APRENDIZAGEM




índice.jpg

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
POLO - CAXITO





PSICOLOGIA EXPERIMENTAL



APRENDIZAGEM









Caxito, 2019











INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO FE ANGOLA



AUTORES ESTUDANTES DO 2º ANO



APRENDIZAGEM



Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura emPsicologia – Opção do Departamento de Ciências Sociais doInstituto Superior Politécnico de Angola (ISTA) como requisito de avaliaçãoda Cadeira de Psicologia Experimental.
Profº. Orientador: Paulo Paim


GRUPO Nº 2
                                   



Caxito
2019







AUTORES


1.            Cardoso Tomas Gonga
2.            Diogo Gaspar Mucuta
3.            João António Cabelami
4.            Fatima Albino
5.            Liliana Dos Santos Nenga















RESUMO

Este trabalho condensa os pontos centrais sobre Aprendizagem, apresentando uma abordagem das contribuições da psicanálise e a psicopedagogia podem trazer ao ensino. Começa com um estudo comparativo entre a descoberta do reflexo condicionado por Pavlov e a invenção da psicanálise por Freud e suas influências nas aprendizagens escolares no século XX. Depois, exemplifica-se o uso do método psicanalítico. Outro ponto mostra que a imitação é um dos processos psíquicos fundamentais da aprendizagem humana. E por último enfoca-sea aprendizagem e a repelência à luz da psicanálise.Buscamos evidenciar, a partir de fragmentos extraídos desses textos anteriores, a importância de nos perguntarmos sobre a natureza da aprendizagem para a visualização de novas propostas didácticas para o ensino da psicologia experimental.

Palavras  - Chaves: Aprendizagem, Habilidades, Crianças, Processo, Humana.










SUMÁRIO




 

INTRODUÇÃO


Portanto o trabalho aqui apresentado, trata-se de um estudo muito importante que tem como objectivo dsenvolver o tema Aprendizagem, para tal baseamo-nos em algumas teorias e conceitos de autores já concetuados na materia. Para enfrentar esse desafio, a actividade de pesquisa, sobre como se dá a aprendizagem, passa a ser uma das actividades estratégicas das mais relevantes. E, para tanto, estamos convictos, baseando-se em estudos e pesquisas nesse sentido, que um olhar retrospectivo dos caminhos trilhados no passado, é uma opção de extremado e raro valor, muito além do que normalmente conseguimos perceber.
O processo fundamental na aprendizagem é a imitação (a repetição de um processo observado, que requer tempo, espaço, habilidades e outros recursos). Desta forma, as crianças aprendem as tarefas básicas necessárias para subsistir. Assim, mais baixo encotraremos conceitos, origem, tipos de aprendizagem, Objectivos de Aprendizagem, factores envolvidos no processo de aprendizagem, o papel da família no processo da aprendizagem de uma forma resumida.
.















1.ENQUADRAMENTO TEÓRICO

1.1- Conceito de aprendizagem

Denomina-se aprendizagem ao processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou da experiência. Este processo pode ser analisado sob diversas perspectivas, pelo que existem diferentes teorias da aprendizagem. A psicologia condutista, por exemplo, descreve a aprendizagem de acordo com as alterações que se podem observar no comportamento de um indivíduo.
A aprendizagem humana é definida como sendo a mudança relativamente estável do comportamento de um indivíduo como resultado da experiência. Esta mudança resulta da sequência do estabelecimento de associações entre estímulos e respostas. Esta capacidade não é exclusiva da espécie humana, ainda que no ser humano a aprendizagem se tenha constituído como um factor que supera a habilidade comum dos mesmos ramos evolutivos.
A pedagogia estabelece diferentes tipos de aprendizagem. Pode-se mencionar a aprendizagem receptiva (o sujeito compreende o conteúdo e reproduz o mesmo, mas não descobre nada), a aprendizagem por descoberta (os conteúdos não são recebidos de forma passiva, a menos que sejam reordenados para se adaptar ao esquema cognitivo), a aprendizagem repetitiva (produzida quando se memorizam os conteúdos sem os compreender nem os relacionar com conhecimentos prévios) e a aprendizagem significativa (sempre que a pessoa relaciona os seus conhecimentos prévios com os novos e os dota de coerência relativamente à sua estrutura cognitiva).

1.2- ORIGEM E A HISTÓRIA DA APRENDIZAGEM

O estudo e a sistematização da  aprendizagem remonta aos povos da antiguidade oriental (Egito, China e Índia), cujo fim era transmitir as tradições e os costumes.A aprendizagem, na antiguidade clássica (Grécia e Roma), seguia duas linhas opostas, mas complementares: a pedagogia da personalidade que visava a formação individual e a  pedagogia humanista cuja ênfase era dada à aprendizagem universal no sentido de desenvolver a pessoa.

2.1- Na Idade média

        A aprendizagem e o ensino (ambos seguiam o mesmo rumo) passaram a ser determinados pela religião e pelos seus dogmas.
        No fim deste período, as teorias da aprendizagem e do ensino começaram a separar-se e tornarem-se independentes do clero. Já, no século XVI, as teorias de ensino-aprendizagem continuaram a seguir o seu rumo natural graças às alterações que ocorreram com a implementação do humanismo e da Reforma  e sua ampliação a partir da revolução francesa.

2.2- Do Século XVII ao início do Século XX

Nesta fase, centrou-se a atenção nas evidências científicas sobre certos processos universais que regiam os princípios da aprendizagem que explicariam as suas causas e formas de funcionamento, enfactizando uma metodologia que pretendia ajustar o comportamento de todos os organismos num sistema unificado de leis. Assim, acreditava-se frequentemente que a aprendizagem ocorria quase sempre por condicionamento (Exemplo: a experiência sobre o condicionamento  realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som de campainhas).

2.3- A partir de 1930

Os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman, na década de 30, investigaram sobre as leis que regem a aprendizagem. Para Guthrie, as respostas poderiam formar os componentes da aprendizagem em vez das percepções ou dos estados mentais. Já, para Hull a força do hábito era um dos principais aspectos da aprendizagem que se processava gradualmente, para além dos estímulos originados pelas recompensas. Por fim, Tolman acreditava que o sujeito aprendia de acordo com o objectivo que pretendia alcançar, percebendo o ser humano na sociedade em que está inserido.
Também Jean Piaget impulsionou e implementou a Teoria Cognitiva, em que o desenvolvimento cognitivo no ser humano ocorria por quatro estadios: o estágio sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório), operatório concreto e operatório formal.

2.4- Objectivos de Aprendizagem

Os objectivos de aprendizagem são declarações claras e válidas do que os professores pretendem que os seus alunos aprendam e sejam capazes de fazer no final de uma sequência de aprendizagem. Têm claramente a função de orientação do ensino, da aprendizagem e da avaliação (Silva & Lopes, 2015). Os objetivos de aprendizagem podem ter diversos graus de abrangência: ser mais gerais ou mais específicos. Os objetivos específicos exprimem mais claramente o conceito, a função e a importância de estabelecer objetivos: a ideia de que todo o processo de ensino e aprendizagem se move numa determinada direção e é essencialmente controlado pelos resultados de aprendizagem que se espera que os alunos obtenham no final de uma unidade de ensino, ano ou curso (Lopes & Silva, 2010).(Lopes, 2010)
Para que cumpram a sua função de orientação de professores e alunos durante o ensino e a aprendizagem, os objetivos têm de ser para além de específicos, mensuráveis, desafiadores, mas realistas e atingíveis, ter metas temporais, isto é serem atingíveis num curto período de tempo e ainda partilhados com os alunos, assegurando-se o professor de que estes os compreendem (Lopes & Silva, 2010; Ruby-Daves, 2015; Silva & Lopes, 2015).
Para que os objectivos sejam específicos, precisam de ser explícitos e concisos. Objetivos vagos não fornecem uma orientação clara para os alunos e, por isso, não aumentam a sua motivação e envolvimento na aprendizagem (Rubie-Davies, 2015). Definir claramente os objetivos, isto é conseguir que a sua formulação não deixe dúvidas aos alunos sobre que o professor pretende, fornece-lhes uma direção inconfundível para a sua aprendizagem (Marzano, 2009).
Para os objectivos serem específicos têm de ser formulados usando verbos de ação (por exemplo: indica, refere, explica…) que apontem para comportamentos dos alunos com possibilidade de serem observados pelo professor e também para que os alunos sejam capazes de perceber se dominam o conteúdo ou competência visados no objetivo. Isto é, que os alunos, de forma oral ou escrita, possam evidenciar comportamentos reveladores de que dominam ou não o conteúdo/competência a que o objetivo se refere.(Lopes, 2010).As taxonomias de objecvtivos educacionais dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, respetivamente de Bloom, Krathwohl e Harrow, constituem-se como instrumentos importantes no auxílio à tarefa de definição de objectivos (Silva & Lopes, 2015).

2.5- Aprendizagem em Contexto

Não obstante esta diferenciação, a aprendizagem escolar ou formativa implica também ela um contexto social de aprendizagem, de tal modo que a aquisição e integração de conteúdos escolares é influenciada pela vivência em contexto e por modelos sociais.Por meio desta vivência, o indivíduo aprende também importantes competências socioemocionais no âmbito dos contexto família, escola/trabalho ou outros nos quais interaja.
Assim, para além da motivação e escolha do próprio para a aprendizagem, o modo como o indivíduo aprende comportamentos remete para o contexto social da aprendizagem. O processo de aprendizagem pode verificar-se por meio de observação de outros indivíduos (aprendizagem social; e.g. como aprender a comunicar, observando modelos) ou através da implementação de contingências do meio (condicionamento operante; e.g. como aprender a cumprir uma tarefa, na sequência de um reforço positivo, que aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento desejado).

3- FATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

De um modo geral, o processo de aprendizagem implica a interdependência de processos cognitivos, emocionais e respostas comportamentais envolvidos num contexto social.São muitos os factores relacionados com o processo de aprendizagem (escolar ou não), destacando-se a motivação, a perceção de autoeficácia e a autorregulação, que por sua vez contribuem para o investimento, agência e estratégias que cada indivíduo utiliza para concretizar um objetivo ou tarefa.

4- TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Teorias de aprendizagem são os estudos que procuram investigar, sistematizar e propor soluções relacionadas ao campo do aprendizado humano.Esta área de investigação remonta à Grécia Antiga. Neste período, o processo pelo qual uma pessoa adquire conhecimento já era tema de investigação dos filósofos gregos. Entretanto, a área de estudo ganhou destaque a partir do século XX, quando o advento da psicologia.
O principal factor que diferencia uma teoria de outra é o ponto de vista sob o qual cada uma trabalha. Existem as teorias que abordam a aprendizagem a partir do comportamento, outras a partir do aspecto humano ou, ainda, aquelas que consideram apenas a capacidade cognitiva de cada um.Como o campo da investigação do conhecimento humano é bastante vasto, algumas teorias obtiveram destaque ao longo do século, servindo como base teórica para os estudos nesta área.

4.1- Teoria Behavorista (Comportamental)

A aprendizagem na abordagem comportamentalista (behaviorista) é uma modificação de comportamento provocada pelo agente que ensina, usando estímulos sobre o sujeito que aprende. A pedagogia é diretiva. O aluno aprende se o professor ensina. O professor acredita no mito da transferência do conhecimento e o aluno recebe passivamente os conhecimentos. Skinner (1904-1984), psicólogo americano, utilizou o modelo experimental de Watson (1878-1958) para o estudo do comportamento humano, sendo a sua teoria conhecida como ‘Condicionamento Operante’.
Esta aprendizagem deu origem ao Ensino Assistido por Computador que herdou os princípios do Ensino Programado, aparecendo o conceito de ‘feedback’, confirmação imediata da resposta. Programas de exercício e prática (drill & practice) e treino de competências básicas são os métodos de ensino e aprendizagem desta conceção. São ambientes de aprendizagem muito estruturados. A abordagem comportamentalista considera que o homem é o resultado das influências do meio em que se insere e considera que no processo de ensino-aprendizagem devem utilizar-se reforços e prémios. É uma abordagem favorecedora da utilização de recursos tecnológicos na educação. As aplicações informáticas muito estruturadas encontram suporte nesta abordagem.

4.2- Principais Teorias

4.2.1-Teoria Cognitivista

A aprendizagem na abordagem cognitivista tem em conta as condições do conhecimento que são inatas ao indivíduo quando nasce, excluindo o meio social em que vive. A pedagogia é não-diretiva, o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador e deve intervir o menos possível. O professor além de ensinar, passa a aprender, e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Segundo Piaget, o conhecimento constrói-se na interação do sujeito com o objeto. A mente é comparada a um computador. Aprender implica representar a informação e processá-la (Inputs e Outputs).
 A perspectiva piagetiana do desenvolvimento cognitivo foi traduzida por Papert (1980) no sistema Logo, modelo da aprendizagem pela descoberta. O aluno programa o computador em vez de ser programada por ele. São ambientes de aprendizagem pouco estruturados. A abordagem cognitivista considera que a aprendizagem é o resultado da assimilação do conhecimento na estrutura cognitiva do aluno. É uma abordagem favorecedora de processos de ensino baseados na pesquisa e resolução de problemas.

4.2.2-Teoria Contextualista

A aprendizagem na abordagem contextualista vê o conhecimento como um produto da interação social e da cultura. Vygotsky preocupa-se com as relações entre o pensamento verbal e a linguagem e dá importância à relação e interação com outras pessoas como origem dos processos de aprendizagem e desenvolvimento humano. Aprender significa participar numa comunidade de práticas (discursivas, o saber-fazer e a utilização dos recursos informáticos) e construir uma identidade dentro dessa comunidade. Baseia-se na aprendizagem pela descoberta guiada e no ensino recíproco. Existe integração das tecnologias como produtos da atividade adaptativa e transformadora do ser humano. Para a abordagem contextualista a aprendizagem ocorre em comunidades e o conhecimento resulta da interação social e cultural. Valoriza a realização de trabalhos de grupo, participação em comunidades, etc.
Recentemente surgiu uma nova teoria, o Conectivismo (Siemens), que considera as anteriores teorias desatualizadas face às profundas transformações tecnológicas e outras, ocorridas nos últimos anos. Para esta teoria o conhecimento encontra-se disperso por inúmeras conexões (redes), e aprender consiste em desenvolver a capacidade de as percorrer.

5- O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM

A importância da família no processo de aprendizagem da criança e como a escola pode contribuir para esta aproximação.Como podemos constatar no tópico anterior, a formação familiar sofreu grandes mudanças em sua constituição no decorrer dos anos e atualmente aquela imagem de família que tínhamos de pai, mãe e filhos ficou no século passado.É importante salientar que o termo “família” descrito no texto se refere a todos os responsáveis pela criança de acordo com a formação familiar na qual a mesma está inserida.A escola precisa estar preparada para receber as famílias do século XXI, de modo que ambas possam criar relações de respeito e companheirismo em prol da educação da criança e de um diálogo constante.
Diante desta perspectiva tiba (1996, p.140), afirmou que: O ambiente escolar dever ser de uma instituição que complete o ambiente familiar do educando, os quais dever ser agradáveis e geradores de afeto. Os pais e a escola devem ter princípio muito próximos para o benefício do filho/aluno. (1996, p.140)
O papel que a família exerce na vida da criança é de grande relevância para seu desenvolvimento escolar, isso em hipótese alguma pode ser desconsiderado.A família tem o dever de acompanhar o desempenho escolar da criança, com a responsabilidade de intermediar sua pratica no dia a dia.A escola vai apenas completar o ambiente familiar, uma vez que os primeiros incentivos devem surgir na família, acompanhando diariamente as dificuldades e os avanços e estimulando para que possam aprender cada vez mais.
Esta parceria entre família e escola vai depender da relação e da proposta da escola para inserir a família no ambiente escolar.A construção do projeto político pedagógico da escola, seria uma maneira de fazer esta aproximação entre escola e família, incentivando a participação para que de fato entendam a proposta e se sintam membros da escola, onde possam firmar compromissos na educação das crianças.A família tem um papel muito importante na vida escolar dos filhos, isso é consenso entre professores.É importante que os pais estejam cientes da proposta pedagógica da escola, participando de sua elaboração e efetivação. É necessário propor ações que tragam a família para a escola, distanciando a barreira existente entre elas.
Os pais devem ter um contato mais próximo com os professores, não somente em reuniões e datas comemorativa, mais em outros momentos que possam participar ativamente contribuído com a escola no processo de aprendizagem das crianças.Os pais que participam ativamente da educação dos filhos têm resultados satisfatórios no final do ano letivo, infelizmente em nossas escolas não há ações que aproximem as famílias do ambiente escolar, a falta de políticas públicas e planejamento acabam afetando essa aproximação.
A maioria dos pais são cientes de seu papel e de sua responsabilidade, porém, tem dificuldades de assumir esta responsabilidade junto com a escola, por não saber como fazê-la.Os pais sabem de suas responsabilidades quanto ao futuro de seus filhos. Quando se sentem incapazes-incluindo aqui um certo conforto-, tendem a delegar a educação de seus filhos a terceiros: escola, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, babás, funcionários, avós tios dos filhos etc.
O processo educativo da criança começa no momento que ela nasce e a responsabilidade é toda da família, até porque é o primeiro contato da criança.A escola tem o desejo de que a família esteja mais próxima, para que juntas possam dividir os problemas e as dificuldades, porém, na maioria das vezes a família delega esta responsabilidade a outras pessoas, quando algo dar errado a responsabilidade recai sobre a escola.

6-TIPOS DE APRENDIZAGEM

Não existe um tipo de inteligência melhor ou pior que o outro. Cada um tem seu valor e, por isso, as pessoas são tão diferentes, cada qual com suas habilidades.Neste artigo, você conhecerá os 7 tipos de aprendizagem, listados aqui em ordem alfabética. Dessa forma, saberá que tipo de pessoa se encaixa em cada um deles.

6.1- Corporal-cinestésica

Essa é a inteligência que move os atletas, dançarinos e todos capazes de fazer coisas incríveis com o próprio corpo. Até os cirurgiões estão inclusos, porque são capazes de movimentos muito precisos com suas mãos.Esse pode ser o tipo de aprendizagem de quem tem uma ótima coordenação corporal, reflexos apurados e movimentos precisos. Nesse caso, a aprendizagem funciona melhor com tarefas práticas, construções e atividades físicas.

6.2- Espacial

Esse tipo de aprendizagem está ligado à percepção visual. Cineastas, arquitetos e até pilotos de avião costumam ter essa inteligência. As pessoas com esse tipo de aprendizagem têm facilidade no reconhecimento de formas e objetos.
Para identificar essa inteligência, observe se a pessoa tem um olhar atento, capaz de perceber detalhes. Verifique se é capaz de registrar e projetar imagens mentais. Pessoas assim aprendem melhor com a visualização de gráficos, organogramas e esquemas.

6.3- Interpessoal

A inteligência interpessoal está ligada à capacidade de interagir e lidar com pessoas. Quem possui essas habilidades tem capacidade de ensinar e liderar. Por isso, ocupam posições como gestores e professores.Para pessoas com esse tipo de inteligência, a melhor forma de aprender é com os estudos e trabalhos em grupo.

6.4- Intrapessoal

A inteligência intrapessoal é a habilidade de conhecer e compreender a si mesmo. Pessoas assim costumam ser mais reservadas. Apesar disso, tendem a compreender os sentimentos e emoções de outras pessoas, como os psicólogos.Quem se identifica com esse tipo de aprendizagem, terá melhor desempenho em atividades individuais. Seus estudos e pesquisas devem ser totalmente focados em seu próprio aprendizado.

6.5- Linguística

Essa é a inteligência encontrada em escritores, jornalistas, publicitários, comunicadores e professores. Trata-se da capacidade de usar a linguagem na transmissão de ideias, de forma escrita ou oral.Quem possui esse tipo de aprendizagem tem facilidade com línguas estrangeiras. Além disso, é capaz de se expressar muito bem pela fala ou escrita.
Seu aprendizado funciona melhor com a leitura e produção de textos, como resenhas e resumos. Explicar a matéria para si mesmo ou para a turma também é uma ótima forma aprender.

6.6- Lógico-matemática

Esta habilidade está presente em matemáticos, físicos e programadores de softwares. Trata-se da capacidade de identificar padrões lógicos em linhas de raciocínio. Portanto, este tipo de aprendizagem está ligado, principalmente, aos números.
Essa é a inteligência de quem é capaz de desenvolver raciocínios lógicos e encontrar facilmente a solução para problemas. Assim, a melhor forma de aprender é por meio da resolução de problemas, classificações, tabelas e gráficos.

6.7- Musical

Como o próprio nome sugere, este é o tipo de aprendizagem encontrada nos músicos e poetas. Está ligada à capacidade de produzir sons e ritmos com instrumentos e palavras.
Esta é a inteligência de quem decora facilmente letras de músicas e tem facilidade com instrumentos musicais. Pessoas assim absorverão melhor o conteúdo estudado por meio de melodias e ritmos.

7- CONSEQUÊNCIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

7.1- Distúrbio de Aprendizagem

Os transtornos relacionados ao processo de aprendizagem estão entre as dificuldades de aprendizagem que o aluno pode manifestar, entretanto, correspondem a um padrão muito abaixo da expectativa em relação à capacidade cognitiva esperada para determinada etapa escolar.
Os distúrbios de aprendizagem estão relacionados a problemas que não decorrem de causas educativas. Isso significa que, mesmo após uma mudança na abordagem educacional do professor, o aluno continua apresentando os mesmos sintomas. Isso aponta para a necessidade de uma investigação mais aprofundada, que determinará quais são as causas da dificuldade em questão.
Essas dificuldades são pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica, geralmente associadas a algum comprometimento no funcionamento de certas áreas do cérebro. Porém, é arriscado falar somente em uma causa biológica.

7.2- Principais distúrbios de Aprendizagem

szAlguns exemplos de transtornos de aprendizagem mais conhecidos são:
1.    Dislexia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de leitura. É muito comum, apresentando mais de 2 milhões de casos relatados por ano.
2.    Disgrafia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam dificuldade na escrita. Isso inclui, principalmente, erros de ortografia, como trocar, omitir, acrescentar ou inverter letras.
3.    Discalculia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio são afetados, principalmente, em sua relação com a matemática. Portanto, os sinais envolvem dificuldade em organizar, classificar e realizar operações com números.
4.    Dislalia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio demonstram dificuldades na fala. Eles podem ter alterações da formação normal dos órgãos fonadores, dificultando a produção de certos sons da língua.
5.    Disortografia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio geralmente também são afetados pela dislexia. Ainda que se relacione à linguagem escrita, a disortografia é mais ampla do que a disgrafia. Pode envolver desde a falta de vontade de escrever até a dificuldade em concatenar orações.
6.    Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam baixa concentração, inquietude e impulsividade. Foi constatado que uma das causas do TDAH é genética e que há implicações neurológicas. O TDAH já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno legítimo.
Portano a aprendizagem, um fenómeno cerebral ou psíquico. Graças ao desenvolvimento da aprendizagem, os humanos conseguiram alcançar uma certa independência do seu contexto ecológico e podem inclusive alterá-lo de acordo com as suas necessidades.














CONSIDERAÇÕES FINAIS


A aprendizagem é o processo através do qual o indivíduo adquire, consolida ou reestrutura conhecimentos acerca de um determinado tema, prática ou comportamento.
Este é concretizado através da experiência ou formação, resultando em mudança relativamente a um momento inicial. Verifica-se ao longo de todos os estádios de desenvolvimento e é transversal aos diferentes contextos de vida do indivíduo.
Neste sentido, a aprendizagem enquanto processo afigura-se um conceito abrangente, podendo aplicar-se às mais diversas situações ou contextos, como o contexto escolar ou formativo (na aquisição de conhecimentos teóricos e práticos sobre determinado conteúdo) ou o contexto social (na aquisição de competências sociais numa determinada situação).




















REFERÊNCIAS


Feist, J., & Feist, G. (2008). Teorias da Personalidade. São Paulo: McGraw-Hill.
Gleitman, H., Fridlund, A., Reisberg, D. (2007). Psicologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
LEITURAS RECOMENDADAS




Sem comentários:

Enviar um comentário