ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO NA ORGANIZAÇÃO. CASO DA ESCOLA DE MAGISTÉRIO “KIMAMUENHO” MUNICÍPIO DO DANDE

 

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE PSICOLOGIA

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO NA ORGANIZAÇÃO. CASO DA ESCOLA DE MAGISTÉRIO KIMAMUENHO MUNICÍPIO DO DANDE.

 

 

 

 

 

 

MARIA HELENA CASSULE FULA MENEZES

 

 

 

 

 

VIANA/LUANDA

2021

 

MARIA HELENA CASSULE FULA MENEZES

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO NA ORGANIZAÇÃO. CASO DA ESCOLA DE MAGISTÉRIO KIMAMUENHO MUNICÍPIO DO DANDE.

 

 

 

 

 

 

Monografia apresentada ao Curso de Psicologia do Instituto Superior Técnico de Angola-ISTA como requisito para a obtenção do Grau de Licenciada em Psicologia do Trabalho.

 

Orientador: Prof. Felizardo Pedro Menezes

 

 

 

 

 

 

 

VIANA/LUANDA

2021

 

MARIA HELENA CASSULE FULA MENEZES

 

 

 

 

ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO NA ORGANIZAÇÃO. CASO DA ESCOLA DE MAGISTÉRIO KIMAMUENHO MUNICÍPIO DO DANDE.

 

 

 

Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do Grau de Licenciatura no Curso de Psicologia do Trabalho do INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA.

 

Viana, _____de ______________ de 2021.

 

Prof. Manuel dos Prazeres

Chefe do Departamento

 

 


MESA DO JÚRI

 

_________________________                                       _______________________

             Prof. Prisidente                                                               Prof. Orientador

                                                                                                                                      

_________________________                                       _______________________

             Prof. Arguente                                                           Prof. Magnífico Reitor

DEDICATÓRIA

        Como muito amor, carinho e consideração dedico esta pesquisa à minha família, por serem os meus primeiros educadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

I

AGRADECIMENTOS

          Agradecemos a Deus Pai Todo poderoso, pelo dom da vida e graças.

          Aos meus pais, Francisco Armando e Josefa Quizembe, por me terem dado a vida, trazendo-me ao mundo e pela educação.

          Aos meus filhos, Felizarda, Felismara e Francisco Menezes, pelo carinho, amor, afecto, companherismo, fontes e motivos da minha existência e lutas.

          Aos meus irmãos e irmãs, Amilcar Armando, Admar Ginguma, António Francisco, Helder Francisco, Teresa e Irma, pela confiança, força, coragem e amizade.

          A Direção Geral do Instituto Superior Técnico de Angola-ISTA, pela abertura e oportunidade de formação.

          Aos docentes do Instituto Superior Técnico de Angola-ISTA-Bengo, pelos conhecimentos e incentivos.

          A Direcção e aos professores da  Escola de Magistério Kimamuenho no Município do Dande, pela permissão e participação na pesquisa.

          Ao orientador, professor Felizardo Pedro Menezes, conscidentemente meu esposo, pela aceitação, orientação e experiências fruto da presente pesquisa.

          Ao meu co-orientador, professor Osvaldo José Engenheiro Mavenda, pela paciência e motivação durante toda caminhada e realização desse trabalho.

          Aos colegas, amigos e a todos que direita ou indireitamente apiaram e acreditaram em mim nesta caminhada académica, o meu muito obrigado.

A autora

 

 

 

 

 

II

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EPÍGRAFE

A intervenção do psicólogo “abrange diferentes áreas: a educacional, a criminal, a clínica, a organizacional, a desportiva e outras”.

      Monteiro e Ferreira (2010: 245)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


III

LISTA DE TABELAS

 

Tabela nº 1 – População e amostra da pesquisa………………….…...……………...……..….34

Tabela nº 2 – Área de formação dos participantes da pesquisa…………...……..……………38

Tabela e Gráfico nº 3 – Objectivos da intervenção do psicólogo na organização…………...39

Tabela nº 4 – Funções da intervenção do psicólogo organizacional na organização…....….40

Tabela nº 5 – Importância da intervenção do psicólogo na organização……….…..….…......41

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IV

RESUMO

          A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais, como escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações e instituições de vária natureza. Optamos em trabalhar como a Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo e tem uma estrutura lógica formada por 3 (três) capítulos, onde consta a introdução, desenvolvimento e conclusões. Tratando-se de uma pesquisa descritiva-exploratória com modelo de abordagem misto, ou seja, qualitativo e quantitativo. A pesquisa contou com uma população de 50 (cinquenta) pessoas funcionários da organização em estudo. Desta população, seleccionou-se de forma aliatória simples, uma amostra de 35 (trinta e cinco) indivíduos. Para a colecta de dados, foram utilizados 2 (dois) instrumentos: os guiões de entrevista e questionário aplicados aos membros de Direcção, psicológo organizacional e professores tendo sido apresentado os resultados sob forma de tabelas e gráficos seguidas de comentários para a sua valorização. O diagnostico feito permitiu-nos compreender a importância da intervenção do psicológo no comportamento dos membros da organização que não se pode limitar à análise das suas caracteristícas individuais. É preciso compreender as intervenções formais e informais que se desenvolvem na organização. Motivada por uma série de insuficiências por parte de todos os intervenientes pelo que foi elaborada uma proposta de acções psicológicas para o reforço da intervenção do psicólogo na organização, como contribuição para melhorar a qualidade de serviço.

 

Palavras-Chave: Organização, Psicologia, Psicólogo.

 

 

 

 

 

 

 

 

V

ABSTRACT

          A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais, como escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações e instituições de vária natureza. Optamos em trabalhar como a Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo e tem uma estrutura lógica formada por 3 (três) capítulos, onde consta a introdução, desenvolvimento e conclusões. Tratando-se de uma pesquisa descritiva-exploratória com modelo de abordagem misto, ou seja, qualitativo e quantitativo. A pesquisa contou com uma população de 50 (cinquenta) pessoas funcionários da organização em estudo. Desta população, seleccionou-se de forma aliatória simples, uma amostra de 35 (trinta e cinco) indivíduos. Para a colecta de dados, foram utilizados 2 (dois) instrumentos: os guiões de entrevista e questionário aplicados aos membros de Direcção, psicológo organizacional e professores tendo sido apresentado os resultados sob forma de tabelas e gráficos seguidas de comentários para a sua valorização. O diagnostico feito permitiu-nos compreender a importância da intervenção do psicológo no comportamento dos membros da organização que não se pode limitar à análise das suas caracteristícas individuais. É preciso compreender as intervenções formais e informais que se desenvolvem na organização. Motivada por uma série de insuficiências por parte de todos os intervenientes pelo que foi elaborada uma proposta de acções psicológicas para o reforço da intervenção do psicólogo na organização, como contribuição para melhorar a qualidade de serviço.

 

Palavras-Chave: Organização, Psicologia, Psicólogo.

 

 

 

 

 

 

 

 

VI

SUMÁRIO

 

DEDICATÓRIA………………………………………………………………………………..I

AGRADECIMENTOS………………………………………………………………………..II

EPÍGRAFE………………………………………………………………………………...…III

RESUMO…………………………………………………………………………………….IV

ABSTRACT……………………………………………………………………………….….V

INTRODUÇÃO.. 1

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 6

1.1. Definição de termos e conceitos. 6

1.1.1. Organização. 6

1.1.2. Psicologia. 7

1.1.3. Psicólogo. 8

1.2. Breve Historial sobre a intervenção do psicólogo organizacional,..............10

1.3. Psicologia do trabalho e das organizações..……......……….…....………...12

1.4. O trabalho do psicólogo organizacional……………………………….….….14

1.5. A intervenção do psicólogo organizacional como promotor de  

desenvolvimento e autonomia……………………………….….….….………15

1.5.1. Prevenção e remediação…………………………………….……….…..16

1.5.2. Prevenção primária, secundária e terciária. 17

1.5.2.1. Prevenção primária. 17

1.5.2.2. Prevenção secundária. 17

1.5.2.3. Prevenção terciária. 18

1.5.3. Prevenção centrada na situação e nas competências. 18

1.5.3.1. Prevenção centrada na situação. 19

1.5.3.2. Prevenção centrada nas competências. 20

1.6. Promoção do desenvolvimento...……………………………………………..20

1.7. Escola como organização……...…………….…………………………..……22

CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE PESQUISA.. 31

2.1. Tipo da pesquisa. 31

2.2. Modelo de abordagem……………………………….……..………….....……31

2.3. Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa. 31

2.3.1. Métodos utilizados….……...…………….…….....…...…..……….…….32

2.3.2. Técnicas utilizadas………...……………..……..……………....…….….33

2.3.3. Instrumentos utilizados………………………...……...……………....…33

2.4. População e amostra. 34

2.5. Contexto da pesquisa...…………..………….…………...….…………..….…35

2.6. Procedimentos e dificuldades encontradas…..…...………….………..……36

2.6.1. Procedimentos……….……………………………..……...…….…….….36

2.6.2. Dificuldades encontradas…...……….……….…………..………...….…37

CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO.………………………………………38

3.1. Apresntação e discussão dos resultados da pesquisa. 38

3.2. Prosposta de actividades. 41

CONCLUSÕES.. 46

SUGESTÕES.. 47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.. 48

APÊNDICES

ANEXOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

          Actualmente, as organizações assumem a maior parte das atividades na sociedade. A industrialização e a modernização, bem como do acesso mais generalizado da mulher ao mercado de trabalho, mesmo algumas funções tradicionalmente assumidas pela família, como tratar das crianças, dos mais velhos e dos doentes, foram transferidas para organizações especializadas: lares da terceira idade, hospitais e outros.

          O ser humano desde que nasce até que morre, vive integrado em organizações: nasce num hospital, vai para uma escola, já adulto, trabalha numa empresa, é sócio de um clube, membro de um sindicato, faz as suas compras em lojas e supermercados, distrai-se no cinema e no teatro, come em restaurantes e quando morre, é enterrado num cemitério.

          A organização é uma instituição de administração e gestão cujo funcionamento administrativo, financeiro, tecnológico, cultural, artístico e pedagógico com o próposito de possibilitar o planejamento, controlo, tomada de decisão, execução de tarefas e avaliação que dizem respeito ao funcionamento da organização (Costa, 2021: 3).

          Nessa perspectiva, a Escola de Magistério Kimamuenho” é uma organização que é de suma importância a intervenção do psicólogo, uma vez que este profissional é um promotor primordial e fundamental no desenvolvimento, autonomia e produção da organização.

          A prática do psicólogo organizacional é muito ampla, buscando desenvolver acções voltadas ao comportamento dos funcionários, as estratégias, à produção, aos professores, coordenadores, diretores, alunos, pais e encarregados de educação, principalmente auxiliar os professores em sua função de ensinar e aos alunos no seu processo de aprendizagem, utilizando do conhecimento psicológico no campo da saúde mental.

          A intervenção do psicólogo organizacional na Escola de Magistério Kimamuenho” consiste em manter uma visão preventiva, contemplando o atendimento aos aos membros de Direcção, professores, alunos, pais ou encarregados de educação e a comunidade educativa, visto que no processo de ensino-aprendizagem pretende-se reafirmar a intervenção do psicólogo e suas contribuições como profissional da organização.

Problema

Segundo Junior (2010: 38), afirma o seguinte:

Definir um problema significa especificá-lo em detalhes precisos e exactos. Deve haver clareza, concisão e objectividade. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese central. O problema deve ser levantado, formulado de preferência em forma interrogativa e delimitado como indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si.

Durante a nossa investigação e ao longo das práticas pedagógicas na escola de aplicação, verificamos que na Escola de Magistério Kimamuenho” existe um psicólogo organizacional. Entretanto persistem algumas insuficiências no que tange:

a)  a inoperância do Gabinete de Apoio Psico-pedagógico;

b)  ao  processo de ensino e aprendizagem;

c)  a relação entre os intervenientes do processo educativo e parceiros;

d)  falta de motivação por parte de alguns professores e alunos;

e)  as dificuldades na aprendizagem;

f)a falta de orientação escolar e profissional;

g)  a hiperactividade por parte de alguns alunos (brigas, violência, uso de bebidas alcoólicas ou de drogas, etc).

          As inúmeras manifestações destes problemas (mal-estar profissional) expressas, geram sentimentos de desânimo, desmotivação, apatia, cansaço, passividade, desespero, depressão, desilusão, levando ao insucesso escolar, e até ao abandono da profissão ou da escola, tornando a escola como realidade indiscutível  de intervenção do psicólogo.

          Estado real: a fraca inoperância do Gabinete de Apoio Psico-pedagógico, estando este profissional remetido ao isolamento, comprometendo assim o bom desenrolar do processo de ensino e aprendizagem.

          Estado ideal: boa intervenção do psicólogo organizacional no desempenho das suas tarefas com vista a melhorar a qualidade de serviço na organização.

          Tendo em conta o exposto acima, coloca-se a seguinte pergunta científica:

Pergunta científica:

          Segundo Santos (2008: 53) a pergunta científica é “a pergunta fundamental que vai conduzir o trabalho de pesquisa”.

          Com base o problema acima, formulamos a seguinte pergunta científica:

          Que intervenção desempenha o psicólogo organizacional na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande-Bengo?

Hipóteses

          Para Santos (2009, p. 78) “hipóteses são respostas antecipadas do problema em estudo que devem ser confirmadas”.

Segundo Major et al. (2012, p. 26):

A hipótese corresponde a uma resposta provavel, suposta, especulativa e provisora do problema sentido, compreendido e definido. A principal resposta é denominada hipótese bãsica, podendo ser complementada por outros, que recebem a denominação de secundários.

          Nessa conformidade, tendo em conta o problema de pesquisa, formulamos as seguintes hipóteses:

          H1: O psicólogo organizacional é um agente promotor da qualidade de serviço.

          H2: O psicólogo organizacional deve intervir na planificação, controlo, tomada de decisão, execução de tarefas e avaliação de toda a actividade da organização.

          H3: A Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande/Bengo é uma organização cujo trabalho é conjunto em que se a intervenção do psicólogo organizacional é fundamental.

Objectivos

          Trata-se de objectivos os fins ou finalidades que se pretendem alcançar num determinado pesquisa.

          Segundo Perfeito et al. (2012: 1135):

A palavra objectivo é de origem latina objectîvu-objectif-objectivo, assente no estudo de fenómenos observaveis; procedentes das sensações; designativo do complemento direto; que esta voltado para o objeto que se examina, aquilo que se pretende alcançar; fim; propósito; alvo”.

          No entanto, dada a importância do objecto de estudo, com essa pesquisa pretendemos alcançar os seguintes objectivos:

Objectivo geral:

          Conhecer a intervenção do psicólogo organizacional na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo.

Objectivos específicos:

          Fundamentar  as bases teóricas  sobre a intervenção do psicólogo organizacional;

          Caracterizar o estado actual de serviço na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo.

          Propor acções psicopedagógicas para o reforço da intervenção do psicólogo organizacional na qualidade de serviço na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo.

Limitação e delimitação da pesquisa

          A nossa pesquisa limitou-se na análise da intervenção do psicólogo na organização. A mesma delimitou-se ao Director Geral, Subdirectora Pedagógica, ao psicólogo organizacional e aos professores da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo no ano lectivo de 2020/2021.

Justificativa

          O tema proposto trará para os estudantes do curso de psicologia do trabalho, enquanto agentes preparados para se ocuparem da saúde mental dos funcionários da organização e qualidade de serviço.

          A escolha desse tema deve pelo facto de se ter verificado, insuficiência e desconhecimento da intervenção do psicólogo organizacional na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande/Bengo, tratando-se de uma agente de mudança.

          Como afirma Tonet (2011: 21) “uma tarefa importante com que o psicólogo deve cumprir e que requerer atenção por parte das entidades é a resolução dos problemas sociais. Pode contribuir para a formação duma identidade pessoal e colectiva”.

          Acreditarmos que a interveção do psicólogo organizacional visa na promoção do desenvolvimento e autonomia dos funcionários da organização rumo à qualidade de serviço da organização, pois hoje o desafio que se coloca à escola é maior, em que o psicólogo não fica de fora mas um agente para auxiliar o professor a reflectir constantemente a sua prática e velar pela sua elevação de competências, bem como ajudar o aluno na escolha do curso, profissão e projecto de vida. Ainda, ajudá-los em conhecer as capacidades e competências, a identificarem os seus interesses, desejos e expectativas, para os apoiar na construção do seu projecto de vida.

Estrutura da pesquisa

             Para melhor análise e compreensão sobre a temática, a presente pesquisa composta por 3 (três) capítulos, nomeadamente:

          O primeiro capítulo, apresenta a fundamentação teórica;

          O segundo capítulo, determina a metodologia de pesquisa, e:

          O terceiro capítulo, apresenta os resultados e discussão, seguidamente as conclusões e sugestões.

 

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

          Neste capítulo, vamos desenvolver diferentes subtemas e aspectos que nos levam a compreender o fenómeno em estudo, começando por definir os termos que sustentam o objecto de nosso estudo, propriamente organização, psicologia e psicólogo, tendo em conta alguns autores.

1.1.  Definição de termos e conceitos

 

1.1.1.   Organização

          Segundo Costa (2008: 2):

A organização é conjunto de pessoas que participam nas organizações, mas do que gerir recursos, constituindo uma unidade de interacção com outras pessoas e com organizações, o ser humano é eminentemente social interativo, não vive isoladamente, está constantemente em convívio e relacionamento com os seus semelhantes. É conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, selecção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho.

          A organização é a forma que os relacionamentos entre as pessoas acontecem, na busca de um objectivo comum. Gestão de um conjunto de actividades coordenadas para dirigir e controlar um grupo de pessoas e instalações com responsabilidade, autoridade e relações definidas (Rodriguez, 2010).

         Para Perfeito et al. (2012: 1157):

A organização é o ato ou efeito de organizar; preparação; planejamento; disposição; ordenação; estrutura; constituição; composição; instituição; corporação; organismo; disposição que permite uso ou funcionamento eficiente; ordem; relação de coordenação e coerência entre os diversos elementos que formam um todo.

          Assumimos a definição de Perfeito et al. (op. cit.) que nos permitiram definir a organização como um conjunto de acções conduzidas pela função de Recursos Humanos com o propósito de alcançar determinados objectivos. É a estrutura responsável pela componente administrativa de pessoal, pelas relações sociais e pela operacionalização das políticas de Recursos Humanos partilhadas com a hierarquia. Conjunto de acções conduzidas pela função de Recursos Humanos com o propósito de alcançar determinados objectivos. É a estrutura responsável pela componente administrativa de pessoal, pelas relações sociais e pela operacionalização das políticas de Recursos Humanos partilhadas com a hierarquia.

          Ainda, a organização é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir pessoas, incluindo recrutamento, selecção, treinamento pertecentes à função. São decisões integradas sobre as relações de emprego que influênciam a eficácia dos funcionários e das organizações, cuja função, é relacionada com a provisão, treinamento, desenvolvimento, motivação e manutenção dos empregados e busca de lucro e progresso.

1.1.2.   Psicologia

         Segundo Perfeito et al. (2012: 1304):

A psicologia é a ciência positiva dos factos psiquicos, quer estudados subjectivamente (factos de consciência) quer objectivamente (facot de comportamento); aptidão particular para comprrender os outros e a si mesmo; conjunto dos traços de carácter de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos; disciplina intermádia entre a psicologia e a sociologia, que tem por objeto principal o estudo as interações indivíduais e dos grupos.

          Ainda, a psicologia é “uma disciplina, desempenha um importante papel e uma preciosa função sobre o capitalismo-a de contribuir para que essa nova forma de sociabilidade pudesse manter o desenvolvimento económico” assim define (Guzzo et al., 2010: 87)

         Para Monteiro e Ferreira (2010: 211):

A psicologia como ciência as universidades que formavam os psicólogos preparavam investigadores e teóricos e não psicoterapeutas ou psicólogos que intervinham nas diferentes dimensões da vida social. Depois da Segunda Guerra Mundial a psicologia assiste, tal como todas as outras ciências, a um extraordinário desenvolvimento. A partir da década de 70, a psicologia designadamente no âmbito da saúde mental e da educação, conhece um importante impulso.

          Assumimos a definição de Monteiro e Ferreira (op. cit.) que nos leva a afirmar que a psicologia das organizações particularmente aborda questões como a motivação, a liderança, as relações interpessoais, a gestão de conflitos, a mudança e o desenvolvimento organizacional, a vida do homem, na sociedade e nas instituições, onde estuda as vias ou formas de evolução, os mecanismos que lhe servem de base e descreve as mudanças.

          A psicologia das organizações particularmente aborda questões como a motivação, a liderança, as relações interpessoais, a gestão de conflitos, a mudança e o desenvolvimento organizacional. É uma área do saber que exerce uma influência fundamental na vida do homem, na sociedade e nas instituições, onde estuda as vias de evolução, os mecanismos que lhe servem de base e descreve as mudanças.

          A palavra psicologia é de origem grega, “psiche”= mente, alma ou espírito, e “logo”-ciência, estudo, tratado. Logo, a psicologia significa estudo da mente. Partindo do seu conceito etimológico, temos vários pontos de vista de definirmos a psicologia, sem perder em vista o seu objecto de estudo. Neste contexto, a psicologia é a ciência que estuda os fenómenos psíquicos, manifestados através do comportamento. A psicologia é a ciência que tem por objecto de estudo a psique humana, ou seja, o comportamento observável.

1.1.3. Psicólogo

         O termo psicólogo deriva do “francês-psychologue-profissional de psicologia aplicada; especialista em psicologia; aquele que é particularmente de perspicácia psicológica, isto é, que antevé e compreende rapidamente os sentimentos e os pensamentos dos outros” (Perfeito et al., 2012: 1305).

         Opsicólogo é um profissional que busca entender os comportamentos e as funções mentais das pessoas. Ele aplica métodos científicos para compreender a psíque humana e actua no tratamento e prevenção de doenças mentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas (Leite, 2020: 94).

         Ainda, para Janiro apud Leite (ibid: 94):

O psicólogo é o profissional responsável por estudar e analisar questões internas do indivíduo, que reflectem em seu comportamento. Ele é aquele que identifica traumas, medos e receios que podem levar a uma vida frustrada, e o objectivo de alguem ir ao psicólogo é pelo facto de ele ajudar a superar a situações difícies ou problemas da vida.

         Assumimos a definição de Leite (op. cit.) pelo facto de nos permitir definir o psicólogo como profissional em psicologia que estuda o comportamento humano. O especialista que deve ser um agente de mudança. Queremos com isso dizer que, quando age profissionalmente, na vida do indivíduo, instituição ou qualquer área, procura alterar um estado de coisas, pode ser um problema já identificado, como também um problema que pode vir a surgir, em que existe o risco de correr, e que vale apenas tentar evitar.

         É um profissional que busca entender os comportamentos e as funções mentais do ser humano, estuda e analisa os fenómenos psíquicos e comportamentos por meio das emoções e pensamento. O psicólogo não é para malucos, para pessoas que não batem bem da cabeça e muito menos para desabafar como se tratasse de ouvir conselhos ou conversar com amigo.

         Ainda para Monteiro e Ferreira (2010: 224-245):

A interveção do psicólogo abrange diferentes áreas: a educacional, a criminal, a clínica, a organizacional, a desportiva e outras. A sua intervenção técnica é útil e necessária a muitos níveis: a nível pessoal, familiar, comunitário, institucional, do desenho de políticas, etc. Podemos encontrar o psicólogo organizacional em empresas, instituições, organizações profissionais, associações, clubes, isto é, num conjunto alargado de organizações mais ou menos complexas, de maior ou menor dimensão.

          Olhando para a citação de Monteiro e ferreira acima apresentada, nos permite afirmar que o psicólogo é um dos agentes fundamentais no processo de ensino-aprendizagem, pois que a sua intervenção visa melhorar a gestão da instituição de ensino, as relações dos seus agentes directos, bem como a resolução de conflitos.

          A intervenção do psicólogo junto dos professores e das instituições de ensino, “visa tornar o processo de aprendizagem mais efectivo e significativo para o educando, assumindo especial importância as questões respeitantes à motivação, às competências e capacidades, ao desenvolvimento, à aprendizagem” (Monteiro e Ferreira, ibid, p. 213).

          Neste contexto, achamos importante analisar e constactar em locu a intervenção do psicólogo na organização escolar que gere o processo de ensino-aprendizagem humano, isso é, como as pessoas aprendem e relacionam-se entre si, para o desenvolvimento pessoal, colectivo e institucional.

          Acreditamos que o psicólogo organizacional é o médico social que intervém na melhoria das condições de vida e dos serviços. O psicólogo sendo um elemento fundamental na vida social, desempenha vários papéis para o bem-estar da mesma. Mas, passa precisamente na observação, analise, avaliação e proposta de soluções aos problemas psicológicos e não só do indivíduo ou sociedade. Como também, podemos considerar o psicólogo como orientador e médico da sociedade.

1.2. Breve historial sobre a intervençaõ psicólogo organizacional

          Para a compreensão da trajectória histórica a respeito da psicologia organizacional, é preciso repensar inicialmente sobre o papel da psicologia e seu surgimento como ciência. O surgimento da psicologia como ciência e profissão se vincula ao momento histórico de consolidação do capitalismo, pois há uma transformação nos modos de produção e nas relações de poder, assim, abre-se oportunidade à criação de novas subjectividades.

          Parte-se do pressuposto, portanto, de que os modos de produção, a urbanização e o surgimento do capitalismo fizeram emergir na sociedade diferentes modos de se relacionar e diferentes subjectividades. Entende-se “educação como um conjunto de acções, processos, influências e estruturas que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação activa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações”  (Libâneo, 2010: 54).

          Portanto, uma prática social humanizadora, por meio da qual o homem a determina e é determinado por ela. Não se pretende explicitar toda a modernidade por meio dos processos económicos, no entanto, estes não podem deixar de ser levados em consideração enquanto se tem consciência de que os processos de ensino formais se ligam directamente a essas transformações.

          O levantamento sucinto dessas transformações apenas viabiliza o discernimento de que, para se adentrar à compreensão da psicologia escolar é preciso conhecer um pouco dos processos que permeiam esse trabalho, a dizer, a que ou a quem se destinam os processos de ensino-aprendizagem, o que se compreende por escola, que visão se tem de psicologia para então realizar uma reflexão das possíveis questões emblemáticas da psicologia escolar.

          A psicologia organizacional pode ser compreendida de modo sucinto como uma área da psicologia que “[...] se interessa pelo modo como a escolaridade afecta as crianças em geral e o aluno em interacção com uma escola específica. A especialidade necessita de conhecimentos, pesquisas que envolvam educando e outros” o comportamento e a produção da organização (Costa et al., 1995: 124).

          O psicólogo organizacional surgiu e evoluiu conforme o desenvolvimento dinâmico das organizações, com a preocupação de compreender o comportamento do indivíduo.

         Segundo Tonet (2011: 19):

A psicologia estuda as vias de evolução, os mecanismos que se servem de base e descrever as mudanças. É mua ciência que se propõe ao estudo do comportamento humano e dos processo psiquicos que ocorrem nos estados patoloógicos. O psicólogo por função maior o auxílio à busca do equilíbrio entre a razão e a emoção na resolução dos conflitos emocionais.

          No contexto angolano, a situação da sociedade pode ser caracterizada por: a) injustiça estrutural; b) desemprego e marginalização dos quadros; c) aculturação e deliquência juvenil; d) falta de estrutura famíliar e violência de género; e) excesso de consumo de álcool e de substâcias estupafacientes.

          O psicólogo quando não for chamado para resolver tais problemas, deve contribuir a partir da sua especificidade a busca de resposta e solução com base nos conhecimentos científicos. Isto é, deve ajudar as pessoas a recuperarem as identidades alienadas, pessoais e sociais, apresentando as condições opressivas contextuais, aconselhando-as às novas propostas e tendo por linha de consideração a cultura e a civilização de cada povo ou comunidade (Tonet, ibid: 20).

          Pressupõe que o psicólogo angolano ou que trabalha em Angola recoloca o seu conhecimento e sua disposição intelectual e assuma a imparcialidade no desempenho de suas funções, isto é, não cabe ao profissional mudar os valores nem crenças, mas fazer o cliente ou paciente compreender o lógico, o normal e paológico.

          A psicologia oferecia uma solução alternativa aos conflitos socias: tratava de mudar o indivíduo, preservando a ordem social ou no melho dos casos, gerando a ilusão de que talvez, ao mudá-lo, também mudaria a ordem social, como a so fosse a somatória do mesmo.

          Poder-se-ia dizer, com razão, que todas as profissões na sociedade se encontram ao serviço da ordem estabelecida e que, nesse sentido, a profissão de psicólogo não seria uma excepção. Poder-se-iam, também, mostrar todos os casos dos psicólogos que têm servido e que continuam a servir as causas populares e as revolucionárias (Tonet, 2011: 20).

          Certamente, que não é o psicólogo que será chamado a resolver os problemas mais fundamentais com que se defrontam os povos de Angola. Não está nas mãos do psicólogo, mudar as injustiças, estruturas socioeconómicas, resolver os conflitos armados, resgatar a soberania nacional ou combater a corrupção.

1.3.  Psicologia do trabalho e das organizações

          Segundo Monteiro e Ferreira (2010: 223):

O mundo de hoje é um mundo de organizações. A nossa sociedade é uma sociedade organizacional nascemos em organizações, somos educados em organizações e a maioria das pessoasconsome grande parte de sua vida a trabalhar em organizações. Despendemos uma boa parte do nosso tempo de lazer jogando e rezando em organizações. A maioria morrerá numa organização e quando chega o momento do enterro, a maior organização de todas-o Estado-tem de dar autorização oficial.

          O enquadramento do trabalho, da educação e do lazer em organizações motivaram que uma área da psicologia se especializasse no estudo e na interação nas organizações em geral e nas do trabalho em particular.

          As organizações são unidades constituidas para atingirem objectivos específicos e que se estruturam para conseguir. No seu interior, estabelesse-se um conjunto de interacções complexas que ultrapasam a estrutura formal da organização.

          São de grande importância para o funcionamento de uma organização reconhecer as relações informais, isto é, interações que resultam de relações de identificação ou rejeição, de amizade ou de antagonismo. Para se compreender o comportamento dos membros de uma organização não basta, certamente conhecer as suas características individuais, mas sim, é preciso ter-se em conta o factor organizacional que involve um conjunto complexo de interações.

          Para Monteiro e Ferreira (2010: 223) a progressiva complexidade do trabalho da sua organização e das relações interpessoais daí decorrentes levou a a que a psicologia do trabalho e das organizações dividisse a sua reflexão em três domínios: psicologia do pessoal, psicologia do trabalho e psicologia das organização”.

1.    A psicologia do pessoal – aborda questões relacionadas com a selecção de pessoal, a orientação e o desenvolvimento de carreiras, a avaliação do desempenho, etc. Dada a importância da formação contínua dos trabalhadores, intervém na planificalão e concretização da formação geral e específica;

2.  A psicologia do trabalho – aborda questiões como a interacção homem e máquina, a organização do trabalho, a saúde e a segurança. As novas tecnologias ganham particular relevância, dado o seu papel na sociedade actual;

3.  A psicologia das organizações – aborda questões como a motivação, a liderança, as relações interpessoais, a gestão de confiltos. Az mudança e o desenvolvimento organizacional são objecto de particula atenção.

          Segundo Cury (2003: 12-13) a escola enquanto organização “deixou de ser uma aventura agradável. Os jovens conhecem cada vez o mundo em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são”.

          No entanto, analisaremos de seguida as funções do psicólogo do trabalho e das organizações, na qual compreenderemos melhor as áreas de intervenção na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande/Bengo.

1.4.  O trabalho do psicólogo organizacional

          Podemos encontrar o psicólogo organizacional nas empresas, escolas, instituições, organismos profissionais, associaaões, clubes, isto é, num conjunto alargado de organizações mais ou menos complexas, de maior ou de menor dimensão.

          As grandes mudanças que vivemos nos nossos dias tem tido fortes repercurssçoes, sobretudo ao nível das organizações do trabalho, pelo que é nestas que a presençado psicólogo organizacional é mais comum.

          As inovações tecnológicas e as transformações daí decorrentes arrastaram um conjunto de problemas que são objecto da sua reflexão e intervenção: modificam-se as relações com o trabalho e as interacções sociais. Gerir a mudança ao nível organizacional, grupal e individual é uma questão de sobrevivência.

          Certamente, é no contexto das organizações em equipas multidisciplinares, que integram elementos dos vários níveis da hierarquia, técnicos e até psicólogos de outras áreas, que o psicólogo organizacional desenvolve o seu trabalho em várias vertentes (Monteiro e Ferreira, 2010: 224).

          Assim, segundo Monteiro e Ferreira (ibid: 224-225) o psicólogo organizacional realiza o seu trabalho nas seguintes áreas:

a)  Analisar a relação entre o trabalho e as pessoas;

b)  Orientar o processo de selecção e formação dos trabalhadores;

c)  Promover a optimização do trabalho;

d)  Analisar os pcessos de liderança e de gestão dos recursos humanos;

e)  Explicar e procurar prever o comportamento das pessoas no contexto do trabalho;

f) Avaliar a motivação e o grau de satisfação dos trabalhadores;

g)  Compreender as relações formais e informais no interior da organização;

h)  Procurar compreender e resolver os conflitos;

i)  Apoiar no controlo e avaliação dos resultados.

          As mudanças tecnológicas que já referimos levam a que o psicólogo organizacional seja cada vez mais socilicitado a planificar e a acompanhar programas especializados de formação contínua, procurando adaptar aos novos contextos as competências dos trabalhadores, apoiando-os no processo de adaptação às novas exigências.

          Portanto, a mobilidade, a flexibilidade, as inovações tecnológicas, o próprio trabalho, que exigem novas competências, colocam grandes desafios aos trabalhadores para se adaptarem às circustâncias. Outras questões decorrentes do processo de globalização e dos fluxos migratórios abrem novam solicitações e novas áreas de intervenção ao psicólogo organizacional.

1.5.  A intervenção do psicólogo organizacional como promotor de desenvolvimento e autonomia

          Como acabamos de analisare compreender que o trabalho do psicólogo organizacional abrange várias áreas: a educacional, a criminal, a clínica, a organizacional, para mencionar apenas algumas. Mostramos por outra, como é diversa a acção do psicólogo e como a sua intervenção técnica é útil e necessária a muitos níveis: a nível pessoal, comunitário, instituicional, do desenho de políticas, etc. Destacamos ainda do que distingue a prática deste importante técnico de saúde mental na qualidade de serviço e do bem-estar dos trabalhadores, como da organização.

          Vamos agora voltar a falar do psicólogo organizacional das suas práticas profissionais e da sua intervenção como agente promotor do desenvolvimento e autonomia dos trabalhadores. Desta vez, consideramos as finalidades da sua intervenção. Embrora trabalhe em contextos diferentes e com diferentes problemáticas, o psicólogo organizacional orienta a sua acção por objectivos mais ou menos partilhados: a prevenção e a remediação da doença mental e dos distúrbios comportamentais, a melhoria da adaptação das pessoas às suas experiências e relações (as relações que mantêm que consigo mesmos, quer com os outros ou com a comunidade onde se insere) e ainda a promoção da autonomia e desenvolvimento pessoal (Monteiro e Ferreira, 2010: 245).

1.5.1.   Prevenção e remediação

          O psicólogo organizacional deve ser um agente de mudançaquer isto dizer que, quando age profissionalmente, numa qualquer área, procura alterar um estado de coisas: pode ser um problema já identificado, como, por exemplo uma depressão ou um distúrbio de comportamento.

          Mas, pode ser também um problema que pode vir a surgir, em que existe uma situação de vida – por exemplo, tentar prevenir problemas comportamentais ou depressão em pessoas que vivem uma situação de separação ou divórcio de famíliares próximos; pode ser prevenir comportamentos que colocam o bem-estar e a saúde mental das pessoas em risco – por exemplo, o consumo de substâncias tóxicas ou a violência domestica.

          Na intervenção que o psicólogo organizacional realiza há, portanto, esta primeira diferença: pode agir de formas a mudar uma situação problemática que já existe, remediá-la, isto é, torná-la menos problemática, ou pode agir de forma a mudar o possivél curso problemático de um estado de coisas, de modo a prevenir o surgimento de problemas futuros. Tanto a remediação como a prevenção fazem parte da prática profissional do psicólogo na sua intervenção.

          O psicólogo organizacional “pode actuar de forma a remediar os problemas já identificados de deliquência num jovem, assim como a prevenir o surgimento de comportamentos criminais; pode actuar na facilitação da resolução de problemas de inserção educacional e de relação com a escola, assim como pode trabalhar com os professores de modo a criar na escola condições que permitam a prevenção de problemas disciplinares ou de insucesso, etc. (Monteiro e Ferreira, 2010: 246).

          Como vemos, dados os elevados custos pessoais e sociais que derivam das perturbações mentais e comportamentais, não é nunca suficiente nem sequer desejavél que se mantenha uma abordagem que se limite à remediação.

          Daí que tenham sido desenvolvidas e que sejam cada vez mais importantes, as abordagens preventivas com a intervenção do psicólogo organizacional na vida da organização e das pessoas para o alcance dos objectivos propostos.

1.5.2.   Prevenção primária, secundária e terciária

          Uma das primeiras abordagens sistemáticas da prevenção da intervenção psicológica começou por distinguir entre prevenção primária, secundária e terciária. Por se basear em modelos vindos da área da saúde pública, adaptados à prevenção da doença mental, esta abordagem ficou conhecida como modelo médico da prevenção da perturbação mental. No entanto, a prevenção primária, secundária e terciária dizem respeito a acções preventivas que têm diferentes objectivos.

1.5.2.1. Prevenção primária

          O objectivo da prevenção primária é fazer diminuir a prevalência de um determinado problema numa determinada população ou comunidade. A prevenção primária , é portanto, a que tem como objectivo fazer diminuir a frequência com que surgem determinados problemas mentais ou comportamentais numa população ou comunidade. Por exemplo, a criação de programas de ocupação de tempos livres para jovens pode ser realizada com o objectivo de prevenir comportamentos problemáticos por parte destes.

          Neste contexto, “podem usar-se actividades que são saudáveis e interessantess, como a prática desportiva, através do desporto é possivél criar contextos onde a noção de regras seja integrada de forma significativa, onde os jovens sejam envolvidos em actividades que os valorizem e lhes porporcionem experiências sociais positivas e, dessa forma, procurar prevenir diversos tipos de problemas, como o consumo de drogas e a deliquência, por exemplo (Monteiro e Ferreira, 2010: 246).

1.5.2.2. Prevenção secundária

          A prevenção secundária visa a identificação precosse de problemas mentais e comportamentais. Entende-se que, se estes problemas forem identificados nas suas fases iniciais, há uma maior possibilidade de agir sobre eles de modo eficaz e, assim, prevenir outras perturbações mai everas e danosas para o bem-estar das pessoas, que possam desenvolver-se a partir destas.

          Um exemplo é a intervenção que se pode realizar com crianças que tendem a isolar-se socialmente, a afastar-se dos seus colegas durante os periódos de recreio.

          Neste caso a prevenção procuraria prevenir que este comportamento pudesse dar origem, por exemplo, a depressão ou a perturbações ansiosas por parte das crianças, ou a comportamentos de exclusão e discriminação por parte dos colegas, que poderiam vir a ter consequências graves para o bem-estar e desenvolvimento pessoal da criança em questão (ibid: 247).

1.5.2.3. Prevenção terciária

          A prevenção terciária tem como objectivo a inserção social e a reabilitação de pessoas que sofrem, ou sofreram, de doênças mentais ou que apresentam, ou apresentaram distúrbios de comportamentos.

          No âmbito da prevenção terciária trabalha-se, portanto, com pessoas que sofrem de perturbações crónicas ou que foram tratadas relativamente a problemas que apresentaram em determinada altura da sua vida. em ambos os casos procura-se aumentar a possibilidade destas pessoas participarem de forma activa e satisfatória na vida das suas comunidades e, desta maneira, melhorar o seu bem-estar e prevenir outros problemas que possam surgir derivados da situação de exclusão ou de vulnerabilidade em que o problema que têm, ou tiveram, as colocou.

          Por exemplo, quando se desenham programas reintegração social de ex-reclusos. Neste caso, a intervenção, que pode passar por apoiar o recluso no seu regrasso à sua comunidade de origem, facilitar a sua busca de emprego, aumentar a sua empregabilidade, por exemplo, através de formação profissional, tem como objectivo apoiar o ex-recluso na construção de um novo projecto de vida que previna a sua reincidência em comportamentos criminais” (Monteiro e Ferreira, 2010: 247).

1.5.3. Prevenção centrada na situação e nas competências

          Uma outra distinção tem sido feita relativamente às diferentes acções e estratégias preventivas utilizadas pelo psicólogo organizacional na sua intervenção profissional. Nela distingue-se entre prevenção centrada na situação e prevenção centrada nas competências.

          É claro que na prática, e para se aumentar a eficácia dos esforços preventivos realizados, é muitas vezes importante combinar estas duas aproximações e actuar tanto ao nível das situações como ao nível das competências.

1.5.3.1. Prevenção centrada na situação

          A prevenção centrada em situação olha para os factores causadores de stress ou perturbação que existem na relação de uma determinada pessoa consigo mesma, com os outros ou com os seus contextos de vida. A acção preventiva desenrola-se de forma a reduzir os factores de perturbação que afectam as pessoas ou as relações que mantêm.

          Segundo Monteiro e Ferreira (2010: 248):

Encontrar um espaço para mães trabalhadoras poderem deixar suas crianças durante o tempo em que estão a trabalhar, por exemplo, uma creche na empresa, pode ser uma estratégia utilizada pelas organizações para prevenirem problemas do funcionamento organizacional, como: o absentismo das suas funcionárias, a baixa produtividade derivadas de estados de ansiedade e stress, o burnout e as baixas médicas. Devidas a depressão, ou outros problemas que podem surgir quando se torna difícil gerir, simultaneamente, a vida familiar e a vida profissional.

          Este é apenas um exemplo das muitas situações que podem ter implicações em termos do bem-estar e do bom funcionamento ds organizações e instituições, neste caso, a Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande.

          Tratando-se de uma organização que involve diferentes agentes, cuja missão é a produção de um ensino de qualidade, para tal, deve trabalhar na prevenção de situações que podem influênciar na qualiade e produção de serviço, bem como, o bem-estar dos seus funcionários e intervenientes.

          Quando se procura agir de modo preventivo centrando a acção na situação, é preciso identificar os aspectos existentes no contexto, as dinâmicas relacionais e os processos produtores de perturbação aos diferentes níveis (pessoal, de relação com os outros e de relação com a comunidade mais alargada) que possam ser alterados para prevenir o surgimento de problemas psicológicos.

1.5.3.2. Prevenção centrada nas competências

          A prevenção centrada nas competências procura fazer com que os indivíduos passem a possuir determinadas características e capacidades que os ajudarão a lidar com as situações potencialmente problemáticas que poderão encontrar na sua vida.

          Neste caso, em vez de se tentar agir sobre os aspectos da situação que podem contribuir para o surgimento ou agravamento de situações de perturbação mental ou comportamental, procura-se equipar os indivíduos com competências que os ajudem a viver determinadas situações das suas vidas de um modo que não leve ao surgimento de perturbações mentais ou comportamentais.

          Portanto, podemos incluir nesta categoria as acções que visam a aquisição de competências sociais, por exemplo, para evitar que surjam problemas emocionais ou comportamentais agressivos em situações em que tal pode acontecer se as pessoas tiverem dificuldades em estabelecer relações socias satisfatórias com outras pessoas, por exemplo, com os colegas na escola, isolando-se socialmente ou tornando-se um bully (alguém que intimida, ameaça ou agride, para diversos fins, outros colegas no recinto escolar)” (Monteiro e Ferreira, 2010: 249).

1.6.  Pomoção do desnvolvimento

          A intervençao do psicólogo organizacional deve ir além da remediação ou do evitamento de determinadas perturbações mentais ou comportamentais. O défice, o risco ou a perturbação não podem ser os únicos alvos da intervenção do psicólogo.

          O seu único objectivo não pode serevitar ou remediar o surgiimento de perturbações e problemas mentais ou comportamentais. Ao longo do tempo, uma nova preocupação tem crescido junto dos académicos e profissionais que trabalham nas áreas da intervenção psiucológica: a preocupação com a promoção da saúde mental, do bem-estar e do desenvolvimento psicológico dos seres humanos.

          É neste contexto, que abordaremos de forma livre o modo como esta preocupação tem alterado a prática do psicólogo organizacional e finalidades desta para a qualidade de serviço resultado do bem-estar dos trabalhadores.

          Destacamos a afirmação de Monteiro e Ferreira (2010: 249-250):

É importante sobre os contextos e situações de maneira a torná-los mais potenciadores de bem-estar e saúde mental, é importante capacidade e modos de ser e estar que tornem as pessoas mais aptas para resolverem os seus problemas, mais capazes de enfrentarem, de forma positiva, as situações com que se confrontam. É importante que, mais do que um conjunto abstracto de competências descontextualizadas, seja possivél desenvover um conjunto de competências que têm relação com as experiências vividas pelos indivíduos, que possam ser integradas nas acções quotidianas de forma significativa. Promover desenvolvimento é promover a transformação das pessoas (e também das organizações ou das comunidades).

          Como vemos, esta transformação não uma transformação qualquer. O desenvolvimento humano conduz a uma maior integração das experiências vividas, a uma maior possibilidade de compreender o que se pasa e de encontrar significados para as suas acções, acompanha a participação nos contextos de vida e deve promover a transformação destes em contextos significativos, lugares de relações satisfatórias.

          É importante que se oiçam as pessoas e se procure compreender quais são as suas necessidades e problemas, é importante ainda compreender como se desenrolam as relações com os outros e a comunidade e de que forma estas relações encerram dinâmicas problemáticas.

          No caso das mães trabalhadoras, por exemplo, mas do que capacitá-las com competências para lidarem com stress, é necessário criar condições para que possam primeiro participar na definição do problema, e ver este nos seus difrentes níveis: o problema não está em elas por serem mães nem profissionais, o que as leva a terem níveis de stress e depressão por vezes difíces de gerir não é apenas a sua dificuldadeem lidar com emoções com a culpa por não estarem presentes na vida dos filhos ou a frustração por não conseguirem desempenhar as suas funções profissionais do modo que desejariam,  o problema é que embora sejam parte do mundo do trabalho, aquelas que são consideradas social e culturalmente as suas obrigações enquanto mães pouco mudaram, continuam, em muitos casos, a terem de ser donas de casa, nos poucos tempos livres, e, frequentemente, com maridos pouco envolvidos e apoiantes (Monteiro e Ferreira, ibid: 250).

          Muitos autores defendem de que, a promoção do desenvolvimento é a melhor maneira de evitar não só o aparecimento de distúrbios mentais e comportamentais nas pessoas, mas também a melhor forma de ajudar a construir contextos onde as pessoas possam viver melhor e ser mais capazes de comandarem as suas vidas. A promoção do desenvolvimento não pode ser concebida como apenas pessoal ou individual. É preciso compreender o desenvolvimento como algo que acontece tanto ao nível individual como ao nível das relações com os outros, algo que ocorre ainda ao nível dos mais diversos contextos onde vivemos, desde as organizações às comunidades. Daí, a importância de optarmos em pesquisar na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande.

Uma intervenção que procura a promoção do desenvolvimento como forma de promover o bem-estar e a saúde mental dos indivíduos tem de envolver as pessoas no processo de mudança, tem de compreender os contextos, as suas dinâmicas próprias e os significados presentes. Só assim poderá contribuir para que os modos mais integrados e mais autónomos de funcionamento das pessoas, das organizações e das comunidades possam surgir (Monteiro e Ferreira, 2010: 250-251).

          Tendo em conta o exposto acima, o desafio da intervenção do psicólogo organizacional é de encontrar formas de promover oportunidades, onde novas formas de ser e de fazer, novas formas de as pessoas se relacionarem consigo, com os outros e com os seus contextos, possam ser exprimentadas e o seu potencial transformador aproveitado.

          Ao analisarmos o presente tema no contexto da organização da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande, da-se pelo facto que o involvimento dos alunos na procura de resolução de prevenção de problemas de disciplinares ou de bullying é um dos exemplos possíveis.

          Neste caso, poderiam promover-se actividades que criassem oportunidades para os alunos serem também autores das regras e para que participassem na discunção daqueles que são os problemas disciplinares existentes, poderiam envolver-se professores e alunos em actividades que procura compreender como se dão as dinâmicas sociais associadas ao bullying e promover uma cultura de escola que repodiasse a violência e não discriminasse ou estigmatizasse as vítimas.

1.7.  Escola como organização

          A Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande deve seve trabalhar no sentido de ser “um lugar de esperança e de luta; um lugar bonito, um lugar cheio de vida, seja ela uma escola com todas as condições de trabalho, seja ela uma escola onde falta tudo; é um espaço de relações” (Gadotti, 2007: 11).

          Segundo Pessanha et al. (2010: 122) a éscola é uma organização “por excelência o espaço de desenvolvimento das relações de solidariedade e cooperação e onde partem sentimentos de autonomia e de identidade social”.

          Já para Piletti (2007: 17) a escola é uma organização “de ensino que funciona e que seja administrada adequadamente, que só conseguirá preencher essa função quando houver o entrosamento dos pais com a escola e com a comunidade.

          Actualmente, a escola não pode ser mais um lugar simplesmente de transmissão oral do saber pelo mestre, mas sim, um lugar de apropriação do saber conhecer,  do saber fazer, do saber conviver juntos e do saber ser do indivíduo.

          O gestor escolar deve desenvolver trabalho em conjunto entre a escola, a família e a sociedade para a solução dos problemas que a escola enfrenta, pois ela por si só, não é capaz de conduzir isoladamente o processo de ensino-aprendizagem, razão pela qual, deve o gestor escolar promover na escola um ambiente propicío para a aprendizagem, onde cada agente realiza de forma eficiente e eficaz o seu papel, em prol da formação da personalidade da criança.

          A Escola é a organização que permite o significado da educação no contexto da vida social concreta, política, a qualificação técno-cientifica e da nova consciência social, é uma exigência a participação da comunidade de forma profunda na gestão-filosófica da escola na medida de suas ações, o seu saber e papel social.

          É uma organização psicopedagógica que responde a necessidade social de transmitir cultura, socializar o indivíduo e prepará-lo para desempenhar um papel na sociedade. É uma instituição pedagógica que responde a necessidade social de transmitir cultura, socializar o indivíduo e prepará-lo para o futuro.

          O psicólogo organizacional na escola é responsável pela promoção da saúde mental da mesma, pois actua junto a todos os membros que fizerem parte da escola, isto é, alunos, educadores (directores, professores e outros funcionários), pais e encarregados de educação. O trabalho com estas pessoas é sempre contínuo. Sua a actuação não é apenas remediar problemas, senão também para desenvolver trabalhos que visem à prevenção dos mesmos problemas. Por estar inserido na escola, é preciso que tenha conhecimentos relacionados à criança, suas fases de desenvolvimento e de aprendizagem e sobre o processo de ensino-aprendizagem.

          Segundo Mosini apud Leite (2020: 97) o psicólogo organizacional “na escola presta diversos serviços, alguns dentre os quais” destacam-se:

1.  Atender aos alunos com problemas ou dificuldades de aprendizagem;

2.  Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;

3.  Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a fim de favorecer processos de interação e troca;

4.  Ajudar alunos com dislexia, discalculia, diagrafia, dislalia e autistas;

5.  Orientar alunos agressivos que não cumprem com as normas estabelecidas pela escola;

6.  Trabalhar com alunos que apresentam prováveis transtornos de déficuldade de atenção com hiperatividade (TDAH);

7.  Trabalhar na causa de elevado número de abcentismo escolar de alunos;

8.  Incentivar os alunos sem motivação, que só vão a escola por obrigação dos seus pais e encarregados de educação;

9.  Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos;

10.  Ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;

11.  Ajudar no Projecto Político Pedagógico;

12.  Realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar a prejudicar o processo de ensino-aprendizagem;

13.  Auxiliar a direcção de escola para que os profissionais da Instituição possam ter bom relacionamento entre si;

14.  Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação;

15.  Intervir com refrescamentos psicopedagógicos para professores, e;

16.  Usar estratégias de intervenção psicopedagógica para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

          No entanto, cremos que “até chegar aqui, voçe percebeu que o psicólogo não é só para aqueles que a sociedade chama de malucos quer dizer, doentes mentais, o psicólogo trabalha para a melhoria da saúde mental de todos. Isso para não falar de outras áreas onde o psicólogo pode e deve actuar” (Mosini apud Leite, ibid: 98).

          Dada a importância desse profissional - psicólogo escolar - na orientação do indivíduo e desenvolvimento da escola, destacamos diferentes aspectos prosteriores sobre a sua actualão no processo de ensino-aprendizagem, tendo como sujeito o aluno e o mediador o professor, que por sua vez deve usar estratégias que garantam a aprendizagem activa.

          A intervenção do psicólogo organizacional é analisar e assinalar os factores que favorecem, intervém ou prejudicam uma boa aprendizagem numa instituição escolar. Propor e ajudar preventivamente no desenvolvimento dos projectos favoráveis à mudanças. Este papel não deve ser encarado como recurso para evitar o fracasso escolar, nem mesmo para melhorar o rendimento dos alunos, pois estas tarefas implicam outros aspectos com os professores, alunos, técnicos e equipe de apoio reflectirem e buscarem um denominador comum em relação à aprendizagem (Martins, 2003).

          O psicólogo escolar apoia os professores:

a)    Na assessoria à planificação das actividades escolares;

b)    No desenvolvimento das suas capacidades e de relacionamento com os alunos;

c)  Na análise e avaliação das suas práticas educativas, e;

d)    Na aplicação de programas psico-educativos especiais.

          Quanto a assessoria familiar, o psicólogo organizacional fornece informação e formação aos encarregados de educação:

a)     No domínio da educação e desenvolvimento dos filhos;

b)     Na intervenção juntos dos alunos;

c)     No apoio a participação da família na escola, e;

d)     Na formação de parceiras de análise.

          Na orientação escolar e vocacional, com o  intuito de avaliar os interesses e as aptidões  dos alunos e simultaneamente estimular a procura e compreensão de informação relativamente ao contexto escolar e profissional (ibid: 247).

          É necessário que em cada instituição de ensino exista “um Gabinete de Apoio Psico-pedagógico que é um espaço multifuncional de atendimento a todos os alunos com necessidades educativas especiais ou não, para que tenham as mesmas oportunidades de sucesso, se promova a equidade na aprendizagem e se garanta a sua inclusão escolar” assim afirma e defende (artigo 40º da lei n.º 116/11, de 11 de Janeiro, p. 164).

          Segundo Nogueira (2012), a escola pode ser estudada como organização dentro da qual há mecanismos sistemáticos que regulam o seu funcionamento, evitando ou dificultando a desordem, os desfuncionamentos a nível dos indivíduos e da própria instituição.

          Cabe aqui referenciar que, em boa medida, a regulação do funcionamento escolar tem muito a ver com os motivos legais que podem outorgar maior ou menor liberdade de acção aos agentes escolares. A “escola é um grupo social onde o professor realiza um trabalho de superação das adversidades, reduzindo-as a unidade. Através da escola o aluno tem acesso a uma cultura formal o que faz da escola um grupo intermediário entre grupos primários, como a família e os grupos secundários. Na escola desenvolve-se um processo socializante que objectiva e integra o educando na comunidade” (Belmira, 2007: 34).

          Organização é conjunto de elementos estruturados ou formados intencionalmente para o alcance de um objectivo. Por isso, a escola é uma organização social é constituída e organizada para atingir os interesses ou objectivos que a sociedade pretende. Entende-se por instituição ao conjunto de actos ou ideias já estabelecidas, que os indivíduos encontram entre si que lhes impõe com maior ou menor rigor (ibid, 2007: 39).

          As escolas são as incubadoras dos cidadãos e têm um papel inestimável e imprescindível na formação dos mesmos. Nogueira (2012: 36), afirma não ter dúvida de que cabe a escola um lugar de destaque no alargamento das condições de exercício da cidadania e o domínio da norma cultura (no plano da linguagem) e dos conhecimentos, hábitos e comportamentos mais valorizados socialmente (dos quais, uma boa parcela é veiculada pela escola).

          A escola é um lugar de ensino-aprendizagem dos valores, e tem por finalidades o desenvolvimento pleno do educando, sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo, estimulando o desenvolvimento de virtudes necessárias para a vida em sociedade.

          Para Áries (2006), destaca a família e a comunidade como agentes importantes na formação do cidadão, porém, nos últimos anos essa tarefa ficou entregue, quase exclusivamente, às escolas.

          Os educadores reconhecem a necessidade de estimular atitudes positivas, desenvolver apreciações e fortalecer valores, mas o sucesso do aluno é geralmente determinado pelas aprovações obtidas em exames tradicionais ou provas objectivas ou pelas colocações conseguidas através da apresentação de diplomas. Os sistemas educacionais, na realidade, concedem prioridade ao domínio cognitivo assim afirmam (Pinto e Lopes, 2011: 87).

          A escola é a instituição que consciencializa acerca da proteção do meio ambiente, valorização de grupos menos favorecidos economicamente. Deve-se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afectivas. Ela também deve ser uma instituição motivadora, que trabalhe a auto-estima dos alunos, e formadora de valores nos cidadãos.

          É evidente a necessidade de se preparar os alunos não apenas para o futuro, mas sim para a vida. Portanto, as escolas devem ser espaços educativos de construção de personalidades humanas autónomas, nos quais os alunos aprendam a ser pessoas de bem Para Luís (2010: 142).

          É preciso que a escola contribua para uma nova postura ético-valorativa de recolocar valores humanos fundamentais como a justiça, a solidariedade, a honestidade, o reconhecimento da diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suportes de convicções democráticas (Libâneo, 2010: 7).

          É axiomático afirmar que a educação visa à formação da personalidade, do ser humano como um todo, cabendo ao professor abrir perspectivas para o auto-conhecimento e auto-formação. O sentido da vida só pode ser aprendido pela própria pessoa, mas as atitudes podem ser ensinadas. Mesmo que o professor não considere as atitudes como objectivos destacados no seu ensino, não pode ignorar que elas afectam a interpretação de tudo o que se percebe. As atitudes se modificam por meio de aprendizagens (Bossa e Oliveira, 1998: 86).

          A escola participa na formação na personalidade do aluno, por isso ela deve estimulá-lo a ter boas atitudes, assim sendo Coisino (2015), considera evidente a necessidade de ter uma educação voltada para o ensino de valores, certamente esse não é o objectivo principal do ensino, mas ambos devem ser trabalhados juntamente, pois não podemos  dissociar o pensar do agir e do sentir, os quais são interligados e são indissociáveis, por isso devem ser trabalhados juntos, e, além disso, também chamar atenção para o aluno, ele é um humano que é influenciado por  seu modo de pensar e agir.

          Segundo Áries (2006: 157), a sociedade solicita que a educação assuma funções mais abrangentes que incorporem em seu núcleo de objectivos a formação integral do ser humano.

          Essa proposta educativa objectiva a formação da cidadania, visando que os alunos desenvolvam competência para lidar de maneira consciente, crítica, democrática e autônoma com a diversidade e conflito de ideias, com influências, da cultura e com os sentimentos e as emoções presentes nas relações que estabelecem consigo mesmo e com o mundo à sua volta.

          Afinal, estamos falando de uma educação em valores em que as dimensões: cognitiva, afectiva, interpessoal e sócio- cultural das relações humanas, são consideradas no planeamento curricular chama se atenção que: “a sociedade escola actual necessita de educação do aluno como um todo, um ser humano complexo que deve ser trabalhado em diversas áreas e não apenas a cognitiva. A escola deve formar pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas, ou seja, a escola deve também ter na sua planificação um ensino voltado para educação em valores” (Nogueira, 2012: 76).

          Apesar do aluno passar cinco dias por semana na escola, professores e coordenadores pedagógicos não podem alegar que têm importância mínima na formação do carácter dos alunos.

          É certo que a responsabilidade pela educação dos alunos cabe especialmente aos professores e pais afinal são eles que educam grande parte do tempo. Todavia, o período que ele passa na escola em contacto com educadores que lhe transmitirão valores e formas de pensar, além de estar na companhia de outros alunos também deverá influenciar na formação da personalidade do aluno (Cris Poli, 2008: 62).

          Para os alunos beneficiam quando os seus pais e professores comunicam-se entre si. Têm melhor desempenho académico quando pais e professores compreendem as suas expectativas e se mantém em contacto para falar sobre hábitos de aprendizagem, atitudes perante a escolha, interações sociais e sobre o seu progresso académico (Cury, 2003).

          A escola, através da sua Direcção e do seu Projecto Educativo, pode criar uma atmosfera que conduza à comunicação e proporciona oportunidades para que ela ocorra. Os professores sentem-se mais motivadora a comunicar com os pais quando percebem que os seus superiores valorizam essa comunicação, que os seus colegas têm envolvimento dos pais e que os pais parecem apreciar as suas iniciativas.

          Assim, a relação entre o psicólogo organizacional, a escola e a família é mais efectiva quando flui em ambas as direcções e as escolas deveriam estabelecer a distinção entre esforços que se realizam para informar os pais e os esforços que se fazem para permitir a ocorrência de oportunidades de comunicar com os pais.

          Entre a escola, a família e a comunidade se forma a personalidade do aluno, permitindo uma educação virada ao projecto da vida. A escola, a família e a comunidade, são espaços de relações.

          Neste sentido, uma delas é única, fruto de sua história particular, do seu projecto e dos seus agentes. Como lugar de pessoas e de relações, é também um lugar de representações sociais.

          Como organizações sociais, todas têm contribuindo tanto na manutenção quando para a transformação social, assim a relação entre a escola a família e a comunidade é muito importante para a formação, orientação e o controlo do sucesso académico do aluno projectando-o para a vida futura.

          A “escola é uma instituição social encarregue legalmente para a educação das jovens gerações, impulsionada por um conjunto de agentes que intervêm no processo docente educativo, tal é o caso dos Directores, coordenadores de classe e disciplina, professores, o colectivo administrativo e a comunidade escolar” (Marques, 2007).

          Todas as crianças, adolescentes e funcionários lidam com problemas ao longo de sua vivência no espaço escolar como problemas de aprendizagem, de indisciplina, de conflitos familiares, de relacionamentos sociais, de tomada de decisões ou no manejo das emoções como: medo, ansiedade, tristeza, solidão, preocupação ou raiva. A escola é um dos espaços onde o psicólogo pode actuar, para que a comunidade escolar possa compreender e buscar soluções para esses problemas (Cury, 2003: 55).

          Por tanto, olhando pela a abordagem acima apresentada, fica clara a ideia que a escola é uma organização por excelência que se organiza e funciona com a intervenção do psicólogo como profissional e agente fundamental no exercício de suas funções, para que seja possível a garantia da qualidade de ensino.

 

 

CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE PESQUISA

          Esse é um capítulo indispensável no desenvolvimento de qualquer trabalho científico, razão pela qual, definimos o tipo, a abordagem, os métodos, as técnicas, os instrumentos, a população, a amostra, os procedimentos e dificuldades da realização ou desenvolvimento da pesquisa.

A metodologia é o conjunto de regras ou princípios empregados no ensino de uma ciência ou arte; parte da lógica que estuda os métodos das diversas ciências; arte de dirigir o espírito na investigação da verdade (Perfeito et al., 2012: 1056).

          No entanto, a metodologia se refere à descrição precisa e detalhada do caminho metodológico utilizado para o alcance dos objectivos propostos para com a presente pesquisa.

2.1. Tipo de pesquisa

          Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória, que consistiu na descrição de um fenómeno social que é a análise da intervenção do psicólogo na organização. Caso da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande.

 

2.2. Modelo de abordagem

          A presente pesquisa enquadra-se no modelo de abordagem qualitativo, relacionando-se ao emprego de recursos e técnicas estatísticas que visam qualificar os dados colectados, partindo da definição do problema até a apresentação dos resultados, não havendo no entanto manipulação dos dados a serem obtidos.

2.3. Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa

2.3.1. Métodos utilizados

          Segundo Jung (2003: 213) o método é o “conjunto de etapas ordenadamente dispostos a serem executadas na investigação de um fenómeno”.

          Na presente pesquisa, usamos como método geral o Dialéctico-Materialista, que permitiu conduzir toda a investigação e integrar os demais métodos particulares, nomeadamente: de nível teórico, empírico e estatístico partindo da realidade observada.

2.3.1.1. Métodos de nível teóricos:

          Análise bibliográfica: através do qual foram analisadas diferentes bibliografias como (livros, monografias e sites), relacionadas com o tema em desenvolvimento.

          Analise síntese: empregamos em todo processo dos inquéritos aplicados.

          Indutivo-Dedutivo: permitiu-nos fazer abordagens teóricas, pesquisa de campo e resultados obtidos.

          Transato do abstrato ao concreto: fez-se o conhecimento racional do fenómeno em estudo na sua relação entre a teória e a prática.

          Histórico-lógico: consistiu no estudo de um breve historial sobre a intervenção do psicólogo na organização. Este método também reflecte-se na estruturação lógica da presente pesquisa.

          Estudo de caso: constituiu num estudo de indivíduos (população alvo da pesquisa) que apresentam categorias e caracteristícas diferentes que garantiram uma análise crítica, minuciosa e profunda do fenónomeno em estudo.

2.3.1.2. Métodos de nível empíricos:

          Observação: foi de forma natural e sistemática, na qual mantivemos o contacto direito com a população alvo da pesquisa, no sentido de permitir a boa realização da mesma, rumo aos objectivos propostos, a pesar de se notar uma relação interpessoal satisfatória entre os trabalhadores da Escola.

          Inquérito por entrevista: foi aplicada ao Director geral e a Subdirectora Pedagógica do Magistério Kimamuenho” para recolher as suas opiniões quanto ao fenómeno em estudo.

          Inquérito por questionário: foi dirigido aos professores da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande.

2.3.2.   Técnicas utilizadas

A técnica é um “conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos” (González, 2014: 19).

          Neste contexto, para a realização desta pesquisa utilizamos como técnicas de recolha de informação a entrevista, o inquérito e a observção.

          Tais técnicas foram construídas por questões abertas, fechadas e semi-estruturadas, dirigidas ao Director Geral, a Subdirectora Pedagógica e aos professores da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande-Bengo.

          A entrevista: foi aplicada ao Director Geral e a Subdirectora Pedagógica, estruturada com maior parte de perguntas abertas para colher mas opiniões e análises dos mesmos sobre o fenómeno de estudo.

          O questionário: foi aplicado aos professores e constituíu igualmente numa técnica em que foram usadas perguntas do tipo abertas, fechadas e de múltipla escolha, sobre o fenómeno de estudo.

          A observação: permitiu manter o contacto directo com a população alvo da pesquisa, e de certa forma, a efectivação e colheita de informações sobre o fenómeno em estudo na realidade.

2.3.3. Instrumentos utilizados

O “investigador é o instrumento de recolha de dados por excelência; a qualidade (validade e fiabilidade) dos dados depende muito da sua sensibilidade, da sua integridade e do seu conhecimento (Zassala, 1999).

          Neste contexto, foram utilizados os seguintes instrumento:

a)     O guião de entrevista: foi efectivada através do aparelho de gravação.

b)     O guião de inquérito ou questionário: por questões estruturadas.

c)     A grelha de observação: contacto com a realidade em estudo.

 

2.4. População e amostra

          Segundo Alvarenga (2012: 64-65):

A população constitui a população que comporá o estudo, na qual se apresentam as caracteristícas que se deseja estudar, e a qual se generalizará o resultado do estudo. É formado pelo conjunto de pessoas ou casos que integra a comunidade a ser estudada. Para delimitar a população deve-se estabelecer com clareza, quais são as caracteristícas que devem possuir seus integrantes para serem incluídos na amostra. A amostra “é um processo de selecionar uma parte representativa da população para ser estudada. O subconjunto que constitui a amostra deve ser um reflexo real do conjunto da população. Por razões de tempo e custo trabalha-se com amostra, que constitui um sub grupo da população. Quando a população é pequena não se toma a amostra, trabalha-se com a população total.

          Neste contexto, a pesquisa é constituida por uma por uma população de 60 (sessenta) indivíduos que corresponde a 100%, desta, 27 (vinte e sete) do sexo feminino que resulta em 45% do gênero feminino, formam a população 1 (um) Director Geral, 1 (uma) Subdirectora Pedagógica, 58 (cinquenta e oito) professores da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande.

          Dessa população foi extraída de forma aleatória simples uma amostra de 32 (trinta e dois) indivíduos que corresponde a 53% dos 100%. Desta, 15 (quinze) do sexo feminino que resulta em 25% do gênero feminino. Formam a amostra 1 (um) Director Geral, 1 (uma) Subdirectora Pedagógica e 30 (trinta) professores da Escola em estudo. O tipo de amostragem é probabilística, sabendo que cada indivíduo apresenta características e igual possibilidade de participar ou fazer parte da amostra, conforme o tabela abaixo:

 

CATEGORIA

POPULAÇÃO

AMOSTRA

Gênero

Gênero

MF

F

%

Idade

MF

F

%

Director Geral

1

0

1%

25-45

1

0

1%

Subd. Pedagógica

1

1

1%

25-45

1

1

1%

Professores

58

27

97%

25-55

30

15

39%

TOTAL

60

28

100%

25-55

32

16

53%

 

Tabela nº. 1 – População e amostra da pesquisa

Fonte: Autora (2021)

 

2.5. Contexto da pesquisa

         A pesquisa foi realizada na Escola de Magistério Kimamuenho”, da qual, participaram o Director Geral, Subdirectora Pedagógica e professores.

         Geograficamente, a Escola localiza-se no Bairro do Kijoão Mendes, Município do Dande, na Província do Bengo, limitada ao norte (N) pela Agência de Notícia (ANGOP), Os restaurantes do VISSAPA, ANIL, Escondorijo e a Direcção Provincial da Educação; ao sul (S) pelo Comando Provincial da Polícia Nacional; ao este (E) pelo Hospital Abel dos Santos e ao oeste (O) pela Agência de Gestão Tributária (AGT), Banco BCI Restarantes Reencontro, Espaço do Tudo Quente, Escola de Condução Primavera e a Igreja Católica de Santa Ana-Caxito.

         A Escola foi fundada em 1995, constituída por salas de aulas, Gabinetes para membros de Direcção, Gabinete de Apoio Psico-pedagógico, sala dos professores, Secretária Geral, sala de reunião, casas de banho para professores e alunos (ambos sexos), cantina escolar, água canalisada e rede electrica.

         A Escola no ano lectivo 2020/2021, controlou  aproximadadmente 66 (sessenta e seis) professores, destes, 8 (oito) feminino, 2443 (dois mil e quatrocento e quarenta e três) alunos nas diversas clases e especialidades, onde, 1178 (um milhão e cento e setenta e oito) do gênero feminino. Existem na Escola diferentes especialidades, como:

a)  Instrução Primária;

b)  Língua Portuguesa;

c)  Inglês e Educação Moral e Cívica;

d)  Francês e Educação Moral e Cívica;

e)  Biologia e Química, e;

f)   Matemática e Física.

          A Escola de Magistério Kimamuenho, tem um único curso de Educação, na qual com as diferentes especialidades conforme a tabela acima apresentada com a duração de 4 anos de formação média.

          A Escola funciona em três períodos: manhã, tarde e noite. Para manter a sua segurança e higiene quer das pessoas como das estruturas, possui seguranças e auxiliares de limpeza.

          Assim, para garantir a organização e bom funcionamento da Escola de Magistério Kimamuenho, a mesma é regulada por um regulamento interno e acompanhada pelo Gabinete de Apoio Psico-pedagógico em que todo pessoal docente e discente se revejam no cumprimento e respeito dos seus deveres e direitos.

2.6. Procedimentos e dificuldades encontradas

          A presente pesquisa teve como ponto de partida, a elaboração do pré-projecto de investigação, o qual mereceu a aprovação do Departamento do Curso de Psicologia do Instituto Superior Técnico de Angola/ISTA-Polo do Bengo, segundo o of. nº 28/021 (anexo).

          De igual modo, o mesmo foi desenvolvido com a permissão da Direcção da Escola de Magistério Kimamuenho” Município do Dande-Bengo, durante o ano 2020∕2021, para onde foi encaminhado uma solicitação de 13∕05∕2021 (apêndice).

          Os membros de Direcção, professores e o psicólogo organizacional inquiridos foram informados sobre os objectivos e as finalidades da pesquisa, mediante esclarecimentos e a participação de cada um foi de livre consentimento, respeitando o princípio de confidencialidade das informações fornecida (apêndice).

          Segundo Zassala (1999) a pesquisa percorre um caminho que é constituído de três momentos intimamente relacionados e que, muitas vezes, sobrepõem-se: planeamento, execução do diagnóstico e comunicação dos resultados.

3.6.1. Procedimentos

          Neste contexto, a presente pesquisa obedeceu 3 (três) etapas fundamentais, na qual as avtividades decorreram de forma lógica, minunciosa e sequêncial sob a orientação e observação rigorosa e atenta do professor orientador, bem como, a participação dos intervenientes da pesquisa da Escola de Magistério Kimamuenho.

          A primeira etapa: planejamento - definiu-se o contexto educativo, consultou-se e organizou-se a bibliografia para a fundamentação teórica da pesquisa, prepararam-se os instrumentos de recolha de dados que foram aplicados aos participantes da pesquisa, seguidamente, determinaram-se a população e a amostra em estudo.

          A segunda etapa: execução do diagnóstico - elaborou-se o guião de entrevista que foi aplicado ao Director Geral e a Subdirectora Pedagógica, de tal modo que, foi aplicado o guião de inqueríto em questinário aos professores da Escola de Magistério Kimamuenho.

          A terceira etapa: comunicação dos resultados - onde elaboramos as proposta de acções psicológicas como contribuição para reforçar a intervenção do psicólogo na organização na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande-Bengo.

 

2.6.2. Dificuldades encontradas

          Relativamente as dificuldades, foram várias, das quais destacamos:

a)  A escassez de material bibliográfico referente ao tema;

b)  A pouca receptividade por parte de alguns professores da escola;

c)  A falta de interesse igualmente de alguns professores em efectuarem a entrevista;

d)  A pouca experiência de alguns alunos em responder o questionário;

e)  As limitações financeiras e dificuldades de transporte;

f) Dificuldades de estado de saúde;

g)  A incompatibilidade de tempo  de trabalho uma vez que este trabalho iniciou-se com um tema do pré-projecto passando para o actual.

          Assim sendo, entre estas e outras dificuldades encontradas durante a realização da pesquisa, serviram de reforço e suporte fundamental de persistência da mesma, rumo ao alcance dos objectivos propostos.

          Estas e outras dificuldades foram superadas que acabaram de nos levar a aplicação dos instrumentos para a colheita de dados conforme é apresentado e discutido na sessão prosterior.

CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO

          Este capítulo é fundamental e indispensável da pesquisa, na qual é apresentado e discutido os resultados obtidos através da aplicação da entrevista e questionário aos participantes. Para tal, se utilizou tabelas de forma empírica e criativa segundo a amostra da pesquisa (tabela nº 1: 34).

4.1. Apresentação e discussão dos resultados da pesquisa

          Tanto o Director Geral como a Subdirectora Pedagógica são formados na área da Educação e licenciaram-se no Ensino da Pedagogia na Escola Superior Pedagogica do Bengo. A Subdirectora Pedagógica afirmou que os professores são formados em diversas áres do saber e especialidades como no Ensino da Pedagogia, Psicologia, Língua Portuguesa, Geo-História, Mat-Física, Bio-Química e Direito, conforme a tabela e gráfico:

 

CATEGORIA

Especialidades de formação

Ped

Psi

L.P.

G-H

B-Q

M-F

Dir

Membros de Direcção

2

0

0

0

0

0

0

Professores

8

8

5

3

3

2

1

TOTAL

32

 

Tabela nº. 2 – Área de formação dos participantes da pesquisa

Fonte: Autora (2021)

 

          O Director Geral livremente afirmou ter optado em formar-se em educação por vocação a profissão de professor, com amor na formação das novas gerações que são os alunos. Na qual, é profissional a mais de 10 anos de serviço no sector da educação e como Director a mais de 5 anos.

          No que diz respeito a motivação, a Subdirectora Pedagógica sente-se motivada em trabalhar na área da educação e nesta Escola, pois lhe tem permitido obter mais conhecimentos e experiencias que muito tem contribuido no desenvolvimento pessoal e na resolução de problemas nas diversas esferas da vida, especialmente no processo de ensino-aprendizagem, tendo sempre contado com o apoio e colaboração dos professores, pais, encarregados de edcucação e até dos alunos, bem como, do Gabinete de Apoio Psico-pedagógico da escola.

          O Director e a Subdirectora Pedagógica responderam afirmativamente. E acrescentaram dizendo que a Escola tem um Gabinete de Apoio Psico-pedagógico que funciona diariamente e é coordenado por um professor na qualidade de psicólogo organizacional prestando apoio aos professores, alunos e a comunidade educativa no geral.

          Os inqueridos convergiram afirmando que o Gabinete de Apoio Psico-pedagógico tem atendido os alunos mas não com muita frequência por falta de vontade dos alunos e por falta de conhecimento dos pais e encarregados de educação.

          Questionados sobre os objectivos da intervenção do psicólogo organizacional, os membros de Direcção afirmaram que o psicólogo organizacional tem como objectivo influênciar as acções e comportamentos e experiências dos indivíduos da organização.

          Para os professores e psicólogo organizacional, afirmaram que o psicólogo na organização tem como objectivo procurara compreender, explicar, predizer e mudar o comportamento humano no contexto organizacional tendo em vista o alcance dos objectivos organizacionais bem como objectivos individuais.

 

CATEGORIA

Psicólogo na organização

Comportamentos

Experiências

Compreender

Ajudar

Mudar

Predizer

Membros de Direcção

2

0

0

0

0

0

Professores

9

7

6

4

3

1

TOTAL

32

 

Tabela nº. 3 – Objectivos da interveção do psicólogo na organização

Fonte: Autora (2021)

          Quanto às funções da interevnção do psicólogo na organização, os membros de Direcção destacaram de que este profissional tem competências para desempenhar diversas funções no âmbito da Direcção, Departamento de Recursos Humanos, ao nível de avaliação e da intervenção.

          Por conseguinte, o psicólogo desempenha na organização outras funções como avaliação individual e colectiva, bem como dos processos organizacionais. O Director Geral revelou-nos que, as opiniões de outros profissionais da educação em relação à intervenção do psicólogo dentro da escola são divergentes, porquanto, uns defendem a sua existência na instituição, enquanto outros, consideram-na de exagerada ou desnecessária. Como confirmou a Subdirectora Pedagógica.

          O psicólogo no contexto escolar desenvolve acções voltadas aos alunos, pais e funcionários, principalmente auxiliar alunos no seu processo de aprendizagem e os professores em sua função de ensinar, ao passo que para outros professores, o psicólogo escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de actividades preventivas e/ou curativas; opiniões também partilhadas por nós. Entretanto, outros professores acham que o psicólogo escolar apenas vela pelo comportamento dos alunos, limitando assim o papel deste profissional neste contexto (disseram).

          Para professores, as funções do psicólogo na organização podem ser percebidos no quotidiano, a psicóloga tem a capacidade de promover a boa adaptação e potencializar o sucesso dos alunos, auxiliando-os ao longo do processo de aprendizagem, ao mesmo tempo como colaborar com os professores superando as suas dificuldades, contribuindo assim na melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

 

CATEGORIA

Psicólogo na organização

Apoio psicopedagógico

Orientação

Orientação

Avaliação

Membros de Direcção

2

0

0

0

Professores

8

8

7

7

TOTAL

32

 

Tabela nº. 4 – Funções da interveção do psicólogo na organização

Fonte: Autora (2021)

            Já no que diz respeito a importância da intervenção do psicólogo na organização, os participantes são de opinião que a intervenção do psicólogo no ambiente escolar é de suma importância, visto que o seu papel no contexto escolar, no desenvolvimento de actividades preventivas e/ou curativas.

            A sua actuação em conjunto com os outros profissionais da educação e por último uma avaliação da necessidade do psicólogo no contexto escolar.

          Para tal, os participantes tem mantido relação com o psicólogo organizacional para a resolução dos problemas referentes ao processo de ensino-aprendizagem nesta Escola do Magistério e o bem-estar dos seus agentes educativos, pois este profissional deve interagir com todos os intervenientes do processo educativo (Direcção, professores, alunos e encarregados de educação), para um trabalho eficiente.

 

CATEGORIA

Psicólogo na organização

Planificação

Tomada decisão

Resolução de problemas

Avaliação

Membros de Direcção

0

0

2

0

Professores

5

6

11

8

TOTAL

32

 

Tabela nº. 5 – Importância da interveção do psicólogo na organização

Fonte: Autora (2021)

 

 

4.2. Proposta de actividades 

Objectivo da proposta:

          Reforçar a intervenção do psicólogo organizacional na qualidade de serviço na Escola de Magistério Kimamuenho” Município do  Dande/Bengo.

Fundamentos da proposta:

          O psicólogo que realiza a sua intervenção em contexto escolar trabalha com os intervenientes directos e indirectos nos processos educativos, nomeadamente, os alunos, os professores e as famílias.

          A sua intervenção pode ser promocional, preventiva e remediativa, tendo como objectivo geral desenvolver as capacidades e competências dos indivíduos, grupos e instituições, promovendo contextos facilitadores da aprendizagem e do desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais (Almeida, 2015).

1.  Sugestões para a intervenção junto dos alunos

          Apoio psicológico e aconselhamento: é natural que as crianças e jovens se deparem com sentimentos de medo, ansiedade e frustração e que sintam dificuldade em adaptar-se as alterações provocadas pela situação de mudança das rotinas, ao nível da motivação e desempenho escolar.

          Documentos de apoio à prática: uma forma de promover as aprendizagens formais e informais, o desenvolvimento de uma cidadania responsável e centrada em valores de solidariedade e de comunidade, bem como de contribuir para a adopção de comportamentos pró-sociais e pró-saúde.

          Orientação e desenvolvimento escolar e vocacional: alguns alunos,  se sentem duplamente ansiosos e vêem de alguma forma interrompidos os seus processos de apoio à tomada de decisão escolar vocacional. A clarificação dos projectos pessoais, vocacionais e profissionais dos alunos, e a tomada de decisão, são importantes.

          Apoio psicopedagógico: é importante manter apoios psicopedagógicos e acompanhamentos a alguns alunos que dele beneficiavam anteriormente, sobretudo no caso daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem e/ou de comportamento, ou outras características particulares que beneficiem dessa intervenção (ex. perturbação de hiperactividade, défice de atenção, dislexia, discalculia). Este apoio, centrado em estratégias de estimulação de competências e de reeducação psicopedagógica, deverá sempre que possível ser adaptado.

          Desenvolvimento de competências sócio-emocionais: é importante promover competências sociais e emocionais, como forma de adaptação.

2. Sugestões para a intervenção junto das famílias

          Promover a literacia sobre o COVID-19, a prevenção de comportamentos de risco, e promoção de comportamentos pró-sociais e pró-saúde, por exemplo, disseminando informação através do site da escola, de plataformas que estejam a ser usadas para comunicar com as famílias, ou de outros materiais.

          Disponibilizar-se para o contacto com as famílias, sobretudo com os pais das crianças que mantêm o apoio psicológico ou psicopedagógico, ou de desenvolvimento vocacional, recorrendo por exemplo ao contacto telefónico, email ou à vídeo-chamada.

3. Sugestões para a intervenção junto dos professores

          Prestar aconselhamento apoio psicológico e suporte emocional, promovendo estratégias e competências para os próprios professores e outros profissionais lidarem com sentimentos de ansiedade, medo, culpa, exaustão, sentimentos de incapacidade e/ou com experiências de stresse.

          Promover a adopção de estratégias facilitadoras da autonomia e auto-regulação da aprendizagem dos alunos, recorrendo à formas diferenciadas de planeamento e organização das aulas, das actividades de estudo e das tarefas a solicitar.

          Implementar de formas de aprendizagem cooperativa e colaborativa entre alunos, com vista a socialização e bem-estar mútuos, bem como entre professores para o desenvolvimento de respostas educativas.

          Organizar estratégias de gestão do apoio à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências sociais e emocionais dos alunos, ao reforço motivacional, ao feedback sistemático e à avaliação, no contexto da aprendizagem à distância.

4. Sugestões de intervenção  para o apoio à gestão escolar

          O psicólogo organizacional pode apoiar no planeamento estratégico de políticas e projectos educativos através de um processo de consultoria colaborativa.

Actividades a desenvolver:

          Actividade nº 1: Entrevista com  professores -  alunos, pais e encarregados de educação.

          Objectivo: Estimular a colaboração psicóloga escolar,  professores, alunos, pais e encarregados de educação.

          Local de execução: Gabinete de Apoio Psico-pedagógico.

          Tempo: 1 hora e 30 minutos.

          Responsável: Psicólogo organizacional.

          Antecedentes: preparar uma agenda de entrevistas com  professores -  alunos, pais e encarregados de educação que estimule a colaboração  entre as partes envolvidas. Informar antecipadamente  os entrevistados.

Actividade  nº 2: Boletins informativos.

          Objectivo: Informar aos pais a situação dos seus educandos na escola.

          Local de execução: Escola de Magistério Kimamuenho” do Dande-Bengo.

          Responsável: Psicólogo organizacional.

          Os boletins informativos (cadernetas escolares), são habitualmente utilizados para informar os pais  sobre os progressos alcançados pela criança na escola.

          Contudo, estes boletins podem ser usados como meio de relação e comunicação entre a família e a escola, incluindo informações dos pais para a psicóloga sobre o comportamento da criança em casa, em assuntos relacionados com a escola, etc.

          Os boletins podem igualmente estimular os pais a informar a psicóloga  sobre assuntos específicos ou a solicitar encontro.

Actividade nº 3: Encontros de portas abertas psicólogo; professores-alunos, pais e encarregados de educação.

          Objectivo: Estabelecer encontros com todos os intervenientes.

          Local de execução: Escola de Magistério Kimamuenho” do Dande-Bengo.

          Tempo: Mensalmente.

          Responsável: Psicólogo organizacional.

          Assuntos a abordar: O processo de ensino-aprendizagem – o comportamento dos alunos, as suas interações com os colegas, professores e demais agentes educativos, suas comunicações, seus graus de aprendizagens.

Actividade  nº 4:  Bloco de anotações.

          Objectivo:  Lembrar os professores, alunos, pais e encarregados de educação sobre  as tarefas que devem desenvolver.

          Tempo: Mensalmente.

          Responsável: Psicóloga organizacional.

          Participantes: Professores, alunos e pais ou Encarregados da educação.

          Recursos: Bloco de anotação, esferográficas.

Actividade nº 5: Trabalho de benefício mútuo (os intervenientes do processo educativo).

          Objectivo: Favorecer a formação no ser humano e aproximar todos à situação real em que se vive, tratando de que encontrem pontos de contacto e trabalhem por uma orientação social comunitária adequada.

          Local de execução: Escola de Magistério Kimamuenho” do Dande-Bengo.

Actividade nº 6: Participação nos projecto educativo na escola.

          Objectivo: Contribuir com sugestões na elaboração e execução dos  projectos educativos  trabalhando em colaboração com a Direcção da escola.

 

 

 

 

CONCLUSÕES

          Tendo em conta os objectivos programados, o problema levantado e de acordo com os resultados obtidos do diagnóstico feito, somos a concluir o seguinte:

1.  O referencial teórico permitiu-nos afirmar que o psicólogo organizacional ocupa uma função especificada dentro da organização com a finalidade de análise, tratamento, orientação e avaliação da mesma, bem como, o bem-estar dos seus agentes, assessoriando as actividades de ensino, pesquisa e extensão dentre outras;

 

2.  Feito o diagnóstico, a situação actual da organização Escola de Magistério Kimamuenho no Município do Dande-Bengo pode ser caracterizada de regular, justificada pela inoperância do Gabinete de Apoio Psico-pedagógico, pois foi notório verificar a insuficiência da intervenção do psicólogo organizacional na gestão escolar e na resolução de problemas que garantem a qualidade de serviço a nível pessoal e colectivo;

 

3.  Foi elaborada uma proposta de acções psicopedagógicas virada no reforço da intervenção do psicólogo organizacional como contribuição para melhorar o processo de ensino e aprendizagem da Escola em estudo;

4ª. O objectivo do estudo foi alcançado, pois que através dos intervenientes conhecemos o quanto é importante a intervenção do psicólogo organizacional no melhoramento do processo de ensino-aprendizagem e do bem-estar dos seus agentes fundamentais da Escola de Magistério Kimamuenho no Município do  Dande-Bengo.

 

 

 

 

SUGESTÕES

          Tendo em conta as conclusões extraídas dos resultados obtidos do diagnóstico feito, somos a sugerir humildemente o seguinte:

1.  Que a Direcção da Escola de Magistério Kimamuenho” no Município do Dande, crie condições no sentido de fortalecer a intervenção do psicólogo organizacional para apoiar psicopedagógicamente, aconselhar e orientar os aluno, professores e comunidade educativa na resolução de problemas que os aflingem para a qualidade de serviço;

 

2.  Que o psicólogo organizacional assume a sua verdadeira intervenção de agente de mudança auxiliando todos os outros intervenientes do processo de ensino-aprendizagem da Escola de Magistério KimamuenhoMunicípio do Dande – Bengo;

 

3.  Que a proposta de acções psicopedagógicas virada no reforço da intervenção do psicólogo organizacional seja aplicada e experimentada como contribuição para melhorar o processo de ensino e aprendizagem da Escola em estudo;

4ª. Que se dê continuidade nos estudos deste género para melhor reforço da intervenção do psicólogo organizacional e que a presente pesquisa sirva de instrumento de consulta no estudo sobre o fenómeno em causa. 

 

 

 

 

 

 

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