INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA
POLO -
CAXITO
PSICODIAGNÓSTICO
HIPERATIVIDADE NA
INFÂNCIA
Caxito, 2019
HIPERACTIVIDADE NA INFÂNCIA
Trabalho
apresentado ao Curso de Licenciatura emPsicologia – Opção do Departamento de Ciências
Sociais doInstituto Superior Politécnico de Angola (ISTA)comorequisito de
avaliaçãoda Cadeira de Psicodiagnóstico.
Profº. Orientador: António Nambala
AUTORES
ESTUDANTES DO 2º ANO
GRUPO
Nº 2
Caxito
2019
AUTORES
1.
Cardoso Tomas Gonga
2.
Diogo Gaspar Mucuta
3.
João António Cabelami
4.
Liliana Dos Santos
5.
Fátima Albino
EPÍGRAFE
“Trabalhar é criar e criar é o único prazer
sólido e eficiente que podemos desfrutar sobre essa terra”
Giobert
DEDICATÓRIA
A Deus, pela protecção, coragem e vontade que tem nos
dado para poder continuar e por nos cuidar dia-a-dia.
AGRADECIMENTOS
Ao Profº. António Nambala pela escolha do tema para a
realização deste trabalho;
Aos amigos pela confiança que depositam em nós;
Aos nossos colegas do 2º ano por compartilhar as dúvidas
e pelo apoio.
RESUMO
No presente trabalho serão apresentadas as principais
características da Hiperactividade, seu diagnóstico, evolução e tratamento.
Destacaremos os factores associados ao comportamento anti-social na infância e
adolescência, com o objectivo de reflectir a missão profissional de saúde
mental na assistência psicossocial. Método: Análise de publicações, resultados,
o transtorno de hiperactividade pode surgir precocemente na infância e
persistir ao longo da vida, constituindo quadros psiquiátricos de difícil tratamento.
Factores individuais, familiares e sociais estão implicados no desenvolvimento
e na persistência deste transtorno. É necessário ser identificado o quadro o
mais cedo possível para a intervenção terapêutica e acções preventivas junto à
criança. Adolescente, à família e a escola.
Palavra-chave: Hiperactividade, tratamento, comportamento, atenção
psicossocial.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O interesse em desenvolver esse estudo surgiu
a partir da necessidade de compreender melhor Hiperactividade em crianças,
gerando um factor de preocupação para os profissionais que actuam nos serviços
de saúde mental.
A infância é o período que vai desde o
nascimento até o décimo segundo ano de vida - Estatuto da Criança e Adolescente
(ECA – 1990). É caracterizado pelo período de significativo desenvolvimento
físico atrelado ao momento em que o ser humano se desenvolve na dimensão
psicológica, abrangendo diversas e graduais mudanças no comportamento do
indivíduo, sobretudo na formação das bases de sua personalidade.
É a partir do décimo segundo ano de vida até
o décimo oitavo ano de vida incompleto que é considerado adolescente, pois no
momento que completa 18 anos o indivíduo passa a responder civil e
criminalmente como maior de idade, ou seja, como pessoa imputável. No cerne da
psiquiatria da infância, um dos quadros mais problemáticos tem sido o chamado
transtorno da conduta, anteriormente chamado de delinquência, o qual se
caracterizava por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social,
agressiva e desafiadora.
Os comportamentos anti-sociais tendem a
persistir, parecendo faltar a capacidade de aprender com as consequências
negativas de seus aptos. Outra característica importante é que tais
comportamentos prejudicam de forma significativa a vida da criança, seja na
escola, em casa, ou na vida social.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1- Hiperactividade na Infância
Hiperactividade ocorrer na infância inicial,
no mínimo antes dos sete anos de idade, mesmo não sendo diagnosticado mais
tarde. Se uma criança apresentar, por seis meses ou mais, dos sintomas de
desatenção, o transtorno é identificado como TDHA do tipo que predomina a
desatenção. Se houver, por mais de seis meses, os sintomas hiperactivos
impulsivos são satisfeitos os critérios para o tipo predominantemente
hiperactivo impulsivo. Se houver os dois, o TDHA é do tipo combinado.
Fala-se em hiperactividade, essencialmente,
sob uma perspectiva apenas descritiva, em referência a uma criança que é bem
mais agitada que as outras da mesma idade. Assim,
o critério mais importante para o diagnóstico é a comparação entre o
comportamento da criança, em relação a outras da mesma idade. Com isto, se
consegue excluir o factor idade e maturação – quanto mais crescidas, maiores as
capacidades de auto-regulação e autocontrole.
1.2- Classificação da Hiperactividade Infantil
Dessa forma, a hiperatividade é classificada
como um Transtorno Disruptivo, nos quais os sintomas externalizados são
responsáveis pelas queixas mais intensas. As única coisas erradas/desvantagens
na Hiperactividade Infantil (também poderá ser referida como PHDA Infantil ou
TDAH Infantil) é não saber que as atitudes e comportamentos da sua criança têm
uma causa, uma justificação, não saber como lidar com ela e não saber como
aproveitar os pontos positivos.
A Hiperactividade Infantil não é falta de
concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante
da educação dada pelos pais. Se os pais de crianças sem Hiperactividade se
empenhassem da mesma forma que os pais de crianças Hiperactivas na educação dos
seus filhos, todos eles seriam uns génios, super bem-educados e extremamente
organizados.
Educar ou viver com uma criança Hiperactiva é
um desafio enorme e os familiares, amigos e colegas de pessoas com
Hiperactividade deveriam de receber o devido mérito. A Hiperactividade Infantil
também não é uma condição psicológica que se uma criança realmente quisesse era
pontual e organizada ou que passa com a ajuda dum psicólogo. Pedir a uma
criança Hiperactiva para se concentrar e organizar é a mesma coisa que pedir a
uma pessoa com miopia para se esforçar mais e tentar ler sem óculos ou pedir a
um coxo para correr mais depressa. É impossível e está fora do controlo da
criança com Hiperactividade.
1.3- Definição da Hiperactividade Infantil
A
Hiperactividade Infantil é uma condição física que se caracteriza pelo
sub-desenvolvimento e mau funcionamento de certas partes do cérebro,
nomeadamente:
1. Lobos Frontais
2. Corpo Caloso
3. Gânglios da Base ou Núcleos da Base
4. Cerebelo
5. Sistema Dopaminérgico - Falta de e/ou Receptação Precoce
da Dopamina
6. Sistema Noradrenérgico - Falta de e/ou Receptação Precoce
da Noradrenalina
Mas também pela menor e menos eficaz
actividade eléctrica, menor circulação sanguínea no cérebro e má gestão da
glucose que é o principal combustível do cérebro.Tudo isto leva a que haja uma
má comunicação entre neurónios, má comunicação e falta de sincronização entre as
várias partes do cérebro.A Hiperactividade Infantil é uma condição que
apresenta 3 sintomas:
·
Desatenção ou
Distracção
·
Hiperactividade
·
Impulsividade
E tem 3 subtipos:
·
Predominantemente
Desatento
·
Predominantemente
Hiperactivo
·
Combinado Desatento +
Hiperactivo – O mais comum
Em muitos casos não é muito evidente porque a
pessoa desenvolveu estratégias para lidar com e minimizar as consequências dos
sintomas.
1.4- Percentagem da Hiperactividade Infantil Entre os Sexos
Em relação à percentagem entre os sexos, parece
não existir um consenso. Alguns estudos apontam para 80% do sexo masculino e
20%, outros apontam para que seja uma percentagem igual. Nas análises fitas,
acreditamos nós que os valoresrondamos 60% sexos masculinos e 40% sexo feminino
por 2 razões:
1.
A vertente da
impulsividade, que representa um comportamento com maior expressão exterior à
criança, está mais presente/é mais visível nos rapazes dai a percepção de haver
mais Hiperactivos do sexo masculino
2.
As crianças do sexo
feminino são condicionadas pela família e sociedade para terem um comportamento
mais discreto e serem mais recatadas, logo disfarçando os sintomas da Hiperactividade
Mas a maioria das crianças têm outro tipo de
desordem em simultâneo a que se dá o nome de co-existências.
1.5- Sintomas de Desatenção
•
Nove critérios para
os sintomas de desatenção do TDAH (6 de 9):
1.
Erro por descuido;
2.
Dificuldade de
atenção;
3.
Problemas de ouvir;
4.
Perda das coisas;
5.
Falha em finalizar o
que inicia;
6.
Falta de capacidade
de organização;
7.
Relutância em fazer
tarefas que necessitam de esforço mental persistente.
8.
Esquecimento das
actividades de rotina.
1.6- Sintomas Hiperactivos Impulsivos
Nove critérios para a hiperactividade (6 de
9):
1.
Corre ou é inquieto;
2.
Incapaz de esperar
por sua vez;
3.
Incapaz de brincar
quieto;
4.
Lento ou incapaz de
ficar parado;
5.
Apresenta inquietação
com as mãos e os pés;
6.
Responde com
precipitação;
7.
Dificuldade em ficar
sentado;
8.
Tende a interromper.
Outro ponto importante é que esses
comportamentos devem ser apresentados em público, além da escola e da casa.
1.7- Epidemiologia
O comportamento anti-social de crianças e
adolescentes tem sido associado aos factores constitucionais e ambientais. A
partir do estabelecimento de clínicas vinculadas ao Juizado de menores que
profissionais da Saúde Mental foram possível observar o desenvolvimento do
comportamento anti-social na fase da infância e adolescência. Ao constatar-se a
gama de problemas familiares e sociais na história de vida dos delinquentes
juvenis, foi elaborado a hipótese de uma reacção às adversidades encontradas
tanto no ambiente familiar como na comunidade (Bordin, ofoord 2000).
Segundo Winnicott (1994), quando crianças
sofrem privação afectiva, manifestam-se os comportamentos anti-sociais no lar
ou numa esfera mais ampla. Do ponto de vista psicodinâmico, estes
comportamentos demonstram esperança em obter algo que foi perdido, sendo a
ausência de esperança a característica básica da criança que sofreu privação. O jovem experimenta um impulso de busca de
objecto, de alguém que possa encarregar-se de cuidar dele, esperando poder
confiar num ambiente estável, capaz de suportar a tensão resultante do
comportamento impulsivo. O ambiente é repetidamente testado em sua capacidade
para suporta a agressão, tolerar o incómodo, impedir a destruição, preservando
o objecto que é procurado e encontrado.
1.8- Etiologia
A etiologia do TDO e do TC é complexa e
multifatorial. A pesquisa tem destacado vários factores de risco que contribuem
para o início. Tais factores são características, acontecimentos ou processos
que aumentam a probabilidade do início do transtorno. Contudo, as crianças
podem ter múltiplos factores de risco e nunca desenvolver o transtorno ou, ao
contrário, podem ter poucos e exibir um transtorno complexo. Embora exista
muito a ser elucidado, é amplo o conhecimento sobre o início do TC, e a
pesquisa provavelmente nos permitirá dividir o transtorno em subtipos que
possam ter etiologias únicas e métodos únicos de tratamento efectivo.
1.9- Factores da Criança
Temperamento: crianças com temperamento mais
difícil (humor negativo, menos adaptabilidade, etc.) e alto nível de busca por
novidades. Deficits neuropsicológicos: deficits de desempenho na linguagem,
memória, coordenação motora, e “desempenho executivo” (raciocínio abstracto, planeamento,
atenção enfocada e julgamento).
1.10- Baixa relação autonómica actividade activação
Dificuldades iniciais de comportamento:
início precoce da falta de obediência e agressão.
a) Dificuldades
académicas: transtornos de aprendizagem
em níveis baixos de desempenho intelectual.
1.11- Disfunção Serotonérgica
Traumatismo craniano, convulsões, outros
distúrbios neurológicos.Outros transtornos psiquiátricos (especialmente TDH,
TEPT, Transtornos da aprendizagem, abuso de drogas, transtornos de humor).
1.12- Factores dos Pais de Família
Complicações pré e perinatais; complicações
da gravidez e do parto; prematuridade e baixo peso ao nascer, lesões ou
complicações cerebrais menores.
Psicopatologia e
comportamento criminoso na família:
comportamento criminoso, personalidade anti-social e alcoolismo em um dos
genitores.Histórico familiar de personalidade anti-social, abuso de drogas,
TDHA, transtorno de humor, transtorno de aprendizagem.
Desempenho
materno e paterno deficiente:
comunicações coercitivas dos pais aos filhos; disciplina inconsciente, punição
severa ou física e pai\mãe permissivos ou excessivamente controladores.
Supervisão
deficiente: poucas regras e falta de
supervisão.
Perturbação das qualidades das relações familiares:
pouca aceitação dos filhos por parte dos pais; falta de calor humano, afeição,
apoio emocional e apego.
Discórdia
conjugal: conflitos e\ou violência
doméstica.
Tamanho
da família: família muito grande.
Irmãos com comportamento antissocial
(especialmente irmão mais velho).
Desvantagem
sócio econômica: pobreza, excesso de
pessoas no lar, desemprego, habitação precária, estresse financeiro e falta de
apoios.
1.12.1- Factores relacionados com a Escola
Ambiente escolar inadequado: turmas grandes
com pouca ênfase em desempenho escolar, utilização rara pelos professores de
feedback positivo, pouca ênfase na responsabilidade individual dos estudantes,
instalações e espaço de trabalho precários, indisponibilidade de professores e
outro apoio dos funcionários da escola para lidar com as dificuldades dos
alunos.
1.13- Factores Protectoras
Factores que reduzem a probabilidade de
ocorrência de TC entre jovens outrossim de alto risco: ser primogénito, visto
pela mãe como afectuoso, com alta auto-estima e tendo local de controlo (sentir
que seu comportamento pode fazer a diferença) e ter adultos do mesmo sexo com
um papel importante em seu desenvolvimento (além dos pais) que reforcem modelos
de papéis.
2- TRATAMENTO PARA HIPERACTIVIDADE
Aspectos
essenciais da avaliação de TDO e TC:
1-
Devem ser feitas avaliações por diversos métodos e
avaliadores em várias situações.
2-
As escalas de avaliações podem ser úteis, mas não
diagnósticas.
3-
Certificar-se de uma avaliação psiquiátrica completa
para outros diagnósticos e comorbidades primárias.
4-
Uma avaliação educacional deve ser realizada se
existir suspeita de problemas escolares ou da aprendizagem. Excluir transtornos
da aprendizagem, déficit sensorial (problemas de audição ou visão).
5-
Avaliar a dinâmica da família, suas interações e seu
estilo de comunicação, bem como a história familiar de transtornos.
6-
Realizar a análise funcional e comportamental,
incluindo antecedentes, conseqüências e avaliações de linha de base e de
acompanhamentos de comportamento.
O tratamento será mais eficiente se for
multimodal e utilização em diversas situações, que incluem o lar, a escola e o
componente da criança no tratamento. Há comportamentos psicossociais bem
estudados e com base em evidências que devem ser utilizados para os transtornos
de conduta. Os tratamentos psicossociais com base em evidências são:
1-
Treinamento de Manejo
pelos pais (TMP): treina os pais para interagir com a criança de
maneira que promovam o comportamento pró-social.
2-
Treinamento de
Habilidades Cognitivas em Solução de Problemas: desenvolve habilidades para
enfrentar conflitos interpessoais, reordenando as expectativas cognitivas e
treinando soluções adaptativas.
3-
Terapia
Multissistêmica: enfoca o funcionamento do sistema da família e o
comportamento da criança no contexto de sistemas múltiplos (família, escola,
grupo de colegas, etc.).
4-
Treinamento de Manejo
com a Raiva: auxilia a criança a desenvolver métodos mais adaptativos para lidar com
sentimento de raiva.
5-
Terapia Familiar
Funcional: enfoca o auxílio à família para melhorar o estilo de interações e os comportamentos
funcionais.
A intervenção precoce e o auxílio as famílias
na aquisição de métodos mais adaptativos nos relacionamentos melhoram o
prognóstico. A respeito desse assunto Waidman (1998), explica que, pela
perspectiva biopsicossocial, a família deve ser considerada como uma unidade
funcional, na qual o impacto de uma enfermidade repercutirá em cada membro e em
todos os relacionamentos familiares.
Quanto mais jovem o paciente e menos grave os
sintomas, maior a probabilidade do indivíduo se beneficiar de uma psicoterapia.
Quando se trata de adolescente que já cometeu delitos, observa-se maior
resistência à psicoterapia, podendo ser útil o envolvimento com profissionais
especializados no manejo de jovens anti-sociais através de oficinas de artes,
músicas e Desportos. Nessas oficinas, o adolescente tem a oportunidade de
estabelecer vinculo afectivo com profissionais responsáveis pelas actividades,
tomando-os como modelos, além de perceber-se capaz de criar, o que favorece o
desenvolvimento da auto-estima. Sempre que possível, a família dos pacientes
deve ser incluída no processo terapêutico.
Outro passo importante é reavaliar o ambiente
escolar da criança, se a metodologia de ensino é voltada para a resolução de
conflitos em sala, se há inspecção nos pátios, pois as maiorias das situações
agravantes e perigosas entre crianças e adolescentes acontecem fora da sala de
aula. O ideal é uma escola com esse olhar, com mais profissionais
especializados na problemática real da existência de crianças que já trazem
problemas comportamentais, não podendo a escola incentivar e sim inibir a piora
desse quadro.
O
tratamento com psico-fármacos faz-se necessário em algumas situações nas quais
os sintomas alvos (por exemplo, ideias paranóicas associadas à agressividade,
convulsões) ou outros transtornos psiquiátricos (por exemplo, TDAH, depressão)
estão presentes. Recomenda-se cautela no uso de eurocépticos para o tratamento
da agressividade, pois os riscos podem superar os benefícios.A hospitalização
está indicada em casos de risco iminentes para o paciente (por exemplo,
suicídio, auto-agressão) ou para os demais (por exemplo, homicídios). Sempre
que possível optar por intervenções menos restritivas (por exemplo, hospital-dia).
2.2.1- Prognóstico
O prognóstico do todo e do TC é bastante
variável. Muitas pessoas com TC continuam a demonstrar algumas dificuldades
flutuantes em aspectos comportamentais no seguimento (follow-up) de sete anos.
Cerca de um terço dos indivíduos com TC desenvolve transtorno da personalidade
anti-social.Começo tardio (após os 15 anos), sexo feminino, QI alto, boas
habilidades sociais, família melhor estruturada, boa relação com colegas na
escola, não usar drogas, paciente mais jovem, cultura pacifista, boas condições
financeiras e histórico familiar sem transtornos de personalidade estão
associados a um melhor prognóstico.
Entre 60 – 75% dos adolescentes com
transtornos de conduta não se tornam anti-sociais\psicopatas\sóciopatas. A
maioria nunca chega a ser condenada por algum crime e se tornam cidadãos
produtivos desde que possuam apoio social suficiente. Desse modo, a prevenção e
o tratamento precoce costumam ter mais sucesso na melhora do prognóstico.
Apesar do alto risco de outros transtornos psiquiátricos, de ir a cadeia e de
comprometimento do desempenho ocupacional, muitas crianças com TC atingem um
ajustamento adulto favorável. Comportamentos anti-sociais são frequentes
observados no período da adolescência como sintomas isolados e transitórios.
Porém, estes podem surgir precocemente na infância e persistir ao longo da
vida, constituindo quadros psiquiátricos de difícil tratamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Hiperactividade Infantil é actualmente a
“desordem mental” mais diagnosticada em crianças, estimando-se que 5 a 10% de
todas as crianças sejam Hiperactivas.
A criança hiperactiva mostra um nível de
actividade bem maior que outras crianças da mesma idade. Como resultado, passa
a incomodar bastante as pessoas ao redor. Além disso, acaba tendo dificuldade
em fazer coisas importantes como: comer e dormir tranquila. Ou atender o que a
professora solicita na escola. Até mesmo
brincar com os coleguinhas ou assistir TV, coisas essenciais na infância, podem
ser prejudicadas pelo excesso de agitação.
As estatísticas indicam que cerca de 40% das
crianças diagnosticadas deixam de ter sintomas durante a adolescência ou seja o
cérebro, com a ajuda de factores ambientais, “encontra o caminho” para o normal
desenvolvimento. O que significa que os outros 60% vão continuar a ter os
sintomas da Hiperactividade durante a vida adulta. A maior parte dos adultos
Hiperactivos não sabem que a têm porque sempre se pensou que a Hiperactividade
desaparecia durante a adolescência.
REFÊNCIAS
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