ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO


1. INTRODUÇÃO


O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los", e consequentemente, elaborar respostas (se solicitadas), as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.









 









1.1-DELIMITAÇÃO DO TEMA


O fundamental é diferenciar pensamentos automáticos de emoções, distinguir as emoções e nomeá-las, que este trabalho é parte da Neurociência, o Sistema Nervoso Perferico (SNP), inclui: neurónios motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo, compreendendo o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, que regulam as funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que controla o aparelho digestivo.

1.2 Hipótese


·         O Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas orgânicos.

1.3 Justificativa

Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurónios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente..

1.4 OBJECTIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

·         Entender os principais elementos que constituem o sistema nervoso.

1.4.2 Objetivos Específicos

·         Promover um aprofundamento teórico sobre o tema ao qual se propõe;
·         Conhecer os tipos de sistema nervoso;
·         Analisar a hierarquia das técnicas na terapia comportamental.

1.5 METODOLOGIA

O presente trabalho busca em sua essência fazer um trabalho voltado para a pesquisa bibliográfica e qualitativa, onde se procura evidenciar através da leitura de obras variadas as Sistema Nervoso.




2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

2.1 Sistema Nervoso

O sistema nervoso é a parte do organismo que coordena suas acções voluntárias e involuntárias e transmite sinais entre as diferentes partes do organismo. O tecido nervoso surge com os vermes, cerca de 550 a 600 milhões de anos atrás. Na maioria das espécies animais, constitui-se de duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC contém o encéfalo e a medula espinal.
O SNP constitui-se principalmente de nervos, que são feixes de axônios que ligam o sistema nervoso central a todas as outras partes do corpo. O SNP inclui: neurónios motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo, compreendendo o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, que regulam as funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que controla o aparelho digestivo. Dos três folhetos embrionários o ectoderme é aquele que esta em contacto com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso.
O primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderme, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a formação da desta placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem importante papel à acção indutora da notocorda e do mesoderme. Notocordas implantadas na parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou mesoderme em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da medula.
A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.
Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião.
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.
Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes várias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.
Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.

2.2.Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatómicos e funcionais

Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente.
O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a enervação e com o controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominado de sistema nervoso autónomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.

3. Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurónios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurónios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua actuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autónomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as acções voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
3.1- Sistemas Nervosos Autónomo
O sistema Nervoso Autónomo, actua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias: enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contraia a pupila e diminui os batimentos cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autónomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e gânglios nervosos. Basicamente, sua função é ligar o Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso realizar o transporte de informações. O Sistema Nervoso apresenta diversas divisões. Anatomicamente: Exemplo.
·         Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos órgãos do corpo.

3.2.- Constituição.

Osistema Nervoso Perférico SNP é constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o SNC as partes do corpo.
Nervos - Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela transmissão dos impulsos nervosos.
Os nervos apresentam a seguinte divisão:
1.      Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, são os que fazem conexão com a medula espinhal.
2.      Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o encéfalo
3.      Os nervos apresentamsistema  os seguintes tipos:
4.      Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia da corpo para o sistema nervoso central.
5.      Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos ou glândulas.
6.      Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos.
·         Gânglios
Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora do sistema nervoso central, espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma estrutura esférica.
Divisões do Sistema Nervoso Perférico ( SNP ).
 - O Sistema Nervoso Perférico, é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, de acordo com sua atuação.
Sistema Nervoso Somático: Regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade, ou seja, ações voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.
Sistema Nervoso Autônomo: actua de modo integrado com o sistema nervoso central. Geralmente, exerce o controle de atividades de independem da nossa vontade, ou seja, ações involuntárias. Atua sob a musculatura lisa e cardíaca.
O Sistema Nervoso Simpático é formado pelos nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais neurotransmissores liberados são a noradrenalina e a adrenalina.
O Sistema Nervoso Parassimpático é formado pelos nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal neurotransmissor liberado é a acetilcolina.

4.  ANATOMIA E FISIOLOGIA


O sistema nervoso se origina à partir do tubo neural, o qual se divide em: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo se divide em: dois telencéfalos e um diencéfalo. O prosencéfalo também dá origem ao olho (S.N.C.). Já o mesencéfalo e o rombencéfalo não crescem muito. Os dois telencéfalos crescem e cobrem o diencéfalo e o mesencéfalo, além de parte do rombencéfalo. Dessa forma, o encéfalo humano é formado, com dobraduras do telencéfalo; essas dobraduras são os giros ou circunvoluções do córtex cerebral.
Génese e transmissão de sinais (SINAPSE)
O neurónio é uma célula excitável capaz de gerar um impulso nervoso que corre rapidamente pelos prolongamentos do neurónio. Quando chega ao final do prolongamento, há a liberação de neurotransmissores que irão excitar outra célula, concluindo assim uma transmissão de sinais, a Sinapse.

4.1.Macro e Microambiente do Sistema Nervoso

O cérebro não está colado no crânio, esse espaço é envolvido por três membranas, meninges, as quais contém o líquido encéfalorraquidiano ou licor. Este é responsável pelo amortecimento mecânico, também auxilia na alimentação do sistema nervoso.

4.2.Divisão do Sistema Nervoso

a) Sistema sensorial: partes do sistema nervoso que recebe informações externas e internas. Um dos sistemas sensoriais mais importante é o visual. Os sistemas sensoriais são bastante complexos, entre eles também está o sistema auditivo e olfatório... e o sistema somestésico, o qual engloba todos os sentidos do ser humano.
b) Sistema motor somático: sistema responsável pela transmissão da actividade motora das pessoas. Cada área do cérebro comanda um movimento das pessoas. Existem sequências de movimentos que são transmitidas para o sistema motor e após a transmissão do sinal ser feita, o movimento é realizado.
c) Sistema homeostático: o hipotálamo fica na base do cérebro, ele é o comando geral da actividade visceral. O hipotálamo actua pelo sistema nervoso autónomo, o qual divide-se em duas porções: simpático e parassimpático; os quais realizam a circulação e o comando de toda actividade visceral.
d) Sistemas neuropsicológicos complexos: cada região do cérebro é responsável por uma atitude ou compreensão do ser humano. Esse sistema engloba a consciência do espaço externo de cada um..

4.4.Forma de Organização Neuronal

a) Gânglios: (S.N.P.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, com a glia ao redor, é revestido por uma capa de tecido conjuntivo. Os prolongamentos do tecido conjuntivo e dos dendritos formam os nervos. Ex.: gânglios espinhais, cerebrais e autónomos.
b) Núcleos: (S.N.C.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, porém localizados nos seios da substância branca (axônios e bainha de mielina). Não possuem cápsula de tecido conjuntivo, os núcleos são como subestações de transmissão do impulso nervoso.
c) Formações corticais ou córtex: áreas periféricas (geralmente), em que os neurónios estão organizados em lâminas, umas sobre as outras. O córtex do cérebro é o neocórtex ou isocórtex. Tem um tipo de córtex mais simples e mais antigo chamado de alocórtex (geralmente, presente em animais inferiores: só possui três camadas de neurónios).
d) Plexos: (S.N. Entérico), organização dos neurónios no trato gastrointestinal, é formado por gânglios e grupos de axônios.

5.  FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso ou sistema neural humano, originado a partir da ectoderma (um folheto embrionário), é formado por neurónios, células da glia e reduzida quantidade de substâncias intracelulares, actuando directamente na coordenação funcional dos diferentes órgãos e demais sistemas, armazenando informações, captando sensações e efectuando reacções por mecanismos hormonais e motores. Esse sistema compreende o encéfalo, a medula espinhal, constituindo o sistema nervoso central (SNC), e os nervos cranianos, nervos espinhais e os gânglios nervosos, constituindo o sistema nervoso periférico, subdividido em: autónomo parassimpático e autónomo simpático. O principal componente desse sistema é a célula neuronal (o neurónio), altamente especializada na recepção e condução de impulsos de natureza eléctrica, possuindo grande variedade quanto ao tamanho, forma e função.

5.1 A Estrutura de um Neurónio

Corpo celular ou pericário – centro região de concentração citoplasmática e núcleo de um neurónio, de onde partem numerosas ramificações;
1.      Dentritos – prolongamentos anexos das ramificações do pericário, efectuando a recepção dos estímulos nervosos;
2.      Axônio – prolongamento extenso com diâmetro constante, projectado do corpo celular, podendo medir mais de um metro de comprimento, envolvido por uma camada isolante descontínua (bainha de mielina), formada por células de Schwann. Sua função está relacionada à condução do estímulo nervoso.
3.      Telodendros – ramificações situadas na região terminal de um axônio, aumentando a superfície de propagação de um impulso, permitindo intercâmbio com outro neurónio ou um órgão.
As informações são emitidas por estímulos através da captação pelos sentidos e órgãos, transferidos aos nervos até a medula espinhal ou o encéfalo. Sendo então o estímulo processado e enviadas as mensagem por conexões neuronais aos nervos e desse aos músculos ou gânglios, em resposta a alterações do meio externo ou interno. Quando em repouso, o axônio encontra-se no estado polarizado, internamente contendo cargas negativas e externamente cargas positivas, apresentando assim um potencial de repouso.
Conforme o impulso é transmitido, percorrendo o axônio, as cargas por mecanismo de difusão activa se invertem (bomba de sódio e potássio / despolarização), mantendo uma diferença de potencial eléctrico membranar, denominado de potencial de acção. Dessa forma, para desencadear um estímulo é necessário um potencial de acção suficiente para ultrapassar a ordem do potencial de repouso. Caso contrário não haverá condução e estímulo nervoso. Esse processo dura apenas milionésimo de segundos, ocorrendo após a passagem do impulso o processo inverso (repolarização) restabelecendo o estado de repouso.




Figura 1. A Estrutura de um Neurónio

5.2.As divisões do Sistema Nervoso Autônomo


Classicamente, o sistema nervoso autônomo é subdividido em dois grandes subsistemas: a divisão simpática e a divisão parassimpática. Esses nomes estranhos derivam da palavra grega que significa “harmonia, solidariedade” e se relacionam à ideia de que sua função é homeostática.
O Sistema Nervoso Autônomo tem como função regular as atividades orgânicas, garantindo a homeostase do organismo. Ele apresenta duas subdivisões:
·         Sistema Nervoso Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos;
·         Sistema Nervoso Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos.
·         Os dois sistemas apresentam ações opostas. Veja outras diferenças entre eles:
Figura 2. As divisões do Sistema Nervoso Autônomo

5.3. O Sistema Simpático (SNS)


Tem sua origem em neurônios localizados na medula espinhal, na porção tóraco-lombar. Os axônios dessas células emergem da medula pelas raízes ventrais e se estendem até uma série de gânglios simpáticos que se encontram em diferentes regiões do corpo. Alguns gânglios se localizam no pescoço e no abdome, porém a maior parte se encontra na região torácica. Estes últimos formam a cadeia simpática lateral.
As fibras simpáticas dos gânglios viscerais inervam o intestino, os vasos sanguíneos intestinais, o coração, os rins, o baço, e outros. Em troca, as fibras contidas nos nervos espinhais inervam os vasos sanguíneos da pele e dos músculos, os músculos eretores dos pelos e as glândulas sudoríparas. As fibras provenientes do tronco simpático cervical inervam diferentes estruturas da cabeça, incluindo os vasos sanguíneos, os músculos pupilares e as glândulas salivares.

6. CONCLUSÃO



O Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas orgânicos. Podemos descrevê-lo como um grupo de vários subsistemas que operaram de maneira interligada. Entre os resultados deste trabalho em conjunto, estão as capacidades de obter informações do meio externo, decodificá-las, compreendê-las e reagir apropriadamente ao que percebemos.
Para compreendermos seu funcionamento, estudamos sua organização anatómica, que, apesar de complexa, obedece alguns princípios básicos. Além disso, podemos dizer que, para funcionar bem, o SN precisa ser bem nutrido (por meio de uma irrigação sanguínea), sem contudo entrar em contacto directo com o sangue, o que poderia comprometer a integridade deste sistema.
A complexa rede do sis­tema nervoso central estende-se desde o cérebro até a medula espinhal, a fim de cobrir todas as partes do corpo. Os nervos do sistema periférico conduzem nos dois sentidos. As mensagens são le­vadas ao cérebro (nervos sensitivos), onde são interpretadas. Depois disso, o cérebro manda instruções para os órgãos e tecidos (nervos motores), o que nos permite reagir.











7. BIBLIOGRAFIA


1.      GUYTON E HALL. Tratado da fisiologia médica (11° Ed.), Brasil, 2007
2.      KEITH L. MOORE. Anatomia orientada para a clínica (5° Ed.), Évora, 2005
3.      KENNETH P. MOSES. Atlas fotográfico de anatomia clínica (1° Ed.), Lisboa, 2009
4.      LUIZ C. JUNQUEIRA. Histologia Básica (11° Ed.), Portugal, 2010
5.      DAVID L. FELTEN. Atlas de neurociências (2° Ed.), Brasil, 1998
6.      ANGELO MACHADO. Neuroanatomia funcional (2° Ed.), Brasil, 2000
7.      ROBERTO LENT. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociências (
8.      2° Ed.), Lisboa, 1999

INTRODUÇÃO A VIDA E OBRA DE AGOSTINHO NETO


INTRODUÇÃO
Neste trabalho vou retratar acerca da vida e obra do Doutor António Agostinho Neto, filho de Agostinho Neto e de Maria da Silva Neto tendo profissões Camponesas, A Sua esposa tem como nome Maria Eugénia Neto.
Nasceu a 17 de Setembro de 1922, em Catete, Icolo e Bengo. Licenciou-se em Medicina em Lisboa e em Cabo Verde. Agostinho Neto dirigiu a partir de Argel e de Brazzaville as actividades políticas e de guerrilha do MPLA durante a Guerra de Independência de Angola, entre 1961 e 1974, e durante o processo de descolonização, 1974/75, que opôs o MPLA aos dois outros movimentos nacionalistas, a Frente Nacional de Libertação de Angola e a União Nacional para a Independência Total de Angola tendo o MPLA saído deste último processo como vencedor, declarou a independência do país em 11 de Novembro de 1975,1 assumindo as funções de Presidente da República, mantendo as de Presidente do MPLA, e estabelecendo um regime mono partidário inspirado no modelo então praticado nos países do Leste europeu.



















A VIDA E OBRA DE DR. ANTÓNIO AGOSTINHO NETO
Foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola e em 1975 tornou-se no primeiro Presidente de Angola até 1979. Em 1975-1976 foi-lhe atribuído o Premio Lenine da Paz.
Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa. Foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), a polícia política do regime Salazarista então vigente em Portugal, e deportado para o Tarrafa, uma prisão política em Cabo Verde, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual já era presidente honorário desde 1962. Em paralelo, desenvolveu uma actividade literária, escrevendo nomeadamente poemas.
No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói Nacional, comemorando o dia que Agostinho Neto nasceu.
BIOGRAFIA
Nasceu a 17 de setembro de 1922 em Kaxicane, freguesia de São José, conselho de Ícolo e Bengo, filho de Agostinho Neto, catequista de missão metodista americana em Luanda sendo mais tarde pastor e professor nos Dembos e de Maria da Silva Neto, professora.
ESTUDOS E FORMAÇÃO POLÍTICA
Aos seus pais mudarem-se para Luanda obtém, em 10 de junho de 1934, o certificado da escola primária, e; em 1937 inicia seus estudos secundários no Liceu Salvador Correia, concluindo os mesmos em 1944. Após concluir o liceu, foi contratado pelos serviços administrativos da África Ocidental Portuguesa para servir como funcionário dos serviços de saúde, neste tempo ampliando sua visão do problema colonial.
Deixa Angola e embarca para Portugal, a fim de frequentar a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Em Coimbra torna-se um dos fundadores da secção Casa dos Estudantes do Império (CEI). Na CEI funda a revista Movimento, em colaboração com Lúcio Lara e Orlando de Albuquerque, e o grupo Vamos Descobrir Angola, que deu origem ao “Movimento dos Jovens Intelectuais de Angola”.
Em 1948 ganha uma bolsa de estudos pelos metodistas americanos, transferindo sua matrícula para a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, continuando sua atividade no seio da CEI. Em 1948 foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), em Lisboa, quando recolhia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz ficando encarcerado durante três meses. Ao ser solto, Agostinho Neto, em parceria com Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Marcelino dos Santos e Francisco José Tenreiro fundam, clandestinamente o Centro de Estudos Africanos a instituição viria a ser fechada pela PIDE em 1951.
Em 1951 é eleito representante da Juventude das Colônias Portuguesas (JCP) junto ao Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD-J), grupo fortemente ligado ao Partido Comunista Português (PCP). As atividades no JCP rendem-lhe uma nova prisão pela PIDE, em Lisboa, em 1951. Em 1955 Foi novamente preso por suas atividades políticas no JCP e no MUD-J em 1955, sendo condenado a 18 meses de encarceramento. Esta última mobilizou muitos intelectuais em seu apoio, que fizeram uma petição internacional a pedir a sua libertação, entre eles Simone de Beauvoir, François Mauriac, Jean-Paul Sartre e o poeta cubano Nicolás Guillén.
Ainda estava encarcerado quando, em 10 de dezembro de 1956, funda-se o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a partir da fusão principalmente dos grupos nacionalistas Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola e Partido Comunista Angolano, além de outros grupos menores. Libertado em julho de 1957, dedicou-se em finalizar seus estudos, licenciando-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 27 de outubro de 1958.
LUTA ANTICOLONIAL 
Em 1959 integra-se ao Movimento Anticolonial (MAC), embora que desde que liberto, em 1957, já tomava parte de suas atividades sem filiação formal, para evitar ser novamente preso. Em 22 de dezembro de 1959, juntamente com a família, ruma para Luanda, onde abre um consultório médico, passando a organizar as atividades políticas do MPLA, ainda pouco efetivo. Assume a liderança do movimento neste mesmo ano.
Em 8 de junho de 1960 é preso em Luanda, gerando grandes manifestações de solidariedade diante do seu consultório médico. Operações policiais são levadas a cabo contra seus apoiastes e a aldeia onde nasceu é invadida pelas forças oficiais. É levado para a cadeia do Algarves em Portugal, sendo pouco depois deportado para o arquipélago de Cabo Verde, ficando instalada na prisão de Ponta do Sol, ilha de Santo Antão; finalmente é transferido para o Campo do Tarrafa, onde fica até outubro de 1962. É na prisão que escreve alguns de seus principais poemas. Mal havia sido solto é posto novamente em prisão, sendo transferido para as prisões do Aljube, em Lisboa. A forte repercussão internacional por sua prisão leva vários periódicos e intelectuais a fazer campanha contra Portugal, escancarando a Guerra Colonial Portuguesa, que havia iniciado, em Angola, em 4 de fevereiro de 1961. É liberto da prisão em março de 1963.
Ao ser liberto, permanece em Lisboa até junho de 1963, quando foge de Portugal com sua família, instalando-se em Quinxassa, onde o MPLA tinha a sua sede no exílio, reassumindo as funções de presidente efetivo do MPLA durante a Conferência Nacional do Movimento (por conta da prisão, era presidente honorário desde 1961). No mesmo ano ruma, com a sede do MPLA, para Brazzaville em consequência da sua expulsão do Zaire que passou a dar o apoio total á Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA).
Entretanto sua figura jamais foi unanimidade dentro do movimento anticolonial. As fortes divergências que teve com Viriato da Cruz, em 1963, levaram Neto a torturá-lo e humilhá-lo diariamente numa prisão, somente saindo (quase morto), por intervenção de aliados externos da Argélia e China. Outra figura que o questionou fortemente foi Matias Miguéis, sendo que este acabou morto após humilhantes torturas ordenadas por Neto, em 1965; foi enterrado vivo somente com a cabeça para fora, onde lhe jogavam secreções ao mesmo tempo em que recebia golpes. Historiadores, como William Tonet, apontam que nem mesmo os portugueses cometeram tais atrocidades.
Passa a coordenar totalmente o núcleo militar do movimento, abrindo as frentes de Cabinda (1963) e do Leste de Angola (1966). Em 1968 transfere a sua família para Dá es Salã, onde continuará até 4 de fevereiro de 1975.
Em 25 de abril de 1974 acontece a Revolução dos Cravos, em Portugal, ocorrendo o cessar das hostilidades; em outubro de 1974 o MPLA assina o cessar-fogo da Guerra de Independência de Angola, com o novo regime português reconhecendo o direito das colônias a independência. Em 1975 é recebido em Luanda, nos preparativos para o Acordo do Alvor, em Portugal, onde é acordado estabelecer um "governo de transição" que inclui o MPLA, Portugal, FNLA e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
PRESIDÊNCIA DE ANGOLA
Coordena a Batalha de Luanda, entre julho e novembro de 1975, onde expulsa as forças rivais que encontravam-se presentes na capital, elemento chave para o sucesso militar da MPLA ante a FNLA e a UNITA. Em 11 de novembro de 1975 Angola é declarada independente e Agostinho Neto é proclamado seu primeiro presidente, continuando Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e Presidente do MPLA[4]. Neto alinha a MPLA ao bloco socialista e estabelece um regime mono partidário, inspirado no modelo então praticado nos países do Leste Europeu.
Na oportunidade, assume em 11 de novembro de 1975 a função de reitor da Universidade de Angola actual Universidade Agostinho Neto, função meramente cerimonial, pois quem de facto regia a instituição era o vice-reitor João Garcia Bires. Em 1975 torna-se também presidente da União dos Escritores Angolanos, cargo que desempenhou até a data do seu falecimento. Assume o comando militar da FAPLA na Guerra Civil, angariando apoio de Cuba, que envia um grande contingente militar, apoio de pessoal médico e professores. Consegue expulsar, em 1976, o exército da África do Sul.
Sua liderança á frente do movimento e de Angola é confirmada no congresso de 1977, onde o MPLA é convertido em Partido do Trabalho.  Durante este período, houve graves conflitos internos no MPLA que puseram em causa a liderança de Agostinho Neto.
Entre estes, o mais grave consistiu no surgimento, no início dos anos 1970, de duas tendências opostas à direção do movimento, a "Revolta Ativa constituída no essencial por elementos intelectuais, e a Revolta do Leste, formada pelas forças de guerrilha localizadas no Leste de Angola; estas divisões foram superadas num intrincado processo de discussão e negociação que terminou com a reafirmação da autoridade de Agostinho Neto. Já depois da independência, em 1977, houve um levantamento, visando a sua liderança e a linha ideológica por ele defendida; este movimento, oficialmente designado como Fraccionismo, foi reprimido de forma sangrenta, por suas ordens.
MORTE
António Agostinho Neto morreu num hospital em Moscovo, em 10 de setembro de 1979, no decorrer de complicações ocorridas durante uma operação a um cancro do fígado de que sofria, poucos dias antes de fazer 57 anos de idade. Foi substituído na presidência de Angola e do MPLA por Lúcio Lara, que ficou poucos dias na interinidade até a posse de José Eduardo dos Santos.

VIDA PESSOAL
Casou-se em outubro de 1958 com a escritora, poetisa e jornalista portuguesa Maria Eugenia Neto. A conheceu num círculo de escritores, em Lisboa, em 1948.
Poucos dias depois de casado com Maria Eugênia, nasce em Lisboa, em 9 de novembro de 1958, o seu primeiro filho, Mário Jorge Neto. Em 1961 nasce sua segunda filha, Irene Alexandra Neto.
OBRA LITERÁRIA
Poesia
ü  1957 - Quatro Poemas de Agostinho Neto, Póvoa do Varzim, e.a.
ü  1961 - Poemas, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império
ü  1974 - Sagrada Esperança, Lisboa, Sá da Costa (inclui poemas dos dois primeiros livros)
ü  1982 - A Renúncia Impossível, Luanda, INALD
ü  2016 - Obra poética completa, Lisboa, Fundação Dr Agostinho neto
OBRA POLÍTICA
ü  1974 - Quem é o inimigo… qual é o nosso objectivo?
ü  1976 - Destruir o velho para construir o novo
ü  1980 - Ainda o meu sonho
ü  Caminho do mato
ü  Aspiração
ü  Fogo e ritmo
Em 1970 foi galardoado com o prêmio Lotus, atribuído pela 4ª Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos.
NOTAS
 O antecessor do primeiro presidente angolano Agostinho Neto foi Leonel Cardoso, que exerceu a função de Alto Comissário e Governador-Geral do então Estado Português de Angola entre 26 de Agosto e 10 de Novembro de 1975. Entre os anos de 1575 e 1975, a Angola fazia parte de Portugal, sendo oficialmente chamado de África Ocidental Portuguesa ou, formalmente, Província Ultramarina de Angola.








CONCLUSÃO
Em suma deste tema que é para falar da Vida e Obra de António Agostinho Neto, cheguem a uma conclusão em que na África de expressão portuguesa é comparável à Leopoldo Senhor na África de expressão francesa. Foi um esclarecido homem de cultura para quem as manifestações culturais tinham de ser, antes de mais, a expressão viva das aspirações dos oprimidos, armas para a denúncia de situações injustas, instrumento para a reconstrução da nova vida. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos, foi eleito pelos seus pares o seu primeiro Presidente.
























BIBLIOGRAFIA
Carlos Pacheco - Agostinho Neto, o perfil de um ditador, Lisboa, Nova Vega, 2volumi, 2016.
Carreira, Iko, O pensamento político de Agostinho Neto, Lisboa: D. Quixote, 1996 ISBN 9789722013482.