INTRODUÇÃO
Neste
trabalho abordarei sobre O transtorno de personalidade esquizóide e síndrome
relativo ao sono, por o transtorno de personalidade esquizóide é definido como
um transtorno de personalidade primariamente caracterizado por falta de
interesse em relações sociais, tendência ao isolamento e à introspecção, e
frieza emocional, e simultaneamente por uma rica e elaborada actividade
imaginária interior.
OBJECTIVO
GERAL
·
No presente trabalho abordarei sobre o transtorno de
personalidade esquizóide.
OBJECTIVO
ESPECIFICO
·
Entender o que é o transtorno de personalidade
esquizóide;
·
Conhecer as suas causas;
·
Entender o que é a síndrome relativo ao sono.
O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
ESQUIZOIDE
O Transtorno de Personalidade Esquizoide
(TPE) é um transtorno de personalidade
caracterizado por falta de interesse em relações sociais, tendência a um estilo
de vida solitário, frieza emocional e apatia. Indivíduos afetados podem
simultaneamente demonstrar uma elaborada e exclusivamente interna atividade imaginária
ou demonstrarem uma criatividade
significativa.
Embora
os termos sejam parecidos, o TPE não é o mesmo que esquizofrenia,
apesar de a prevalência do transtorno ser maior em famílias com casos de esquizofrenia,
e de ambos terem características em comum, como distanciamento e embotamento afetivo.
O transtorno de personalidade
esquizoide carateriza-se pela indiferença e pelo isolamento
social. Este transtorno é mais predominante nas pessoas que têm antecedentes
familiares de esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizoide. Como
todos os transtornos de personalidade, tem o seu início na idade adulta e
costuma dar-se em diversos contextos socioculturais. No transtorno de personalidade esquizoide, há uma
predominância pelas atividades solitárias e a introspeção. Costuma dar-se com
maior frequência em homens do que em mulheres, embora costume ser um transtorno
comum. De seguida, apresentamos-lhe como identificar um transtorno de
personalidade esquizoide.
O
termo “esquizóide” foi criado por Eugen Bleuer, no início do século XX, para
definir uma tendência da pessoa para dirigir a sua atenção para o mundo
interior, fechando-se ao exterior.
A
característica central que define esta perturbação da personalidade é o padrão
evasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma diminuta expressão
emocional em termos interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta
e apresenta-se em diversos contextos.
Os
indivíduos com esta perturbação parecem não ter um desejo de intimidade,
preferindo passar o tempo sozinhos em detrimento de estar com outras pessoas
(mesmo no contexto familiar). As atividade escolhidas são predominantemente
solitárias. Mesmo quando se tratam de momentos com outras pessoas, a interacção
é diminuta.
Deste
modo, identifica-se uma preferência por tarefas mecânicas ou abstratas, assim
como uma satisfação reduzida em experiências sensoriais.
A
pessoa com Perturbação da Personalidade Esquizóide parece, igualmente,
indiferente às críticas ou elogios. Pode parecer lento e letárgico, com um
discurso monocórdio, tendo tendencialmente um humor negativo.
Esta
perturbação da personalidade pode aparecer pela primeira vez na infância ou
adolescência sob a forma de solidão, fraco relacionamento com os pares e baixo
rendimento escolar, podendo criar situações em que estas crianças e
adolescentes sejam vistas como diferentes e como alvos de bullying.
A
Perturbação da Personalidade Esquizóide é diagnosticada com uma frequência
levemente superior em sujeitos do sexo masculino. Pode, ainda, ter uma
prevalência maior entre os parentes de indivíduos com Esquizofrenia ou
Perturbação da Personalidade Esquizotípica.
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
Um padrão de
distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional
em contextos interpessoais, que começa no início da idade adulta e está
presente numa variedade de contextos, indicado pelo menos por quatro dos
seguintes critérios:
- Não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos,
incluindo fazer parte de uma família
- Quase sempre opta por actividades solitárias
- Manifesta pouco, se algum, interesse em ter
experiências sexuais com outra pessoa
- Tem prazer em poucas actividades, ou em nenhuma
- Não tem amigos íntimos ou confidentes, sem ser
parentes em primeiro grau
- Mostra-se indiferente a elogios ou críticas dos
outros
- demonstra frieza emocional, distanciamento ou
afectividade embotada.
Não ocorre exclusivamente durante o curso de
Esquizofrenia, Perturbação do Humor Com Aspectos Psicóticos, outra Perturbação
Psicótica ou um Perturbação Invasiva do Desenvolvimento, nem é decorrente dos
efeitos fisiológicos directos de uma condição médica geral.
SOLUÇÕES PSICOTERAPÊUTICAS
Como a
psicoterapia tem uma forte natureza interpessoal, as pessoas com perturbação da
personalidade esquizóide terão algumas dificuldades em se “encaixar” na
colaboração e relação terapêutica.
A
psicoterapia trará sentimentos ambíguos, havendo o receio por parte do cliente
que a mesma o faça descobrir mais falhas na sua personalidade e aumentar o seu
sentido de ser desadequado.
Será,
igualmente, difícil definir objectivos terapêuticos de mudança e colaboração.
Com
validação por parte do terapeuta, será importante o foco da atenção na
idiossincrasia do problema, isto é, naquilo que preocupa o cliente num
determinado tema. Será relevante clarificá-lo, evitando o desfasamento com as
expectativas do terapeuta.
Será difícil
para o terapeuta, por exemplo, aceitar objectivos terapêuticos que não incluam
integração social e que não vão de encontro com estas crenças.
Por exemplo,
quanto à temática de “não ter amigos”, o terapeuta poderá considerar que seria
importante para o cliente ter um amigo ou dois, quando para este o importante,
neste tema, poderia ser que a família não estivesse sempre a dizer-lhe que
deveria ter amigos.
Trabalhar com clientes cujas
crenças e percepções contrastam significativamente com o terapeuta poderá
trazer dificuldades. O cliente poderá ter crenças como: “as pessoas são
cruéis”; “as pessoas são frias”; “as pessoas apenas deverão falar se houver
alguma coisa para falar”.
Do ponto de
vista terapêutico, as sugestões definem-se no sentido do estabelecimento de uma
relação de confiança fortalecida, de forma centrada no cliente.
Com a
intervenção psicoterapêutica pretende-se ir “derretendo a máscara de gelo”, num
movimento de mudança e segurança, com gradual expressão de necessidades e
emoções.
CAUSAS
A maioria das
pessoas com essa doença tem algum parente com esquizofrenia, transtorno de
personalidade esquizoide ou transtorno esquizotípico. Fatores ambientais podem
ocasionar a doença e parecem ter maior impacto durante a infância. Sofrer abuso
ou negligência quando criança pode contribuir para o aparecimento da doença.
Pais emocionalmente ausentes também podem ser um fator contribuinte. Esse
transtorno é mais comum em homens.
SINTOMAS
Normalmente, o
transtorno é diagnosticado no início da idade adulta. Os sintomas incluem:
- Estar ausente
- Preferir ficar só
- Evitar situações sociais
- Não desejar relacionamentos
- Parecer desinteressado ou indiferente
- Incapacidade de se divertir com atividades
- Problemas para se relacionar
- Falta de motivação
EXAMES
O médico
começa com o exame físico completo, na busca de problemas físicos que possam
estar causando os sintomas. O médico pode encaminhar o paciente para um
profissional de saúde mental.
O profissional
de saúde mental realizará a avaliação psiquiátrica. Isso pode envolver o
preenchimento de questionários sobre os sintomas e pensamentos da pessoa.
Também será feita uma entrevista com um profissional de saúde mental, que fará
perguntas sobre infância, relacionamentos e histórico de trabalho. O
profissional de saúde mental usa as respostas de todos os testes do paciente
para dar um diagnóstico. Pode também criar um plano de tratamento.
TRATAMENTO
Muitas pessoas
optam por não procurar tratamento, porque ele inclui interagir com os outros.
No entanto, o tratamento pode ser bem-sucedido quando a pessoa o aceita. A
terapia cognitivo-comportamental visa mudar o comportamento. Pode ter êxito ao
tratar esse problema, porque a pessoa aprende como agir em situações sociais.
Isso pode reduzir a ansiedade e a relutância em buscar relacionamentos sociais.
A terapia de grupo é outra opção e pode ajudar a praticar as habilidades
sociais. Ajuda a pessoa a ficar mais à vontade em situações sociais.
Normalmente,
não se utiliza medicação, a menos que outros métodos de tratamento não
funcionem. A bupropiona pode ser usada para aumentar a sensação de prazer. As
medicações antipsicóticas podem ser utilizadas para tratar os sentimentos de
indiferença. Esses medicamentos também incentivam a interação social.
SÍNDROME RELATIVO
AO SONO
É uma doença (síndrome) crônica,
evolutiva, com alta taxa de morbidade e mortalidade, apresentando um conjunto
sintomático múltiplo que vai desde o ronco até a sonolência excessiva diurna,
com repercussões gerais hemodinâmicas, neurológicas e comportamentais.
É uma situação complexa que muitas
vezes requer uma inter-relação de várias áreas médicas, tanto no diagnóstico
quanto no tratamento.
O fator determinante da SAOS está
localizado nas vias aéreas superiores (VAS), especialmente na faringe. O
colapso de suas paredes durante o sono pode restringir, em parte, o fluxo
aéreo, produzindo vibrações de baixa frequência, constituindo o ronco. O ronco
não pode mais ser avaliado simplesmente pelo seu aspecto social e deve ser
considerado um problema médico, pois pode preceder a SAOS em mais de 90% dos
casos.
Frequentemente, as pessoas com essa desordem relatam que não
conseguem dormir até de manhã, mas adormecem por volta da mesma hora todas os
dias. A menos que tenham outro transtorno correlacionado, como apneia do sono ou transtorno bipolar,
os pacientes conseguem dormir bem e têm uma necessidade normal de sono. Os
principais problemas causados pelo ciclo atrasado são escolares, profissionais,
familiares e sociais. Quando lhes é permitido seguir os seus próprios horários
eles dormem profundamente de 6 a 9 horas, despertam espontaneamente e não
experimentam sonolência excessiva. Caso contrário pode ser classificado como hipersonia (sono excessivo), insônia ou pelo transtorno causador.
DIFICULDADE PARA ADORMECER
OU PERMANECER DORMINDO
A
insônia inclui qualquer combinação de dificuldade para adormecer, para
permanecer dormindo, falta de sono intermitente e despertar nas primeiras horas
da manhã. Os episódios podem aparecer e desaparecer (transitório), durar até
duas ou três semanas (curto prazo) ou ter longa duração (crônico). Fatores comuns associados à insônia:
- Doença física
- Depressão
- Ansiedade ou estresse
- Ambiente
insatisfatório para o sono (p. ex.: com barulho ou luz excessiva)
- Cafeína
- Álcool ou outras drogas
- Uso de
determinados medicamentos
- Fumo em excesso
- Desconforto
físico
- Cochilos durante
o dia
- Deitar-se cedo
- Passar muito
tempo acordado na cama.
- Insônia psicofisiológica, uma condição em
que o estresse causado pela insônia dificulta ainda mais o adormecer
- Síndrome do
atraso da fase do sono: seu relógio interno está constantemente fora de
sincronia com as fases de dia e noite "aceitas"
- Distúrbio do
sono com dependência de hipnóticos: insônia que ocorre quando você para de
tomar ou desenvolve tolerância a determinados tipos de medicamentos para
dormir
- Distúrbio do
sono com dependência de estimulantes: insônia que ocorre quando você para
de tomar ou desenvolve dependência a determinados tipos de estimulantes.
DIFICULDADE PARA PERMANECER
ACORDADO
Os
distúrbios de sonolência excessiva são chamados de
hipersônia. São eles:
- Hipersônia
idiopática (sonolência excessiva que ocorre sem uma causa identificável)
- Narcolepsia
- Apneia do sono
central e obstrutiva
- Distúrbio do
movimento periódico dos membros
- Síndrome das
pernas inquietas.
PROBLEMAS PARA CONSEGUIR
MANTER UMA ROTINA REGULAR DE SONO
Os
problemas também podem ocorrer quando você não mantém uma rotina de sono e
despertar consistentes. Isso ocorre durante viagens entre diferentes
fuso-horários e com pessoas que trabalham por turnos em escalas alternadas,
principalmente quem trabalha à noite. Distúrbios de interrupção do sono:
- Distúrbios da
transição sonovigília
- Síndrome do Jet
lag
- Pessoa que dorme
pouco naturalmente (a pessoa dorme menos horas do que o normal, mas não
apresenta sinais de doença)
- Insônia
paradoxal (na verdade, a pessoa dorme um número de horas diferente do que
ela imagina)
- Distúrbio do
trabalho em turnos.
COMPORTAMENTOS QUE PERTURBAM
O SONO
Os
comportamentos anormais durante o sono são chamados de parassônia e são muito
comuns em crianças. São eles:
- Terrores
noturnos
- Sonambulismo
- Distúrbio
comportamental do sono REM (um tipo de psicose na qual a pessoa
"representa" seus sonhos de uma forma tão violenta que ela pode
machucar a pessoa que dorme ao seu lado).
CONCLUSÃO
O Transtorno de Personalidade Esquizoide
é um transtorno de personalidade caracterizado
por falta de interesse em relações sociais, tendência a um estilo de vida
solitário, frieza emocional e apatia.
Em
suma conclui-se que a sindrome, relacionado ao sono consistem nas dificuldades
relacionadas ao sono. O sono tem quatro fases, e cada uma delas é responsável
por uma atividade diferente. Dificuldades em qualquer uma das fases do sono
pode trazer prejuízos a curto e longo prazo.
BIBLIOGRFIA
THORPY MJ,
Korman E, Spielman AJ, Glovinsky PB (1988). «Delayed sleep phase syndrome in
adolescents». J Adolesc Health Care. 9
(1): 22–7.
WHEN the
body clock goes wrong: delayed sleep phase syndrome». Lancet. 340 (8824): 884–5. 1992.
BOIVIN DB, James FO, Santo JB, Caliyurt O, Chalk C
(2003). «Non-24-hour sleep-wake syndrome
following a car accident». Neurology. 60 (11):
1841–3.
Enviar um comentário