CLASSES DOS ADJECTIVOS

 


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

________________________________________________________________

Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE CONTABILIDADE

 

 

 

 

 

 

CLASSES DOS ADJECTIVOS

 

 

 

 

O DOCENTE

__________________

                                                                                       PEDRO D. MENEZES

 

 

 

 

 

 

CAXITO -MARÇO

2022/2023






INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

________________________________________________________________

Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE CONTABILIDADE

 

 

 

 

CLASSES DOS ADJECTIVOS

 

 

Trabalho apresentado ao Professor: Pedro Domingos Menezes no curso de Contabilidade, como requisito parcial para avaliação na cadeira de: Língua Portuguesa.

 

                                                                  

 

 

GRUPO Nº

ANO

SALA: ÚNICA

PERÍODO: PÓS-LABORAL

 

 

 

 

 

 

CAXITO - MARÇO

2022/2023










 

1. INTRODUÇÃO

 

Como veremos, há várias definições para a classe dos adjetivos. Neste trabalho, três definições serão expostas. No entanto, é importante salientar que há muitas outras, uma vez que a classe do adjetivo é muito rica e são muitos os que a estudam.

No trabalho em questão, a nossa preocupação será apenas a de expor diferentes definições desta classe de palavra: mostrar a visão de autores diversos, sem a preocupação de eleger uma teoria ou questionar as que serão apresentadas.

Nosso intuito é o de situar o leitor sobre o que vem a ser o adjetivo, uma vez que o objetivo primário deste trabalho é uma das flexões que esta classe de palavra apresenta.

Portanto, ao falarmos sobre a flexão de grau do adjetivo, determo-nos ao grau superlativo absoluto sintético, mostrando que o poeta Augusto dos Anjos o utiliza com frequência e discutindo o papel que o superlativo absoluto sintético desempenha na obra do autor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.1. Objectivos

1.1.2. Geral

·         O objectivo geral para o presente trabalho é descrever as classes dos adjectivos.

1.1.3. Específicos

·         Analisar o uso das classes dos adjectivos;

·         Conceituar os adjectivos segundos alguns autores;

·         Identificar os grupos dos adjectivos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

2.1. Definição

De acordo com ANJOS, (1998,p.56), adjetivo é uma palavra variável em número, género e grau e é, geralmente, um modificador do nome. Os adjetivos têm diferentes valores conforme a posição que ocupa em relação ao nome que modificam.

    Valor restritivo - o adjectivo colocado à direita do nome ou expressão nominal adquire um sentido especificador (ou restritivo) no contexto frásico.

Um computador portátil...

Uma mulher linda...

    Valor não restritivo - o adjectivo aparece colocado à esquerda do nome ou expressão nominal. O Sentido do grupo nominal que modifica permanece. Expressa, frequentemente, uma qualidade mais subjetiva.

Exemplo Uma linda mulher...

O adjectivo precedido de um determinante funciona como um nome ou caracteriza um nome que não está expresso: os novos, os velhos, os solteiros, os casados, os verdes...

·         O Jovem foi muito educado.

·         Chegou um amigo.

·         Este verde é delicioso!

·         De todos estes carros prefiro o azul.

2.2. Flexão adjetival

A classe do adjetivo flexiona-se em gênero, número e grau.

Quanto ao gênero, entende-se a flexão do adjetivo no gênero masculino ou feminino. Por exemplo: jovem belo (masculino), jovem bela (feminino).

A flexão de número corresponde ao singular ou plural: jovem belo (singular), jovens belos (plural).

De acordo com Mattoso Câmara, os adjetivos se submetem aos graus comparativo e superlativo, sempre mediante processos derivacionais ou expedientes de natureza sintática. Segundo ele, o comparativo pode ser de igualdade, superioridade, ou inferioridade, sem haver flexão. Por exemplo: Pedro é tão alto quanto João. Neste caso, há apenas a colocação de um advérbio de intensidade antes do adjetivo. Não existe a flexão, e sim, o uso de um recurso sintático.

Para Mattoso, na frase “Pedro é altíssimo”, há o uso do superlativo, que faz-se pelo emprego do sufixo -íssimo, com o objetivo de intensificar a altura de Pedro.

Roberto Melo Mesquita também defende que o comparativo pode ser de igualdade, superioridade ou inferioridade, assim exemplificando: comparativo de superioridade: seu livro é mais interessante do que meu. Comparativo de igualdade: seu livro é tão interessante quanto o meu. Comparativo de inferioridade: seu livro é menos interessante do que o meu.

Quanto ao superlativo Roberto Melo Mesquita, assim o define: “o grau mais intenso da caracterização dada ao substantivo” (1990, p. 191).

Assim sendo, classifica-se em absoluto e relativo. O grau absoluto considera a característica sem compará-la. Subdivide-se em analítico e sintético. No grau absoluto analítico, o adjetivo é modificado por um advérbio, como por exemplo: sou muito feliz. No grau absoluto sintético, o adjetivo é acrescido de um sufixo, como por exemplo: Este carro é belíssimo.

O grau relativo considera a qualidade em relação à de outro ser, apresentando-se sempre na forma analítica. Analogamente ao que acontece com o comparativo, o grau relativo pode ser de superioridade ou inferioridade. O grau relativo de superioridade exprime o grau superior mais intenso, assim como o de inferioridade exprime o grau inferior mais intenso. Seguem-se os respectivos exemplos:

·         Ela era a mais estudiosa da turma;

·         Ela era a menos estudiosa da turma.

Os adjetivos podem flexionar-se em número, género e grau.

Exemplos:

·         Os gatos pretos não me dão azar. (o adjetivo está no número plural)

·         Aquelas casas são lindas. (O adjetivo está no género feminino).

·         O mosteiro é altíssimo. (o adjetivo está no grau superlativo absoluto sintético).

Número

O adjetivo assume o número singular ou plural de acordo com nome que determina.

Exemplo.

Singular

Plural

Dia quente

Tarde chuvosa

Dias quentes

Tardes chuvosas

 

Para a formação do plural, os adjetivo seguem as mesmas regras do nome.

Exemplos

Explicação:

Singular

Plural

 

Luso-francês

Afro-asiático

Luso-Franceses

Afro-asiáticos

Nos adjetivos compostos, flexiona-se no último elemento.

Azul-marinho

Verde-alface

Surdo-mudo

Azuis-marinhos

Verde-alface

Surdos-mudos

Nos adjetivos compostos que designam cores, podem flexionar-se ambas as formas, exceto quando o segundo elemento é um nome, em que ambos não se flexionam, no adjetivo surdo-mudo flexionam-se ambas as formas.

 

2.3. Género

O adjetivo é uma palavra sem género real determinado, assumindo o género do nome a que se refere. Na maior a parte dos casos, o adjetivo possui duas formas de género. (MATOS, 2010, p. 191)

2.4. Biforme

O adjetivo biforme possui duas formas de género, designando o feminino ou o masculino. O processo de formação do feminino dos adjetivos é semelhante ao dos nomes. (MATOS, 2010, p. 191).

Exemplos:

Masculino

Feminino

Masculino

Feminino

Bom

Boa

Mau

Vaidoso

Vaidosa

Bonito

Bonita

Estudioso

Estudiosa

São

Português

Portuguesa

Charlatão

Charlatona

Maltês

Maltesa

Delator

Delatora

 

 

2.5. Uniforme

Os adjetivos uniformes têm uma forma única para os dois géneros.

Exemplos: Um homem forte… / Uma mulher forte...

2.6. Grau

O adjectivo, além da variação de género e da flexão de número, admite a variação de grau. São três os graus dos adjetivos — normal, comparativo e superlativo.

O grau normal atribui uma qualidade.

Exemplos:

·         Tiago e Sara são altos.

O grau comparativo mostra que um ser é superior, igual ou inferior a outro.

·         Pedro é mais alto do que o Jorge.

·         0 Tiago é tão alto como a Sara.

·         0 Tiago é menos alto que o Pedro.

O grau superlativo exprime a qualidade de um ser no grau mais elevado.

Andreia é a menos alta de todos. Pedro é o mais alto.

Pedro é altíssimo.

Pedro é muito alto.

Os graus dos adjetivos formam-se da maneira apresentada no esquema que se segue.

0 Diogo é magro.

Casos particulares de comparativo e superlativo

Alguns adjetivos apresentam formas particulares no comparativo e superlativo.

“Palavra que caracteriza os seres ou objectos nomeados pelo substantivo, indicando-lhes uma qualidade, caráter, modo de ser ou estado”.

Eis a definição que o dicionário Aurélio, atribui ao adjetivo. Conceituá-lo é, no entanto, uma tarefa que preocupa não apenas o lexicógrafo em questão, mas também outros estudiosos. Mesquita (1990, p.181).

Analogamente temos a definição de Roberto Melo Mesquita: “Palavra variável que modifica a compreensão do substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado, modo de ser ou aparência exterior”. (1990, p.181).

O linguista Joaquim Mattoso Câmara Jr, assim define a classe do adjetivo: “Pertence à classe dos adjetivos toda palavra que admita o sufixo adverbial -mente, do que resultam oposições formais entre adjetivo e advérbio”. Ele coloca como exceção a essa regra os numerais ordinais pertencentes à classe recentemente criada: primeiro/primeiramente. Há ainda o caso do advérbio propriamente, que deriva do adjetivo “próprio” e não do pronome.

Para Mattoso Câmara, os adjetivos recebem os seguintes sufixos: -issimo, -érrimo e -limo, com o sentido do advérbio muito.

Sob o aspecto mórfico, José Rebouças Macambira apresenta a mesma teoria de Mattoso Câmara, acrescentando a ela duas outras exceções: os pronomes indefinidos pouco e muito, que também recebem o sufixo -íssimo.

Ainda no âmbito das exceções, Mattoso Câmara, apresenta o caso do pronome demonstrativo “mesmíssimo”, que, na forma coloquial, não significa “muito mesmo”.

De acordo com o mesmo estudioso supracitado, os adjetivos podem ser precedidos dos advérbios tão ou quão, de acordo com o contexto. Mattoso, ainda coloca que alguns substantivos se deixam também proceder, comportando-se, então, como adjetivos. Exemplifica através das expressões “tão bom” e “quão bom”.

No que tange ao aspecto sintático, Mattoso destaca, dentre outros exemplos, a expressão “tão homem”, que corresponde a macheza, valentia. Nesse caso, homem é um adjetivo, que adquire outra carga semântica, diversa da que apresentaria se fosse um substantivo.

Por fim, José Rebouças Macambira, defende que a definição do adjetivo deve abranger os critérios morfológicos, sintático e semântico: “adjetivo é a palavra variável que serve para modificar o substantivo”.

3. ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO

Como pudemos perceber, o superlativo absoluto sintético é formado por meio de processo derivacional, pelo emprego do sufixo -íssimo. Este é um recurso que é utilizado para exprimir o grau máximo do adjetivo.

Se você, hipoteticamente, está tomando um sorvete e diz: “Este sorvete está gostoso!”, Passa ao ouvinte uma determinada impressão. Se diz: “Este sorvete está muito gostoso!”, a impressão transmitida é outra. Se, no entanto, disser: “Este sorvete está gostosíssimo!”. Seu interlocutor compreenderá facilmente a sua intenção: elevar ao grau máximo possível a característica presente no sorvete: o fato de ele estar extremamente gostoso.

Todos nós, falantes e conhecedores da língua usamos esses recursos no cotidiano. É óbvio que no dia-a-dia, durante as tantas interações verbais que realizamos, não paramos para pensar em toda essa estrutura gramatical que até agora estamos discutindo. Qualquer falante conhece e usa esses recursos, traz intrínseca essa noção de superlativo absoluto sintético, embora nem sempre (ou melhor na maioria das vezes), saiba nomeá-los.

É atentando-nos a essa força do superlativo absoluto sintético, que analisaremos poesia e sonetos de Augusto dos Anjos, logo após breve explanação acerca das características da obra do autor.

3.1. Classificações dos adjetivos

·         Adjetivos primitivos: são constituídos por um radical que não possui acréscimo de afixos (sufixo e/ou prefixo) derivacionais.

Exemplos: azul, forte, certo

·         Adjetivos derivados: são construídos a partir de outros radicais por meio do acréscimo de afixos derivacionais.

Exemplos: arroxeado, fortificado, amarelado, apavorado, desconfortável.

Como vimo mais acima, o adjetivo é uma palavra variável em número, género e grau e é, geralmente, um modificador do nome.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. CONCLUSÃO

 

Estudar gramática, nos submete a uma visão mais ampla sobre as inúmeras regras com que nos deparamos no dia-a-dia aos nos comunicarmos com as outras pessoas. Para a aplicação dessas regras é necessário cultivamos o ábito de leitura pela gramática, pós ela nos auxilia como falantes da Língua Portuguesa, estuda estudante universitário.

Estuda gramática deveria ser, como uma disciplina para melhor se estudar; Porquê nos ajuda como empregar melhor as palavras, assim como também os artigos, os verbos, os adjetivos, os pronomes e outros.

Falar bem o Português, não significa finar, envolver conhecer melhor as regras gramaticais, e coloca-las em práticas.

De acordo com a nossa percepção, podemos concluir que, fazem parte das classes dos adjectivos as palavras com o sufixo adverbias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

·         ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. São Paulo: Infe, 1998.

·         MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura morfo-sintática do português. 6ª ed. São Paulo: Pioneira, 1990.

·         MATTOSO, Joaquim Câmara Jr. Estrutura da língua portuguesa. 8ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1977.

·         MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da língua portuguesa. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

·         MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e padrões para Teses, Dissertações e Monografias. 2ª ed. rev. amp. Londrina: UEL, 1999.

·         NUNES, José Joaquim. Compêndio de gramática histórica portuguesa. 8ª ed. Lisboa: Clássica, 1975.

·         MATOS, J. C. (2010). Gramatica Moderna de Língua Portuguesa. Lisboa: Escolar Editora.

 

 

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