CLASSIFICAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
ISTA


TRABALHO DE MIC


CLASSIFICAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

·         FALAR SOBRE A PESQUISA
·         PESQUISA HISTÓRICA
·         PESQUISA DESCRITIVA
·         PESQUISA CORRELACIONAL
·         PESQUISA EX-PÓS-FACTO
·         PESQUISA LITERÁRIO


ESTUDANTE:
LOURDES PAULO MATEUS 
GRUPO Nº 05                                   
1º ANO
TURMA: A
SALA: 01
PERÍODO: TARDE
CURSO: PSICOLOGIA GERAL


                 O DOCENTE
___________________________
      Nanikutonda dos Santos





BENGO/2018

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
 ISTA





ERGONOMIA NO TRABALHO






Grupo nº 05                                   
Turma: Única
Sala: 04
4º Ano:
Período: Tarde
Curso: Psicologia do Trabalho

Trabalho realizado e apresentado no
 Instituto Superior Técnico de Angola
 Bengo, para avaliação na cadeira de
 Ergonomia, orientado pelo Dr. Lino
Gonçalves.




Docente

__________________
Lino Gonçalves



Bengo/2018




SUMÁRIO


 

 

 






O principal objectivo de um trabalho científico é comunicar uma observação ou uma idéia a um grupo de indivíduos potencialmente interessados. Esses indivíduos podem então fazer uso da observação, ou fazer avançar a idéia mediante as suas próprias observações.
O trabalho científico consiste de informação científica organizada segundo padrões específicos, com o objetivo de facilitar a sua compreensão. Podemos comparar um trabalho científico à um filme ou uma história, em que devem coexistir 3 partes harmônicas, princípio, meio e fim. Deve existir também, uma nítida ligação entre essas três partes, como o "enredo" do filme.
As revistas científicas, na sua totalidade, tem um conjunto de normas de redação, destinadas a orientar os autores no preparo dos trabalhos para publicação. Embora cada revista tenha as suas próprias normas, em geral, elas seguem determinados padrões universalmente aceitos.



















Um trabalho científico, é fruto de um trabalho realizado pelo pesquisador, devendo obedecer padrões previamente estabelecidos, sobretudo seguindo formas específicas de composição.Tendo em vista uma das necessidades inerentes ao ser humano, ora representada pela busca constante de informações rumo ao seu crescimento pessoal, temos que a pesquisa constitui um significativo recurso cuja finalidade é obter informações acerca de um determinado assunto. Como actividade regular, ela se define por um conjunto de actividades orientadas e planejadas na busca pelo conhecimento.Contudo, a pesquisa científica difere-se de uma simples pesquisa rotineira, seja no âmbito escolar ou em qualquer outra esfera da sociedade.
É a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência. Nesse sentido, podemos afirmar que tal modalidade se concebe como algo complexo, uma vez que compreende um conjunto de actividades, tais como: investigar o assunto e compreendê-lo, buscar informações em fontes distintas, comparar ideias de diferentes autores, selecionando-as sob uma postura crítica e, finalmente, partir para a redação do próprio texto, a qual deve contar com o apoio de um referencial teórico que sustente os posicionamentos assumidos pelo autor.
Como fruto de um processo rigorosamente planejado, a pesquisa se estrutura por meio de várias etapas. Assim um trabalho científico é classificado da seguinte maneira:

a)    (Quanto à Natureza): Procedimentos Básicos não apresentam finalidades imediatas e produz conhecimento a ser utilizado em outras pesquisas Aplicada com finalidades imediatas, gera produtos e/ou processos. Documental Baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico. Define como primários os dados que não receberam qualquer tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens, cartas, contractos, diários, filmes, fotografias, gravações etc.

b)    Os secundários são os que, de alguma forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, entre outros.

c)    Bibliográfica Coloca o pesquisador em contacto com as publicações existentes (livros, revistas, periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet).
d)    Na pesquisa bibliográfica, destaque fundamental deve ser dado à veracidade fontes e dados, observando possíveis incoerências. Experimental Estabelece um objeto de estudo e observa as variáveis que influem nos fenômenos.

e)    Pesquisa experimental é mais frequente nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas. Tem como objectivo demonstrar como e por que determinado fato é produzido. Levantamento (survey) Envolve a interrogação direta (através de questionário) a um grupo de pessoas cujo comportamento está sendo pesquisado. As entrevistas podem ser: não estruturadas ou feita através de questionários e estes se classificam como estruturados e semiestruturados.

f)     Estudo de Caso O estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo, um grupo ou comunidade, a fim de estudar aspectos variados que sejam objecto da pesquisa. É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa. São requisitos para sua realização: Severidade, objectivação, originalidade e coerência.

g)    Pesquisa Participante Desenvolvida com a participação de grupos de pesquisa e/ou pesquisadores individuais em situações investigadas similares e caracteriza-se pela interação entre os membros. Nessa pesquisa, buscamos saber quais os possíveis relacionamentos entre as variáveis. Pesquisa de campo. É a observação de factos e fenômenos espontâneos (geralmente in loco). Objectivos Exploratória Fase preliminar de pesquisa, com a finalidade de obter mais informações (delimitação do tema) sobre um assunto (com pouco ou nenhum conhecimento).

h)   Descreve as características de determinada população ou fenômeno; estabelece relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padrões de coleta de dados: questionário e observação sistemática.
Triangulação de pesquisadores – avaliadores distintos colocam suas posições sobre os achados do estudo;
Triangulação de teorias – leitura dos dados pelas lentes de diferentes teorias;
Triangulação metodológica – abordagens metodológicas diferentes para condução de uma mesma pesquisa.  “O conhecimento científico vai além do empírico, procurando conhecer, além do fenômeno, suas causas e leis”.A elaboração do pré-projecto deve se projectar sobre a definição dopróprio projecto. Para tanto, é necessário levar em conta as seguintes etapas.
a) Escolha do Tema: podem ser utilizados alguns critérios para ajudar na escolha do tema, como originalidade (mesmo que o trabalho não seja original deve apresentar alguma novidade, novo enfoque, novos argumentos ou pontos de vista).
b) Revisão de Literatura: embora ao se escolher um dado tema já seja conhecido algo sobre o mesmo, a releitura exploratória tem o mérito de aumentar a extensão e a profundidade dos conhecimentos conhecidos, ajudando a distinguir o secundário do essencial e facilitando a delimitação do conteúdo dos temas a investigar;
c) Problematização: transformação de uma necessidade humana em problema. O pesquisador deve ter idéia clara do problema que pretende  resolver, da dúvida a ser superada, caso contrário sua pesquisa correrá o risco da prolixidade, da falta de direção, da ausência de algo para se resolver. Se o problema é estabelecido de forma clara, ele desencadeará a formulação da hipótese geral, que será comprovada no desenvolvimento do texto;
d) Seleção/delimitação do assunto: deve-se delimitar o problema que se quer ou se precisa estudar para analisa-lo em profundidade. Mesmo que todos os aspectos sejam considerados importantes, devem ser tratados um por vez e, ao escolher um deles, abandonam-se os outros. Esta é uma prerrogativa do método;
O que será pesquisado? Por que a pesquisa é necessária? Como será pesquisado? Que recursos humanos, intelectuais, bibliográficos, técnicos, instrumentais e financeiros serão mobilizados? Em que período? Vamos por partes:
Estudos Preliminares - Qualquer projecto deve ser antecipado por estudos preliminares sobre o tema e envolvem desde leituras bibliográficas, observações a locais específicos, quando o tema exigir, até consultas a especialistas ou pessoas que têm relação com a temática.
É o passo inicial importante na hierarquia dos itens do projecto. O problema é um recorte dentro de um fundo temático e deve ter a forma de uma indagação, uma interrogação, uma pergunta para a qual, no seu percurso, a pesquisa buscará resposta.
A justificativa é uma argumentação sobre a relevância do trabalho, não apenas enfatizando que ele ainda não foi feito por outro pesquisador, mas principalmente por que ele deve ser realizado, qual sua importância ou relevância.

Determinar um objetivo, no contexto de uma pesquisa, é estabelecer um alvo a ser alcançado ou fim que se pretende atingir, uma meta movida por um propósito. Os objectivos da pesquisa são como flechas apontadas para um alvo:
·         O que a pesquisa visa alcançar? Essa é a questão principal a ser apontada.
Também chamado de Fundamentação teórica, o quadro teórico de referência é algo que surge diretamente do levantamento bibliográfico para a elaboração do estado da questão de um problema de pesquisa.
As obras de apoio referencial utilizadas desde o princípio devem constar na lista de uma bibliografia preliminar, pois a bibliografia definitiva constará das referências finais.
Pesquisa é toda ação que tem como objetivo a aquisição de conhecimentos e que pode partir tanto da busca para solucionar algum problema, de uma pergunta dada, de um mistério ou ser motivada simplesmente pela curiosidade da pessoa e o prazer de aprender. Graças a internet e aos sites de busca a pesquisa tornou-se uma atividade muito comum no século XXI. Assim, a pesquisa pode ser só uma atividade corriqueira, um hobby ou uma necessidade por uma questão de trabalho ou de escola, como também pode ser algo muito sério, tratada com rigor e método como é o caso da pesquisa científica ou acadêmica.
A pesquisa, por exemplo, é uma das premissas que norteiam o trabalho nas universidades. Ela é tanto incentivada como requerida, sendo que um dos critérios de avaliação no meio acadêmico é o julgamento dos resultados das pesquisas efetuadas pelos alunos, especialmente apresentadas em forma de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado. Entre os vários tipos de pesquisa podemos citar a pesquisa de mercado, pesquisa de campo, pesquisa descritiva, quantitativa, qualitativa, bibliográfica, explicativa, experimental, exploratória, científica e etc.
Assim, só é aceito como conhecimento cientifico aquele que provem de uma pesquisa que respeitou a determinados métodos estabelecidos e consolidados pela ciência ao longo dos séculos e que é possível de ser repetido para que qualquer um possa comprovar a validade dos resultados alcançados.
Argumenta-se sobre possibilidades e adequação da metodologia de Análise de Conteúdo à pesquisa histórica. Para tanto, analisam-se aspectos teórico-metodológicos da História; aborda-se a diferença entre Análise de Conteúdo e Análise de Discurso; comen­tam-se as etapas para o desenvolvimento de AC, assim como as principais técnicas ao seu desenvolvimento. Conclui-se que é uma metodologia com amplas possibilidades de escolha, capaz de auxiliar no desenvolvimento das capacidades de inferir e de intuir, fundamentais à pesquisa histórica.
As pesquisas descritivas são, juntamente com as pesquisas exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais devido a preocupação com a actuação de grupos de indivíduos.  As pesquisas descritivas aproximam-se das exploratórias, ao proporcionar nova visão do problema. Quando procuram estabelecer a natureza de relações entre variáveis de influência, aproximam-se das pesquisas explicativas.
Pesquisa descritiva é uma das classificações da pesquisa científica, na qual seu objectivo é descrever as características de uma população, um fenômeno ou experiência para o estudo realizado. Ela é realizada levando em conta os aspectos da formulação das perguntas que norteiam a pesquisa, além de estabelecer também uma relação entre as variáveis propostas no objeto de estudo em análise.
Na pesquisa descritiva, cabe ao pesquisador fazer o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico, sem a manipulação ou interferência dele. Ele deve apenas descobrir a frequência com que o fenômeno ocorre ou como se estrutura dentro de um determinado sistema, método, processo ou realidade operacional. Normalmente, a pesquisa descritiva utiliza técnicas padronizadas de colheita de dados para apresentar as variáveis propostas. Ela pode aparecer sob diversos tipos de pesquisas, como documental, estudos de campo, levantamentos, entre outras.Como dito, na pesquisa descritiva é realizado um estudo detalhado, com colheita de dados, análise e interpretação dos mesmos. Não há a interação ou envolvimento do pesquisador no assunto analisado. Diferentemente da descritiva, para além de observar e analisar os factos, na pesquisa explicativa visa teorizar o assunto, explicando os motivos e processos por trás da temática, por exemplo.
Pesquisa exploratória - A pesquisa exploratória, diferente das demais, é a que visa, através dos métodos e dos critérios, oferecer informações e orientar a formulação das hipóteses do estudo.A proposta é descobrir ou elucidar algo, principalmente através de experimentos. A área científica, por exemplo, é uma das que mais exploram esse método de pesquisa.
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Pesquisa descritiva
Pesquisa exploratória
Pesquisa explicativa
Objectivo
reunir e analisar dados.
descobrir fenômenos ou novas explicações.
explicar fenômenos, causas e efeitos.
Metodologia
levantamento de dados quantitativos.
pesquisa teórica + experimentações práticas.
métodos experimentais.
Exemplos
estudos de caso e pesquisas de opinião.
descobertas científicas.
aprofundamento da pesquisa descritiva.

A pesquisa exploratória e a descritiva são as mais utilizadas pelos pesquisadores, assim como as mais requisitadas por organizações educacionais, comerciais e entidades políticas.
Exemplo de pesquisa descritiva - As pesquisas mercadológicas e de opinião pública são dois exemplos que se enquadram no modelo descritivo.  A proposta, nesses casos, é apenas observar, registrar e analisar as informações coletadas, sem o envolvimento ou interferência do pesquisador.
O objectivo principal da pesquisa correlativa é determinar a relação entre duas variáveis observadas, calculando através de métodos estatísticos o quanto essas variáveis variam juntas.
São investigadas as relações que existem entre variáveis, lidando com o que já existe nelas, ou seja, os indivíduos que participam do método já possuem atributos a serem pesquisados (ex: estresse, ansiedade, entre outros).
A Pesquisa Ex-Post-Facto (a partir de factos passados) Podemos definir pesquisa ex-post-facto “como uma investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle directo sobre as variáveis independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis.”.
A pesquisa acadêmica ou literaria,  possui características e normas específicas e se requer que o trabalho revele boa organização, conteúdo relevante, clareza de argumentação e interação com os principais estudiosos sobre o assunto discorrido. Esse conjunto de propriedades evidencia a diferença entre o escrito acadêmico e a produção informal.
A produção acadêmica revela o esforço do autor em prol do estudo sistemático, informação adequada, conhecimento ob- jetivo e apresentação apropriada daquilo que foi coletado, organizado, avaliado e elaborado durante o processo de redação sobre um tópico específico. Por sua vez, um escrito teológico ainda necessita demonstrar embasamento bíblico, relevância eclesiástica e coerência doutrinária. Por todas essas razões, John Frame corretamente lembra que “todo trabalho teológico acabará desenvol- vendo algum tipo de pesquisa acadêmica”.
O objectivo deste artigo é focalizar um aspecto da investigação acadêmica que nem sempre é compreendido e desenvolvido a contento por estudantes de teologia: a revisão da literatura relevante sobre o assunto pesquisado.  A importância de uma boa revisão de literatura tem sido continuamente enfatizada por aqueles acostumados à lida acadêmica. Mouton, por exemplo, defende que “é essencial que cada projeto de pesquisa comece com a revisão da literatura existente sobre o assunto”.
A avaliação de um trabalho acadêmico considera se o autor foi bem- sucedido em identificar um tópico de pesquisa a partir de um contexto de de- bates ou de interesse por parte de outros estudiosos. Na verdade, o pesquisador desejará investigar assuntos que ainda não tenham sido respondidos ou, em sua perspectiva, não foram respondidos adequadamente. Em outras palavras, ele deseja que o seu trabalho final realmente resulte em alguma contribuição e benefício a outros.
Ninguém deveria se lançar a um projeto de pesquisa por capricho pessoal ou mera curiosidade individual sem relevância acadêmica nem benefício para outras pessoas. Nesse sentido, uma boa revisão de literatura ajuda a canalizar as energias do pesquisador a fim de direcioná-lo ao enfoque necessário acerca de um tema específico.


4-CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intenção na proposta deste trabalho foi fornecer subsídios suficientes para  garantir o maior nível de qualidade nos trabalhos científicos a serem apresentados  pelos estudantes universitários durante a sua vida acadêmica.
Como conclusão,  este artigo apresentou de maneira sintetizada a estruturação e os pontos mais relevantes para elaboração de um trabalho científico.
No entanto, seu uso não  dispensa outras bibliografias sobre o assunto em questão.






















ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico:  elaboração de trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e  documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005
BAILLY, Anatole. Dictionaire: Grec-Français. Rédiger avec le concour de E. Egger. Paris: Hachette, 1950.
BONIN J. A. Nos Bastidores da Pesquisa: a instância metodológica experenciada  nos fazeres e nas processualidades de construção de um projeto. In: Metodologias de pesquisa em comunicação: olhares, trilhas e processos. Porto Alegre: Editora  Sulina, 2006.
CIRIBELLI, Marilda Corrêa. Como elaborar uma dissertação de Mestrado através da pesquisa científica. Marilda Ciribelli Corrêa, Rio de Janeiro: 7 Letras, 2003.

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