INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
ISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
ERGONOMIA NO TRABALHO
GRUPO Nº 04
CAXITO-2021
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
A ERGONOMIA NO TRABALHO
Tarefas e actividades
O trabalho prescrito e o trabalho real
Modelos e métodos da análise do trabalho
Profissão do ergonomista
Trabalho de caráter científico apresentado ao professor Lino Gonzales H. Capemba, como
requisito necessário para a avaliação na cadeira de Ergonomia.
CAXITO-2021
LISTA NOMINAL
1.
Avelina Marcolino Rufino
2.
Cristina Graciano Daniel
3.
Francisca Marques Mateus
GRUPO Nº 04
4º ANO
SALA:
PERÍODO: TARDE
ÍNDICE
I.1. Justificativa
da escolha do tema
2.1.3- O trabalho
prescrito e o trabalho real
2.1.4- Modelos e
métodos da análise do trabalho
I.
INTRODUÇÃO
Com a evolução do
trabalho, a mentalidade empresarial passa a compreender que o trabalho deverá
ser não somente um meio de sobrevivência, mas também uma motivação, permitindo
tanto a satisfação física como a mental.
Como sendo uma forma
de compreender os objectivos do trabalho aqui apresentado somos obrigados a
desenvolver esta pesquisa de caráter bibliográfico no sentido de realçar sobre
a ergonomia no trabalho, com o foco em tarefa e actividade, Tarefas e
actividades, o trabalho prescrito e o trabalho real, modelos e métodos da
análise do trabalho e a Profissão do ergonomista
Deste modo, a
ergonomia no trabalho é uma área de estudo que visa estabelecer práticas e
condições de trabalho que favoreçam a saúde do colaborador na execução de suas
obrigações. Na prática, se trata de ajustar o trabalhador à sua obrigação de
trabalho sem que ele sofra com ela, especialmente por conta das longas horas de
expediente
Assim, o papel da
ergonomia é ser um estudo que possibilita gerar as soluções ideais para cada
situação. Em empresas, a ergonomia deve ser um conceito praticado pelos
profissionais responsáveis por esse setor, comumente conduzido pela Segurança
do Trabalho. A ergonomia no trabalho é realmente importante e ajuda os dois
lados envolvidos nessa relação: o empregador e o colaborador.
Portanto, há algum tempo, o homem era comparado como um complemento da
complexa produção. O homem adaptava-se a máquina ou a função, sem levar em
conta os fatores fisiológicos, características individuais, o meio ambiente e
várias condições inadequadas de trabalho. O trabalho é um processo instável que está
sempre em mudança devido à variabilidade das atividades desenvolvidas durante
sua execução e dos diferentes modos operatórios abordados pelo trabalhador. Por
isso, é considerado um processo dinâmico, que varia de uma sociedade para outra
e ao longo do tempo, só podendo ser compreendido mediante análise de uma
actividade específica.
I.1.
Justificativa da escolha do tema
O tema apresentado
foi escolhido em razão do interesse de se estudar a importância da ergonomia no
trabalho e o seu relacionamento do homem com o trabalho, buscando o bem-estar e
o conforto do funcionário. O tema está relacionado com a motivação e as necessidades
fisiológicas do funcionário, buscando possíveis conceitos e interpretação da
relação ergo-trabalho.
É importante o estudo
ergonômico na organização pelo fato de ser o homem, o elemento diferenciador e
o grande responsável pelo sucesso de uma organização.
I.2.
OBJETIVOS
I.2.1.
Geral
·
O objectivo geral deste trabalho é analisar a importância da ergonomia
no trabalho, visando identificar uma melhora no conforto e na saúde do
trabalhador.
I.2.2.
Objectivos específicos
a)
Descrever os conceitos de Ergonomia e a sua relação com o trabalho;
b)
Analisar as reações do corpo humano com as condições de trabalho;
c)
Descrever os modelos e métodos da análise do trabalho.
I.3.
Metodologia
O principal objetivo desse
trabalho de caráter bibliográfico é estudar a Ergonomia e sua importância na
adaptação do corpo humano no trabalho, de modo a procurar entender a melhoria
da qualidade de vida e o bem-estar que ela traz ao trabalhador. Dessa forma
optou-se pela realização de uma pesquisa exploratória, que deduz o pesquisador
de um maior conhecimento sobre o tema tratado.
Segundo Octavian et
al. (2003), a pesquisa exploratória “é feita através do levantamento
bibliográfico, entrevistas com profissionais que estudam, atuam na área,
visitas a web sites e outras fontes de dados”. A metodologia da pesquisa é
feita através de coletas de dados, baseada na utilização do levantamento
bibliográfico constituído de matérias já elaboradas, como livros, artigos
científicos e outras fontes de dados.
2-
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Antes, porém de
falarmos sobre a ergonomia no trabalho, vamos entender o conceito da ergonomia
e seu obejetivo de forma que possamos dar enfeze com aquilo que pretendemos
aqui enfatizar. Para tal, o termo
ergonomia deriva do grego: ergon, que significa trabalho, e nomos, que
significa leis ou normas. Portanto, ergonomia é a ciência que estuda as
condições de trabalho. Cada vez mais percebe o Administrador a importância da
adaptação do homem, às suas características e restrições, valores e limitações,
buscando tornar as tarefas menos mecanicistas e ao mesmo tempo, mais
produtivas.
Segundo Verdussen
(1978, p.1), “o aceleramento do processo de industrialização, com suas
implicações técnicas, econômicas e sociais, modificou, a partir do início deste
século, a mentalidade empresarial, até em tão marcada por um completo
alheamento ao problema homem”. Foi justamente na Revolução Industrial que houve
a substituição do trabalho humano pelo trabalho das máquinas
Com isso a
mão-de-obra foi dividida e cada pessoa se especializava em alguma tarefa. Era
preciso administradores para organizar o que era produzido, para liderar e
coordenar os esforços humanos e para garantir que o trabalho estava sendo feito
da forma correta
A Ergonomia surge
como uma disciplina que foca a actividade de trabalho das pessoas e busca
melhorar as suas condições de execução no uso do manuseio dos produtos dentro
de uma organização. A ergonomia pode ser definida como “o conjunto de
conhecimentos científicos relactivos ao homem e necessários para a concepção de
ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficácia” (Wisner, 1987).
2.1-
Ergonomia no Trabalho
A ergonomia no
trabalho é conhecida como o estudo da relação entre o homem e o seu ambiente de
trabalho. Por meio da ergonomia, especialistas avaliam os riscos presentes na
actividade laboral e determinam as condições ideais para a realização daquela actividade.
Quando necessário, são efetuadas adequações no ambiente de trabalho para
minimizar os riscos à saúde física, mental e emocional dos trabalhadores. Para
isso, é preciso conhecer o perfil dos colaboradores e o tipo da actividade
exercida
Na prática, podemos
dizer que a ergonomia estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de
organizar o trabalho e torná-lo compatível com as características físicas e
psíquicas do ser humano. Para tal, os especialistas buscam conhecer o perfil
dos colaboradores, o tipo de atividade exercida e a quais riscos ergonômicos à
saúde física e mental a equipe está exposta
1.
Os benefícios da ergonomia no trabalho - Além de ser reconhecida como um fator
determinante para o aumento da produtividade laboral, a ergonomia gera outros
benefícios para os colaboradores e para a empresa. Segundo o pesquisador francês (Henri Savall) citado por Pires (2013),
quando uma empresa investe em ergonomia no trabalho, ela garante uma série de
vantagens, como a redução de até 3% no absenteísmo e a diminuição do
desperdício de matérias primas em até 25%
Segundo Verdussen
(1978, p. 49), “um ambiente de trabalho é o resultado de um complexo de fatores
materiais ou subjetivos, todos importantes e que, tantas vezes, são tão fáceis
de serem atendidas. Entretanto o custo de qualquer melhoria ambiental é um
investimento altamente rentável, pagando-se com o consequente aumento de
produtividade, redução dos acidentes, doenças ocupacionais e abstencionismo,
além de proporcionar o melhor relacionamento empresa empregado”. O homem
precisa encontrar no seu local de trabalho, condições capazes de proporcionar o
máximo de proteção e, ao mesmo tempo, satisfação no trabalho. As condições
ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executada
A Ergonomia surge
como uma disciplina que foca a atividade de trabalho das pessoas e busca
melhorar as suas condições de execução no uso do manuseio dos produtos dentro
de uma organização. A Ergonomia situa-se no ambiente interno das organizações e
sua implantação é feita nos postos de trabalho da empresa. O estudo da
Ergonomia busca oferecer aos trabalhadores, conforme Verdussen (1978), “uma
vida harmônica em seu ambiente de trabalho, onde haja conforto, segurança e
eficiência, de modo que possam gerar qualidade e produtividade. A Ergonomia
adapta as condições de trabalho (mobiliário, equipamentos, condições
ambientais) às características psicofisiológicas de cada indivíduo”
A Ergonomia situa-se
no ambiente interno das organizações e sua implantação é feita nos postos de
trabalho da empresa. O estudo da Ergonomia busca oferecer aos trabalhadores,
conforme Verdussen (1978, p. 2), “uma vida harmônica em seu ambiente de trabalho,
onde haja conforto, segurança e eficiência, de modo que possam gerar qualidade
e produtividade. A Ergonomia adapta as condições de trabalho (mobiliário,
equipamentos, condições ambientais) às características psicofisiológicas de
cada indivíduo”
2.1.1-
Análise da actividade
A análise da
actividade distingue essencialmente os aspetos observáveis, por um lado, e por
outro lado, os mecanismos que regem a organização destes últimos, ou seja, a
regulação da atividade (aspetos percetivos, tratamento das informações,
incluindo a análise dos erros e da sua criação).
De
acordo com Fialho & Santos (1997), os métodos de análise de trabalho são
divididos da seguinte forma:
1.
Em
termos de atividades gestuais: aplica-se este
método quando é identificada a actividade motora na execução da tarefa e quando
as actividades sensoriais, perceptivas e cognitivas podem ser negligenciadas. O
método de análise contempla os seguintes aspectos fundamentais da atividade
gestual do trabalho:
2.
Os
gestos: identifica-se e mede-se a duração dos
mesmos, com isso, pode-se obter uma visão global das atividades desenvolvidas
no trabalho a fim de aumentar a produtividade ou simplificar as sequências dos
movimentos.
3.
Conteúdo
do trabalho: identificado através de entrevistas
com os colaboradores ou pela observação da atividade dos mesmos.
4.
O tempo de trabalho:
trata-se de ordenar cronologicamente as operações elementares desenvolvidas por
um indivíduo.
5.
Os
processos de trabalho: pode-se levantar as
etapas não produtivas (transporte, deslocamentos), determinar sua importância e
considerar meios de eliminá-las. Principais métodos: cronometragem, tempos
elementares e observações instantâneas.
6.
Em
termos de informação: é imprescindível a
observação do funcionamento das funções estereoceptivas e das funções de
memorização durante a execução do trabalho. O método constitui-se de algumas
técnicas que permitem identificar atividades ligadas à percepção visual
(percepção dos sinais) com também a informações auditivas e táteis utilizadas
durante o trabalho.
7.
Em
termos dos processos cognitivos: são destacados os
raciocínios heurísticos do homem no trabalho; a planificação pessoal do
trabalho, analisada a partir da avaliação da tarefa, definição da tarefa e
definição de procedimentos; a representação mental da atividade de trabalho
Esta distinção entre a análise de tarefas e a análise
da actividade, Leplat (1980) citado por Karmas (2014), situa-a que em relação a outra que coloca a actividade no
centro de uma corrente que tem a montante as condições que a determinam (as
condições de trabalho) e a jusante, as consequências que a actividade terá para
o trabalhador e para o sistema. Do lado das condições, definimos classicamente
as condições internas e as condições externas: ou seja, por um lado, as
caraterísticas do trabalhador (antropométricas, estado orgânico, idade, sexo,
qualificações, experiência, formação, personalidade, etc)
2.1.2-
Posto de trabalho
O posto de trabalho é
composto por todos os instrumentos que o trabalho utiliza no seu dia a dia:
mesas, cadeiras, computadores e máquinas. É o local onde o funcionário executa
suas tarefas diárias, sendo necessário que seus instrumentos de trabalho
estejam em perfeita harmonia e adequados à realização das tarefas,
proporcionando ao funcionário o máximo de conforto durante a jornada de
trabalho. A análise do posto de trabalho não se limita apenas a análise física
do trabalho. Na Ergonomia existe uma preocupação com a saúde mental do
trabalhador, com as tarefas, e a necessidade de se projectar tarefas amplas,
interessantes, com desafios, que estimulem o empregado a pensar, a ser criativo
Os objectos devem
respeitar as capacidades e limitações anatômicas. A análise do posto de
trabalho depende do tipo de atividade que está sendo executada. Há uma análise diferente do trabalho
executado em pé ou sentado. No posto de trabalho sentado analisam-se cadeiras,
mesas e monitor, e como esses instrumentos de trabalho influenciam na saúde do
trabalhador
2.1.3-
O trabalho prescrito e o trabalho real
Em ergonomia, o
trabalho prescrito pode ser definido como um conjunto de objectivos em
condições determinadas a um posto de trabalho, a um trabalhador ou a um grupo
de trabalhadores; e um conjunto de prescrições definidas externamente para
atingir tais objectivos.
O conceito de
‘trabalho prescrito’ (ou tarefa) refere-se ao que é esperado no âmbito de um
processo de trabalho específico, com suas singularidades locais. O ‘trabalho
prescrito’ é vinculado, de um lado, a regras e objectivos fixados pela
organização do trabalho e, de outro, às condições dadas. Pode-se dizer, de
forma sucinta, que indica aquilo que ‘se deve fazer’ em um determinado processo
de trabalho. A organização é que determina tudo o que o trabalhador tem que
fazer (condutas, métodos de trabalho, instruções etc.), bem como o conjunto de
objectivos a serem atingidos, as especificações do resultado a obter (normas de
qualidade, quantidade e manutenção etc.), os meios fornecidos para a execução
da tarefa (condições de matéria-prima, máquinas e equipamentos, formação e
experiência exigidas do trabalhador, composição da equipe de trabalho etc.) e
as condições necessárias para a execução do trabalho (ambiente físico, tempo,
ritmo da produção etc.)
Dentro da ergonomia
considera-se o trabalho prescrito, tudo aquilo que o trabalhador deve realizar
e as condições ambientais, técnicas e organizacionais desta realização (isto é
chamado trabalho prescrito). E, já no trabalho real tem a ver com análise das actividades,
dentro desta, o trabalhador efetivamente realiza para executar a tarefa. É a
análise do comportamento do homem no trabalho (podendo ser denominado de trabalho
real)
Portanto o ‘trabalho
prescrito’ se caracteriza pelos seguintes elementos:
·
Os objectivos a serem atingidos e os resultados a serem obtidos, em
termos de produtividade, qualidade, prazo;
·
Os métodos e procedimentos previstos;
·
As ordens emitidas pela hierarquia (oralmente ou por escrito) e as
instruções a serem seguidas; Os protocolos e as normas técnicas de segurança a
serem seguidas;
·
Os meios técnicos colocados à disposição - componente da prescrição
muitas vezes desprezado;
·
A forma de divisão do trabalho prevista;
·
As condições temporais previstas;
·
As condições socioeconômicas (qualificação, salário).
Esses estudos
possibilitaram, inicialmente, que se evidenciassem duas faces do trabalho: a
tarefa (‘trabalho prescrito’) e a atividade (trabalho real). Duas faces que não
se opõem, mas, ao contrário, se articulam de uma forma que ainda precisa ser
mais bem compreendida. Ao identificar essas duas faces do trabalho, esses
estudos, desenvolvidos por uma certa linha da ergonomia (originada nos países
de língua francesa, e que se denomina ergonomia da atividade), demonstraram com
clareza que é pertinente falar em ‘compreender’ o trabalho (com suas diferentes
faces), considerando que se trata de algo completo.
2.1.4-
Modelos e métodos da análise do trabalho
A análise do trabalho é, com efeito, simultaneamente,
método e objecto. Assim, só pode ser concebida através da referência a um
objectivo, em relação ao qual é "método". Neste quadro em que o homem
procura e tem a possibilidade de modificar a sua actividade em relação ao
prescrito, a análise do trabalho deve distinguir a análise da tarefa e a
análise da atividade, ou ainda condutas operatórias.
Primeiramente é importante definir o que é modelo.
Segundo Montmollin (1990), modelo é: “um sistema de representação
intencionalmente empobrecido da realidade”. Este sistema limita a representação
a um número restrito de categorias, as quais comportam um número limitado de
graus ou de variáveis. Assim do ponto de vista da ergonomia (ciência
que estuda o homem no trabalho), as atividades do homem no trabalho podem ser analisadas segundo um modelo
antropocêntrico (considera o homem como centro), dentro de um sistema homens-tarefas,
compreendendo duas componentes principais, de um lado o homem (ou homens) e, do
outro lado, as tarefas que ele deve efetuar.
A
figura esquematiza este modelo de representação das atividades com as diversas
categorias de informação e ação (Santos e Fialho, 1995).
2.1.5-
Profissão Ergonomista
A Ergonomia tende a
promover uma abordagem holística do trabalho considerando os aspectos físicos,
cognitivos e organizacionais dentro das empresas. Conforme Vidal (2002), “a
Ergonomia se define como uma disciplina e através dela, os domínios de
especialização representam profundas competências em atributos romanos
específicos e características das interações humanas entre si e destes com os
sistemas, quais sejam”
O ergonomista é o
profissional que faz a adequação dos ambientes, equipamentos e das tarefas do
trabalho, para prevenir doenças, acidentes ou até mesmo desconfortos e lesões
provenientes do desempenho de uma função. Ele analisa tudo que envolve um
determinado trabalho: o colaborador e o ambiente em que ele atua, as questões
organizacionais, ambientais, equipamentos e mobiliários além dos fatores
psicossociais e cognitivos. A partir daí ele prepara um estudo profundo de
todas as informações coletadas e sua relação com os trabalhadores, para chegar
ao diagnóstico ergonômico que pode indicar se alguns desses itens avaliados
podem levar a um desconforto no trabalho, uma dor, uma queixa ou até mesmo uma
doença
O ergonomista é todo
profissional que possui o curso de pós-graduação em ergonomia, de no mínimo 360
horas, em uma universidade credenciada pelo Ministério da Educação
A expressão “Ergo”
significa “trabalho” e “Nomos” significa “regras “, portanto a ergonomia estuda
a relação do homem e o seu ambiente de trabalho. Consequentemente, o
ergonomista atuará mais nos ambientes e nas actividades laborais. No entanto, é
relevante que o profissional que pretende ser um ergonomista tenha em mente a
importância de obter o conhecimento sobre as questões que envolvem a ergonomia.
Ou seja, é preciso entender do conteúdo sobre fisiologia e biomecânica, para
saber avaliar as influências das condições de trabalho no sistema
musculoesquelético, sistema locomotor, sistema neurológico, etc.
Portanto, é altamente
recomendado que os ergonomistas sejam profissionais inseridos em campos que se
relacionam com a ergonomia, ou seja, que possuam os conhecimentos necessários e
através do curso de pós-graduação em ergonomia possam aprofundar mais os tais
conhecimentos, como: fisioterapeutas, psicólogos, engenheiros de segurança,
educadores físicos, médicos do trabalho, entre outros
3-
CONCLUSÃO
A presente trabalho
teve como propósito principal estudar a Ergonomia no ambiente de trabalho,
tanto as reações do corpo humano, como o ambiente físico da empresa. Há algum
tempo, o homem era comparado como um complemento da complexa produção. O homem
adaptava-se a máquina ou a função, sem levar em conta os fatores fisiológicos,
características individuais, o meio ambiente e várias condições inadequadas de
trabalho.
Entretanto, as interações
do corpo humano com as condições do ambiente de trabalho foram estudadas
chegando à conclusão de que as pessoas precisam estar bem consigo mesmas para
poderem alcançar os objetivos propostos pela implantação correta dos
equipamentos, móveis e utensílios da empresa.
A necessidade de
estudar Ergonomia permite mostrar como funciona o corpo humano no posto de
trabalho, seus limites, as condições que devem ser respeitadas na intenção de
prevenir o desconforto e as alterações da saúde. Análise das actividades, é o
que o trabalhador efetivamente realiza para executar a tarefa. É a análise do
comportamento do homem no trabalho (trabalho real).
Como disse
(VERDUSSEN, 1978), a Ergonomia surge como produto da colaboração de muitas
ciências especialidades, visando humanizar o trabalho e, como consequência
natural, tornar mais fecundos seus resultados
A Ergonomia tem sido
aplicada para que haja um engrandecimento no ambiente de trabalho, trazendo por
consequência uma maior produtividade e maior satisfação do funcionário dentro
da organização. Preocupa-se primeiramente, com os aspectos fisiológicos do
trabalho, onde o local de trabalho é ajustado para as pessoas se adaptarem e
suas influências nas condições do ambiente de trabalho. Esta mudança ajudou a
enxergar o homem como peça fundamental do sistema produção, alterando conceitos
e surgindo o cuidado de adequar o trabalho, o equipamento e o meio ao homem.
Concluindo, o
trabalho é apresentado como uma necessidade que leva a uma fadiga e que resulta
numa maldição, “ganharas o pão com o suor de teu rosto”, mostrando o trabalho
como um sacrifício, para a obtenção de algum resultado.
BIBLIOGRAFIA
1.
BRANDIMILLER, P. A. (1999). O corpo no trabalho. São
Paulo: Editora Senac-SP,.
2.
Faverge,
a. &. (1966). L’ergonomie des processus industriels. Bruxelles:
Editions de l'Institut de Sociologie, U.L.B.
3.
FIALHO,
F. e. (1997). Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba:
Gênesis.
4.
FIALHO,
N. d. (1997.). Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba:
Gênesis.
5.
GONTIJO,
A. F. (1998. ). Projeto TP – Avaliação Ergonomica de Produto.
Florianopolis: UFSC/EPS.
6.
GUÉRIN,
F. (2012). Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da
ergonomia. São Paulo: Blucher.
7.
Karnas,
P. S. (1987). A análise do trabalho trinta anos após Ombredane e Faverge.
Paris: Laboreal, 10 -2. Acesso em 2021, disponível em
http://dx.doi.org/10.15667/laborealx0214kspt
8.
OCTAVIAN,
R. P. (2003). Monografia. (M. A. PAULESCU Doina, Compilador) Brasília:
Uniceub.
9.
PIRES,
R. (2013). Ergonomia no Trabalho: Importância e Benefícios para a
Productividade. (R. Serique, Ed.) Brasilia: ROCKCONTENT.
10. REGULAMENTADORA, M. D. (2002). Brasília: MTE, SIT.
11. VERDUSSEN, R. (1978). Ergonomia: a racionalização
humanizada do trabalho. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científico.
12. VIDAL, M. C. (2002). Ergonomia na empresa (2 ed.
ed.). Rio de Janeiro: Editora Virtual científica.
13. VIEIRA, S. (1996). Medicina Básica do Trabalho. São
Paulo: Thomsom Pioneira.
Enviar um comentário