BANDA DESENHADA


TRABALHO ELEBORADO POR FLUSIL MOMENT

República de Angola
Ministério da Educação
Governo da Província do Bengo
ESCOLA MISSIONÁRIA DE SANTA-ANA Nº 307



TRABALHO DE E.V.P




BANDA DESEANHADA
GRUPO Nº 03
CLASSE
TURMA: A
SALA: 14
PERÍODO: TARDE






           O DOCENTE
_______________________
        Adelino Tchilunda










2019



















LISTA NOMINAL




 


1.      Domingos Inácio Sebastião
2.      Garcia Inácio Sebastião
3.      Geraldo António Filipe
4.      Gracieth Paulo Mateus
5.      Ifix Bens João
6.      Jandira Lopes Nende
7.      Joana Zinga Caculo
8.      Josimara de Jesus Saudades Germano
9.      João Paulo Manuel Evaristo
10.  Judith Makaya Dieluzei
11.  Mário Manuel Rodriges Afonso





























ÍNDICE







































1-INTRODUÇÃO


O presente trbalho visa desenvolver o tema banda desenhada, um tema de extrema importância para a discíplina de E.V.P. assim, a Banda Desenhada é um exemplo de texto de linguagem mista sendo o resultado da associação de um texto escrito e um texto icónico. É uma sequência de imagens acompanhadas de textos curtos (legendas, diálogos), através da qual é narrada uma história. Sequência de imagens (desenhadas e/ou pintadas) que narra uma história, podendo incluir ou não texto (legendas, diálogos ou pensamentos).
Embora não seja obrigatório o texto para se estar na presença de uma banda desenhada (BD), quando este existe não tem necessariamente de estar representado por um balão ou de a sequência desenhada ser limitada por uma cercadura (muitas vezes em forma quadrada, daí a designação quadradinhos), mesmo sabendo-se que estes são os elementos gráficos mais comummente associados à BD.
Segundo Jean-Bruno Renard " só existem três elementos sempre presentes, qualquer que seja a banda considerada: uma história, traduzida em desenhos, e impressa (ou suscetível de sê-lo).












2- EQUADRAMENTO DO TEMA

2.1-Banda Desenhada

Banda Desenhada (ou BD) é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objectivo de narrar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas ou jornais.
É também conhecida por Arte Sequencial ou Nona Arte. O termo Arte Sequencial (sequential art) define o arranjo de fotos/imagens e palavras de modo a narrar uma história.
Banda desenhada, BD, história aos quadradinhos (português europeu) ou história em quadrinhos, quadrinhos, gibi, HQ, revistinha, historieta (português brasileiro) é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objectivo de narrar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais. Também é conhecida por arte sequencial, narrativa gráfica e narrativa figurada.
A banda desenhada é chamada de nona arte, dando sequência à classificação de Ricciotto Canudo. O termo "arte sequencial" (traduzido do original sequential art), criado pelo desenhista Will Eisner com o fim de definir "o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma ideia", é comummente utilizado para definir a linguagem usada nesta forma de representação. Hugo Pratt chamava de "literatura desenhada".
Nos Estados Unidos, onde é chamada de comics, a banda desenhada tornou-se popular no início do século XX, um desenvolvimento importante ocorreu nos anos de 1930 (a "Era de Ouro"), com o surgimento das banda desenhadas de super-heróis cuja ponte foi o personagem Superman lançado em 1938. Este também é o período entre guerras em que Hergé criou As Aventuras de Tintim, que se tornou um clássico do estilo da banda desenhada franco-belga conhecido como linha clara. No Japão, Osamu Tezuka popularizou o mangá após a Segunda Guerra Mundial.
Alguns consideram storyboards como banda desenhada. Estúdios de cinema, especialmente de animação usam sequências de imagens como guias para as cenas. Estes storyboards não se destinam a ser um produto final e raramente são vistos pelo público.  Muitos guionistas usam a técnica para orientar os artistas na confecção das páginas. Alguns artistas de banda desenhada são contratos para produzir storyboards e artes conceptuais para cinema e televisão.
A banda desenhada pode ser impressa ou digital (webcomics,  BDtrônicas, e-zine, formatos digitais e similares) pode ser uma simples tira, uma página inteira, uma revista ou um livro (álbum, romance gráfico ou tankōbon).

2.2-Etimologia

Ao nível da terminologia, o que se designa por quadradinho (desenho que, normalmente, está dentro de uma cercadura quadrangular) é uma vinheta, uma sequência de vinhetas em linha é uma tira e uma página completa é uma prancha. Um balão é um recurso gráfico que serve de fala ou pensamento a uma personagem, podendo adquirir vários formatos consoante o tipo de discurso (tom de voz baixo, normal, alto, irritado), variando muito também de acordo com o estilo gráfico do desenhador. Muito característica também é a presença de onomatopeias, artifícios gráficos que são representações de sons e movimentos, que ajudam a criar dinâmica e sonoridade nas sequências.
A BD tem várias designações em diferentes países, como Histórias aos Quadradinhos, Histórias em Quadradinhos (Portugal), Histórias em Quadrinhos, Quadrinhos, Gibi (Brasil), Comics (EUA, e outros países), Tebeos, Historietas (Espanha), Fumetti (Itália), Manga (Japão), mas também mais eruditas, como Literatura em Estampas (Rodolphe Töpffer), Figuração Narrativa (Pierre Couperie), Literatura Gráfica (Francis Lacassin) ou Arte Sequencial (Will Eisner).
No nosso país é mais conhecida como banda desenhada ou BD, do francês bande dessinée, termo popularizado por influência da abundante BD franco-belga publicada nos anos 60 e 70 do século XX.
É também designada como a Nona Arte de entre as Artes Plásticas, que compreendem espaços e formas, segundo uma definição de Morris (criador de Lucky Luke e de Rantanplan), que a apresentou pela primeira vez na secção "9e. Art, Musée de la bande dessinée", que assinou entre 1964 e 1967 na revista belga Spirou.
Assim, temos:
1.ª Arte - Arquitetura;
2.ª Arte - Pintura;
3.ª Arte - Escultura;
4.ª Arte - Gravura;
5.ª Arte - Desenho;
6.ª Arte - Fotografia;
7.ª Arte - Cinema;
8.ª Arte - Televisão;
9.ª Arte - Banda Desenhada.
A ligação da BD às outras Artes é bastante significativa, sendo mais evidente a registada nas adaptações a desenhos animados (ou o inverso, caso das personagens da Disney), mas também ao cinema, havendo filmes que são verdadeiros campeões de bilheteira (Astérix, Batman, Homem-Aranha, Super-Homem...).
Embora a sua origem seja bem anterior à fotografia (1839), ao cinema (1895) e à televisão (1934), só nos anos 60 do século XX, e em particular em França, é que começou a ser estudado com profundidade o fenómeno da BD, daí a sua "ordenação" posterior a essas Artes.
A sua origem compreende contributos de diferentes áreas artísticas, remontando às pinturas rupestres, aos frescos egípcios, às iluminuras medievais ou as gravuras que tiveram grande difusão na Europa com a introdução da imprensa. Deste modo, especialmente a partir do século XIX, a impressão de livros, revistas e jornais acompanhados por desenhos permitiram associar o texto à imagem com muita frequência. Neste contexto, o suíço Rodolphe Töpffer (1799-1846) realizou em 1827 uma história combinando de modo interdependente texto e imagem, "Les Amours de Monsieur Vieux-Bois", considerada a primeira BD, embora os seus trabalhos só tenham começado a ser publicados a partir de 1833.
Desde então outros nomes foram contribuindo para a sua expansão, como Gustave Doré (em 1847), Wilhem Busch (1865), Rafael Bordalo Pinheiro (1872), ou Caran d'Ache (1881).
Nos Estados Unidos da América o fenómeno acompanhou o desenvolvimento das grandes cidades e a feroz concorrência registada na imprensa diária, sendo o ano de 1896 marcado pelo aparecimento de The Yellow Kid and his New Phonograph, de Richard Felton Outcault, considerada por muitos como a primeira BD moderna pelo uso do balão, embora os comics tenham efetivamente surgido vários anos antes nos EUA. A publicação dos comics em tiras diárias a preto e branco, a página dominical a cores com uma pequena história completa, o formato das revistas (aproximadamente 17 x 26 cm) e os super-heróis são algumas características muito próprias da sempre dinâmica produção existente nos EUA.
No Japão o fenómeno dos Mangá acompanhou a evolução das estampas impressas, tendo-se tornado após a Segunda Guerra Mundial num fenómeno de massas, utilizando um grafismo e dinâmica narrativa muito próprios, com tiragens impressionantes e uma natural ligação ao cinema de animação, conhecido por Anime.
Tanto nos EUA como no Japão, a BD de massas tiveram como suportes principais revistas com papel de inferior qualidade mas com tiragens consideráveis, notando-se a preocupação em melhorar a qualidade gráfica das revistas e a recolha das melhores séries em álbuns. Os álbuns são o suporte que se implantou decisivamente na Europa, sobretudo com o declínio das grandes revistas que publicavam em simultâneo histórias de continuação.
Deste modo, os principais centros difusores da BD no Mundo são a Europa (nomeadamente a Bélgica, a França, a Itália e o Reino Unido), os Estados Unidos da América e o Japão, onde é frequente existirem museus, bibliotecas, festivais, editoras e livrarias da especialidade.
Apesar de nunca terem sido oficialmente baptizados, a banda desenhada recebeu diferentes nomes de acordo com as circunstâncias específicas dos diversos países em que se estabeleceu. A banda desenhada é conhecida por comics nos Estados Unidos, fumetti na Itália, tebeos em Espanha, historietas na Argentina, muñequitos e cómicos no México, mangas no Japão, manhwas na Coreia do Sul, manhuas na China, komiks na República das Filipinas e por outras várias designações pelo mundo fora.
Por exemplo, nos EUA, convencionou-se chamar comics pois as primeiras manifestações do formato eram histórias humorísticas, cómicas; na França, eram publicadas em tiras - bandes - diariamente nos jornais e ficaram conhecidas por bandes-dessinées; em Portugal por histórias aos quadradinhos (HQ) e posteriormente banda desenhada (uma tradução literal do francês); em Itália, ganharam o nome dos balõezinhos ou fumacinhas (fumetti) que indicam a fala das personagens; em Espanha, chamou-se de tebeo, nome de uma revista infantil (TBO), da mesma forma que, no Brasil, chamou-se por muito tempo e (continua a ser largamente usado) de gibi, também oriundo do nome de uma revista. Originalmente, a palavra gibi significava menino, mas mudou de sentido e passou a ser sinónimo de banda desenhada.
Em Macau, região administrativa especial da República Popular da China que chegou a ser administrada por Portugal, usa-se os termos manhua e banda desenhada.
Tudo, no entanto, refere-se à mesma coisa: uma forma narrativa por meio de imagens fixas, ou seja, uma história narrada em sequência de pequenos quadros ou vinhetas. Nesse sentido, o nome utilizado no Brasil seria história em quadrinhos, semelhante à expressão que caiu em desuso em Portugal 'histórias aos quadradinhos.

2.3-História

2.3.1-Registos Primitivos

A banda desenhada tem as suas raízes na Europa, mas alcançou a maioridade nos EUA. Hoje é considerada a nona arte e reúne um conjunto de estilos e autores que se estendem pelo mundo.
Rodolphe Topffer, um germano-suíço, foi o primeiro a perceber as potencialidades de contar histórias através de “estampas”. Em 1833 publicou o seu primeiro livro que, décadas depois, chegou aos Estados Unidos da América.
A banda desenhada, como hoje a conhecemos, surge nos jornais nova-iorquinos do princípio do século XX. As pranchas mais conhecidas são as de Winsor McCay que coloca a sua personagem a sonhar com aventuras. “Little Nemo in Slumberland” começou a ser publicado semanalmente, no New York Herald”, em 1905, e alcançou um sucesso inesperado.
Ainda nos EUA surgem nos anos 30 e 40 personagens como Tarzan, Flash Gordon, Super Homem ou o Príncipe Valente. Rapidamente estas personagens deixam as páginas da imprensa para ganharem vida própria em revistas especializadas ou “”comics”.
Na Europa a explosão nesta área dá-se nos anos cinquenta e sessenta, especialmente no espaço franco-belga, com o surgimento de revistas especializadas e personagens como Tintin, Spirou, Blacke & Mortimer ou Lucky Luke.Mais tarde outras personagens enriquecem o panorama da BD europeia como Corto Maltese enquanto no Japão nascem as “Manga”.
Novas formas gráficas de contar as histórias surgem ainda com obras como Spirit, 300 ou Maus, o primeiro livro de BD a receber um prémio Pulitzer.
Porém, a banda desenhada não se confina à obra original, sendo antes um produto que nasce da novidade que foi a Imprensa escrita e os livros impressos "editados" por Gutemberg. Assim, terá de ser impressa e distribuída por formatos como sejam a revista ou o álbum, fenómeno que tem a sua génese no decorrer do século XIX. Só assim é a arte que conhecemos. Qualquer analogia com aqueles exemplos históricos é apenas coincidência, pois a BD não é a única arte a contar uma história por método sequencial.
Advindo dessa sua ligação embrionária à Imprensa, a banda desenhada encontra seus precedentes nas sátiras políticas publicadas por jornais e revistas europeus e norte-americanos, que traziam caricaturas acompanhadas de comentários ou pequenos diálogos humorísticos entre as personagens retratados.
Mais tarde esse recurso daria origem aos "balões", recurso gráfico que indica ao leitor qual das personagens em cena está falando (donde o termo italiano "fumetti" - os balões lembram uma fumaça saindo da boca dos interlocutores).

2.4-A Linguagem da BD

No início, os autores têm uma ideia de argumento ou guião para a história que querem contar.
Como a própria palavra indica, o guião orienta e «guia»o desenvolvimento da história. O guião pode conter elementos escritos e desenhados, funcionando também como espaço para esboçar as personagens. As personagens criadas para a história são muito importantes na BD.Os heróis, os vilões e as personagens bondosas são um elemento fundamental para despertar simpatia e interesse pela história.
A forma do rosto, as orelhas,  o nariz, os olhos, as sobrancelhas e a boca são os elementos gráficos principais que permitem definir o estado de espírito de uma personagem. A BD é desenhada página a página. Cada página de BD chama-se prancha. Cada prancha é constítuida por diferentes quadradinhos que se designam por vinhetas. As tiras são o conjunto de vinhetas de uma linha, que podem ser de diferentes formatos.

2.5- Sobre a importância da banda desenhada

            É importante realçar que a banda desenhada é de exrema importância na dos artistas, onde tentam expressar as suas criactividades por meio de desenhos. Na banda desenhada é possível remontar aos tipos de registo pictórico utilizados pelo homem primitivo pré-histórico para representar, por meio de desenhos rupestres, as suas crenças e o mundo ao seu redor.
            Ao longo da história esse tipo de registo desenvolveu-se de várias formas, desde a escrita hieroglífica egípcia até às tapeçarias medievais, bem como aos códigos/histórias contidos numa única pintura. Por exemplo, a obra de Bosch, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Portugal, As Tentações de Santo Antão, representam sequencialmente passos da vida do santo medieval.














CONCLUSÃO


Banda desenhada é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objectivo de narrar histórias nos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais. São conhecidos como história em quadrinhos, quadrinhos, HQ, gibi, revistinha ou historieta no Brasil, histórias aos quadradinhos em Angola, histórias aos quadradinhos, banda desenhada, ou apenas BD, em Portugal, comics nos Estados Unidos da América, bande dessinée na França, Bélgica e países francófonos, fumetti na Itália, tebeos em Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangas no Japão, manhwas na Coreia do Sul, manhuas na China e com várias outras designações pelo mundo fora, em muitos países.
A banda desenhada é apontada como a Nona Arte, dando sequência à classificação de Ricciotto Canudo.
O termo "arte sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma ideia" e é comummente utilizado para definir o estilo. Hugo Pratt chamava de literatura desenhada. O Portal da Banda desenhada tem como objectivo reunir toda a informação sobre escritores, desenhistas, personagens e editoras relacionados a Nona Arte.
Em fim, a Banda Desenhada (BD) é uma maneira de contar histórias através da combinação de imagens e texto. A sequência das imagens é a característica mais importante desta forma de comunicação. A BD, embora seja representada por desenhos fixos, recorre à linguagem do cinema onde o movimento nos parece real.sequência de imagens acompanhadas ou não de textos (legendas, diálogos, pensamentos), através da qual é narrada uma história; história aos quadradinhos














REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


1.     Sonia M. Bibe Luyten«Portugal: das histórias aos quadradinhos às bandas desenhadas (Parte I)». Universo HQ. Consultado em 12 de fevereiro de 2011.
4.     Sérgio Codespoti (8 de maio de 2008). «Quando a nomenclatura faz a diferença». Universo HQ. Consultado em 16 de maio de 2010.
5.     Rosza Wigdorowicz Vel Zoladz (2005). Imaginário Brasileiro e zonas periféricas: algumas proposições da sociologia da arte. [S.l.]: 7Letras. ISBN 9788575771570.
6.     Edgar Franco. Annablume, ed. HQtrônicas: do suporte papel à rede Internet. 2004. [S.l.: s.n.] p. 23. ISBN 9788574194769
7.     Thiago Colás (8 de outubro de 2014). «Nova aventura de Corto Maltese»HQManiacs.
8.     O Início das HQs». Editora Eclipse. Eclipse Quadrinhos - Especial Kaboom (1). 2005.
9.     Sérgio Codespoti (6 de agosto de 2009). «A importância da linha clara e do estilo atômico»

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