O homem como máquina e adaptação da máquina ao homem

 


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

 ISTA

CURSO DE PSICOLOGIA

 

 

 

 

 

O TRABALHO E A ERGONOMIA

 

 

 

GRUPO Nº 02

 

 

 

 

 

CAXITO-2021


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

 

 

 

 

 

 

 

O TRABALHO E A ERGONOMIA

O homem como máquina e adaptação da máquina ao homem

As características da máquina humana

Adaptação da máquina ao homem.

 

 

 

 

 

Trabalho científico apresentado ao professor Lino Gonzales H. Capemba, como requisito necessário para a avaliação na cadeira de Ergonomia.

 

 

 

 

 

 

 

CAXITO-2021



1- INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa feita por intermédio de referências bibliográficas que serviu de apoio e deu suporte máximo para a concretização do mesmo. Com o tema o trabalho e a ergonomia, fez-se necessário e um grande esforço para atingirmos os objectivos para o produto final. De tal maneira que, à medida que o tempo passa, os hábitos e a exigências das pessoas mudam. Aquilo que era aceito como normal para uma geração, pode tornar-se inaceitável para a outra, devido à evolução da sociedade. Assim, o que antes era um fenômeno localizado, pode tornar-se um fato mundial com a evolução dos meios de comunicação. 

Cada vez mais, as pessoas estão reclamando por melhores condições de trabalho e de vida. Tanto por razões econômicas como sociais cidadãos desse grande mercado comum estão exigindo condições de trabalho equivalentes, nivelando os diversos países entre si. Na busca dessa equivalência, diversas melhorias são demandadas. Pode-se dizer que se exigem, cada vez mais, soluções ergonômicas para o trabalho.

Não se conhece um histórico claro e especifico sobre a Ergonomia, já que os conhecimentos relativos ao homem no trabalho vêm sendo coletados, de forma mais aprofundada, a partir da revolução industrial. Entre tanto, uma coisa é certa, os conhecimentos parciais e empíricos aos problemas do trabalho vêm sendo utilizados há muito tempo, podendo fazer referência à criação dos primeiros instrumentos de trabalho. Todas as actividades humanas e principalmente o trabalho sofre a influência de três aspectos: físico, cognitivo e o psíquico (COUTO, 1995, p. 80).

            Mendes (2003, p. 1778) diz que “estudo do trabalho a não ser enquanto abordagens ou explicações mais ou menos superficiais, que devem ser mais cedo ou mais tarde aglutinadas num todo mais global e coerente” (MENDES, 2003, p. 1778).

Para um entendimento melhor, a ergonomia neste sentido surge para contribuir para o processo organizacional por ser uma forma de disciplina orientada que abrange as actividades do ser humano, principalmente, em um ambiente de produção. Diante dessa perspectiva, este trabalho tem como objectivo geral de mostrar a importância da ergonomia no ambiente de trabalho e seus benefícios a fim de verificar os resultados positivos de investimento e economia para a empresa. 

1.1- OBJECTIVOS

1.1.1- Geral

·         Conceituar o trabalho segundo a contribuição da ergonomia;

·         Verificar como a ergonomia pode beneficiar a qualidade de vida do trabalhador.

1.1.2- Específicos

·         Explicar por que a ergonomia é essencialmente no trabalho;

·         explicar o que significa ergonomia;

·         descrever alguns princípios básicos de ergonomia relativos ao trabalho;

·         Indicar alguns princípios recomendados para a concepção e execução de tarefas.

1.2- Método utilizado

A metodologia utilizada foi uma análise bibliográfica com abordagem qualitativa para comparar as várias ideias de estudiosos na área. Gil (2002) afirma que “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”  (GIL, 2002., p. 44).

Dessa forma, se fez necessário uma análise de bibliografias nas quais discutir-se-ão sobre a importância da ergonomia, tais como conceitos, objectivos e resultados para as considerações finais.  Espera-se também que os acadêmicos e/ou pesquisadores utilizem esse artigo como uma fonte de pesquisa a fim de enriquecer e aprimorar seus conhecimentos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

2- REFERENCIAL TEÓRICO

 

Com o crescimento da indústria, vieram o aparecimento das patologias associadas ao trabalho, com isso, as empresas buscam cada vez mais o princípio da ergonomia para adaptar seu sistema de produção ao homem. A ergonomia pode ser definida como o estudo das formas de adaptação do trabalho ao homem, e se inicia com o estudo das características do trabalhador para depois projetar o trabalho que exerce. Existem várias definições de ergonomia, todas ressaltando o objeto de seu estudo que é a interação do homem e o trabalho, no sistema homem-máquina-ambiente (MUNIZ, 2012, p. 10).

Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia – Abergo, define a Ergonomia como “o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas”  (LIDA, 2006, p. 56).

Segundo IIda Itro, a ergonomia ocupa-se primariamente dos aspectos fisiológicos do projeto de trabalho, isto é, com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente. Isso envolve dois aspectos. (LIDA, 2006). Ergonomia, antes de mais nada, é uma atitude profissional que se agrega à prática de uma profissão definida. Neste sentido é possível falar de um médico ergonomista, de um psicólogo ergonomista, de um designer ergonomista e assim por diante (LIDA, 2006, p. 57).

2.1- O trabalho e a Ergonomia

Nos primórdios da existência hominídea, o ser humano iniciou a transformação da natureza por necessidade de sobrevivência: começou a plantar (agricultura), a cozinhar (culinária) a caçar e a criar animais (pecuária) e a adequar objectos à sua rotina doméstica e de proteção de sua vida frente às próprias intempéries da natureza. Tais atividades passaram a fazer parte das necessidades de sobrevivência e adequação de seu estilo de vida.  Por vezes o trabalho foi considerado necessário e prazeroso, mas quando o objecto da transformação da natureza passou a ser pouco significante para o trabalhador o processo de trabalho passou a ser entendido como fonte de insatisfação (LAVILLE, 1977, pp. 29-30).

 No entanto, segundo Guérin (2001), a actividade de trabalho está longe de ser um conjunto de regras conhecidas previamente; trata-se de um conjunto de regulações contextualizadas, no qual se considera, entre outros factores, a variabilidade do ambiente e a variabilidade própria do trabalhador. Os trabalhadores devem ser considerados, do ponto de vista da ergonomia, como seres integrais, contribuindo para que o trabalho seja visto e tratado de uma forma mais humana (GUÉRIN, 2001).

Segundo Iida (2005), o corpo humano se mostra mais apto ao trabalho em determinados dias e horas. Além de o rendimento ser maior, há também menores riscos de acidentes. Diversos factores condicionam esse estado favorável à realização de actividades. Os mais importantes são o ritmo circadiano que é intrínseco à própria natureza e os treinamentos que são realizados pelo homem (LIDA, 2005, p. 17).

Portanto, o trabalho pode ser muito prazeroso ao homem, assim como pode ser cansativo e desmotivador. Esses fatores vão depender das condições em que se trabalha e do modo como as tarefas diárias são realizadas, ou seja, esses aspectos que causam insatisfação estão relacionados a factores biológicos, físicos, químicos, psicossociais, podendo causar danos à saúde desses profissionais  (OLIVEIRA, 2010, pp. 481-490).

Assim, a Ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objectivo é elaborar, mediante a constituição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação do homem aos meios tecnológicos e aos ambientes de trabalho e de vida (LIDA, 2005).

O objectivo da ergonomia é proporcionar ao homem condições de trabalho que sejam favoráveis, com o intuito de torná-lo mais produtivo por meio de ambiente de trabalho saudáveis e seguros, que solicite dos trabalhadores menor exigência e, por consequência, concorra para um menor desgaste e um maior resultado. Deste modo, observa-se que os autores concordam que esta ciência veio para ajudar o trabalhador e organização para manter os trabalhadores satisfeitos e com isso conseguir alcançar as metas almejadas (BARBOSA, 2010, p. 39).

O objectivo da ergonomia está voltado ao estudo das condições de trabalho que não apenas evitem a degradação da saúde, mas, também, favoreçam a construção da saúde. Esta perspectiva ativa é incapaz de ser focalizada prioritariamente pela ergonomia. Na maioria das vezes, ela é focalizada sobre uma visão instantânea do indivíduo  (FALZON, 1996, p. 15).

Segundo Iida (2005) “a análise dos postos de trabalho é estudo de uma parte do sistema onde atua um trabalhador”. O posto de trabalho é o elo do sistema homem-máquina ambiente, pois envolve homem e equipamento que ele utiliza para realizar o seu trabalho e envolve o ambiente pelo qual está inserido na empresa. Assim, entende-se que o trabalhador moderno deve atualizar-se, pois a necessidade de interações com várias ferramentas de trabalho novas e o uso de tecnologias, requer conhecimentos e certas habilidades pessoais para trabalhar com mais conforto e manter sua saúde, segurança e maior produtividade  (LIDA, 2005, p. 17).

Martins e Laugeni (2005) complementam que o trabalho e o local de trabalho devem se adequar ao homem e não o contrário. Um posto de trabalho corresponde ao local onde as atividades são executadas. No posto de trabalho ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são adaptados às características do trabalho e a capacidade do trabalhador com o objetivo de promover a redução de fadiga, estresse, reduzir os esforços repetitivos da musculatura e, consequentemente, o aumento de sua produtividade (LAUGENI, F. P. & P. G. MARTINS, 2005).

2.1.2. O homem como máquina e adaptação da máquina ao homem

Para a ergonomia a máquina existe somente em função dos trabalhadores que se comunicam com ela. O estudo da máquina só é possível em relação aos comportamentos do homem e em relação com os métodos de trabalho que estruturam estes comportamentos (FIALHO, 1997, p. 110).

2.2.1. O sistema homem-máquina

Segundo Verdussem (1978) “qualquer processo industrial dependera para seu acionamento, de um sistema integrado homem-máquina, que deverá funcionar harmoniosamente. Este sistema é uma sucessão de informações que estimulam os sentidos, levando a decisões que resultam em ações que, por sua vez, determinam novos estímulos, numa contínua alimentação” (VERDUSSEN, 1978, p. 4).

Conforme Fialho (1997), “o termo sistemas homens-máquina diz respeito tanto a um sistema” um homem - uma máquina “(por exemplo, um posto de trabalho constituído por um digitador e um terminal de computador) como também a um sistema” vários homens - várias máquinas “(por exemplo, um conjunto de operadores encarregados de toda uma linha de produção de uma usina siderúrgica)”. (FIALHO, 1997, p. 97).

Segundo Kennedy (1962) citado por Fialho (1997, p. 97), “um sistema homem - máquinas é uma organização cujos componentes são homens e máquinas, trabalhando junto para atingir objetivos comuns, ligados através de uma rede de comunicações”. Todavia, o modelo sistemas homens-máquina, apesar dos avanços introduzidos na ergonomia, se caracterizam por uma abordagem muito restrita, do tipo Behaviorista (estimula-resposta), da realidade do trabalho (FIALHO, 1997, p. 98).

Entretanto, o homem é superior à máquina, porque tem a capacidade de decidir, julgando e resolvendo situações imprevistas; poder de resolver situações não codificadas não se restringe ao previsível e não requer programação, desenvolvendo seus próprios programas, à medida que se fazem necessários  Já a máquina é superior ao homem, pelo fato de não estar sujeita á fadiga nem a fatores emocionais; as decisões de rotina são mais confiáveis, pois são programadas; seleciona muito mais rapidamente as informações e os dados necessários e pode memorizar, com exatidão, o maior número de dados (FIALHO, 1997, p. 98).

2.2.2. Dados referentes ao homem

O trabalhador que ocupa um determinado posto de trabalho deve, então, estar situado dentro do conjunto da população de trabalhadores à qual ele pertence. A população de trabalhadores é formada tanto de jovens como de idosos, de homens como de mulheres, de fisicamente perfeitos como de paraplégicos.  A inadaptação dos postos de trabalho ao conjunto de trabalhadores constitui um problema social, cada vez mais importante.  (FIALHO, 1997, p. 105).

2.2.3- Dados referentes à máquina

Para a ergonomia a máquina existe somente em função dos trabalhadores que se comunicam com ela. O estudo da máquina só é possível em relação aos comportamentos do homem e em relação com os métodos de trabalho que estruturam estes comportamentos. A máquina representa ao homem vários níveis de comportamento e essas condições físicas do trabalho, em particular as condições temporais, não podem ser ignoradas, na medida em que toda atividade, física ou mental, pode ser submetida a graves consequências (FIALHO, 1997, p. 110).

 

 

 

De acordo com Daniellou e Nael (1995 citados por Mascia & Sznelwar, 2010, p. 149): 

“A melhoria das condições de trabalho e o projecto de dispositivos técnicos adaptados às características do homem, com base em critérios ergonômicos, têm um duplo objectivo. O primeiro refere-se ao conforto e a saúde dos operadores. Trata-se de evitar os riscos de acidentes e de doenças ligadas ao trabalho e de procurar diminuir, tanto quanto possível, todas as fontes de fadiga, sejam elas associadas ao metabolismo do corpo humano (trabalho em turnos, trabalho em altas temperaturas), à força muscular e das articulações, ou a exigências cognitivas do trabalho (tratamento de informação, resolução de problemas)”. (MASCIA & SZNELWAR, 2010, p. 149).[1]

Segundo Santos e Fialho (1995), o trabalho é uma forma de atividade própria do homem, enquanto ser social  (Santos & Fialho, 1997, p. 84).

2.1.3- As características da máquina humana

As condições de trabalho têm sido abordadas não mais considerando o homem de um lado e o dispositivo de trabalho do outro, mas sim sua inter-relação. Rabardel (1995) explica que um sistema homem-máquina é uma combinação operatória de um ou mais homens que interagem com uma ou mais máquinas com o objectivo de atingir um fim, considerando um determinado ambiente. No interior do sistema funcional, a máquina se acopla aos processos cognitivos do operador e a tarefa considerada deve ser a do sistema em seu conjunto (Rabardel, 1995).

Os aspectos do comportamento humano do trabalho estudado pela Ergonomia como características,  segundo Lida (1990) citado por Barros (1996) são:

·         O homem – características físicas, fisiológicas e sociais do trabalhador; influência do sexo, idade, treinamento e motivação.

·         Máquina – entende-se por máquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações.

·         Ambiente – estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como a temperatura, ruídos e vibrações, luz, cores, gases e outros.

·         Informação – refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões.

·         Organização – é a conjunção dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes.

·         Consequências do trabalho – aqui entram mais as questões de controles como tarefas de inspeções, estudos dos erros e acidentes, além dos estudos sobre gastos energéticos, fadiga e stress (BARROS, 1996, p. 7).

Por tanto, os objectivos práticos da ergonomia é a adaptação do trabalho ao homem, envolvendo a segurança, a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores com as características do ambiente. Em outras palavras, o conceito adotado foi o da inglesa Ergonomics Research Society. O objectivo da ergonomia segundo Ernest (1957 citado por Barnes, 1977) é o estudo: Da adaptação das tarefas e do ambiente de trabalho às características sensoriais, perceptivas, mentais e físicas das pessoas. Essa adaptação leva a consecução de melhores projectos de equipamentos, de sistemas homem-máquina, de produtos de consumos, de métodos e ambientes de trabalho (BARNES, 1977, p. 169).

Portanto, o termo americano Engenharia de Factores Humanos aparece para designar o estudo e a realização das máquinas, dos postos de trabalho e mesmo dos ambientes que possam corresponder às capacidades e limites do homem. A finalidade da Ergonomia (neste paradigma) é, portanto, de conceber equipamentos, ritmos e ambientes de trabalho que possam facilitar aos processos de informação, de decisão e de execução para obter um rendimento máximo do conjunto do sistema Homem - máquina (VIDAL, 1989, p. 1).

2.1.4- Adaptação da máquina ao homem

Sendo ergonomia a qualidade da adaptação de um dispositivo a seu operador e à tarefa que ele realiza, e a usabilidade revelada quando os usuários empregam o sistema para alcançar seus objectivos em um determinado contexto de operação, diz-se que a ergonomia está na origem da usabilidade, pois quanto mais adaptado for o sistema interativo, maiores serão os níveis de eficácia, eficiência e satisfação alcançado pelo usuário durante o uso do sistema. Ora, os engenheiros de tempos e movimentos foram os primeiros a debruçar-se de um modo algo sistemática sobre as relações da máquina ao homem. Os estudos de movimentos, por exemplo, dos quais os Gilbreth foram os iniciadores são consagrados à análise dos gestos e à descoberta dos mais económicos (NIELSEN, 1994, p. 200).

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

No levantamento bibliográfico realizado observou-se que a ergonomia, apesar de pouco difundida nas empresas, é uma ciência que está inserida no dia a dia das pessoas, e tem foco de melhorar o bem-estar do ser humano.

Portanto, o objectivo proposto deste trabalho, teve como foco analisar os princípios da relação do trabalho com a ergonomia através do estudo de tempos e movimentos dentro das organizações. É notável que as organizações de uma forma geral, tem-se mostrado atentas às melhorias nas condições de trabalho, revendo a relação homem-máquina-ambiente.

A falta de atenção à questão ergonômica traz sérios problemas, não só para os trabalhadores como para seus empregadores, pois existe uma certa fadiga mental que os acompanha, o que compromete a qualidade e a produtividade do trabalho, ao mesmo tempo que expõem o empregado ao acidente de trabalho, no caso de ficar desatento, perda de sensibilidade, ou ao desenvolvimento de doenças psíquicas como a depressão etc.

Portanto, as práticas e conhecimentos ergonômicos possibilitam que o posto de trabalho seja dimensionado de forma a otimizar sua eficiência e eficácia, permitindo ao trabalhador a execução da tarefa de forma confortável, preservando sua saúde, segurança e prevenindo das doenças ocupacionais relacionadas à sua actividade laboral.

Ora, a ergonomia se preocupa em garantir que o projecto (do produto, equipamento, sistemas, etc.) complemente as forças e habilidades do homem, minimizando os efeitos de suas limitações, em vez de forçá-lo a se adaptar. Entretanto, a luz do exposto entende-se que é de grande importância manter o bem-estar no ambiente organizacional através do conforto, bem-estar, pois a ergonomia visa a saúde, segurança e satisfação do trabalhador para se conseguir resultados satisfatórios.

Enfim, dentro de um processo de produção qualquer, o papel dos trabalhadores é fundamental para alcançar os objectivos organizacionais, no entanto, ao olhar especificamente o trabalho dentro de qualquer instituição, o papel do ser humano é essencial, já que sem os seres humanos não é realizado nenhum tipo de tarefa. Verificou-se que a ergonomia é uma ciência que pode ser aplicada em diferentes situações, sendo que cada situação possui suas particularidades e, portanto, demandas pontuais as quais requerem de procedimentos e técnicas que atendam essas demandas.

4- BIBLIOGRAFIA

 

1.   BARBOSA FILHO. (2010). Segurança do trabalho e gestão ambiental. São Paulo: Atlas.

2.       BARNES, R. M. ( 1977). Estudos de movimentos e de tempos. Em BARNES, projectos e medidas do trabalho (p. 169). São Paulo: Edgard Blücher.

3.       BARROS, I. F. (1996). Factores antropométricos e biomecânicos da segurança do trabalho. Manaus: : Editora da Universidade do Amazonas.

4.       CHAPANIS, A. (1972). A engenharia e o relacionamento ser humano-máquina. São Paulo: Atlas.

5.       COUTO, H. d. (1995). Ergonomia aplicada ao trabalho: manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo Editora.

6.       FALZON, P. (1996). Os objetivos da ergonomia. Os objetivos da ergonomia.

7.       FIALHO, N. d. (1997). Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba: Gênesis.

8.       GIL, A. C. (2002.). Como elaborar projetos de pesquisa (Vol. 4 ed. ). São Paulo: Atlas.

9.       GRANDJEAN, E., & KROEMER, K. H. (2005). Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem (5. ed. ed.). Porto Alegre: Bookman.

10.   GUÉRIN, F. (2001). Compreender o Trabalho para Transformá-lo – A Prática da Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher.

11.   HENDRICK, H. (1993). Apreciação crítica do Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias da COPPE/UFRJ.

12.   LAUGENI, F. P. & P. G. MARTINS. (2005). Administração da produção.

13.   LAVILLE, A. (1977). Ergonomia. (M. M. Teixeira, Trad.) São Paulo: EPU.

14.   LIDA, I. (2005). Ergonomia produção e Projecto. São Paulo: Edgard Blücher.

15.   LIDA, I. (2006). Ergonomia (Vol. 2 ed.). São Paulo: Editora Blucher.

16.   Mascia F. L. & Sznelar. (2010). Ergonomia. (E. Blücher, Ed.) São Paulo.

17.   MASCIA, F. L., & SZNELWAR, L. I. (2010). Ergonomia. In: CONTADOR, J. C. (Coord.). Gestão de operações: a engenharia de produção a serviço da modernização da empresa. São Paulo: Edgard Blücher.

18.   MENDES, R. ( 2003). Patologia do trabalho. 1778.

19.   MUNIZ, J. J. (2012). Administração da produção. Curitiba:: IESDE Brasil S. A.

20.   NIELSEN, J. (1994). Guerrilla HCI: Using Discount Usability Engineering to Penetrate the Intimidation Barrier. .

21.   OLIVEIRA, O. O. (2010). Gestão da segurança e saúde no trabalho em empresas produtoras de baterias automotivas (Vols. v. 20, nº 3,). (Prod., Ed.) São Paulo.

22.   Rabardel, P. (1995). Les hommes et les technologies, approche cognitive des instruments contemporains. Paris: Armand Colin.

23.   RABARDEL, P. (1995). Les hommes et les technologies, approche cognitive des instruments contemporains. Paris:: Armand Colin.

24.   SALVENDY, G. (1997). Handbook of human factors and ergonomics (2. ed. ed.). Nova Iorque: John Wiley & Sons.

25.   SALVENDY, G. (1997). Handbook of human factors and ergonomics. (2. ed. ed.). Nova Iorque:: John Wiley & Sons.

26.   Santos & Fialho. (1997). Antropotecnologia, a Ergonomia dos sistemas de produção. Curitiba: Gênesis.

27.   VERDUSSEN, R. (1978). Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho. – Rio de Janeiro: Livros técnicos e científico.

28.   VIDAL, M. (1989). A Evolução Conceitual da Noção de Acidente de Trabalho (Vol. nº 13). São Carlos: Cadernos de Engenharia de Produção.

29.   WISNER, A. (1984). Por dentro do Trabalho. Ergonomia. São Paulo: Oboré.

 

Obras Citadas

1.       PILLASTRINI, Paolo (2010). E ectiveness of an ergonomic intervention on work-related posture and low back pain in video display terminal operators: A 3 year cross-over trialq. Applied Ergonomics, v. 41, Issue 3, p. 436-443.

 

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] (MASCIA & SZNELWAR, 2010, pp. 39-158). A grande maioria das pesquisas enfocava as características físicas perceptuais do homem e a aplicação destes conhecimentos no projecto de máquinas e equipamentos. Portanto seguindo esta linha de pensamento, esses dois psicólogos americanos propõem um tratamento sistêmico para a Ergonomia onde, “todos podem se enxergar: a ergonomia seria a ciência de sistemas homens máquinas”.

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