o colonialismo e outros problemas que ameaçassem a soberania nacional;

·         Definir a contribuição dos países afro-asiáticos na promoção da paz mundial e na cooperação internacional.

No fundo, a Conferência de Bandung firmava a existência de um bloco multinacional, não alinhado, o denominado Terceiro Mundo, sem definir uma política concreta para a superação do subdesenvolvimento e das heranças coloniais.


A principal consequência do processo de descolonização afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.

Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos de independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).


O final da Segunda Guerra Mundial criou um clima amplamente favorável a democracia e a emancipação dos países que ainda estavam sob o jugo colonial de nações estrangeiras. A vitória no confronto contra os nazistas liderada pelos Estados Unidos, Inglaterra e França trazia no seu bojo o claro constrangimento das nações europeias. Esses países da Europa, que proclamavam em alto e bom tom o seu ideário liberal e democrático, ainda se valiam do domínio sobre territórios africanos e asiáticos para aumentar suas riquezas e fortalecer suas economias.

Isso aumentava ainda mais as dificuldades internas dos países africanos em busca de emancipação e estabilidade política e econômica. Até mesmo em países que teoricamente estavam mais preparados para realizar a transição da posição de colônias para a de países livres, como eram os casos do Quênia e da Nigéria (ex-colônias britânicas) ocorreram muitos problemas.

O Quênia, país pobre situado na África Oriental, caracterizado por um território sem água, em que as terras são estéreis, tinha enormes problemas em Sectores básicos como a produção e a distribuição de alimentos. Suas poucas áreas propícias ao desenvolvimento de culturas agrícolas situam-se na região sul do país, na proximidade do Oceano Índico.
A Nigéria por sua vez, vivia assolada por denúncias de corrupção, desmandos e violência que se tornaram ainda mais devastadoras para o processo emancipatório local com o assassinato de seu primeiro-ministro e a ascensão de um governo militar em 1966. Para piorar ainda mais a situação um movimento separatista proclamou o surgimento da República de Biafra apenas um ano depois do estabelecimento dos militares no poder.

O país foi então tomado por uma guerra civil que se estendeu por três anos e vitimou mais de um milhão de pessoas. As maiores perdas não ocorreram nos campos de batalha e sim em virtude da fome e de doenças ocasionadas pela devastação do país. A derrota dos separatistas ocorreu apenas em 1970 e impediu a plena organização do país, um dos mais ricos em recursos minerais do continente africano (possui reservas de gás natural, carvão, petróleo e colúmbio – mineral utilizado para a produção do aço).

Havia também casos de países que realizaram sua independência sem que o poder fosse repassado para a maioria negra. Nesses casos a minoria branca concentrou as atribuições políticas, militares e econômicas e legou aos negros uma posição de submissão controlada a partir de um aparato de estado de caráter repressor.

Isso aconteceu, por exemplo, no Zimbábue (antiga Rodésia), onde a conquista da Independência levou ao poder o primeiro-ministro Ian Smith, que cortou todos os laços que uniam o país a metrópole inglesa, inclusive a participação na Comunidade Britânica. Essa atitude radical não promoveu, porém, o gradual repasse das atribuições políticas e econômicas à comunidade negra que formava a esmagadora maioria da população do país.

Acuado por pressões políticas externas, advindas principalmente da Inglaterra e dos Estados Unidos, Smith promoveu uma lenta abertura política a partir da qual se comprometeu a passar o poder político para os negros. Em 1979 o país teve o seu primeiro presidente negro eleito.

Líderes nacionais que abertamente se posicionavam contra os abusos cometidos na África do Sul foram penalizados de forma brutal. Stephen Biko, influente defensor do protesto não violento foi assassinado na cadeia a partir do comando das principais autoridades do país.
 Ele realizava importante e expressiva campanha em prol da recuperação da auto-estima de seus compatriotas ao liderar protestos que tinham como principal bandeira o slogan “Black is beautiful”.

Nelson Mandela ficou encarcerado por décadas até que fosse libertado e pudesse se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul já no início dos anos 1990. Desmond Tutu, bispo anglicano, respaldou-se na sua condição de religioso para proteger inimigos do estado racista e pregar abertamente contra o Apartheid em nível internacional. Apesar de seus esforços e de diversos outros ativistas a comunidade internacional que investia no país não apoiou de forma efetiva um boicote a África do Sul contra o racismo.

Outro caso contundente quanto as dificuldades dos países africanos para atingir autonomia plena foi o de Gana. Essa ex-colônia britânica, conhecida anteriormente como Costa do Ouro tornou-se independente em 1954. O líder do movimento emancipacionista foi Kwame Nkrumah (1909-1972), que apesar de suas origens humildes foi educado na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Tinha fortes tendências socialistas e era um estudioso do marxismo, apesar disso nunca declarou formalmente ter aderido ao socialismo. Buscou apoio para algumas de suas políticas internas em Moscou. Acreditava que as tradições culturais africanas como as de seu próprio país não poderiam ser esquecidas em favor das influências europeias. Centralizador, o presidente de Gana criou um regime político unipartidário. Investiu em ações de caráter social com a construção de hospitais e um importante trabalho na área educacional.

Foi deposto por um golpe militar sob a acusação de corrupção e da criação de um culto a sua própria personalidade. Esse golpe, conforme auferido posteriormente foi financiado pela CIA (Agência Central de Inteligência) dos Estados Unidos. A ação norte-americana fazia parte das estratégias de combate a expansão do comunismo internacional daquele país. O importante era derrotar os russos, o que aconteceria com a África pouco importava...


Foi no Congo, colônia da Bélgica, que ocorreu uma das mais duras e violentas revoltas do continente africano. Prevendo que os acontecimentos locais poderiam redundar num banho de sangue os colonizadores belgas concedeu a independência a seus súditos locais. Esse acontecimento desencadeou lutas internas que motivaram o surgimento de movimentos separatistas, com especial destaque para a revolta que ocorreu em Katanga.

Katanga era a principal fonte de renda do país com suas ricas minas de cobre, controladas por empresas belgas. Lideranças locais motivadas pela riqueza de seu subsolo iniciaram revolta contra o poder central do país e promoveram o assassinato de vários líderes nacionais, inclusive do líder esquerdista Patrice Lumumba. Para isso contaram com o auxílio da CIA, preocupada com a possibilidade dos comunistas tomarem o poder no país.

A ação do Conselho de Segurança da ONU impediu a continuidade da guerra civil no país, no entanto não impediu que a história daquela nação continuasse problemática e cheia de dificuldades já que em 1971 assumia o poder o ditador Mobutu, que mudou o nome daquela nação para Zaire.



Na segunda metade do século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela segunda Revolução Industrial e em face das independências das colônias americanas, a Europa volta-se novamente à África e à Ásia, impondo o neocolonialismo.

As disputas entre as potências europeias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a Primeira Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra, perdendo sua hegemonia para os Estados Unidos.

A crise do pós-Primeira Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929, que repercutiu nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos colonos, que iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles europeias. Esses movimentos coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento de um forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa declinou completamente, sendo dividida em áreas de influência entre EUA e URSS. O enfraquecimento da Europa significou o fortalecimento do nacionalismo e o crescimento do desejo de independência. Desejo esse que passou a se apoiar na Carta da ONU, que reconhecia o direito à autodeterminação dos povos colonizados e que fora assinada pelos países europeus (os colonizadores).

Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência de Bandung estimulou as lutas por independência na África e Ásia.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a liderar os dois grandes blocos, capitalista e comunista. Dentro do contexto da Guerra Fria, buscaram a expansão de suas áreas de influência. Nesse sentido, passam a ver nos movimentos de independência afro-asiática a possibilidade de ampliar sua influência política nas novas nações.






A Revolta dos Cípaios, 1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que culminou com a sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.

A dominação da Índia não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo centralizado, a diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas facilitaram a penetração inglesa.

A partir da década de 1920, Mahatma Gandhi e Jawarharlal Nerhu, através do Partido do Congresso, com apoio da burguesia, passaram a liderar o movimento de independência da Índia.

Gandhi pregava a desobediência civil e a não-violência como meios de rejeição à dominação inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela independência.

A perda do poder econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou-lhe as condições para continuar a dominação na Índia.

Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana, que levou — em função das rivalidades religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, do Partido do Congresso, com maioria hinduísta, e do Paquistão (Ocidental e Oriental), governado por Ali Jinnah, da Liga Muçulmana, com maioria islamita. O Ceilão também se tornava independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka, com maioria budista.

Em 1947 a Índia obteve sua independência, graças a ação do líder pacifistaMahatma (ou Mohandas) Gandhi, após anos de resistência pacífica à dominaçãoinglesa. A Índia, país de diversas culturas e religiões teve um processo de libertaçãoconturbado, onde os ingleses incitavam as diferenças religiosas, principalmente entrehindus e muçulmanos, para manter seu domínio.Após a Segunda Guerra, a Índia ganhou a independência, mas dividiu-se em doisEstados: a República União Indiana (de maioria hinduísta) e a República do Paquistão(de maioria islâmica).

A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao assassinato de Gandhi.


O Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separa-se do Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.

·         Nascimento do Paquistão

A Segunda Guerra Mundial constituiu-se em oportunidade para nacionalistas indianos, perante um governo britânico desejoso da cooperação indiana durante o conflito. Gandhi e o Congresso lançaram então o movimento Quit India ("Saia da Índia", bordão dirigido aos britânicos), ao qual a Liga Muçulmana não se associou de maneira formal.
Seguiu-se um período de violência descontrolada na Índia, provocado pela repressão ao movimento de desobediência civil de Gandhi e agravado pela fome catastrófica que levaria à morte três milhões de pessoas na Bengala, em 1943.

·         Partição e independência

Decididos a abandonar a Índia a partir de 1945, os britânicos depararam em 1946 com a multiplicação dos confrontos sangrentos entre a comunidade muçulmana, de um lado, e as comunidades siques e hindus, de outro. A Liga, que continuava a exigir a criação de um Estado distinto nas regiões de maioria islâmica, sagrou-se vencedora na maior parte das zonas eleitorais muçulmanas nas eleições de 1946. Os britânicos decidiram-se, então, em favor da partição do país, apesar da oposição de Nehru e Gandhi. A Lei de Independência Indiana (Indian Independence Act) aprovada pelo parlamento britânico, entrou em vigor à 00:00 h do dia 15 de agosto de 1947, momento em que o Reino Unido transferiu a soberania local para os novos Estados independentes da Índia e do Paquistão, que se tornam então membros da Commonwealth.


Em 1887, a Indochina foi conquistada e submetida ao colonialismo francês. A França, em 1940, foi ocupada pelos alemães, cessando seu domínio sobre a região. No ano seguinte, 1941, os japoneses ocuparam toda a Indochina, com o consentimento do general Pétain, o que levou à formação do movimento de resistência nacionalista, comandado pelo Vietminh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã).

O Vietminh era liderado por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do Japão na Segunda Guerra proclamou a independência da República Democrática do Vietnã (parte norte).

Terminada a Segunda Guerra, os franceses não reconheceram o governo de Ho Chi Minh e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a Indochina, ocupando as regiões do Laos, Camboja e o Vietnã do Sul, desencadeando a Guerra da Indochina, que se estendeu até 1954, quando os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu.

No mesmo ano, realizou-se a Conferência de Genebra, na qual a França retirava suas tropas e reconhecia a independência da Indochina, dividida em Laos, Camboja, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.

Laos e Camboja ficaram proibidos de manter bases militares estrangeiras em seu território, e no Vietnã deveriam se realizar eleições num prazo de dois anos para decidir a reunificação.


Pela Conferência de Genebra, o paralelo 17 estabelecia a divisão entre Vietnã do Norte — governado pelo líder comunista Ho Chi Minh — e Vietnã do Sul governado pelo rei Bao Dai, que colocou Ngo Dinh Diem como primeiro-ministro.

Em 1955, Ngo Dinh Diem, com um golpe de Estado, proclama a República, depondo o rei Bao Dai. Passa a receber o apoio dos EUA.

No Vietnã do Sul estabeleceu-se um governo de caráter impopular, marcado pelo autoritarismo de Ngo Dinh Diem que, em 1956, suspende as eleições estabelecidas oela Conferência de Genebra.

Em oposição ao seu governo, formou-se a Frente de Libertação Nacional, em 1960, que contava com um exército guerrilheiro, o Vietcong. O objetivo da Frente era depor Ngo Dinh Diem e unir o Vietnã do Sul ao Vietnã do Norte.

O Vietcong passou a contar com o apoio do Vietnã do Norte e Ngo Dinh Diem era apoiado pelos Estados Unidos, que, em 1961, enviam ajuda militar ao Sul. Em 1963, os vietcongs dominavam boa parte do território do Vietnã do Sul. Neste mesmo ano morria o presidente norte-americano, John Kennedy, e o vice, Lyndon Johnson, assumia a presidência do país.

Os bombardeios norte-americanos sobre o Norte prolongaram-se até 1968, quando foram suspensos com o início das conversações de paz, em Paris, entre norte-americanos e norte-vietnamitas. Como nos encontros de Paris não se chegou a uma solução, os combates prosseguiram.

Em 1970, o presidente dos EUA, Richard Nixon, autoriza a invasão do Camboja e, em 1971, tropas sul-vietnamitas e norte-americanas invadem o Laos.

Os bombardeios sobre o Vietnã do Norte por aviões dos EUA recomeçaram em 1972.
Desde 1968, a opinião pública norte-americana, perplexa diante dos horrores produzidos pela guerra, colocava-se contrária à permanência dos EUA no conflito, exercendo uma forte pressão sobre o governo, que iniciou a retirada gradual dos soldados. Em 1961, eram 184.300 soldados norte-americanos em combate; em 1965, esse número se elevou para 536.100 soldados; e, em 1971, o número caía para 156.800 soldados.

Em 27 de janeiro de 1973 era assinado o Acordo de Paris, segundo o qual as tropas norte-americanas se retirariam do conffito; haveria a troca de prisioneiros de guerra e a realização de eleições no Vietnã do Sul.




Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, na Índia ocidental, hoje estado de Gujarat. Seu pai era o primeiro-ministro do minúsculo principado, e a mãe era uma devota vaisnava.

·        O movimento pela independência indiana

Após a guerra, Gandhi se envolveu com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto.

Outra estratégia eficiente de Gandhi pela independência foi a política do swadeshi - o boicote a todos os produtos importados, especialmente os produzidos na Inglaterra. Aliada a esta estratégia, estava sua proposta de que todos os indianos deveriam vestir o khadi - vestimentas caseiras - ao invés de comprar os produtos têxteis britânicos.


·         Segunda Guerra Mundial

Gandhi passou cada vez mais a pregar a independência durante a II Guerra Mundial, através de uma campanha clamando pela saída dos britânicos da Índia (Quit Índia, literalmente Saiam da Índia), que, em pouco tempo, se tornou o maior movimento pela independência indiana, ocasionando prisões em massa e violência em uma escala inédita.

Gandhi e seus partidários deixaram claro que não apoiariam a causa britânica na guerra a não ser que fosse garantida, à Índia, independência imediata.

Durante este tempo, ele até mesmo cogitou um fim do seu apelo à não violência, um princípio até então intocável, alegando que a "anarquia ordenada" ao redor dele era "pior do que a anarquia real". Foi, então, preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos.


Chiang Kai-shek ou Jiang Jieshi (31 de outubro de 1887 - 5 de abril de 1975) foi um militar e político chinês que assumiu a liderança do Kuomintang (um partido político conservador da China na época) depois da morte de Sun Yat-sen, em 1925.

A República da China caiu na Segunda Guerra Sino-japonesa com o Império do Japão invadindo a Manchúria, em 1937; o que fragilizou a imagem de Chiang dentro da China, mas cresceu externamente. Durante a Guerra Civil Chinesa (1927-1949), ele tentou erradicar os comunistas chineses, mas falhou nessa tentativa, e se viu tendo que recuar seu governo para Formosa (também conhecida como Taiwan), onde continuou atuando, agora como presidente da República da China nessa ilha.

3.2.3 Muhammad Ali Jinnah

O nome de Jinnah no nascimento foi Mahomedali, e ele nasceu provavelmente em 1876, filho de Jinnahbhai Poonja e sua esposa Mithibai, em um apartamento alugado no segundo andar da Mansão Wazir perto de Karachi, Sindh, na Presidência de Bombaim da Índia britânica, atual Paquistão.


No início dos anos 30 viu um ressurgimento no nacionalismo muçulmano indiano, que chegou à tona com a Declaração do Paquistão. Em 1933, os indianos muçulmanos, especialmente das Províncias Unidas, começaram a instar Jinnah a voltar e assumir novamente a liderança da Liga Muçulmana, uma organização que havia caído em inatividade.
·         Antecedentes da independência


Até o final da década de 1930, a maioria dos muçulmanos do Raj britânico esperavam, após a independência, fazerem parte de um estado unitário abrangendo toda a Índia britânica, assim como os hindus e outros que defendiam o autogoverno.[62] Apesar disso, outras propostas nacionalistas estavam sendo feitas. Durante um discurso em Allahabad para uma sessão da Liga, Sir Muhammad Iqbal pediu um estado para os muçulmanos na Índia britânica.

Com os britânicos e os muçulmanos até certo ponto cooperando, o vice-rei pediu a Jinnah uma posição da Liga Muçulmana sobre o governo autônomo, confiante de que seria muito diferente do Congresso.

3.2.4Ho Chi Minh

HồChí Minh (Kiem Lan, 19 de maio de 1890 – 2 de setembro de 1969) foi um revolucionário e estadista vietnamita. Nguyễn Sinh Cung nasceu na província de Nghệ An e somente mais tarde seria mundialmente conhecido como Hồ Chí Minh ("aquele que ilumina"). Embora Ho desejasse ser cremado, ele foi embalsamado e seu corpo actualmente encontra-se no seu mausoléu em Hanoi

·         As inúmeras faces de Ho Chi Minh

Ho Chi Minh nasceu no distrito de Nam Dan da província de Nghe An. O seu nome verdadeiro foi Nguyen Sinh Cung. Ele era pródigo em pseudônimos, muitos usados para despistar inimigos e outros por fetiche. Quando se alistou a navio que o levou à Europa usou Nguyen Van Ba. Já na liderança do Partido Comunista da Indochina, criou o jornalista Tran Dan Tien, para se auto-entrevistar e divulgar as suas ideias. Ao todo, eram dez alcunhas. O apelido Ho Chi Minh possui duas acepções.
Muitos defendem que este era o nome de um mendigo, surrupiado pelo líder do Vietname. Outra corrente afirma que Ho Chi Minh significa "aquele que traz a verdade" ou "aquele que ilumina", e por isso foi escolhida como alcunha oficial. Ho Chi-Minh também é acusado por seus oponentes de ter mantido, desde a década de 1950, censura, repressão e culto à personalidade em seu período de liderança no Vietnã.

3.2.5 Jawaharlal Nehru

(Allahabad, 14 de novembro de 1889 — Nova Délhi, 27 de maio de 1964[1]), também conhecido como Pandit (professor) Nehru ou Pandita Nehru, foi um estadista indiano, que foi o primeiro (e até hoje o de mandato mais longo) primeiro-ministro da Índia, desde 1947 até 1964. Líder da ala socialista no congresso nacional indiano durante e após o esforço da Índia para a independência do império britânico, tornou-se no primeiro-ministro da Índia na independência, de 15 de agosto de 1947 até sua morte.

Nehru afirmou em 1960: "A verdade é que estávamos cansados e estávamos entrando num novo ano... O plano para a partição ofereceu uma saída." Os líderes do Congresso decidiram que, tendo frouxamente amarrado as províncias de maioria muçulmana, não valia apena o governo central que desejavam. No entanto, o Congresso insistiu que se o Paquistão se tornasse independente, Bengala e Punjab teria que ser dividido

Nehru foi educado na Grã-Bretanha, na escola independente para rapazes Harrow School e no Trinity College, em Cambridge.

Nehru teve a singular honra de levantar a bandeira da Índia independente em Nova Deli em 15 de agosto de 1947, no dia em que a Índia ganhou a independência. A valorização de Nehru das virtudes da democracia parlamentar, o secularismo e liberalismo, juntamente com as suas preocupações com os pobres e desfavorecidos, são reconhecidos como o que o guiou na formulação de políticas que influenciam a Índia até o presente. Também refletem as origens socialistas da sua visão de mundo. Sua longa permanência foi fundamental na modelagem das tradições e das estruturas da Índia independente. Ele é muitas vezes referido como o "Arquiteto da Índia Moderna".Sua filha, Indira Gandhi, e seu neto, Rajiv Gandhi, também exerceram o cargo de primeiros-ministros da Índia.
·         Papel no movimento de independência indiano

Jawaharlal Nehru retornou à Índia em 1912 e iniciou a prática jurídica. Casou-se com Kamala Kaul através de um casamento arranjado por seus pais em 1916. Jawaharlal Nehru ingressou no All India Home Rule League (Liga em prol do Autogoverno da Índia Unida) em 1917. Sua real iniciação na política veio dois anos depois, quando entrou em contato com Mahatma Gandhi, em 1919. Naquela época, Mahatma Gandhi tinha lançado uma campanha contra o Rowlatt Act. Nehru foi imediatamente atraído para o compromisso de Gandhi para uma ativa mas pacífica desobediência civil. Jawaharlal Nehru foi eleito presidente da Câmara Municipal de Allahabad em 1924 e serviu durante dois anos como executivo chefe da cidade.

·        Política económica de Nehru

Nehru admirava os planos quinquenais soviéticos e tentou aplicá-los à Índia. Queria unir o melhor do capitalismo ao melhor do socialismo, criando um Socialismo democrático, embora incapaz de tirar seu país das últimas posições entre os países em desenvolvimento.

Sua única filha, Indira Gandhi, tornou-se primeira-ministra após a morte de Lal Bahadur Shastri, em janeiro de 1966.


BảoĐại (保大, ou Bao Dai na escrita ocidentalizada; Huế, 22 de outubro de 1913 — Paris, 30 de julho de 1997) foi o último imperador do Vietnã (1926—1945), décimo-terceiro da dinastia Nguyen.

Nasceu como príncipe Nguyễn Vĩnh Thụy em Huế, que era então capital do país. Seu pai foi o imperador Khai Dinh. Depois de ter estudado na França, tornou-se imperador em 1925, após a morte do pai. Naquele momento o Vietname ainda era colônia francesa, e Bảo Đại tinha que se submeter em parte à decisões da França. (O Vietnã era parte da chamada Indochina francesa).



·        Colonialismo

Em 1940 (durante a Segunda Guerra Mundial), coincidindo com a invasão alemã sobre a França, os japoneses invadiram a Indochina. Apesar de não terem expulsado as autoridades francesas, os japoneses dirigiam extraoficialmente a política da região, paralelamente com o governo de Vichy da França.

O Vietnã, que passou a maior parte da guerra sob ocupação japonesa, era administrado oficialmente pela França. Durante esse período, o líder comunista vietnamita Ho Chi Minh, exilado na China, tinha formado uma frente para a independência chamada Vietminh (1941).

Os japoneses haviam prometido não interferir com a corte em Hué, mas em 1945, Bao Dai foi forçado a declarar independência do Vietname em relação à França, e união do país à chamada Grande Esfera de Coprosperidade Oriental Asiática, nome eufemístico para o império que o Japão estava construindo. Japoneses e o sucessor vietnamita, príncipe Coung De, tinha um plano de tomar o poder caso Bao Dai se recusasse a cooperar com o Japão. Os japoneses renderam-se aos aliados em agosto de 1945; os comunistas do Viet Minh, liderado por Ho Chi Minh, tentaram tomar o poder.

Com ajuda japonesa, Ho Chi Minh persuadiu Bảo Đại, forçando-o a abdicar em 25 de agosto de 1945 e levando-o a entregar o poder ao Viet Minh. Bảo Đại foi indicado como "conselheiro supremo" no novo governo estabelecido em Hanói.















Considerações Finais

Em suma, compreende-se que, ao final da Segunda Guerra Mundial, enquanto as metrópoles estavam envolvidas na recuperação econômica, ocorreu a queda de seus impérios coloniais. Na Ásia, apareceu com mais intensidade o processo de colonização da Índia. O movimento de descolonização do Continente Asiático colocou à mostra um grupo de países atrasados econômico e socialmente. Em 1955 foi realizada a Conferência de Bandung, onde vinte e nove países afro-asiáticos estavam presentes (na Indonésia), onde decidiram criar o Terceiro Mundo, que foi programado para incentivar a descolonização, a luta contra o racismo e o imperialismo, mas devido enfrentarem inúmeras divergências e desunião, não se torna um bloco capaz de mudar substancialmente suas condições socioeconômicas.Até 1990, muitas dezenas de países conseguiram libertar-se do comando da colônia. Violentas guerras acompanharam o processo de descolonização, produzindo milhões de mortos, empecilhos políticos e sérias crises econômicas. Tratando-se da Descolonização da Ásia, alguns conflitos e crises foram considerados principais, são eles: Independência da Índia, Independência da Indonésia e Independência da Indochina.







































Arruda, José Jobson de A., e Piletti, Nelson. Toda a História: história geral e história do Brasil, Capítulo 93. Editora Ática. São Paulo (1999)

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Enciclopédia Britânica — Biografia


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