TESTES PSICOLOGICOS

 


DEDICATÓRIA

 

Este trabalho primeiramente dedicamos aos nossos familiares, por toda a ajuda, competência e dedicação, que mesmo com todos os imprevistos que passou, nunca deixaram de estar conosco até nos momentos de angustia.

Dedicamos, além destes a todos os professores que lutam diariamente pela educação e que na maioria das vezes não vêem seu esforço reconhecido

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS

 

Chegar até aqui não foi um percurso fácil. Deparamo-nos com vários obstáculos e enfrentamos muitos desafios. Mas, não o conseguimos sem ajuda de outros, tivemos o apoio de amigos, familiares e colegas outras pessoas importantes nas nossas vidas.

A todos os que, de alguma forma, contribuíram, encorajaram e ajudaram-nos durante a investigação, os nossos reconhecidos e francos agradecimentos.

A todos que contribuíram direta e indiretamente com as suas palavras e acções.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO

 

Um teste psicológico é considerado pelos pesquisadores como um instrumento de medida, um procedimento por meio do qual se busca medir um fenômeno psicológico que se deseja observar e investigar. Portanto, o teste psicológico é visto como uma medida padronizada e objetiva de uma amostra comportamental. Nota-se com o estudo que a utilização de testes é um importante e marcante factor de caracterização na história da Psicologia. O conhecimento adquirido com base em testes, uma vez que estes sejam válidos e precisos, é confiável, pois baseia-se em evidências empíricas e não apenas em meras especulações, o que justifica salientar a necessidade de ampliar e aprimorar ainda mais o debate a respeito do uso desses instrumentos.

 

Palavras-Chave: Testes psicológicos, avaliação psicológica, formação profissional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1.  INTRODUÇÃO.. 1

1.1 OBJECTIVOS. 2

1.1.1 Geral: 2

1.1.2 Específico: 2

2. TESTES PSICOLÓGICOS. 3

2.1- Definição de Teste Psicológico. 3

2.1.1- Avaliação Psicológica. 4

2.2- TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS. 4

3- CONCLUSÃO.. 7

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.. 8

 


1.  INTRODUÇÃO

 

Há mais de uma década têm-se observado o interesse de gestores e pesquisadores na questão da formação de profissionais qualificados na área da avaliação psicológica.

Este trabalho com tema testes psicológicos, tem como objectivo primordial desenvolver sobre questões com relação ao assunto, sua definição, benefício e sua importância.

Assim, os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou técnica de uso privativo do psicólogo, Segundo Anastasi e Urbina (2000) alguns pesquisadores relatam que desde 3.000 A.C. na China utilizavam testes para selecionar funcionários civis, entre os gregos a testagem era realizada principalmente nos processos educacionais; na Idade Média as universidades europeias também utilizavam exames para conceder títulos e honrarias.

Portanto, com o passar do tempo os métodos utilizados para avaliar aspectos psicológicos foram se modificando e aperfeiçoando, sua importância evoluiu assim como sua abrangência. Atualmente a avaliação psicológica é utilizada em diferentes contextos, seja no âmbito, organizacional, clínico, educacional, orientação profissional, jurídico, neuropsicológico, entre outros.

Assim, o teste psicológico é a administração de testes psicológicos. Os testes psicológicos são administrados por avaliadores treinados. As respostas de uma pessoa são avaliadas de acordo com diretrizes cuidadosamente prescritas. As pontuações são pensadas para refletir diferenças individuais ou de grupo na construção que o teste pretende medir. A ciência por trás dos testes psicológicos é a psicométrica.

 

 

 

 

 

 

1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 Geral:

·         Conhecer a importância da aplicação dos testes psicológicos no ensino.

1.1.2 Específico:

·         Entender as formas de testes psicológicos e a características da personalidade;

·         Descrever tipos de técnicas usadas nãos testes psicológicos;

·         Conhecer os mecanismos de testagem psicológica como um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. TESTES PSICOLÓGICOS

2.1- Definição de Teste Psicológico

Define-se teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. Para ser considerado um teste psicológico, o instrumento deve ser construído de acordo com os princípios reconhecidos pela comunidade científica, especialmente os desenvolvidos pela psicométrica.

É um instrumento que avalia (mede ou faz uma estimativa) construtos (também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente. Exemplos desses construtos seriam altruísmo, inteligência, extroversão, otimismo, ansiedade, entre muitos outros. Se conhecemos bem uma pessoa, ou se observarmos o comportamento dela por um longo período, podemos afirmar que, na nossa opinião, ela é (ou não) altruísta, ansiosa, otimista, e assim por diante. O psicólogo, contudo, não tem essa informação da convivência pessoal e, na verdade, precisa de dados mais precisos do que os gerados pela convivência. Em seguida, veremos como os testes fazem isso. (Mäder, 2016).

Urbina (2014, p.2) produz uma definição mais precisa de teste psicológico. Ela diz que o teste psicológico é um “procedimento sistemático para coletar amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo, afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar essas amostras de acordo com normas”. Vemos, aqui, a introdução de um novo conceito: normas. Um teste psicológico deve permitir que o resultado obtido por uma pessoa possa ser, de alguma forma, contextualizado. Por exemplo, um indivíduo faz um teste de inteligência (QI) e recebe um escore de 108.

Um teste psicológico é um instrumento desenhado para medir construtos não-observáveis, conhecidos também como variáveis latentes. Os testes psicológicos são tipicamente (embora não necessariamente) uma série de tarefas ou problemas que o indivíduo que responde tem que resolver.  Os testes psicológicos podem-se assemelhar fortemente a questionários, que também são desenhados para medir construtos não-observáveis, mas que diferem na medida em que um teste psicológico pede ao indivíduo o seu desempenho máximo enquanto um questionário pede ao indivíduo um desempenho típico.

Um teste psicológico útil tem que ser ao mesmo tempo válido (ex. existem evidências para apoiar a interpretação especificada dos resultados do teste) e fidedigno (ex. consistente internamente ou que apresenta resultados consistentes ao longo do tempo, em diferentes avaliadores, etc.).

2.1.1- Avaliação Psicológica

A avaliação psicológica é semelhante à testagem psicológica, mas implica geralmente uma avaliação mais abrangente do indivíduo. A avaliação psicológica é um processo que implica a integração de informações de várias fontes, tais como testes de personalidade normal e anormal, testes de aptidão ou inteligência, testes de interesses e atitudes, bem como informações a partir de entrevistas pessoais. Também são recolhidas informações colaterais sobre a história pessoal, profissional ou médica, como de registos ou a partir de entrevistas com os pais, cônjuges, professores ou terapeutas anteriores ou médicos.

Um teste psicológico é uma das fontes de dados utilizada no processo de avaliação; geralmente mais do que um ensaio é utilizado. Muitos psicólogos fazer algum nível de avaliação na prestação de serviços a clientes ou pacientes, e podem usar, por exemplo, listas de verificação simples para avaliar algumas características ou sintomas, mas a avaliação psicológica é um processo mais complexo, detalhado e em profundidade.

Os tipos habituais de enfoque para a avaliação psicológica são fornecer um diagnóstico para as condições de tratamento, avaliar uma determinada área de funcionamento ou deficiência muitas vezes para ambientes escolares, para ajudar a seleccionar um tipo de tratamento ou para avaliar os resultados do tratamento, para ajudar os tribunais a decidir questões como a custódia de crianças ou a competência para comparecer a julgamento, ou para ajudar a avaliar os candidatos a um emprego ou empregados e fornecer aconselhamento de desenvolvimento de carreira ou treino.

2.2- TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS

Existem várias categorias amplas de testes psicológicos:

2.2.1- Testes de QI/aptidão

Os Testes de QI pretendem ser medidas de inteligência, enquanto os testes de aptidão são medidas do uso e nível de desenvolvimento da utilização da capacidade. Os testes de QI (ou testes cognitivos) e os testes de aptidão são testes comuns de interpretação referente à norma.

 Neste tipo de testes, é apresentada à pessoa uma série de tarefas a serem avaliadas, e as respostas da pessoa são classificadas de acordo com orientações prescritas cuidadosamente.

Após o teste estar concluído, os resultados são compilados e comparados com as respostas de um grupo de norma, geralmente composto de pessoas da mesma idade ou nível de ensino que a pessoa a ser avaliada. Os testes de QI que contêm uma série de tarefas dividem as tarefas tipicamente em verbais (que se apoiam no uso da linguagem) e de desempenho, ou não-verbais (que se apoiam em tarefas do tipo olho-mão, ou no uso de símbolos e objectos).

2.2.2- Testes de atitude

Os testes de atitude avaliam os sentimentos do indivíduo acerca de um acontecimento, pessoa ou objecto. As escalas de atitude são usadas geralmente em marketing para determinar a preferência do indivíduo (ou do grupo) por marcas ou itens. Os testes de atitudes usam geralmente ou uma Escala de Thurston ou uma Escala de Likert para medir os itens específicos.

2.2.3- Testes neuropsicológicos

Estes testes consistem em tarefas desenhadas especificamente para medir a função psicológica que se sabe estar ligada a um determinado circuito ou estrutura cerebral.

Os testes neuropsicológicos podem ser usados em contexto clínico para avaliar o dano causado por uma lesão cerebral ou uma doença que se sabe afectar o funcionamento neurocognitivo. Quando usado em pesquisa, estes testes podem ser usados para contrastar capacidades neuropsicológicos entre diferentes grupos experimentais.

2.2.4- Avaliação infantil e pré-escolar

Devido ao facto de os bebés e as crianças em idade pré-escolar apresentarem capacidades limitadas de comunicação, os psicólogos não podem usar os testes tradicionais para os avaliar. Assim, foram desenhados alguns testes apenas para crianças com idades compreendidas desde o nascimento até aos seis anos de idade. Estes testes variam geralmente com a idade, respectivamente, de avaliações de reflexões e metas desenvolvimentais, a capacidades motores e sensoriais, capacidades linguísticas e simples capacidades cognitivas.

2.2.5- Testes de Personalidade

As medidas psicológicas da personalidade podem ser descritas como testes objectivos ou projectivos. Os termos "teste objectivo" e "teste projectivo" têm sido alvo de críticas recentemente no Journal of Personality Assessment. São sugeridos os termos mais descritivos "Escala de avaliação de medidas auto-relato" e "medidas de resposta livre" em vez dos termos "testes objectivos" e "testes projectivos", respectivamente.

2.2.6- Testes objectivos (Escala de avaliação de medidas auto-relato)

Os testes objectivos apresentam um formato de resposta restrito, tal como respostas de verdadeiro ou falso ou uma avaliação de acordo com uma escala ordinal.

2.2.7- Testes projectivos (Medidas de resposta livre)

Os testes projectivos permitem um tipo de resposta mais livre. Um exemplo disto seria o Teste de Rorschach, no qual uma pessoa refere o que cada uma das dez manchas de tinta pode ser. Os testes projectivos tornaram-se uma indústria em crescimento na primeira metade do século XX, surgindo dúvidas acerca das suposições teóricas por detrás dos testes projectivos na segunda metade do século XX. Alguns testes projectivos são menos usados hoje em dia porque consomem mais tempo a administrar e porque a sua validade e fidedignidade são controversas.

Uma vez que se desenvolveram os métodos estatísticos e de amostragem, levantou-se uma grande controvérsia sobre a validade e utilidade dos testes projectivos.

2.2.8- Testes de observação directa

Embora a maioria dos testes psicológicos sejam medidas de "escala de avaliação" ou de "resposta livre", a avaliação psicológica também pode envolver a observação das pessoas enquanto elas realizam actividades. Este tipo de avaliação é geralmente conduzida com famílias, seja em laboratório, em casa, ou com crianças numa sala de aula.

O propósito da observação pode ser clínico, como estabelecer uma linha prévia de intervenção de uma criança hiperactiva ou observar a natureza da interacção pais-filhos de forma a compreender perturbações relacionais. Os procedimentos de observação directa são também usados em pesquisa, por exemplo no estudo da relação entre variáveis intrapsíquicas e comportamentos alvo específico, ou na exploração de sequências de interacção comportamental.

 

 

 

3- CONCLUSÃO

 

Conclui que a importância dos testes psicológicos no ensino, visam a confirmação da personalidade do aluno nas diferentes etapas do seu desenvolvimento, nomeadamente infância, adolescência e juventude.

De acordo com Anastasi e Urbina, os testes psicológicos envolvem observações feitas em uma " amostra cuidadosamente escolhida [autores enfatizados] do comportamento de um indivíduo". Um teste psicológico é frequentemente projetado para medir construções não observadas, também conhecidas como variáveis ​​latentes.

Os testes psicológicos podem incluir uma série de tarefas ou problemas que o respondente deve resolver. Os testes psicológicos podem incluir questionários e entrevistas, que também são projetados para medir construtos não observados. As escalas baseadas em questionários e entrevistas geralmente diferem dos testes psicoeducacionais, que pedem o desempenho máximo do respondente. As escalas baseadas em questionários e entrevistas, por outro lado, perguntam sobre o comportamento típico do entrevistado.

Enfim, os testes de sintomas e atitude são mais frequentemente chamados de escalas. Um teste / escala psicológico útil deve ser válido (ou seja, há evidências para apoiar a ideia de que o teste ou escala mede o que é suposto medir e "quão bem ele o faz" e confiável ( ou seja, internamente consistente ou fornecer resultados consistentes ao longo do tempo, entre avaliadores, etc.).

 

 

 

 

 

 

 

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 

Anastasi, A., & Urbina, S. (2000). Testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed.

Urbina, Susana; Anastasi, Anne (1997). Testes psicológicos (7ª ed.). Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall. p. 4. ISBN 9780023030857. OCLC  35450434 .

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Avaliação Psicológica: Diretrizes na Regulamentação da Profissão. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2010.

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Hutz, C. S., Bandeira, D. R., &Trentini, C. M. (2015). Psicométrica. Porto Alegre: Artmed.

COHEN, R. J.; SWERDLIK, M. E.; STURMAN, E. D. Testagem e avaliação psicológica: introdução a testes e medidas. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Almeida, S. L., Simões, M. R., & Gonçalves, M M. (Eds) (2014). Instrumentos e Contextos de avaliação psicológica (vol II). Coimbra: Almedina.

Almeida, L.S., Simões, M.R., Machado, C., & Gonçalves, M.M. (Coords.) (2004). Avaliação psicológica: Instrumentos validados para a população portuguesa (Vol. 2). Coimbra: Quarteto. 

Gonçalves, M.M., Simões, M.R., Almeida, L.S., & Machado, C. (Coords.) (2003). Avaliação psicológica: Instrumentos validados para a população portuguesa (Vol. 1). Coimbra: Quarteto.

Groth-Marnat, G. (2003). Handbook of psychological assessment (4th Ed.). New York: Allyn & Bacon.

Machado, C., Gonçalves, M., Almeida, L., & Simões, M. (2011). Instrumentos e contextos de avaliação psicológica (vol. I). Coimbra: Almedina.

 

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