HOMEM PRODUTO E PRODUTOR DA CULTURA

HOMEM PRODUTO E PRODUTOR DA CULTURA

 

 

GRUPO Nº V

 

 

O DOCENTE

__________________________

AMÉRICO SILVA

 

 

 

BENGO

2021

 

INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DO BENGO

 

 

 

 

 

HOMEM PRODUTO E PRODUTOR DA CULTURA

 

 

GRUPO Nº V

TUMA: ER10A

CLASSE: 10ª

TURNO: MANHÃ

DISCIPLINA: F.A.I 

 

O DOCENTE

__________________________

AMÉRICO SILVA

 

 

 

 

 

BENGO

2021

 

 

ISTA DOS INTEGRANTES DO GRUPO Nº V

 

 

NOME COMPLETO

CLASSIFICAÇÃO

1.       

Milton José

 

2.       

Narciso Piedade

 

3.       

Milton Tomás

 

4.       

Pedro Muginga          

 

5.       

Pedro Major

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÍNDICE

 

1. INTRODUÇÃO.. 1

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 2

2.1- O Homem como Produto e Produtor da Cultura. 2

2.2- O homem é produto e produtor da Cultura. 3

2.3- A rejeição é o pior dos infernos. 4

2. CONCLUSÃO.. 5

3. REFERÊNCIAS. 6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


1. INTRODUÇÃO

O ser humano não se resume só às suas caraterísticas biológicas, como também ao contexto social/cultural em que este está inserido. Posto isto, não podemos afirmar que o homem é apenas um ser biológico, mas sim um ser bio cultural.

De longa data, é o homem considerado como um ser à parte, qualitativamente diferente dos animais. A acumulação de conhecimentos biológicos concretos permitiu a Darwin elaborar a sua célebre teoria da evolução, segundo a qual o homem é o produto da evolução gradual do mundo animal e tem uma origem animal. Depois, a anatomia comparada, a paleontologia, a embriologia e a antropologia forneceram imensas provas novas desta teoria. Todavia a ideia de que o homem se distingue radicalmente das espécies animais, mesmo as mais desenvolvidas, continuou a ser firmemente sustentada. Quanto a saber onde é que os diversos autores viam esta diferença e como a explicavam, isso, é outra história. 

Não é necessário determo-nos em todas as considerações emitidas neste domínio. Não concederemos qualquer atenção às que partem da ideia de uma origem espiritual, divina do homem, que constituiria a sua essência particular: admitir uma tal teoria é colocarmo-nos fora da ciência. O essencial das discussões científicas incidiu antes sobre o papel dos caracteres e das dificuldades biológicas inatas do homem. Uma grosseira exageração do seu papel serviu de fundamento teórico às teses pseudobiologias mais reacionárias e mais racistas.   A orientação oposta, desenvolvida pela ciência progressista, parte, pelo contrário, da ideia de que o homem é um ser de natureza social, que tudo o que tem de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade. 

A cultura, ao contrário do que acontece com as caraterísticas biológicas, não nasce connosco, é adquirida. Podemos definir cultura como sendo tudo aquilo que o Homem acrescenta á natureza, tais como objetos, crenças, teorias, artes.

 

 

 

 

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No século passado, pouco após o aparecimento do livro de Darwin, A Origem das espécies, Engels, sustentando a ideia de uma origem animal do homem, mostrada ao mesmo tempo que o homem é profundamente distinto dos seus antepassados animais e que a hominização resultou da passagem à vida numa sociedade organizada na base do trabalho; que esta passagem modificou a sua natureza e marcou o início de um desenvolvimento que, diferentemente do desenvolvimento dos animais, estava e está submetido não às leis biológicas, mas as leis socio-históricas. 

Assim se desenvolvia o homem, tornado sujeito do processo social de trabalho, sob a acção de duas espécies de leis: em primeiro lugar, as leis biológicas, em virtude das quais os seus órgãos se adaptaram às condições e às necessidades da produção; em segundo lugar, às leis sócio - históricas que regiam o desenvolvimento da própria produção e os fenômenos que ela engendra. 

2.1- O Homem como Produto e Produtor da Cultura

Pretende-se, neste artigo de reflexão, identificar os pressupostos que supõe uma concepção de que no âmbito de valores, normas e atitudes descrevermos ou provar como o homem é produto e produtor da cultura. De uma forma muito geral podemos definir a cultura como tudo o que é produzido pelo homem enquanto ser social. Em primeiro lugar, a cultura é aprendida. É aprendida, porque existe graças a um processo de transmissão de geração em geração e não existe independentemente dos indivíduos e dos grupos sociais que compõem as sociedades humanas.

A aprendizagem da cultura começa a partir do nascimento, e dá-se essencialmente por imitação dos outros. A esse processo chamamos enculturação e uma das principais vertentes da socialização. É pelo processo de socialização / enculturação que se dá a reprodução social que é um complemento indispensável da reprodução biológica. A cultura também é simbólica, pois todas as culturas possuem símbolos que são compreendidos de modo semelhante por todas as pessoas que as integram. É uma forma de comunicação, é uma rede de sentidos que torna possíveis as relações pessoais. Tudo nas culturas é de carácter simbólico. A base de cada cultura é a língua partilhada pelos membros de cada comunidade.

A cultura também domina a natureza, pois sobrepõe-se ao que há de biológico em nós. Cada necessidade biológica é expressa e saciada de forma diferente, consoante a cultura. Por exemplo, a necessidade de alimento é comum a todos os seres humanos, mas que é satisfeita é de modo diferente (difere no tipo de comida, no modo como se toma a refeição, as horas). Por isso se diz que a cultura é como uma segunda natureza para o ser humano. A cultura mostra-se como geral e específica ao mesmo tempo, visto que todos os homens, em qualquer sociedade, têm uma determinada cultura (não há ninguém que não tenha cultura, nasça ou exista sem ela), mas também porque as culturas são diferentes, têm características próprias, que a individualizam.

Também é dito que a cultura abarca o todo. É simples; a cultura está presente em todos os aspectos da vida humana (sociais, organização do tempo e do espaço, biológicos); ou seja, a cultura está presente em tudo na nossa vida e nada está fora da cultura, pois existem conhecimentos, normas, regras, padrões de comportamento em todas as actividades humanas.  Outro aspecto da cultura, é o facto de esta ser partilhada, porque não é propriedade de um indivíduo, é de todas as pessoas de uma sociedade, a sociedade e a cultura são inseparáveis, elas são a forma de viver do ser humano.

2.2- O homem é produto e produtor da Cultura

A cultura é obra humana, é o resultado da acção humana sobre o mundo (sobre o próprio homem). O ser humano é capaz de conhecer a realidade em que vive, o que significa que o ser humano é sujeito de conhecimento: consegue representar mentalmente a realidade e, a partir daí, pode interrogar-se sobre o porquê das coisas e das ações dos homens.  Com base no conhecimento acerca de si e do mundo em que vive, o ser humano pode valorar aquilo de que tem conhecimento, a partir de padrões de escolha e de avaliação que tornam a realidade capaz de ser transformada pela ação humana. Com base nos juízos de valor que faz sobre o mundo, o ser humano pode agir procurando alcançar metas individuais e/ou coletivas.

Devemos sublinhar que este processo é sempre ativo do ponto de vista do homem. Para se apropriar dos objetos ou dos fenômenos que são o produto do desenvolvimento histórico, é necessário desenvolver em relação a eles uma atividade que reproduza, pela sua forma, os traços essenciais da actividade encarnada, acumulada no objecto.   Esclareçamos esta ideia com a ajuda de um exemplo simples: a aquisição do instrumento.  O instrumento é o produto da cultura material que leva em si, da maneira mais evidente e mais material, os traços característicos da criação humana. Não é apenas um objeto de uma forma determinada, possuindo dadas propriedades. O instrumento é ao mesmo tempo um objeto social no qual estão incorporadas e fixadas as operações de trabalho historicamente elaboradas. 

2.3- A rejeição é o pior dos infernos

Isto porque o ser humano é o principal produto cultural da sociedade em que nasce e se desenvolve. Sem a socialização seríamos como o menino selvagem quando foi capturado: animais muito limitados sem quaisquer características humanas. Nós somos o resultado da educação que recebemos, acrescido das nossas escolhas pessoais. Somos, no fundo, um produto da ação cultural dos que nos educaram. Mas também somos produtores de cultura, porque comunicamos, pensamos, valoramos e agimos, alterando, de forma variável, o mundo em que vivemos, ou seja a cultura da sociedade a que pertencemos. Há seres humanos que conseguem ter um grande impacto na cultura da sua sociedade, como os artistas, os cientistas, os criadores de obras culturais de relevo. Mas cada ser humano deixa uma marca no mundo dos homens, por mais pequena que seja.

Valores e coesão social, a base da cultura -São concepções gerais do “Bem” -São referências para os indivíduos. Existem valores gerais que são comuns a todos os povos (justiça, beleza). São relativos pois cada grupo social tem uma interpretação diferente dos valores gerais. Originam modelos de comportamento que se transformarão, por sua vez, em normas, que orientarão as condutas sociais ou as relações existentes na vida dos povos Processos de socialização por aprendizagem por imitação por identificação aprende-se por tentativas, erros e repetições repete-se mecanicamente os comportamentos observados assume-se como nossos os comportamentos de indivíduos com os quais nos identificamos.

Falando do papel da aquisição da cultura no desenvolvimento do homem, o autor de uma obra recente consagrada a este problema nota muito justamente que se o animal se contenta com o desenvolvimento da sua natureza, o homem constrói a sua natureza.   Mas como é que este processo é possível no plano fisiológico e como se processa? Trata- se de uma questão muito difícil.

A divisão social do trabalho transforma o produto do trabalho num objeto destinado à troca, o que modifica radicalmente o lucro do produtor no produto que ele fabrica. Se este último continua a ser, evidentemente, o resultado da atividade do homem, não é menos verdade que o caráter concreto desta atividade se apaga nele: o produto toma um caráter totalmente impessoal e começa a sua vida própria, independente do homem, a sua vida de mercadoria. 

2. CONCLUSÃO

 

A cultura tem grande influência na forma como se comporta, pensa e sente o ser humano no seu dia-a-dia. Apesar da cultura não ser inata, desde muito cedo influencia o ser humano: “A partir do primeiro momento do nascimento, um bebé começa a sentir impacto da cultura: na maneira como vem ao mundo; na maneira como o cordão umbilical é cortado e amarrado; na forma como é lavado e segurado e na maneira como é enfaixado ou vestido.” Deste o modo, o Homem é produto da cultura pois, desde que nasceu, sofreu um processo de socialização em que interiorizou elementos relativos á sua cultura, como o vestuário, comida, dança, música (padrões sociais), e por este motivo, todos os seus comportamentos e relações serão influenciados.

Para além de produto, o ser humano é também produtor de cultura. Isto acontece pois tudo o que é cultura, ou seja, tudo o que foi acrescentado à natureza foi produzido pelo Homem, o que mostra que a cultura está suscetível de sofrer transformação/evolução.

Em suma, nós somos o produto da nossa cultura, pois esta influencia-nos desde sempre o modo como nos comportamos e somos os produtores desta mesma, pois o mundo não para e está em constante mudança/ evolução, de tal modo que a cultura também sofre alterações, pois é o ser humano que cria a cultura.

                                                                                                            

 

 

 

 

 

 

 

 

3. REFERÊNCIAS

 

·         CHAUÍ, Marilena. A cultura. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000, p. 367-378.

·         MARTINS, Maria Helena Pires; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. O que é cultura. Temas de filosofia. 3. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p. 20-25.

·         ______. O que é "natureza humana". Temas de filosofia. 3. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p. 28-32.

·         Viva Cultura Viva - O que é cultura? Vídeo (4min58s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Lho_2OjFITk. 2014.

·         LEONTIEV, Alexis. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa:  Horizonte, 1978.   Página: 261-284 

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