POLÍTICAS PRODUTIVAS NO MUNICÍPIO DO DANDE










TRABALHO ELABORADO POR FLUSIL MOMENT


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
POLO - CAXITO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS







FISIOLOGIA, HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO







POLÍTICAS PRODUTIVAS NO MUNICÍPIO DO DANDE












Caxito, 2019









POLÍTICAS PRODUTIVAS NO MUNICÍPIO DO DANDE







Projecto de pesquisa Científica do Curso de Psicologia apresentado ao ISTA, como parte de requisito para a avaliação na cadeira de Fisiologia, Higiene e Segurança no Trabalho, orientado pelo Profº Jacob Mário.








AUTORES ESTUDANTES DO 3º ANO
GRUPO Nº 4












Caxito, 2019








AUTORES:


1.      Catarina Matoso Pedro de Andrade
2.      Darucha Francisco da Fonseca
3.      Maria Sebastião de Gouveia Leite
4.      Santa Sebastião Moralis Matos




















EPÍGRAFE

Todas as atividades voltadas para a produção de bens ou para a prestação de serviços são planejadas, coordenadas, dirigidas e controladas dentro da organização.  (CHIAVENATO)


















DEDICATÓRIA 


A nossa formação como profissionais não poderia ter sido concretizada sem a ajuda dos nossos amáveis filhos, que, no decorrer das nossas vidas, proporcionam-nos, além de extenso carinho e amor, os conhecimentos da integridade, da perseverança e de procurar sempre em Deus à força maior para o nosso desenvolvimento como ser humano. Por essa razão, dedicamos e reconhecer a eles, nossa imensa gratidão e sempre amor.
A Deus dedicamos o nosso agradecimento maior, porque têm sido tudo em nossas vida.























AGRADECIMENTO


Agradecimentos especiais aos nossos queridos maninhos, que permaneceram sempre ao nosso lado, nos bons e maus momentos; aos nossos queridos amigos, que além de nos fazer feliz, ajudam-nos, durante todo o percurso da nossa vida acadêmica, compreendendo-nos e ensinando-nos para que nós conquistássemos um lugar ao sol; aos nosssos maravilhosos irmãos, que sempre nos deram atenção, carinho e preciosos conselhos e a todos aqueles que direta ou indiretamente, contribuíram para esta imensa felicidade que estamos sentido nesse momento.
Ao professor Jacob Mário, pelo carinho, paciência que teve e tem tido conosco na orientação deste trabalho pós tens sindo um apoio enorme.
Nosso muito obrigado.














RESUMO 


O presente projecto visa desenvolver o tema políticas produtivas no município do Dande, um estudo que faz parte da Cadeira de Fisiologia, Higiene e Segurança no Trabalho. Portanto, se a sociedade humana está em contínua transformação, sem que esta decorra da ação intencional do ser humano, isso só pode ocorrer se o ser humano for forçado a realizar continuamente um tipo de atividade prática da qual resulta, involuntariamente, a criação das condições necessárias à transformação social. Para que essa atividade seja obrigatória e ininterrupta, deve decorrer de uma necessidade que opera ininter- ruptamente e que independe da vontade do ser humano. Essa atividade prática é o trabalho, e é imperiosa porque é indispensável à reprodução material da vida humana. Através do trabalho para produzir seus meios de sobrevivência, o ser humano gerou, em primeiro lugar, o crescimento e a diferenciação da massa cerebral, do que resultou a gestação da consciência,12 e, em seguida, passou a aprender, isto é, a gerar conhecimento por intermédio do trabalho. O trabalho, portanto, é a fonte da consciência e do conhecimento.

Palavras-chaves: Produtividade, Políticas, Município, Agricóla e População.








ABSTRACT


This project aims to develop the theme of productive policies in the municipality of Dande, a study that is part of the Chair of Physiology, Hygiene and Safety at Work. Therefore, if human society is in constant transformation, without it deriving from the intentional action of the human being, this can only happen if the human being is forced to carry out a continuous type of practical activity which involuntarily results in the creation of conditions necessary for social transformation. For this activity to be obligatory and uninterrupted, it must derive from a need that operates uninterruptedly and that is independent of the will of the human being. This practical activity is work, and it is imperative because it is indispensable to the material reproduction of human life. Through work to produce its means of survival, the human being first generated the growth and differentiation of the brain mass, which resulted in the gestation of consciousness, 12 and then began to learn, that is, to generate knowledge through work. Work, therefore, is the source of consciousness and knowledge.

Keywords: Productivity, Policies, Municipality, Agricola and Population.







SUMÁRIO














 

I- INTRODUÇÃO


O presente artigo que tem como tema Políticas Produtivas no Município do Dande, um estudo que faz parte da discíplina de Fisiologia, Higiene e Segurança no Trabalho do Instituto Superior Politécnico de Angola. Visa aumentar o conhecimento de como funciona as políticas e entender as formas de governação do próprio município. Assim não falaríamos das políticas em vigor no município sem primeiramente falar da sua história.
Em 1848, o Distrito do Alto Dande tinha a sua sede em Caxito. Em 1868 foram estabelecidas nesse território 4 divisões, a saber Icau, Caxito, Dande e Mabenda. Em 1702, na sequência da ocupação colonial a localidade próxima, o Sassa-Povoação é tomada sem qualquer resistência pelos portugueses e embriagados pela victória alcançada na famosa Batalha dos Dembos, conquistando os pequenos reinos limítrofes, como Banza Bungo, Zombo Macando e Sala Mubemba, tendo fixado fortaleza no Morro da Torre, no Nordeste do Icau. Depois da campanha dos Dembos, em 1872, a divisão do Icau tornou-se independente e nesse mesmo ano transferida a sede do Alto Dande para Quipiri tendo tornado a Caxito.








1.1- Importâncias do Estudo


Em articulação com as relações de produção, constituem o modo de produção, também designado por 'base' ou 'infra-estrutura' da formação económica e social. Através do trabalho para produzir seus meios de sobrevivência, o ser humano gerou, em primeiro lugar, o crescimento e a diferenciação da massa cerebral, do que resultou a gestação da consciência e, em seguida, passou a aprender, isto é, a gerar conhecimento por intermédio do trabalho.

1.2- Formulação do problema


Nos dias de hoje, as políticas produtivas apresentam-se como forma de aumento e desenvolvimento de um determinado país ou município com a perspectiva de diminuir o índice de dificuldades dos munícipes.
Diante dessa realidade, surge a seguinte pergunta:

Quais os factores que fazem com que certas políticas ou projectos tenham um fracasso?
Que medidas devem ser feitas para o melhoramento dessas políticas?

1.3- Objecto de estudo


O objecto do estudo tem é identificar o estado social do município do Dande e em que ocorrem a produção e as devidas políticas.

1.4- Campo de Acção

O trabalho tem como campo de acção as Políticas Produtivas  a nível do  município do Dande. A mesma conta com cinco comunas, Barra do Dande, Kicabo, Úcua, Mabubas e Caxito, com uma população estimada em  222 mil e 528 habitantes.


1.5- OBJECTIVOS

1.5.1- Geral

Descrever os contextos em que ocorrem os fenómenos produtivos no município do dande.

1.5.2- Específicos

·         Identificar os problemas que dificultam o potencial produtivo do município;
·         Identificar as causas que estão na base do fraco índice de empreendimentos produtivos por parte dos empresários.

1.6- Ideia a Defender

Face ao problema levantado, entendemos nós que é importante que haja investidores com vontade de investir no munípio e que estes por sua vez, usem políticas certas para o fortalecimento do município, visto que há um grande defice no sector industrial, o que faz o município ter um índice de desemprego elevado. Por outro lado, as políticas públicas que não são bem geridas afectam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades, independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com o aprofundamento e a expansão da democracia, as responsabilidades do representante popular se diversificaram. Hoje, é comum dizer que sua função é promover o bem-estar da sociedade e o crescimento da economia regional. O bem-estar da sociedade ou dos munícipes está relacionado a acções bem desenvolvidas e à sua execução em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo.

1.7- Justificativa do Tema


              Fruto da convivência  humana e como municipes da mesma região em estudo, achamos nós membros de estudo um tema de extrema importância e que o mesmo contribua para novas pesquisas que podem advir no futuro. Notámos que há um pequeno crescimento e para tal, verifica-se um grande fraco desenvolvimento. Este facto, motivou-nos abordar com alguma profundidade sobre este tema, para aferir sobre os fenómenos numa perspectiva científica.

1.8- Resultados e Discussão

O Governo provincial tem como objectivo reduzir progressivamente os leitos de dificuldades que impobressem o municipio procurando desenvolver políticas que aumentam a forma de produção quer no sector agricola, industrial, educacional, saúde, transporte, ambiental e de lazer, para qualificar, expandir e fortalecer o município.

1.9- Metodologia do trabalho


               Neste capítulo apresentamos o percurso adoptado ao longo deste trabalho. Entretanto, este subscreve-se na Teoria Karl Max. Segundo Karl Max a acusação de “determinismo tecnológico” à teoria de Marx sobre a transição entre modos de produção, embora constitua uma simplificação de um enunciado teórico importante, não é tão simples quanto parece. Ela engloba uma crítica a três implicações da teoria de Marx: 1) coloca em dúvida a concepção de que o desenvolvimento das forças produtivas é o processo responsável pelo desenvolvimento social e pela transição de um modo de produção a outro; 2) atribui a Marx a afirmação da existência de uma relação mecânica e unilateral entre o nível de desenvolvimento em que se encontram as forças produtivas (FP) e o caráter das relações de produção (RP) vigentes em um modo de produção determinado; 3) rejeita a concepção de que o desenvolvimento das forças produtivas seria um processo crescente e conduziria, consequentemente, a uma sucessão de modos de produção “superiores” uns aos outros.

               Trata-se de propiciar o aproveitamento de iniciativas enpreendedoras de jovens e pequenos produtores, que na área de saúde, ambiental, educacional, do transporte, lazer e agricóla.

                Deste modo, o trabalho enquadra-se à pesquisa de campo de natureza qualitativa, pois, este tipo de pesquisa permite observar a ocorrência do fenómeno, apresentação e análise dos factos.

               Utilizamos o método histórico para conhecer as políticas produtivas  segundo diferentes autores. Assim sendo, este método consiste em investigar os acontecimentos e os processos do passado para verificar a sua dependência como municipio que hoje é pelo contexto cultural particular de cada época. Seu estudo, para uma melhor compreensão do papel que actualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação e de sua modificação.

               Igualmente, utilizamos o método descritivo para descrever os formas de organização do município e critérios ou contro no que diz respeito a produção;

               Ao método de consulta bibliográfica, para sustentar do ponto de vista teórico os fenômenos identificados. Finalmente, o método analítico e sintético para analisar resumidamente o uso das formas de orientação, criatividade, distribuição do que é produzida.














CAPITULO I- ENQUADRAMENTO TEÓRICO

1.1- Definições e Conceitos de Termos

Conceito de origem marxista, as políticas produtivas, também designadas por 'forças de produção', são constituídas pelos meios de produção - capitais, terras, matérias-primas, ferramentas e equipamentos, pelos métodos e técnicas de utilização e pelos trabalhadores.
Ao longo da História, as políticas produtivas foram-se desenvolvendo. Neste seu desenvolvimento entraram, muitas vezes, em contradição com as relações de produção, o que originou processos revolucionários e o estabelecimento de um novo modo de produção. (Engels, 1968, ).
É no modo de produção capitalista que as forças produtivas adquirem o mais elevado grau de desenvolvimento, expresso na utilização intensiva de capitais, matérias-primas e tecnologia. Para este cenário concorrem o saber acumulado pela sociedade e o carácter, simultaneamente intensificador e expansionista, do capitalismo. (Engels, 1968, ).
Quer Poulantzas, quer Harnecker, coincidem na secundarização das forças de produção face às relações de produção. Enquanto Poulantzas (1976, Teoria das classes sociais. Porto: Publicações Escorpião) considera que não são as técnicas, mas sim as relações de produção, que detêm a primazia no processo de produção, Harnecker (1974, O capital: conceitos fundamentais. Lisboa: Iniciativas Editoriais) argumenta que, para além das forças de produção não deterem uma função relevante na estruturação do modo de produção, são secundárias, face às relações de produção, na determinação da superstrutura. (Engels, 1968, ).
1.2- O trabalho, fonte do conhecimento e do desenvolvimento social
Segundo Karl Marx se a sociedade humana está em contínua transformação, sem que esta decorra da ação intencional do ser humano, isso só pode ocorrer se o ser humano for forçado a realizar continuamente um tipo de actividade prática da qual resulta, involuntariamente, a criação das condições necessárias à transformação social. Para que essa actividade seja obrigatória e ininterrupta, deve decorrer de uma necessidade que opera ininterruptamente e que independe da vontade do ser humano. Essa actividade prática é o trabalho, e é imperiosa porque é indispensável à reprodução material da vida humana. O trabalho, portanto, é a fonte da consciência e do conhecimento. (Engels, 1968, ).
Na teoria de Marx o conhecimento não é fruto da contemplação, mas da actividade humana prática. O trabalho consiste na ação do ser humano sobre os materiais naturais que o circundam, a fim de obter deles as coisas de que necessita. Ao agir sobre tais materiais começa a conhecê-los, familiariza-se com suas propriedades, e à medida que o trabalho se repete continuamente, o conhecimento adquirido amplia-se e reage sobre o processo de trabalho, aperfeiçoando-o gradualmente. Aos poucos passa a empregar materiais naturais como instrumentos auxiliares das mãos e a fabricar instrumentos de trabalho. (Engels, 1968, ).

2.3- Caracterização e História do Município

Foi no Dande que se estabeleceram os primeiros fornos de cal de Angola por ser abundante na região a pedra caleária, não encontrada em outras regiões. Do Dande, a cal era levada para a primitiva fortaleza de Cabinda destruída pelos franceses. Em 1857, Dande com a categoria de conselho administrativo pertencia ao distrito de Luanda. Para a sua administração municipal foi reunido ao Icolo e Bengo sob a administração da Câmara do Conselho Principal do Zenza do Golungo. No entanto, como circunscrição civil pertenceu ao distrito de Luanda e para esse efeito, no Dande foram criados postos administrativos de Quinjanda e Barra do Dande, em 1913. Em Dezembro de 1914, Dande foi transformada em Comando Militar (inicio da primeira guerra mundial).
Dande foi também um antigo conselho dividido em cabados e posteriormente em distritos. Mais tarde passou a divisão pertencendo sempre ao distrito de Luanda, mas em 1914 com a criação do distrito do Kwanza ficou anexado a este até 1919 (fim da primeira guerra mundial). Ainda em 1919, foi extinta a circunscrição do Dande que voltou a integrar Luanda e passou a Posto Civil em 1927 pertencendo ao Concelho de Luanda. O Alto Dande como anteriormente se chamava foi fundado como presídio, no período entre 1790-1792.
As primeiras construções definitivas na cidade de Caxito datam de Janeiro de 1930, cuja intenção primária foi a de criar serviços para apoio aos fazendeiros e agricultores que se deslocavam para as zonas do triângulo (Dembos, Pango-Aluquém e Bula Atumba) e o Nambuangongo, zonas tradicionais de cultivo de café. Nesse período, foi novamente criado o Concelho do Dande constituído pelo Posto da Barra do Dande e a sede – Caxito que se tem conservado até hoje.
No passado, Caxito era chamado Ndanji-ya-Mandele e Mabubas era chamada Kitala, a localidade de Sassa-Povoaçao, se chamou Tabu-dya-Kavile, enquanto que o Quipiri se chamou Tabu-dya-Mandele.
O município do Dande até a década de 80 dependia administrativamente da província de Luanda. Por força da lei 3/80 de 26 de Abril de 1980 que criou a Província do Bengo, passou a ser um dos seus oito municípios.O município adapta o nome de um dos seus rios mais importante que passa pela sua sede e desagua numa da sua comuna Barra do Dande. Caxito surgiu de um recinto aonde um grupo de caçadores e de pescadores exerciam actividades de comercialização de carne e peixe. Era uma área de passagem de emigrantes comerciantes vindos do Norte, que acabavam por aí se instalar.
O nome “Caxito” é originário de uma palavra Kimbundu que significa  um pedaço de carne” (ca-um pedaço, xito-carne). Segundo a entrevista feita em algumas autoridades tradicionais e pessoas naturais do município, aquando da chegada dos portugueses oriundo do reino do Kongo já existiam holandeses em Caxito, missionários jesuítas.
Na era colonial, Caxito era sede de um conselho que dependia do então distrito de Luanda, e atendia os postos administrativo das Mabubas, Quicabo e de Porto Kipiri, Quibaxi-Quirimbo, Úcua e Barra do Dande. Contava com fazenda de cana- de açúcar, palmeiras, bananas, citrinos, café e pecuária. Possuía uma açucareira, fábrica de extracção de óleo de palma, louça sanitária e elásticos e algumas serrações.
Tinha uma barragem hidroeléctrica em pleno funcionamento nas Mabubas, que abastecia Luanda. Segundo as autoridades tradicionais, o poder tradicional era constituído por dembos (a nível regional), Sobados (em todas as aldeias) e em grupo “parlamentar”. As relações de solidariedade mais marcantes entre a população eram a política, no apoio aos nacionalistas e a ajuda mútua no sistema de produção agrícola.
O período que antecedeu a independência foi marcado pela fuga massiva das pessoas para Luanda e para o interior (matas), provocada pela guerra que assolava o país (apoiado por forças estrangeiras vinda de países vizinhos) e pela paralisação do comércio e da indústria, exceptuando a açucareira que se manteve em funcionamento até a década de 80.
Apesar da insegurança e da restrição da circulação que se fizeram sentir no período pós independência, verificou-se o regresso de grande parte dos camponeses às suas áreas de origem, a massificarão da alfabetização, o arranque dos II e III níveis de ensino, o funcionamento de três hospitais, a reactivação do comércio e o relançamento da produção agrícola.
As fazendas de maior interesse económico passaram a Unidades Económicas Estatais (UEE) e as de menor porte passaram a cooperativas e/ou associações, porém com dificuldades de escoamento dos produtos. A agricultura de subsistência era ou é praticada de forma individual.
O conflito pós eleitoral, verificado na década de 90, provocou sucessivas “ fugas de pessoas” para Luanda, a destruição de infra-estruturas administrativas, com excepção da barra do Dande e a paralisação parcial da função pública. A situação do município, na altura, era caracterizada por destruição parcial da barragem e total da central hidroeléctrica das Mabubas e da ponte que ligava Luanda à Caxito, paralisação total da indústria, degradação das infra-estruturas sociais, produção agrícola limitada à subsistência. As mulheres jogaram um papel preponderante no sustento da família. Para além da agricultura praticavam actividades comerciais.
Este período foi marcado ainda por uma grande presença de ONGs internacionais: AAA, ADPP, Médicos Mundi, INTERSOS, Médicos del Mundi, Movimondo e uma ONG nacional – a ADRA; por Organismo das Nações Unidas: OIM, PAM, UNICEF, FAO, OMS, PNUD, SECOR, PDHI; pela intervenção do FAO e pelo aumento do número de igrejas. Apesar da situação conturbada que o município vivia, foi instalado o emissor provincial da Rádio Nacional de Angola a Rádio Bengo, a ANGOP, o sinal da TPA e abertos os primeiros instituto médio.
Com o advento da paz em 2002 e, consequentemente, a abertura das vias de acesso a população que se encontrava em Luanda e Caxito regressa voluntariamente ás suas áreas de origem, em busca de sobrevivência (agrícola e pesca), porem mantendo as suas residências nas cidades. A reposição da administração do estado em todas as comunas permitiu uma maior aproximação do poder público com a população a reabilitação e construção de infra-estruturas sócias básicas (saúde, educação, “pontes”), grandes números delas construídas pelo FAS e alguns complexos habitacionais para os quadros da função pública (com vista a permitir a sua permanência na província).

CAPITULO II- POLÍTICAS PRODUTIVAS NO MUNICÍPIO DO DANDE

2.1- Crescimento do Dande e os novos Comportamentos dos Munícipes

O crescimento económico do município do Dande no contexto das autarquias exigirá novos comportamentos, modelos de pensamento e responsabilidade na acção, afirmou em Caxito, o vice-governador do Bengo para Serviços Técnicos e infra-estruturas, Domingos Guilherme.
O responsável teceu estas considerações no encontro de reflexão promovido pela Administração municipal do Dande, para saudar o Dia Africano da descentralização e do desenvolvimento local, assinalado a 10 de Agosto.
Referiu que o crescimento económico do município requer acção, comprometimento, consciência, disciplina, pontualidade e esforço por parte dos munícipes, que devem tomar consciência da sua participação nos assuntos de descentralização e do desenvolvimento, abrindo novos horizontes.Na palestra, o professor universitário, Pinto Faria, que dissertou o tema “Igualdade de oportunidades e a participação da juventude na governação”, explicou que os jovens devem cuidar de forma responsável a coisa pública, no processo de desenvolvimento e nas outras políticas administrativas.
Pediu aos jovens do Dande para apostarem na agricultura, por ser um sector que joga um papel fundamental na economia nacional, aliada as potencialidades agrícolas do Bengo.Já o director do Fundo de Apoio Social no Bengo, José Nicolau, que dissertousobre a “contribuição da juventude do município do Dande nos programas do desenvolvimento local”, aconselhou os jovens para desenvolverem estratégias destinadas a motivar as instâncias de decisões a convidá-los a participar no processo desenvolvimento do município.
José Nicolau disse ser imperioso haver oportunidades por lado das entidades públicas e privadas, para aproveitar algumas iniciativas e valências dos jovens no domínio tecnológico, hoteleiro, educação e saúde, visando ao crescimento da província do Bengo.
Anastácia de Vasconcelos fez este apelo no final da visita de constatação efectuada à comuna da Barra do Dande, tendo realçado que a colaboração de todos será determinante no êxito das tarefas assumidas e espera que haja uma governação participativa, informativa, rumo ao desenvolvimento do município do Dande.
Por seu turno, o administrador comunal da Barra do Dande, Manuel da Cruz, apontou a falta de energia eléctrica, de água potável, falta de infraestruturas hoteleiras como as principais preocupações. No domínio da educação, Manuel da Cruz fez saber que estão a frequentar aulas no presente ano lectivo de 2018, na Barra do Dande, mais de oito mil alunos do ensino primário e 1º ciclo secundário.
Na comuna da Barra do Dande, a administradora municipal constatou o funcionamento do Hospital Geral, da siderurgia ADA, do centro de tratamento e distribuição de água potável e da sub-estação de energia eléctrica. A comuna da Barra do Dande possui uma população estimada em 135 mil 550 habitantes, que se dedica maioritariamente à pesca artesanal e agricultura.

2.2- CARACTERIZAÇÃO ECONÓMICA E PRODUTIVA

2.2.1- Sector primário - População activa e a economia local

Os solos existentes são favoráveis para a agricultura. São solos muito férteis e propícios para produção de todo tipo de cultura, 80% da população local é camponesa que pratica agricultura de subsistência de comercialização em pequena escala As formas de posse e uso para a agricultura são feitas individualmente por empresários (formais fazendeiros e de uso costumeiro para lavras familiares assim como colectiva por associações e cooperativas).
Os níveis de aproveitamento produtivo e económico para agricultura e pecuária são: A produção de milho, mandioca, bombo, banana, feijão, batata-doce, ginguba. O aproveitamento produtivo pode-se caracterizar:
Existência terras férteis que podem ser usadas para agricultura. No sector primário - existem pequenos comerciantes de sistema ambulante (cantinas) e formal não existe. As formas de aproveitamento produtivo baseiam-se na desmatação florestal, tratamento manual da terra e a plantação das culturas para agricultura assim como de compra e venda de produtos para comércio.

2.2.2- Factores da Actividade Agrícola no Município

A exploração agrícola no Município é feita por camponeses individuais, camponeses organizados em associações e cooperativas, pequenos agricultores. Não existem estatísticas do número de camponeses existentes no Município, mas apenas dos que fazem parte das associações e cooperativas.
Os principais cultivos do Município são os cereais (milho, feijão) e hortifruticultura (tomate,cebola, pimento, pepino, repolho, couves, batata-doce, mandioca e banana).
Estes produtos são cultivados por todos camponeses e numa escala média, se comparado sobretudo como meio de subsistência. Outras actividades são a exploração de vegetal para o consumo de maruvo e dendém para óleo de palma e aproveita-se vassouras.







Figura 1. Campo de Cultivo

Figura 2. Transformação da Mandioca para Bombo

2.2.3- Políticas de Aumento da produção Agrícola

Nesta campanha, foram preparados 120 mil e 560 hectares e contou com o envolvimento de 35 mil famílias camponesas.
Em declarações à Angop, o director provincial da Agricultura, Pecuária e Florestas do Bengo, Faustino Quissaque Ngonga, informou que no ano agrícola 2017/2018 os camponeses contaram com mais enxadas, catanas e fertilizantes, fazendo com que o município continue a registar um crescimento na produção de banana, batata-doce e tubérculos. Reconheceu o trabalho agrícola desenvolvido pelas empresas e camponeses filiados ao perímetro agrícola de Caxito Rega, que só na campanha finda (2018), produziram 247 mil toneladas de banana e hortícolas.
Para o ano agrícola 2018/2019, a Direcção da agricultura do Bengo tem disponível 100 hectares, e vai contar com o envolvimento de 36 mil e 972 famílias. Sem apontar números, o sector perspectiva um aumento de produção na primeira época agrícola, devido às chuvas que caiem de forma regular no interior da província e concretamente no Dande. Para o êxito da campanha, a Direcção conta com 900 toneladas de adubos, sementes diversas, para além de 18 mil estacas para o cultivo de mandioca, cultura tradicional da região.

2.2.4- E quanto à Agricultura em outras vertentes Produtivas

Quanto à agricultura, diriamos que é a vida do Município. A agricultura que se pratica é familiar, por excelência. A empresarial está ainda confinada ao perímetro irrigado de Caxito, onde se produzem grandes quantidades de banana. Este ano a produção vai atingir as 72.000 Toneladas. É de uma evolução espectacular, se comparada com a produção de 2009, que foi de apenas 8.325 e 54.000 toneladas o ano transacto.


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De acordo com as estimativas do sector competente do nosso governo, a província do Bengo terá mais de 1.200.000 hectares de terras aráveis, condimentados por um potencial hídrico invejável, nomeadamente no município do Ambriz e nas bacias dos rios Lifune, Dande e Bengo, no município do Dande. As regiões montanhosas e de florestas densas do norte do municipio são igualmente férteis.
Figura 3. Agrolider

2.2.5- Políticas de Transformação de Caxito numa cidade com luz e vida

Enalteceu os ganhos que poderão trazer para a região, a reinauguração da Barragem das Mabubas pelo Ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Vicente. O ex- administrador municipal do Dande, Mateus Manuel Diogo, enalteceu os ganhos que poderão trazer para a região, a reinauguração da Barragem das Mabubas pelo Ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Vicente.
Em entrevista ao Jornal de Angola, o responsável disse que o empreendimento ora reinaugurado trará benefícios à reconstrução da província e do município em particular, com destaque para a agricultura e indústria.Explicou que durante 20 anos o município do Dande e arredores não consumia energia eléctrica de forma estável, mas sim de fontes alternativas através da linha Kifangondo (parcela de Luanda antes da divisão administrativa).
Sublinhou que a barragem das Mabubas vai trazer benefícios na electrificação e distribuição de energia eléctrica às residências e ruas, bem como projectar uma imagem mais digna para os seus habitantes. Vai igualmente permitir estender a rede de energia às zonas mais recônditas da municipalidade, para se evitar com que os malfeitores continuem a tirar sossego às populações. “Vamos transformar Caxito numa cidade cada vez mais iluminada e com vida”, dizia. Mateus Manuel Diogo fez saber que a reinauguração da barragem vai ainda atrair investidores para os mais variados sectores económicos, tais como na produção agrícola, industrial e hoteleira.
Por este facto, convidou os empresários da província do Bengo e do país em particular a investirem na província, com vista a darem o seu contributo no crescimento da região e oferecer trabalhos aos jovens da área e não só. “Até ao momento o único empregador é o Estado e sozinho não consegue congregar todos.
Urge a necessidade dos empresários darem o seu contributo para que possamos retirar os jovens do desemprego”, exortou. O ex-administrador municipal dizia em declarações que o Dande possui todas as condições para implementar vários projectos de carácter social, bastando os interessados apresentarem documentos credíveis para o efeito. À comunidade, Mateus Manuel, pediu calma e a sua contribuição na protecção e conservação dos bens edificados pelo executivo, para que os mesmos possam beneficiar as gerações vindouras.
Para a cidade de Caxito pretende-se construir nova rede de esgotos, passeios e lancis, infra-estruturas dignas, para melhor acomodar os seus habitantes e mudar a sua imagem.Segundo Mateus Manuel, as infra-estruturas básicas forão reabilitadas, nomeadamente os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água potável nas comunas.
Pretende-se ampliar e apetrechar a residência dos professores, construção e reabilitação de mais postos de saúde, centros e hospitais. No sector da saúde, informou que foram formadas 25 parteiras tradicionais.
Segundo dados levantados a partir dos estudos feitos por intermédio da administração Municipal, o município do Dande possui 7.120 quilómetros quadrados, sendo o segundo maior em extensão na província do Bengo.A sua população é estimada em 61.267 habitantes, que maioritariamente se dedica ao campo e comércio rudimentar.É constituído por cinco comunas, nomeadamente Caxito, Mabubas, Kicabo, Barra do Dande e Úcua. João Bernardo Miranda a quando da sua governação, que falava durante uma visita de trabalho ao perímetro agrícola de Caxito, fez referência ao potencial daquele local, no domínio da produção de produtos diversos para garantir o bem-estar das populações.
            Depois de ter recebido informações técnicas sobre o funcionamento do perímetro que proporciona mais de mil postos de trabalho directos e indirectos, o governador afirmou que o projecto, que “começa a servir os comerciantes do ramo, constitui uma mais-valia para o desenvolvimento de Caxito”.Bernardo Miranda manifestou-se satisfeito depois de ter visitado parte do terreno já produzido do perímetro agro-industrial de Caxito. O perímetro agro-industrial de Caxito tem 3.280 hectares, dos quais 400 em produção, onde se destaca o cultivo de banana, laranja, manga, tomate, batata-doce e mandioca.
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Figura 4. Agrolider

2.2.6- Projecto Consórcio ABC-BPC

Inaugurado em 2015, o centro de empoderamento económico e social da mulher, no âmbito do programa da diversificação de economia, na localidade de Açucareira, em Caxito, província do Bengo, em cerimónia presidida pela ministra da Família e Promoção da Mulher, Maria Filomena de Fátima Delgado.
Na ocasião, a ministra Maria Filomena Delgado dizia que o projecto, de iniciativa privada, visa criar microempresas para mulher, explicando que o centro de empoderamento económico-social da Mulher no Bengo integra, inicialmente, 80 mulheres na área comercial e outras 20 para agricultura. Frisou que este projecto dará resposta às preocupações manifestadas no encontro de auscultação da mulher da província do Bengo, sublinhando que constitui um factor indispensável para o desenvolvimento do país.
Sustentou que o projecto ABC-BPC contempla os sectores da agropecuária, formação e novas tecnologias. Revelou que o projecto iria integrar ainda os sectores da saúde, comércio, aquicultura, dentre outros, na medida em que o programa for se desenvolvendo nos próximos anos.
Por seu turno, o PCA do consórcio BPC-ABC, João Paulo Tomas, considerou positivo a implementação do programa, particularmente num momento em que o país precisa de diversificar a economia. O responsável adiantou que o projecto do consórcio BPC-ABC, ora inaugurado, contempla quiosques, cozinhas, mercado do peixe, padaria e pasteleira, discoteca e área de cultivo de hortícolas.
Por seu turno, o vice-governador do Bengo para serviços técnicos e infra-estruturas, Campos Major, agradeceu a iniciativa e espera que seja estendido para outros municípios.
Em uma intrevista que tivemos com uma das beneficiarias deste projecto, Eugenia Mateus, beneficiária de um “quiosque”, manifestou a sua insatisfação pelo facto do projecto não estar a funcionar, porque é um plano de desenvolvimento que poderia aumentar a produção local e diminur o indice de desemprego, visto que foram vários jovens que perderam o emprego pelo facto do mesmo estar parado.
Portanto, estes tipos de iniciativas não devem estar abandonados e nem paralizadas, uma vez que o municipio precisa destas politicas para o fomento da produção.
Um facto muito real sobre a nossa ateção e analise, verificamos que a paralização deste projecto dá-se o facto pelo mesmo estar distante da própria cidade. Por outro lado, as beneficiarias corriam muito risco de omiliantes por ser praticamente uma área insegura e distante das localidades.
Figura. 5- Hotel Consórcio ABC-BPC










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Figura 6. ABC-BPC

2.2.7- Siderurgia da Barra do Dande com produção de Aço

Uma Siderurgia localizada na Comuna da Barra do Dande, província do Bengo, avaliada em 300 milhões de dólares, vai ser inaugurada no próximo dia 15 deste mês, informou ontem, em Luanda, o presidente da empresa Aceria de Angola (ADA).
Georges Choucair garantiu que do investimento metade pertence aos investidores e a outra parte foi adquirida através de empréstimos bancários, numa linha de crédito externa. A construção da fábrica iniciou em 2012, a sua produção experimental de aço arrancou em Setembro de 2012 e no pacto social constam 70 por cento de accionistas angolanos e 30 por cento são estrangeiros.
O gestor fez saber que a fábrica foi erguida numa área de 150 mil metros quadrados, com uma capacidade de produzir 300 mil toneladas de aço por ano e com um consumo diário de energia eléctrica de 50 megawatts.
Relactivamente à matéria-prima, a primeira fonte de sustentação da produção é a sucata recolhida em território nacional, que depois deve ser misturada com o aço importado, para dar o aço necessário. Para a construção da fábrica foram necessários mais de 40 mil toneladas aço, mais de 60 mil metros cúbicos de betão e mais de 60 quilómetros cabos eléctricos. A direcção prevê recuperar o investimento dentro de cinco anos e até 2019 deve produzir um milhão de toneladas de aço por ano, altura em que projecta mais um investimento adicional de 500 milhões de dólares. A fábrica perspectiva, depois da sua certificação internacional, exportações do produto para a Zâmbia e para os dois Congos.

2.2.8- Aquisição de Imputs

O Governo provincial vai disponibilizar 49 milhões de Kwanzas para a aquisição de meios agrícolas, que serão distribuídos aos camponeses na campanha agrícola 2012 a 2013. Previu-se, igualmente, a aquisição de gado para as populações fazerem a criação animal e com vista a melhorar a sua dieta alimentar.Sobre a melhoria da actividade agrícola, explicou que existem esforços do Governo local em criar condições para a entrada de empresários no sector.“Os empresários têm capacidade camponesa e distribuídos a nível de outras províncias.

2.2.9- Feira da Banana

Realizou- se de 7 a 9 de Maio de 2015, a 4ª edição da Feira da Banana de Produção Nacional, e participaram no evento as Províncias do Zaire, Uíge, Cuanza- Norte, Malanje, Lunda- Norte, Huambo, Benguela, Luanda e Bengo.

2.2.10- Expositores

Neste capítulo, houve a participação de expositores da banana e de outros produtos, perfazendo um total 229 expositores. Destaque foi  a presença de duas (2) empresas da do Município do Dande, que expuseram gado bovino. Em termo de dados estatísticos, 50% dos participantes representaram a classe dos produtores, 33 % da classe de máquinas e equipamentos, 9% da classe de insumos e factores de produção, 5% da classe de serviços e 3% para outras classes.

2.2.11- Na Categoria dos Grandes Produtores

1º Classificado: Nova-agrolider (Dande) - premiado com a Banana de Ouro e o diploma de grande vencedor.
2º Classificado: Turi-Agro (Dande) - premiado com a Banana de Prata e o diploma de 2º classificado.


2.2.12- Perimetro Irrigado de Caxito (Caxito-Rega)

Foram cultivadas 480,4 hectares de terra, com uma produção de 54.807,6 toneladas de produtos diversos:
Quadro Demonstrativo da Produção de Caxito- Rega
Culturas
Produção (Ton)
Área/ha
Banana
49.879,6
136,6
Hortícolas
187,5
21,55
Fruteiras
4.713,5
315,45
Mandioca
25
1,5
Milho
2
5,386
Total
54.807,6
480,4



Produção Obtida / Caxito-Rega













Banana
Hortícolas
Frutícolas
Mandioca
Milho
Produção(ton)
49.879,60
187,50
4.713,50
25,00
2,00









Tabela  5. Produção Obtida / Caxito-Rega

Quadro Demonstrativo de Nº De Associações e Cooperativas Assistidas
Uniões
nº ass.
N º associates
Total
nº coop.
N º Cooperadores
Total
H
M
H
M
03
Dande
5
78
142
220
1
14
8
22
Tabela  6. Quadro Demonstrativo de Nº De Associações e Cooperativas Assistidas


Efectivo Pecuário Existente- Animais de Grande porte, Pequenos Ruminantes e Aves
Sector Empresarial

Municípios
Bovinos
Caprinos
Ovinos
Suínos
Aves
Ovos
Equinos
Postura
Recria

Dande
8.802
4.720
1.902
592
768.989
108.230
16.444.869
121
Total
8.802
4.720
1.902
592
768.989
108.230
16.444.869
121
Sector traditional

Município








Dande

280






Total

280






Tabela  7. Efectivo Pecuário Existente- Animais de Grande porte, Pequenos Ruminantes e Aves

CAPITULO III- POLÍTICAS DE DISTRIBUIÇÃO E PRODUÇÃO DE ÁGUA E ENERGIA NO MUNICÍPIO DO DANDE

Sistemas de distribuição de água abastecem mais de 600 famílias do Dande. Seiscentas e trinta e cinco famílias das comunas de Caxito e Mabubas, província do Bengo, desfrutam de água potável proveniente dos cinco sistemas de distribuição existentes, afimou hoje, sexta-feira, nesta cidade, o director municipal do Dande de Energia e Águas, José Mário Mangove.
Em declarações à imprensa, o responsável sustentou que a qualidade de água distribuída à população tem 'qualidade aceitável' e é certificada por um laboratório que funciona na Estação de Tratamento de água das Mabubas. 
A distribuição de água conta com cinco sistemas, nomeadamente Mabubas (dois), Caxito, Açucareira e Porto Kipiri, apontou, acrescentando que"a rede de distribuição está a sofrer uma reestruturação na conduta que sai das Mabubas para Caxito, para permitir a interligação entre a conduta nova e a antiga que está a ser feita". 
O director de Energia e Águas observou que as comunas do Úcua e da Barra do Dande são as únicas que ainda não beneficiam de água potável dos sistemas acima referidos, mas são abastecidas por outras fontes, nomeadamenteKicabo, que tem um sistema que abastece a sede da comuna e mais dois bairros.  “Pretendemos proporcionar à população o acesso à água potável nas áreas urbanas e rurais, destacou ainda o responsável”.
Figura 7. Água e Energia no Município do Dande





3.1- Produção de Energia no Dande

ENDE no Bengo instala mais de mil contadores pré-pagos no Dande. Mil e 608 contadores pré-pagos de energia foram instalados na localidade do Panguila, Pão Vida, Centralidade do Capari e no bairro 25 de Dezembro (Mabubas), município do Dande, província do Bengo, pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE-EP).
O processo de montagem do sistema pré-pago abrangerá21 mil e 872 clientes que a ENDE controla actualmente no município do Dande, no âmbito do programa de melhoramento do fornecimento de energia.
O porta-voz da instituição, Luís Mendes de Carvalho, que falava nesta sexta-feira, à Angop, considerou satisfatória a distribuição de electricidade em todas as áreas que empresa controla, nomeadamente nas Mabubas, Açucareira, Porto Quipiri, Centralidade do Capari, Panguila, cidade de Caxito e arredores (Dande).
No município do Dande, a instituição conta com 276 postos de transformação (PT), sendo 127 públicos, sob-responsabilidade da ENDE, alimentando os seus clientes, e 149 ao serviço privado ou particulares que fornecem electricidade a algumas instituições, fabricas, para além de abastecer algumas zonas de residências.
A ENDE tem mais de 21 mil e 872 clientes, cujos serviços estão limitados apenas no município do Dande.

3.2- Pecuária

Apesar da exuberância de pastos, a pecuária não é praticada em grande escala no Município. Existem pequenos criadores familiares com a criação de pequenos ruminantes, nomeadamente: caprinos, porcinos e aves. Entretanto, a produção ainda é pouco expressiva.
Com o propósito de inverter a situação actual, o Minader tem estado a promover o fomento de alguns animais de pequeno porte. As principais espécies: Criadores de gado (pequenos, médios ou grandes).

3.3- Comércio

Estão controladas Quatro mil e duzentas (4.200) unidades em funcionamento, das quais mil e cento e cinquenta (1.150) do comércio misto e a retalho e dois mil e cinquenta (2050) do comércio precário isto é cantineiros.

Ramo de actividade
Angolano
Estrageiro
H
M
M
F
Comércio Misto
600
2
0
0
Comércio a Retalho
789

0
0
Comércio Precário
900
10
0
0
Tabela 1. Lista dos Estabelecimentos Comerciais Licenciados no Município

3.4- Hotelaria e Turismo

Das pesquisas feita no sector hoteleiro, o Município apresenta grandes potencialidades turísticas, entretanto lamenta-se a ausência de investidores neste sector. Todavia, existem algumas unidades similares de hotelaria (restaurantes e hospedarias) das quais 7 paralisadas e alguns em funcionamento tais como Panguila Hotel, Hotel Mulemba etc.
A rede hoteleira e do turismo no município, ainda são constituídas timidamente por pequenos empreendimentos que dão suporte a um grande potencial natural, também carente de maior aproveitamento e investimento. Para os apreciadores de espaços turísticos, a comuna da Barra do Dande é fértil em paisagens naturais, destacando-se o cruzamento do Rio Dande com a zona costeira do Oceano Atlântico.
Este e outros cenários de rara beleza, em que a natureza é rainha absoluta, proporcionam aos visitantes momento ímpares e convertem a comuna da Barra do Dande num lugar especial.
As praias são outro encanto local. Verdadeiro refúgio para quem pretende tranquilidade depois de uma semana laboral, a sua localização geográfica é privilegiada, com estradas totalmente asfaltadas.
Na Barra do Dande concentra-se a maioria de pontos de atracção turística. Estão instaladas na zona vários estabelecimentos hoteleiros que nos fins-de-semana atraem muitos turistas.
N0
Designação
Quantidade
Localização
OBS

1

Restaurantes

2

Comuna Sede

Os proprietários são Homens
Tabela 2. Estabelecimentos Hoteleiros Licenciados por Classificação
A aposta na hotelaria e similares tem sido, de algum tempo a esta parte, a ementa de empresários do ramo na província do Bengo. Ontem, no tempo, de forma titubeante apareceram alguns “curiosos”, com a missão de oferecer algo de bom aos visitantes na periferia de Luanda, concretamente na parte norte. Partir para a lagoa do Panguila à coca de um ar menos rarefeito, ao manjar exótico com cacusso e outros quitutes foi a saída predilecta dos luandenses.
O tempo passou. Hoje para a mesma direcção norte a hotelaria e similares são apostas sérias, longe da carolice inicial. Os empreendedores estão virados para as paisagens do Panguila, muceque kapari, desvio da Barra do Dande, num propalado “corredor doPanguila”. Cada um dos pontos adiantados tem envolventes naturais e a criatividade humana faz o espaço ideal para o relaxe, o aconchego, juntando o belo ao rústico. Este por sua vez ao moderno, num combinado que tem em linha de conta as características locais.

4.3.1- O ponto turistico oásis no corredor do Panguila

É um aldeamento no corredor Panguila que faz as delícias de muita gente, pelo aspecto rústico do seu figurino, que mais separece algo deslocado da zona rural de Angola para a cidade. O grande Jango à entradaé o restaurante que dá as boas vindas, num manto diferente do habitual, seguido de um palcoambientalforadocomum.
A“Sanzala turística” inaugurada em 2011 tem 12 quartos, com serviços como hospedagem, restaurante, salão de festas e parqueamento. O jardim circunda as residências, o maracujá espalha-se pelos alpendres para a sombra necessária.
Na parte traseira o contacto com a lagoa do Panguila é um facto. O contacto com o naturalé imediato e faz pensar no eco-turismo. O Oásis do Panguila, mesmo ao lado, é outro espaço obrigatório. Em reparação, os laivos de memória apontam-no como dos mais concorridos do corredor, porque reúne privacidade e bons pratos. Gente que frequentou, promete voltar tão logo.

4.3.2- Conclusão do Pólo Universitário do Bengo Previsto para este Ano

As obras de construção do Pólo Universitário da província do Bengo, paralisadas desde 2014, poderão ser concluídas ainda este ano, declarou a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. Em declarações à imprensa, no âmbito da sua visita de um dia à província do Bengo, segundo a ministra, disse haver boas perspectivas para o pagamento do valor monetário em falta para se terminar a construção do pólo universitário da região, ainda este ano.
Disse que o Pólo Universitário da província do Bengo tem já uma execução na ordem de 78% e os trabalhos estão paralisados devido o atraso no pagamento dos valores monetários.
Referiu que a infra-estrutura, antes concebida para acolher crianças, terá de ser adaptada para aulas teóricas e práticas do ensino superior.
Lembrou que a província do Bengo tem apenas uma instituição pública do ensino superior (Escola Superior Pedagógica), tendo sublinhado que no pólo universitário funcionará o Instituto Superior Politécnico do Bengo, a ser institucionalizado nos próximos tempos.
Informou que o Ministério do Ensino Superior, no quadro da reorganização da rede de instituições de ensino superior, trabalhará com o governo local para discutir os cursos técnicos que mais se adequam ao desenvolvimento da província do Bengo.
O Pólo Universitário da Província do Bengo ocupa uma área de 500 mil metros quadrados, tem seis blocos, com uma escola com 16 salas de aula, 10 salas de artes e ofícios, 64 quartos, área administrativa, biblioteca, refeitório, ginásio, igreja, casa do director, campo de futebol, três campos polivalentes, entre outros espaços.
Durante a sua vista, a ministra teve um encontro com a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, deslocou-se ao espaço onde será construído o futuro Campus de Saúde da Universitário Católica de Angola, na localidade do Sassa Cária, e à Escola Superior Pedagógica do Bengo.
Figura.4 Polo Universitário
Figura.4 Polo Universitário

3.5- SECTOR DA EDUCAÇÃO E SAÚDE

5.3.1- Educação

A  rede escolar do município é constituida aproximadamente por 118 unidades, das quais 50 do ensino primário, 20 complexos do ensino primário do Iº Ciclo, 5 colégios do Iº Ciclo, dois magistérios primários, quatro liceus, cinco instituições de ensino médio, três técnicas, duas de Magistério e três Liceus e duas de ensino superior.
No que tange ao professorado, constatamos um total de 1927 professores um número não exacto do ensino primário e do Iº Ciclo do ensino geral que garantem o funcionamento do sector. O município funciona com dois subsistemas do ensino geral, o regular e o de alfabetização e aceleração escolar.

5.3.2- Saúde

A rede sanitária do município é composta por três Centros de Saúde, 27 Postos e um Hospital Municipal, totalizando trinta e uma unidades sanitárias distribuídas pelas cinco comunas e 154 bairros. O atendimento sanitário do Município do Dande é assegurado por aproximadamente 1.500 médicos e 292 técnicos de saúde efectivos. O défice de quadros é de 200 médicos, 600 enfermeiros e 60 técnicos de diagnóstico e terapia.


5.3.3- Construção Dirigida

Com o objectivo de dar maior dignidade aos munícipes e combater as construções de-sordenadas que dão má imagem à cidade de Caxito, as autoridades municipais estão a lotear projectos para novas urbanizações.
As novas centralidades estão localizadas no Bucula com 30 hectares de terra, Lembeca (50), Musseque Ndala (224), Barra do Dande (32,37) além de uma área de expansão de 56,9 hectares, na zona Musseque Kapari.
Constam ainda as áreas do Kicabo com 14 hectares, incluindo 30 do projecto Kicuia, ligado ao Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Úcua 50 e Açucareira com 4,5 hectares.
Para tornar transitáveis algumas ruas de Caxito que não vão ser alvo de intervenções de monta, nos próximos tempos a administração local optou por serviços de terraplenagem. Para os jovens ávidos de realizar o sonho da casa próprio, o responsável municipal assegurou que, tão logo esteja concluído o cadastramento do território, as populações residentes na região vão beneficiar das parcelas de terra.



Figura.3- Centralidade do Kapari




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Figura.5- Projecto Habitacional Sassa-Cária - Açucareira

3.6- COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA

6.3.1- Situação da Produção da Informação a Nível Local

Os sinais de cobertura da TPA não abrangem toda extensão do Município, pelo contrário o sinal é captado através da Parabólica. Existe também o sistema de comunicação através de Radio HF funcionando na Administração Municipal e a comunicação via internet por satélite é garantida apenas na Administração Municipal.O sinal da Rádio Bengo (do Grupo Rádio Nacional de Angola) não é captado com frequência e em boas condições.
Recetemente foi instalada a rádio Eclesia que espande o seu sinal em quase todo munípio. A sede capital do Município beneficia-se ainda de algumas revistas e jornais que chegam apartir da capital.








SUGESTÕES

RECOMENDAÇÕES

Tendo em atenção ao constatado, recomendamos o seguinte:

·         Que se implemente seminários permanentes  de capacitação empreendedores;

·         Que se implemente novas políticas que vão de acordo com as demandas que o município apresta;

·         Que todos os empresários presentes no municípo, estimulem a competência produtiva  aumentando o potencial económico local;

·         Que os Ministérios tomem como obrigação a contextualização dos modelos  dos programas de fomento a novos projectos;













CONCLUSÃO


Após três décadas de conflito armado, tal como o País, a província também ressentiu-se. Com a conquista da paz tornou-se possível reverter os enormes recursos consumidos no conflito militar para sectores sociais e deste modo impulsionar o desenvolvimento e o progresso do município. Com o advento da paz estabilizou-se a desagregação populacional, fixando-as nas suas zonas de origem, com garantias de segurança e condições para desenvolver as suas actividades profissionais e com isso ser possível o funcionamento regular das instituições e tornou possível o exercício continuado de planos e acções governativas.
O município do Dande tem cinco comunas, Barra do Dande, Kicabo, Úcua, Mabubas e Caxito, com uma população estimada em  222 mil e 528 habitantes, maioritariamente que se dedicam a actividade agrícola e pesca artesanal. Desta forma, diminuiu-se rapidamente o risco associado ao investimento produtivo, tornando-o, por isso, mais fácil e mais atractivo.
O nível social vários empreendimentos públicos nasceram nas zonas até aqui de difícil acesso e com isso melhorou-se a vida das populações que até então desconheciam factores tão elementares como água potável, posto médico e de socorro e casas comerciais de venda de produto de primeira necessidade e transportes para centros urbanos e administrativos.










REFERÊNCIAS
Karl Marx. Elementos fundamentales para la crítica de la economia politica (Borrador). v.1, 9.ed., México: Siglo xxi, 1977, p.204-5.

Bibliografia

Engels, M. e. (1968, ). Manifesto do Partido Comunista. . São Paulo: : Editora Escriba.
Outras Leituras:
JORNAL DE ANGOLA•Quarta-feira, 23 de Maio de 2012.
ANGOP.30 Agosto de 2015 | 05h18 - Actualizado em 30 Agosto de 2015 | 12h56














ANEXOS







                                                                                         















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