1. INTRODUÇÃO
O
sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por
um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as
mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e
"arquivá-los", e consequentemente, elaborar respostas (se
solicitadas), as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou
constatações.
1.1-DELIMITAÇÃO DO TEMA
O fundamental é diferenciar pensamentos
automáticos de emoções, distinguir as emoções e nomeá-las, que este trabalho é
parte da Neurociência, o Sistema Nervoso Perferico (SNP), inclui:
neurónios motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo,
compreendendo o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático,
que regulam as funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que
controla o aparelho digestivo.
1.2 Hipótese
·
O Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas
orgânicos.
1.3 Justificativa
Durante
a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurónios surgiram na superfície
externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso
é de relacionar o animal com o ambiente..
1.4 OBJECTIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
·
Entender os principais elementos que constituem o sistema
nervoso.
1.4.2
Objetivos Específicos
·
Promover um aprofundamento teórico sobre o tema ao qual se
propõe;
·
Conhecer os tipos de sistema nervoso;
·
Analisar a hierarquia das técnicas na terapia comportamental.
1.5 METODOLOGIA
O presente
trabalho busca em sua essência fazer um trabalho voltado para a pesquisa
bibliográfica e qualitativa, onde se procura evidenciar através da leitura de obras
variadas as Sistema Nervoso.
2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
2.1 Sistema Nervoso
O
sistema nervoso é a parte do organismo que coordena suas acções voluntárias e
involuntárias e transmite sinais entre as diferentes partes do organismo. O
tecido nervoso surge com os vermes, cerca de 550 a 600 milhões de anos atrás.
Na maioria das espécies animais, constitui-se de duas partes principais: o
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).
O
SNC contém o encéfalo e a medula espinal.
O
SNP constitui-se principalmente de nervos, que são feixes de axônios que ligam
o sistema nervoso central a todas as outras partes do corpo. O SNP inclui:
neurónios motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo,
compreendendo o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático,
que regulam as funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que
controla o aparelho digestivo. Dos três folhetos embrionários o ectoderme é
aquele que esta em contacto com o meio externo do organismo e é deste folheto
que se origina o sistema nervoso.
O
primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do
ectoderme, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se
que a formação da desta placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem
importante papel à acção indutora da notocorda e do mesoderme. Notocordas
implantadas na parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação
de tubo neural. Extirpações da notocorda ou mesoderme em embriões jovens
resultaram em grandes anomalias da medula.
A
placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco
longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira
neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O
ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o
assim do meio externo. No ponto em que este ectoderme encontra os lábios da
goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina
longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a elementos do
sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema
nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.
Desde
o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte
cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o
encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do
adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do
embrião.
No
arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas
encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas
vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o
romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.
O
telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções
laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente
por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se
denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito
para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte
mediana e o diencéfalo. O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos:
dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma
a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.
Cavidade
do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto,
sofrendo, em algumas partes várias modificações. A luz da medula primitiva
forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do
rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte
mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
A
luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o
III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de
cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames
interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal
denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um
liquido cérebro-espinhal, ou líquor.
Flexuras:
durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras
ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de
crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que
surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a
medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura
cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião
na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de
direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o
mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras
caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica
permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro,
derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.
2.2.Divisão do sistema
nervoso com base em critérios anatómicos e funcionais
Pode-se
dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e
sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de
relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta
um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos
centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os
sobre o que passa no meio ambiente.
O
componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos
centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O sistema nervoso
visceral é aquele que se relaciona com a enervação e com o controle das
vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em
receptores das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso. O componente
eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este
componente eferente é também denominado de sistema nervoso autónomo e pode ser
dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.
3.
Sistema Nervoso Periférico
O
sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e
na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do
corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os
raquidianos.
Nervos Cranianos:
distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir
mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do
pescoço.
Nervos Raquidianos:
são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurónios
sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurónios motores que levam
impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De
acordo com a sua actuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em
sistema nervoso somático e sistema nervoso autónomo.
Sistema Nervoso Somático:
regula as acções voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa
vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
3.1-
Sistemas Nervosos Autónomo
O
sistema Nervoso Autónomo, actua de modo integrado com o sistema nervoso central
e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o
funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu
funcionamento.
De
maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias: enquanto o sistema
nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o
parassimpático, por sua vez, contraia a pupila e diminui os batimentos
cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autónomo é regular as funções
orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é
formado pelos nervos e gânglios nervosos. Basicamente, sua função é ligar o
Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso realizar o
transporte de informações. O Sistema Nervoso apresenta diversas divisões.
Anatomicamente: Exemplo.
·
Sistema Nervoso
Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos órgãos do
corpo.
3.2.-
Constituição.
Osistema Nervoso Perférico SNP é
constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o
SNC as partes do corpo.
Nervos - Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas
envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por fazer a união do SNC
a outros órgãos periféricos e pela transmissão dos impulsos nervosos.
Os nervos apresentam a seguinte divisão:
1.
Nervos Espinhais:
compostos por 31 pares, são os que fazem conexão com a medula espinhal.
2.
Nervos Cranianos:
compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o encéfalo
3.
Os nervos
apresentamsistema os seguintes tipos:
4.
Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia da corpo para o sistema
nervoso central.
5.
Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos
ou glândulas.
6.
Nervos Mistos: formados
por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos.
·
Gânglios
Os gânglios nervosos são aglomerados de
neurônios situados fora do sistema nervoso central, espalhados pelo corpo. É
comum eles formarem uma estrutura esférica.
Divisões do
Sistema Nervoso Perférico ( SNP ).
- O
Sistema Nervoso Perférico, é dividido em sistema nervoso somático e sistema
nervoso autônomo, de acordo com sua atuação.
Sistema Nervoso
Somático: Regula as ações que
estão sob o controle da nossa vontade, ou seja, ações voluntárias. Atua sob a
musculatura esquelética de contração voluntária.
Sistema Nervoso
Autônomo: actua de modo integrado
com o sistema nervoso central. Geralmente, exerce o controle de atividades de
independem da nossa vontade, ou seja, ações involuntárias. Atua sob a
musculatura lisa e cardíaca.
O Sistema Nervoso Simpático é formado
pelos nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais
neurotransmissores liberados são a noradrenalina e a adrenalina.
O Sistema Nervoso Parassimpático é formado
pelos nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal
neurotransmissor liberado é a acetilcolina.
4. ANATOMIA
E FISIOLOGIA
O
sistema nervoso se origina à partir do tubo neural, o qual se divide em:
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo se divide em: dois
telencéfalos e um diencéfalo. O prosencéfalo também dá origem ao olho (S.N.C.).
Já o mesencéfalo e o rombencéfalo não crescem muito. Os dois telencéfalos
crescem e cobrem o diencéfalo e o mesencéfalo, além de parte do rombencéfalo.
Dessa forma, o encéfalo humano é formado, com dobraduras do telencéfalo; essas
dobraduras são os giros ou circunvoluções do córtex cerebral.
Génese
e transmissão de sinais (SINAPSE)
O
neurónio é uma célula excitável capaz de gerar um impulso nervoso que corre
rapidamente pelos prolongamentos do neurónio. Quando chega ao final do
prolongamento, há a liberação de neurotransmissores que irão excitar outra célula,
concluindo assim uma transmissão de sinais, a Sinapse.
4.1.Macro e Microambiente do Sistema Nervoso
O
cérebro não está colado no crânio, esse espaço é envolvido por três membranas,
meninges, as quais contém o líquido encéfalorraquidiano ou licor. Este é
responsável pelo amortecimento mecânico, também auxilia na alimentação do
sistema nervoso.
4.2.Divisão do Sistema Nervoso
a) Sistema sensorial: partes do sistema
nervoso que recebe informações externas e internas. Um dos sistemas sensoriais
mais importante é o visual. Os sistemas sensoriais são bastante complexos,
entre eles também está o sistema auditivo e olfatório... e o sistema
somestésico, o qual engloba todos os sentidos do ser humano.
b) Sistema motor somático: sistema
responsável pela transmissão da actividade motora das pessoas. Cada área do
cérebro comanda um movimento das pessoas. Existem sequências de movimentos que
são transmitidas para o sistema motor e após a transmissão do sinal ser feita,
o movimento é realizado.
c) Sistema homeostático:
o hipotálamo fica na base do cérebro, ele é o comando geral da actividade
visceral. O hipotálamo actua pelo sistema nervoso autónomo, o qual divide-se em
duas porções: simpático e parassimpático; os quais realizam a circulação e o
comando de toda actividade visceral.
d) Sistemas neuropsicológicos
complexos: cada região do cérebro é responsável por uma atitude
ou compreensão do ser humano. Esse sistema engloba a consciência do espaço
externo de cada um..
4.4.Forma de Organização Neuronal
a) Gânglios:
(S.N.P.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, com a glia ao redor, é
revestido por uma capa de tecido conjuntivo. Os prolongamentos do tecido
conjuntivo e dos dendritos formam os nervos. Ex.: gânglios espinhais, cerebrais
e autónomos.
b) Núcleos:
(S.N.C.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, porém localizados nos
seios da substância branca (axônios e bainha de mielina). Não possuem cápsula
de tecido conjuntivo, os núcleos são como subestações de transmissão do impulso
nervoso.
c) Formações corticais ou córtex:
áreas periféricas (geralmente), em que os neurónios estão organizados em
lâminas, umas sobre as outras. O córtex do cérebro é o neocórtex ou isocórtex.
Tem um tipo de córtex mais simples e mais antigo chamado de alocórtex
(geralmente, presente em animais inferiores: só possui três camadas de
neurónios).
d) Plexos:
(S.N. Entérico), organização dos neurónios no trato gastrointestinal, é formado
por gânglios e grupos de axônios.
5. FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
O
sistema nervoso ou sistema neural humano, originado a partir da ectoderma (um
folheto embrionário), é formado por neurónios, células da glia e reduzida
quantidade de substâncias intracelulares, actuando directamente na coordenação
funcional dos diferentes órgãos e demais sistemas, armazenando informações,
captando sensações e efectuando reacções por mecanismos hormonais e motores. Esse
sistema compreende o encéfalo, a medula espinhal, constituindo o sistema
nervoso central (SNC), e os nervos cranianos, nervos espinhais e os gânglios nervosos,
constituindo o sistema nervoso periférico, subdividido em: autónomo
parassimpático e autónomo simpático. O principal componente desse sistema é a
célula neuronal (o neurónio), altamente especializada na recepção e condução de
impulsos de natureza eléctrica, possuindo grande variedade quanto ao tamanho,
forma e função.
5.1 A Estrutura de um Neurónio
Corpo
celular ou pericário – centro região de concentração citoplasmática e núcleo de
um neurónio, de onde partem numerosas ramificações;
1. Dentritos –
prolongamentos anexos das ramificações do pericário, efectuando a recepção dos
estímulos nervosos;
2. Axônio –
prolongamento extenso com diâmetro constante, projectado do corpo celular,
podendo medir mais de um metro de comprimento, envolvido por uma camada isolante
descontínua (bainha de mielina), formada por células de Schwann. Sua função
está relacionada à condução do estímulo nervoso.
3. Telodendros
– ramificações situadas na região terminal de um axônio, aumentando a
superfície de propagação de um impulso, permitindo intercâmbio com outro
neurónio ou um órgão.
As
informações são emitidas por estímulos através da captação pelos sentidos e
órgãos, transferidos aos nervos até a medula espinhal ou o encéfalo. Sendo
então o estímulo processado e enviadas as mensagem por conexões neuronais aos
nervos e desse aos músculos ou gânglios, em resposta a alterações do meio
externo ou interno. Quando em repouso, o axônio encontra-se no estado
polarizado, internamente contendo cargas negativas e externamente cargas positivas,
apresentando assim um potencial de repouso.
Conforme
o impulso é transmitido, percorrendo o axônio, as cargas por mecanismo de
difusão activa se invertem (bomba de sódio e potássio / despolarização),
mantendo uma diferença de potencial eléctrico membranar, denominado de
potencial de acção. Dessa forma, para desencadear um estímulo é necessário um
potencial de acção suficiente para ultrapassar a ordem do potencial de repouso.
Caso contrário não haverá condução e estímulo nervoso. Esse processo dura apenas
milionésimo de segundos, ocorrendo após a passagem do impulso o processo
inverso (repolarização) restabelecendo o estado de repouso.
Figura 1. A Estrutura de um Neurónio
5.2.As divisões do Sistema Nervoso Autônomo
Classicamente, o sistema nervoso autônomo
é subdividido em dois grandes subsistemas: a divisão simpática e a divisão
parassimpática. Esses nomes estranhos derivam da palavra grega que significa
“harmonia, solidariedade” e se relacionam à ideia de que sua função é
homeostática.
O Sistema Nervoso Autônomo tem como função
regular as atividades orgânicas, garantindo a homeostase do organismo. Ele
apresenta duas subdivisões:
·
Sistema Nervoso
Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos;
·
Sistema Nervoso
Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos.
·
Os dois sistemas
apresentam ações opostas. Veja outras diferenças entre eles:
Figura 2. As divisões do
Sistema Nervoso Autônomo
5.3. O Sistema Simpático (SNS)
Tem sua origem em neurônios localizados na
medula espinhal, na porção tóraco-lombar. Os axônios dessas células emergem da
medula pelas raízes ventrais e se estendem até uma série de gânglios simpáticos
que se encontram em diferentes regiões do corpo. Alguns gânglios se localizam
no pescoço e no abdome, porém a maior parte se encontra na região torácica.
Estes últimos formam a cadeia simpática lateral.
As fibras simpáticas dos gânglios
viscerais inervam o intestino, os vasos sanguíneos intestinais, o coração, os
rins, o baço, e outros. Em troca, as fibras contidas nos nervos espinhais
inervam os vasos sanguíneos da pele e dos músculos, os músculos eretores dos
pelos e as glândulas sudoríparas. As fibras provenientes do tronco simpático
cervical inervam diferentes estruturas da cabeça, incluindo os vasos
sanguíneos, os músculos pupilares e as glândulas salivares.
6. CONCLUSÃO
O
Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas orgânicos.
Podemos descrevê-lo como um grupo de vários subsistemas que operaram de maneira
interligada. Entre os resultados deste trabalho em conjunto, estão as
capacidades de obter informações do meio externo, decodificá-las,
compreendê-las e reagir apropriadamente ao que percebemos.
Para
compreendermos seu funcionamento, estudamos sua organização anatómica, que,
apesar de complexa, obedece alguns princípios básicos. Além disso, podemos
dizer que, para funcionar bem, o SN precisa ser bem nutrido (por meio de uma
irrigação sanguínea), sem contudo entrar em contacto directo com o sangue, o
que poderia comprometer a integridade deste sistema.
A
complexa rede do sistema nervoso central estende-se desde o cérebro até a
medula espinhal, a fim de cobrir todas as partes do corpo. Os nervos do sistema
periférico conduzem nos dois sentidos. As mensagens são levadas ao cérebro
(nervos sensitivos), onde são interpretadas. Depois disso, o cérebro manda
instruções para os órgãos e tecidos (nervos motores), o que nos permite reagir.
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8. 2°
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