Abóbora



Abóbora
Nome científico: Cucúrbita moschata
A abóbora ou jerimum, é fruto da aboboreira e tem seu nome atribuído a várias espécies de plantas da família Cucurbitaceae. Nativa da América do Sul, ela é cultivada em todo o mundo por ser uma fruta extremamente nutritiva e saborosa. Aqui no Brasil as abóboras são cultivadas há muito tempo e já faziam parte da alimentação dos indígenas, bem antes da colonização.

A abóbora é facilmente encontrada no Brasil. Sua época de safra é de maio a setembro, quando as frutas estão no ponto perfeito para consumo. Na hora de escolher ela deve ser muito observada: sua casca deve estar lisa, sem manchas e sem brilho. E não se deixe impressionar pelo tamanho, as abóboras muito grandes normalmente são as menos saborosas. Caso comprar aos pedaços seja a opção melhor para evitar o desperdício, observe o aspecto no geral e se tem manchas escura. Opte sempre pelas mais claras. 

Para conservar, basta mantê-la inteira fora da geladeira. Depois de picada, deve ser refrigerada por poucos dias, dentro de um saco plástico. Esses pedaços também podem ser conservados congelados, crus ou pré-cozidos, por mais tempo. Na culinária aproveitamos da fruta toda: a polpa, as sementes, as folhas e até o miolo! Há várias receitas tradicionais feitas com a abóbora, como o camarão na moranga, no qual a moranga é assada sem sementes e preenchida com um creme de camarão; como acompanhamento, o quibebe (purê de abóbora) é um dos favoritos; e como sobremesa, o doce de abóbora com coco.

O fruto que é tão rico em sabor, é igualmente rico em nutrientes que beneficiam nosso organismo. Ele é boa fonte de betacaroteno, vitamina C e vitamina E-que têm propriedades antioxidantes-e de vitaminas do complexo B. Ainda é rico em fibras e fonte de cálcio, ferro, fósforo e potássio. Suas sementes e o óleo extraído delas são excelente fonte de zinco e gorduras insaturadas, além de ter uma boa quantidade de ferro.Por conter boas quantidades de antioxidantes, o consumo de abóbora está ligado à redução no risco de certos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, derrames e problemas nos olhos, como a catarata. As fibras da abóbora ajudam a diminuir a sensação de fome e por isso fazem parte de dietas para controle do peso. Já o ferro e o zinco estão relacionados, respectivamente, à formação adequada dos glóbulos vermelhos e ao bom funcionamento do sistema imunológico.

Informação Nutricional - 100 g (abóbora crua)
Quantidade por porção
% Valor diário
Valor energético
24,5 kcal
1%
Carboidrato
6,1 g
2%
Proteína
0,7 g
1%
Fibra alimentar
2,3 g
9%
Vitamina C
2,1 mg
5%
Cálcio
8,8 mg
1,1%
Ferro
0,3 mg
2%


A ESCRAVATURA E O TRÁFICO DE ESCRAVO EM ANGOLA







No presente trabalho vamos falar acerca da
Escravatura e o trafico de escravo em Angola, veremos a origem e formação
social, bem como os diferentes tipos de escravidão. Para começar é importante dizermos
que o estudo do processo de escravização dos povos angolanos é essencial para
que se compreenda a situação actual de desigualdade no país. Revela uma longa
história de exploração e subjugação de populações fragilizadas por outras, mais
equipadas. Demonstra também que a desestruturação económica e cultural tem
efeitos desastrosos de longa duração.

Pois, do ponto de vista económico, a
escravidão foi uma forma eficiente de acumulação primitiva. No que diz respeito
às pessoas, foi uma violência irreparável, que pressupõe, dentre outros
factores, a existência de povos muito pobres, mão-de-obra excedente que possa
ser explorada em benefício de uma minoria. Assim, parte do actual contexto
socioeconómico de Angola de miséria e exclusão é consequência de fatos
passados.












A ESCRAVATURA E O TRÁFICO DE ESCRAVO EM
ANGOLA


Conceito


O termo escravatura apresenta diversas
definições, Silva (2003) a descreve como:

·                  
Instituição social que
consiste no direito de propriedade sobre seres humanos e na utilização de seus serviços;

·                  
Domínio permanente e
violento sobre pessoas alienadas de seu nascimento e geralmente desonradas;

·                  
Vínculo de poder e
domínio originado e sustentado pela violência no qual a “morte social”
substitui à morte física do prisioneiro de guerra, do condenado à pena capital
ou do indigente ou enjeitado.

Lovejoy (2002) define escravidão como uma forma
de exploração com características específicas, destacando a ideia de que o
escravo era uma propriedade, um estrangeiro, alienado de sua origem ou do qual
por sanções judiciais ou outras se retirava à herança social que lhe coubera ao
nascer; que a coerção podia ser usada à vontade, que sua força de trabalho
estava à completa disposição de seu senhor, que não tinha direito a sua própria
sexualidade, e, por extensão às suas próprias capacidades reprodutivas, sendo
sua condição hereditária.

Ela vem sendo a mais primitiva forma de coerção
destinada a extorquir de um ser humano a sua força de trabalho em proveito de
outro que se dispensa da mesma obrigação. Trata-se da primeira e mais primitiva
das formas de esmagamento do homem pelo homem, de extorsão da força de trabalho
do semelhante, e do confisco de sua dignidade humana.

 Angola

Na colónia de Angola, a exportação de
mão-de-obra escrava pelo porto de Luanda terá sido alvo de competição no século
XVII entre portugueses e holandeses. É depois da disputa entre os
colonizadores, cujo vencedor foi o reino de Portugal, que pode ter se originado
a captura directa de escravos, nas chamadas Guerras Angolanas, no seio de
certas tribos que tinham lutado contra os portugueses. Foi dessa forma que
Angola se tornou um centro importante de fornecimento de mão de obra escrava
para o Brasil, onde crescia não apenas a produção de cana-de-açúcar no
Nordeste, mas também a exploração de ouro na região central. Navios com
mercadorias de Goa faziam escala em Luanda lá deixando panos, as chamadas
"fazendas de negros". Dali, seguiam para Salvador, na Bahia,
carregados de escravos e de outras mercadorias provenientes da Índia (como
louças e tecidos). Foi assim que Salvador se tornou um centro difusor de
mercadorias da Índia pela América do Sul.

Os negócios foram se estruturando aos poucos.
Num primeiro momento, os governadores da colónia detinham o poder de determinar
o preço dos escravos. O pagamento era feito em ouro proveniente de Minas
Gerais, no Brasil. Mais tarde, em 1715 a coroa portuguesa proibiu que os
governadores se envolvessem com o tráfico. Negociantes provenientes do Brasil
(principalmente do Rio de Janeiro, da Bahia e também de Pernambuco) assumiram
as rédeas do comércio, que se aqueceu. A principal feira fornecedora de
escravos para o porto de Luanda era a feira de Kassanje. No século XVIII, a
cachaça brasileira (geribita) passou a ter papel de destaque nas trocas, sendo
valorizado tanto em Angola quanto no Brasil. Figurava, ao lado da seda chinesa
e as armas europeias, como uma das principais moedas de troca. Era, na verdade,
a moeda mais corrente, já que o comércio de armas era controlado e a seda
chinesa a só chegava à África depois de passar por Lisboa, o que elevava seu
preço e reduzia sua liquidez. Outro produto brasileiro valorizado na África era
o fumo de corda de Salvador.

O Comércio Transatlântico

A partir da abertura da costa Atlântica da
África, pelos comerciantes europeus, ocorre um vertiginoso crescimento e
expansão do tráfico de escravos, com consequências decisivas na evolução da
escravidão e na economia dessa região. A similaridade nos padrões comerciais do
tráfico de escravos, entre portugueses e muçulmanos, fica evidente quando
analisamos as seguintes características: demanda de escravos domésticos para a
Europa meridional, demanda de escravos para atender plantações de
cana-de-açúcar nas ilhas do Mediterrâneo e depois do Atlântico, pelo
desenvolvimento do comércio de escravos ao longo da costa ocidental africana e
pelas mercadorias exportadas para a África Ocidental.

O desenvolvimento e expansão do comércio
transatlântico iniciado na última metade do século XV representou um importante
ponto de partida na história do tráfico de escravos. Em decorrência desse
comércio, a escravidão existente nesta região, passou por transformações
distintas daquelas produzidas nas regiões islamizadas. Embora ela tenha
continuado, na maioria dos lugares, a ser interpretada no contexto das
estruturas de linhagem – como escravidão de linhagem, ela se consolida como
importante instituição nas estruturas das sociedades locais. Essa relação entre
o comércio escravo europeu e o desenvolvimento da escravidão nas sociedades
africanas, ajuda a esclarecer essa mudança histórica. A presença constante de
comerciantes nesta região incentivou a formação de um comércio sistemático de
colecta de escravos, que passava a ser direccionado não só para os grupos de
parentesco, mas também para o mercado exportador. A consequência dessa relação
foi a perda pela África desses escravos e a substituição de seres humanos por
mercadorias importadas.

Como uma instituição, a escravidão de linhagem,
apresentava aspectos semelhantes a todos os tipos de escravidão: elemento de
propriedade, a identidade estrangeira, o papel da violência e a exploração
produtiva sexual. Porém uma diferença notável era a ausência no campo
ideológico, da influência de atitudes europeias. Esta ocorreu mais no campo
económico. Ideologicamente, as teorias e práticas adoptadas, seguiam o padrão
islâmico. A escravidão continuou a ser compreendida como de parentesco, mesmo
quando escravos realizavam novas e variadas tarefas, semelhante ao padrão
islâmico.

Semelhante também era o controlo exercido sobre
as mulheres. Como a poligamia era permitida, mas não contava com nenhuma
regulamentação, na prática ocasionava uma distribuição desigual das mulheres
dentro da sociedade, o que permitia o controlo da produção e reprodução. Esse
aspecto foi significativo no comércio de exportação, possibilitando uma divisão
natural da população escrava. A demanda interna africana era por mulheres e crianças,
enquanto para o comércio europeu, homens era a maioria.

O crescimento do tráfico transatlântico expôs a
África Centro-Ocidental a uma influência essencialmente nova. Povos ao longo da
costa Atlântica experimentaram mudanças fundamentais em sua organização social,
reorientando a escravidão para padrões bem diferentes do que existia
anteriormente, acompanhado de um aumento interno na utilização de escravos.

O abastecimento desse intenso tráfico, para as
Américas, foi realizado principalmente pelas regiões: área de Angola e do Congo
(até quase o final do século XIX); Costa dos Escravos (Golfo de Benin, do final
do século XVII até Século XIX); Costa do Ouro (do início do século XVIII até o
seu final); baía de Biafra (centralizado no delta do Níger e do rio Cross).
Outras regiões tiveram menor participação em épocas diversas como: do rio
Bandana; costa perto do planalto de Futa Jalom; portos próximos onde agora
ficam Morávia e Freetown; e a região da Senegâmbia com conexão com o interior
muçulmano.

O crescimento desse tráfico, não poderia ter
ocorrido sem um aumento simultâneo da capacidade de escravizar pessoas e da
intensificação da violência. Essa situação era resolvida pela separação da
infra-estrutura comercial, que permitia a movimentação de escravos dentro e
fora da África; e das instituições de escravização, que estavam associadas à
fragmentação política. Assim, o mercado escravo e a escravização
institucionalizada, formavam o cenário para a expansão da escravidão na África.
No princípio do século XIX, o tráfico de escravos, tinha adquirido proporções
gigantescas. O que levou a ser visto como a primeira das modernas migrações
mundiais com características específicas por ser baseada na escravidão e
possuir uma complexa organização.

Mesmo aceitando que a escravidão existia na
África antes da difusão do islamismo, é inegável que se constituía em um
aspecto marginal as estruturas sociais. O que leva a afirmar que, a influência
do islamismo e do comércio europeu interagindo com o ambiente nativo, afectaram
a dinâmica da escravidão, provocando o surgimento de sociedades escravocratas,
o que equivale dizer que a escravidão transformou-se em uma instituição
fundamental.

O LEGADO DA ESCRAVIDÃO

Na África, o resultado do sistema
esclavagista foi devastador. Comunidades que antes conviviam pacificamente se
militarizaram e travaram guerras infindáveis. Enquanto durou a escravidão, os
escravos, assim "produzidos", eram vendidos em feiras e exportados.
Depois, os antagonismos étnicos entre os capturados e os captores se
acentuaram, de forma que mesmo após a retirada dos últimos colonizadores, já no
final do século XX, as guerras continuaram ocorrendo.

Houve mais interferências externas.
O empresário inglês Cecil Rhodes, por exemplo, investiu largamente em
mineração, e fundou o estado da Rhodésia, depois dividido em Rhodésia do sul e
Rhodésia do norte, hoje Zâmbia e Zimbábue. Queria formar um império inglês.

Mais tarde, o problema foi
agravado, e generalizado, pelo fato de a África ter sido dividida em países
artificiais, forjados pela régua dos burocratas da Organização das Nações
Unidas (ONU) após a Segunda Guerra Mundial. Sem levar em conta a cultura local,
a ONU subjugou ao tacão de líderes não reconhecidos como tal, povos com
hábitos, idiomas e economias diversas.

Outras circunstâncias contribuíram
para que a África chegasse ao século XXI como o continente mais pobre, injusto
e desigual do planeta. Uma delas foi a introdução de mercadorias estrangeiras,
ainda no tempo colonial, que provocou a ruína do sistema de produção local.

Em Angola, o sistema do sobado
entrou em decadência com a implantação de plantações. Outros centros comerciais
próximos ao Rio Kwanza, como o Dongo, passaram a comercializar borracha, cera,
café, amendoim e outros produtos demandados pelos europeus – em detrimento da
produção de bens de subsistência essenciais para a população. O resultado dessa
história milenar de exploração e injustiça são as guerras civis e a extrema pobreza em que o
continente se encontra até aos dias actuais.

Inicio da abolição do tráfico de escravo

Durante mais de três séculos se processou o
tráfico de cerca de 8,3 milhões de escravos, na sua maioria para
o Novo Mundo, fornecendo a mão-de-obra necessária às grandes plantações do
Brasil. Por volta de 1807, Inglaterra decreta a ilegalização deste comércio,
fruto de algumas pressões que contestam a ilegitimidade desta actividade e que
se tornará no palco de disputa política entre Portugal e a Grã-Bretanha.

Na verdade, aquando da declaração de
independência do Brasil, em 1822, as medidas de coacção contra o tráfico de
escravos cingiam-se somente ao disposto no Tratado Anglo-Português de 1810 que
limitava este tráfico à Costa da Mina e às possessões portuguesas em África e
ainda à Convenção de 1815 que o declarava ilegal a norte da linha equatorial.
Todavia, estas medidas não foram suficientes para diminuir ou mesmo extinguir
as inúmeras embarcações que anualmente cruzavam o Atlântico, desenvolvendo o
comércio da escravatura.
 

Dificuldades na abolição do tráfico de
escravos nas colónias portuguesas
 

Para podermos perceber os motivos que
dificultam a abolição do tráfico de escravos ao longo deste tempo e após várias
tentativas impostas pelos diversos tratados e convenções a ele subjacentes, é
necessário compreendermos as alterações que este tipo de comércio provoca na
sociedade que o pratica. Na verdade, as colónias portuguesas há muito
habituadas a esta actividade viviam deste comércio fácil e muito lucrativo, não
desenvolvendo outras actividades que pudessem beneficiar a sua terra.

Desde os governadores das colónias aos mais
altos funcionários, passando ainda pelos administradores das alfândegas e,
obviamente pelos negreiros, todos lucravam com este negócio obscuro e desumano,
dificultando assim a abolição desta prática. Prova disso, é o Tratado
Anglo-Brasileiro de Novembro de 1826 que proíbe o comércio de negros aos
súbditos brasileiros três anos depois das ratificações, precisamente a partir
de Março de 1830. Porém, desengane-se quem julgue que seria o fim do tráfico
negreiro, uma vez que nos anos que antecedem a entrada em vigor deste tratado,
esta actividade recrudesce e fornece à história números elevadíssimos de
exportação de negros para o Brasil.

A partir de 1830, o tráfico de escravos
diminui significativamente e por esta altura começam as lamentações dos
governadores coloniais, que exigem a alteração do quadro legislativo de forma a
controlarem o estado de depressão em que se encontravam as colónias
portuguesas. Rapidamente encontraram uma solução e, por volta de 1835 a
actividade já se encontrara reorganizada e adaptada ao tratado de 1826,
entrando aqui a conivência expressa das autoridades brasileiras que agiam
descaradamente, contribuindo assim para a continuação deste comércio que muito
interessava ao Brasil, pois era uma forma de colmatar a falta de braços negros
para as plantações neste país.



Para Portugal, colocar um ponto final no
tráfico negreiro significava assumir responsabilidades sem qualquer garantia de
cumprimento, sendo que uma delas respeita ao controlo ou fiscalização que teria
de fazer para evitar por completo esta actividade e a outra à sublevação que
provocaria nas suas colónias africanas, pois como já foi referido estas
sociedades lucravam muito com este tipo de comércio. Assim, a questão da
abolição do tráfico de escravos tornava-se dia após dia mais complicada e pouco
decisiva, uma vez que para os estadistas portugueses a supressão total deste
comércio colocaria em causa imperativos mais fortes nas possessões africanas.

Mas esta situação alterou-se com as posições,
embora divergentes, de duas personalidades de peso na política portuguesa da
época, o duque de Palmela e o visconde de Sá da Bandeira. Porém, o projecto
levado a cabo por Palmela com vista à negociação de uma nova convenção com
Inglaterra cai por terra juntamente com a queda do governo a que este
pertencia. Com o visconde Sá da Bandeira a abolição do tráfico negreiro parece
ganhar agora ênfase, sobretudo através do decreto de 10 de Dezembro de 1836 que
põe fim à exportação de negros das possessões portuguesas em África.
 

Dando oportunidade à proposta de diploma
legal apresentada por si à Câmara dos Pares em 26 de Março de 1836, Sá da
bandeira realça um projecto de carácter essencialmente colonial, pois na sua
opinião África poderia substituir o antigo império brasileiro em todas as suas
vertentes. Na verdade, tudo deveria passar por uma fase de investimento,
implantação de indústrias que desenvolvessem as culturas facilmente produzidas
nas terras férteis daquelas possessões, exploração árdua das ricas minas de
ouro, ferro, pedras preciosas e outros metais e ainda novas colonizações.
 

Mas para que o sucesso deste projecto pudesse
sobressair era necessário reter a mão-de-obra existente em África, abolir por
completo o tráfico de escravos por mar e aplicar as multas e castigos
necessários aos respectivos traficantes. E é assim que o decreto será
promulgado, com vista ao desenvolvimento do projecto colonial em África e à
criação de um novo império neste continente, quiçá, bem mais interessante e
lucrativo que o Brasil.













Causas e consequências do trafico de escravo
em Angola


Em Angola, a escravatura desencadeou uma gigantesca movimentação de populações. É de salientar as perniciosas consequências sociais e económicas deste tráfico que
privou as populações dos seus membros mais vigorosos e dinâmicos, paralisou o
desenvolvimento da actividade produtiva. A procura dum refúgio seguro e a
instabilidade verificada entre as populações causou diversos movimentos
migratórios a uma escala variável com o tempo e o lugar. Foi, além disso, a
maior migração forçada intercontinental de sempre. Tornaram-se destrutivos os
efeitos dum círculo vicioso de trocas comerciais, armas de fogo por escravos, e
escravos por armas de fogo que seriam usadas na captura de mais escravos e,
assim por diante, indefinidamente. Muitos povos ocupam os seus actuais territórios
em consequência das deslocações provocadas pelo tráfico de escravos.
Desapareceram dos povoados os indivíduos mais jovens, mais vigorosos e sãos.
 

Tratando-se de
populações essencialmente agrícolas, a produção e a acumulação de bens
alimentares mergulharam num caos generalizado, que destruiu o processo
produtivo. O tráfico de escravos instalou a guerra entre as tribos e a
violência no interior das próprias tribos. Os chefes do litoral passaram a ver
os seus súbditos como uma mercadoria e a guerrearem-se uns aos outros para
venderem os seus compatriotas.
 


































CONCLUSÃO

Ao concluir esta pesquisa sobre a escravatura e o tráfico
de escravo em Angola, foi possível verificar a importância do mesmo, para
entender toda a dinâmica do processo de escravização e do tráfico de escravos,
responsável pela diáspora dos negros africanos.

O objectivo da pesquisa que se caracterizou pela análise da
escravidão no país angolano, resultou em novos e significativos conhecimentos
sobre a temática, e, espera-se que o mesmo possa contribuir para o
aprimoramento do trabalho docente.

Ao final, espera-se que esta pesquisa, proporcione novos
questionamentos, a serem analisados, contribuindo dessa maneira, para o
estabelecimento de uma relação étnico-racial mais harmoniosa, na construção de
uma sociedade mais justa e igualitária.
























BIBLIOGRAFIA







História Geral da África - Volume V: África do século XVI ao XVII

LOVEJOY, Paul E. A Escravidão na África. Uma história e suas
transformações
, tradução Regina Bhering e Luiz Guilherme Chaves, Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 2002

SILVA, Alberto da
Costa – Os estudos de história
da África e sua importância para o Brasil, A dimensão atlântica da África, II
Reunião Internacional de História da África
, São Paulo, CEA-USP/SDG-Marinha/CAPES,
1997, pp 203–219.

SOUZA, Francisco Félix de. Mercador de Escravos, Rio de
Janeiro, Nova Fronteira: Ed. UERJ, 2004


Revisão Anatomica do Aparelho Respiratório






REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO




ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM MÉDICO CIRÚRGICO




TUBERCULOSE





Grupo nº 02
Classe: 12ª
Sala: 16
Período: Tarde
Curso: Enfermagem


O DOCENTE

__________________________
KIFUANDO LÁZARO










BENGO/2018















Lista dos Integrantes


1.     Américo Miranda João............................................................... Nº 07
2.     Ana Paula Luís Kassambe........................................................ .Nº 08
3.     André José Abílio ...................................................................... Nº 09
4.     André Vieira Manuel................................................................. Nº 10
5.     Ângela David Fumuassuca........................................................ Nº 11
6.     Angelina Cuvala Rodrigues........................................................ Nº 12





























Agradecimento


Agradecemos primeiramente a Deus todo poderoso, por ter nos dado a força para a elaboração deste trabalho. Agradecemos ao nosso professor Kifuando Lázaro, por nos ter dado o tema e que continue a nos inculcar conhecimentos para que sejamos excelentes técnicos de Enfermagem.

































Dedicatória

Dedicamos este trabalho a Deus todo poderoso, porque sem ele nada somos. E seguida dedicamos ao nosso professor da disciplina de Assistência de Enfermagem Médico Cirúrgico, professor Kifuando Lázaro, que tem tido a paciência de transmitir-nos conhecimentos, que Deus o proteja sempre, especialmente a nossa família pelo apoio moral e financeiro que nos têm dado. Nosso muito obrigado.














ÍNDICE



2.Revisão anatomica do sistema respiratorio.........................................................................2
2.1. Função.................................................................................................................................3
9.1. Exame clinico..............................................................................................­­­­­.......................13
9.2. Exames complementares..................................................................................................14
10. Tratamento..........................................................................................................................15
11. Doenças relacionadas........................................................................................................16
12. Complicações......................................................................................................................17
13. Factos de riscos..................................................................................................................18
14. Prevenção............................................................................................................................19
15. Cuidados de enfermagem..................................................................................................20
   16. Conclusão............................................................................................................................21














Introdução
A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, a sua ocorrência está direitamente associada a forma como se organizam os processos de produção e reproduçao social. Os processos de produção e reprodução relacionam-se ao modo de viver e o trabalho da pessoa (Gandhi, 2006).
Em 1993 a OMS declarou a tuberculose uma emergência mundial. O programa nacional de controlo da TB foi criado em 1981.


































2. Revisão Anatomica do Aparelho Respiratório
                   2.1. Função


O sistema respiratório é responsavel pela entrada do ar que contem o oxigénio e pela eliminação do gás carbónico resultante do metabolismo celular. Ou, tem como função facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, asegurando permanente concentração de oxigénio no sangue, necessário para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbónico.
2.2. Descrição

Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratório superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.

As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.

Nariz

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externa e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.

Faringe

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.A faringe é dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.


Laringe

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebras cervicais.A Laringe tem três Funções:
1º-Atua como passagem para o ar durante a respiração;
2º-Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);
3º-Impede que o alimento e objetos estranhos não entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia).

Traqueia

A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.

Brônquios

Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

Os pulmões

Os pulmões são órgãos esponjosos e elásticos formados por milhões de alvéolos que se enchem de ar. Têm aproximadamente 25 cm de comprimento e 700 g de peso. O pulmão direito é maior em largura que o esquerdo, por apresentartrês lóbulos (o esquerdo tem dois), mas é mais curto em altura, pois no lado direito o fígado está presente, fazendo com que o diafragma fique mais elevado.
 No pulmão esquerdo há uma incisura cardíaca (cavidade para o coração). Ainda que os  órgãos do trato respiratório superior conduzem o ar, são os pulmões que realizam as funções mais importante.Por isso vamos detalhar um pouco mais a anatomia e fsiologia desses dois orgãos.
Exteriormente os pulmões são revestidos por uma menbrana dupla chamada pleura, cuja função principal é proteger os pulmões. A pleura possui dois folhetos parietais (fica em contacto com as costelas e com os musculos intercostas) e o vesical (fica em contacto direito com os pulmões). Os pulmões são formados por milhões de pequenas estruturas em forma de saco chamado de alvéolos. (MercildaBartmann, pag.188)

Função do Pulmão

A principal finalidade dos pulmões é fornecer ao nosso sangue oxigênio, que é transportado para as células do corpo. Os demais órgãos respiratóriostêm a função de encaminhar o ar aos pulmões, é nos mesmos que ocorre conversão do sangue venoso (sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono) em sangue arterial (sangue rico em oxigénio).
O sistema respiratório pode ser acometido por uma série de doenças, e muitas delas necessitam somente de tratamento clínico. Aqui abordaremos sobre a tuberculose pulmonar.

3. Conceito

A palavra tuberculose é de origem latina (tubercum), diminuitivo de tuber, que segnifica tumor, referindo-se aos nódulos que a doençca causa no pulmão (Conde, 2006).  
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa aguda ou crónica que se caracteriza,por infiltrados pulmonares e formação de glanulomas com caseação, fibrosa e cavitação (E.M. cirurgico 4º edição. Editora Guardabara Koogan. pg.684).

Segundo Margoto (2006), a tuberculose é uma doença provocada por uma bacteria chamada Mycobacterium Tuberculosis ou basilo de koch,descoberta em 1882 por um investigador alemão de nome Robert Koch. Este basilo pode atingir qualquer órgão ou sistema, mas o órgão por excelência é o pulmão.

                                       4. Classificação.               

Existem basicamente dois tipos de tuberculoseque são extraspulmonares e pulmonares (Coutinho 2012).

4.1. Tuberculoses pulmonares

Ø  Tuberculose pleuriasia: este tipo de infecção conduz ao rompimento do granuloma no espaço pleural. A quebra faz com que o fluido pará de entrar neste  espaço e comprir os pulmões.

Ø  Tuberculose pneomonia ou primária:este é uma forma rara da tubeculosealtamente contagiosa, e quase como pneomonia em sua aprensentação e sintomas. Pessoas com problemas ou sistema imunologico fraco são mais susceptiveis de serem infectadas por esta doença. As crianças, idosos e imunocomprometidos com infecções como VIH/SIDA, etc., são mais senciveis a esta doença.

Ø  Tuberculose miliar: esta forma ocorre em um periodo muito curto de contrair infecção primária. Não é facil diagnosticar e pode tirar raios – X do peito repetitida vezes.
O primeiro sinal fisico desta condição é o aparecimento de pequenos nodulos nos pulmões.

Ø  Tuberculose cavitarios: uma forma altamente contagiosa da tuberculose, a bacteria tem a capacidade de causar serios danos aos lobos superiores dos pulmões atraves da formação de grande cavidade internas.

Ø  Tuberculose da laringe: este tipo é geralmente considerado como uma complicação de tuberculose pulmonar.A infecção afecta principalmente a lanrige e / ou da área das cordas vocais. Se não tratada, pode levar á danos permanentes para as cordas vocais e pode causar um paciente infectado pela vida, sem palavras.



Segundo dadoss da OMS (2006), nove milhões de pessoas contrairam a bactéria causadoura da tuberculose em 2013. Dessas 1,5 milhão morreram em decorrência da doença, sendo que aproximadamente 95% dessas mortes ocorreram em países menos desenvolvidos.  Embora, actualmente, esta doença tenha tratamento, ainda mata anualmente,milhões de pessoas, principalmente na África e no Sudeste Asiático.

Com controle feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações de saúde, e com tratamentos cada vez mais eficazes para doenças imunes, o número de casos no mundo vem caindo consideravelmente em todos os continentes. O local com mais casos é o sudeste asiático, com 34%, seguido da África, com 30% dos casos, e da ilhas do Pacífico, com 21%. Na Europa, ocorrem apenas 4,5% e, nas Américas, apenas 2,9%.
Em Angola a tuberculose constitui um problema de saúde pública que tem merecido uma especial atenção por parte do governo. Anualmente são resistrado mais de 2000 novos casos de tuberculose com baciloscopia positiva, ela representa uma das principais causas de obito em jovens, adultos.A pobreza as deslocações internas de milhares de pessoas por causa da guerra e epidemia da infecção por VIH, dificulta o controlo da tuberculose (Luisa 2015).

A tuberculose no geral é causada por uma bacteria denominada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose.
 São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti(Lima 2011).


A transmissão, principalmente respiratória, ocorre quando são inaladas as partículas, sob a forma de aerossóis, que contém o bacilo, e que se encontram no meio ambiente. Isto é verificado quando ocorre contacto íntimo e prolongado da pessoa doente com aquelas que convivem no mesmo domicílio ou no trabalho e estas últimas são denominadas comunicantes.

A transmissão da tuberculose é direita, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoa é o principal factor de transmissão. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro factor que baixe a imunidade também favorece o estabelecimento da tuberculose. (Campos et  all. 2000).
7.Fisiopatologia

A inoculação pelo bacilo pode resultar em dois processos. Infecção lactente assintomática e doença ativa. Dependendo da população,entre10% a 30% dos inoculados progridem diretamente para a doença ativa.Entre tanto a inoculação pelo bacilo de Koch resulta em uma infecção lactente assintomática. Inicia-se com uma reação inflamatória aguda e inespecífica, formando um pequeno foco de broncopneumonia (Jaime Pina 2000).
Evolui então para uma reação granulomatosa especifico (2-4 semanas). Evolui para cura por fibrose e classificação, sendo que nem todos os bacilos são destruídos podendo permanecer viáveis por décadas. Cerca de 80% dos casos da tuberculose evoluem como doença pulmonar. Os pacientes podem permanecer saudáveis, poranos, porém ,em alguns poderá haver uma reativação tardia de vestígios de lesões da infecção primaria, especialmente nos pacientes que  apresentam uma depressão imunológico, como nos idosos enfermos e individuo imunocomprometidos (Jaime Pina 2000).


8.Quadro clínico

O quadro clínico da tuberculose depende do orgao acometido. No caso da tuberculose do aparelho respiratorio e muito diversa, dependendo da extensão das lesões, da sua localisação e da propria reação do hospedeiro. Embora algumas sintomatologias clínica sejasugestiva desta entidade, pode igualmente aparecer noutras doenças (Conde,2009). Alguns pacientes não exibem nenhum indicio da tuberculose, outras apresentam sintomas aparentemente simples que são ignoradas durante algum tempo. Contudo na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentes são.

Febre de aproximadamente 37,5ºc, perda de peso progressiva, falta de apetite, suor noturno, cansanço, mal-estar geral, tosse seca continua no inicio (depois com presença de secreção por mais de 4 semanas), apatia e palidez.Os casos graves apresentam dispineia, perda de grande quantidade de sangue , colapso do pulmão, dor toracica.
9. Diagnóstico

Para ser diagnosticada a tuberculose são necessários exames clínicos e complementares.
9.1. Exame clínico

O exame clínico incluem anamnese e exame fisico (percursão, inspecção eauscultação). O exame clínico com anamnese é utilizado para avaliar o estudo geral do individuo suspeito, os sintomas, história e epidemiologia. Quando o pacienteé bem conduzido, já resulta no diagnostico sem a necessidade de outros exames (Breta e Gamas 2006).

9.2. Exames Complementares (Laboratorial e Imagiologico)

Actualmente os exames complementar mais utilizada na investigação diagnostica são.

Ø  Baciloscopia: permite a confirmação do diagnostico. É o mais empregado em função da sua simplicidade, rapidez e baixo custo. A pesquisa de bacilos alcóol- ácido resistente no exame após a coloração pela técnica de Ziehl Neelson é o exame mais difundido e de fácil acesso. A baciloscopia pode ser identificada como um exame semi-quantitativo ou bioagente, sendo indicada para todos os sintomas e para o controlo mensal da evolução bacteriologica do doente durante o tratamento. (Breta e Gama, 2006).

Ø  Exame radiologico: método de diagnostico complementar bastante utilizado. Nas formas extrapulmonares, o exame radiologico tem grande importância, pois facilita a colheita de exames em locais de dificil acesso. A radiografia do torax passa a ter um expressivo papel diagnostico diferencial de forma atípica ou de outras pneomopatia.Exame permite diagnosticar,medir a extenção da lesão e avaliar a evolução da lesão.

Ø  Exame histopatologico: meio de diagnostico que pode ser empregado na investigação das formas extrapulmonares. Algumas lesões que geralmente se apresentam como um granuloma,geralmente com necrose caseificação e infiltrados pulmonares histiocitário.



Ø  Prova tuberculina: não destingue o individuo doente do infectado. Em áreas onde a vacina BCG é feita rotineiramente, seu valor é maior em pessoas não vacinadas com BCG.

Ø  Cultura para microbacterias:é o método mais sencivel e especifico capaz de detectar entre 10 á 100 baciolos,o mais utilizado no brazil é o meio de Lowestein- Jensen.

10. Tratamento

A tuberculose é uma doença grave, porém tem cura. O tratamento é a peça chave no controlo tuberculose, porque garante a interrupção da cadeia de transmissão e anula o foco de infecção, sendo gratuito no sistema único de saúde (MINSA, 2010).

O tratamento da tuberculose é feito em duas fazesque são:

·         Fase intensiva:

Rifampicina, Izoniazida, Pirazinamida, Etambutol, (nos dois primeiros meses). Nesta fase deve ser utilizada a forma (quatro em um, ou seja, quatro medicamento em um só comprimido).O  número de comprimido vria segundo o peso do pacente.

·         Fase de manutenção:
Rifampicina e Isoniazida (por quatro meses). O comprimido deve ser tomado em jejum, uma hora antes do café da manha (mata bicho) ou 2 horas após. Há esquemas especias nos casos de intolerância aos medicamentos, ou no caso de hepatotoxicidade, de hipersensibilidade ou de resistência ás drogas. (Alexandre, em 2010).


O paciente deve entender, que os dois objectivos do tratamento da tuberculose consiste em enterromper a transmissão da doença, tornando o paciente não infeccioso e impedir sãs morbilidade e mortalidade curando o paciente (Brunner e Suddarth, 2008).



11. Doenças relacionadas:

.Bronco pneumonia
.HIV
.Menengite
.Málaria
.Anemia
.Pneumonia



12.Complicações


A tuberculose pode causar: Lesão difusa dos tecidos pulmonares com inflamação e necrose tissunal, dispineia (insificiência respiratória), fistulas bronco pleurais que pode formar-se devido a lesão nos tecidos pulmonares. Resultante em pneumotorax, a doença também causa hemorragia (derrame pleural), pneumonia, convulsões, contratura muscular, diarreia e vomitos. Pequenos focos de microbacterias podem infectar outros órgãos do corpo incluindo-se os rins e os sistemas nervosos centrais e músculo esquelético. (Nery & Pinto, 2008).

Os principais factores de riscos são:

.Idade
.Acóolismo
.Tabagisno
.Económico
.Ambientais
.Socias

14.  Prevenção

A prevenção da doença se torna eficaz a partir da imunização massiva da população. Por isso, o próprio Ministério da Saúde aconselha que logo após o nascimento os bebês já sejam vacinados contra a doença. A vacina BCG é essencial principalmente em indivíduos debilitados, como bebês prematuros ou com o vírus HIV (transmitido através do parto).

Apesar disso, outras recomendações podem ser importantes na hora de evitar a doença, como evitar ambientes fechados e sem a circulação necessária do ar, evitar colocar as mãos nos olhos, nariz ou boca quando elas não estiverem higienizadas.

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.

Indivíduos que não receberam a vacina BCG nos primeiros anos de vida devem realizar o teste PPD (também conhecido como Mantoux) para evitar um possível contato com a bactéria. Quando esse teste não apresenta nenhum tipo de reação, significa que a vacinação contra a tuberculose nunca foi realizada.


15.Cuidados de Enfermagem

A assistência prestada ao paciente por parte da Enfermagem é focada na terapêutica medicamentosa. Entretanto, o profissional de saúde deve destacar outras ações de enfermagem na consulta que também são essenciais para a qualidade de vida do paciente, na perspectiva holística do cuidado.

Nesse sentido, destaca-se a atenção especial às questões quanto a alimentação, prática de actividade física, hábitos saudáveis no tocante ao uso de drogas (álcool, tabaco) e informes gerais acerca da patologia no tocante esclarecimentos sobre a mesma, transmissão, prevenção e associação ao HIV, em especial, no tocante aos oferecimentos da realização da sorologia.

Segundo os autores de referência como Boucher at all, (2008); Bulechk e Dochterman, (2010) referem que as intervenções de enfermagem devem basear-se nas seguintes acções:

·         A observação dos sinais de insuficiência respiratória, tais como na perfusão perifericos esforço respiratório;
·         Uso de equipamentos de protecção, principalmente mascaras N95 ou bico de pato;
·         Administração correcta de antibióticos terapia e atenção para a sua saturação de O2 através de oximentro e gasomentria arterial;
·         Verificação das tomadas de medicamentos (todos os dias em jejum);
·         Verificação dos sinais de alteração hepática (icterícia, por exemplo) ou outros sinais de intolerância aos medicamentos (vómitos, dor abdominal);
·         Isolamento repsiratório por 15 dias;
·         Diga ao cliente para usar mascara quando sair do quarto;
·         Monitore o estado respiratório do cliente.


Considerações Finais

Em suma, a tuberculose é uma patologia infecto-contagiosa que atinge o parênquima pulmonar. Seu agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis, conhecido como Bacilo de Koch. O período de incubação varia de 4 a 12 meses após a infecção inicial. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa de forma direta pelo ar, fala espirro ou tosse.

O presente estudo aponta diversos factores correlacionados às actuações da Enfermagem, com papel protagonista no destaque da promoção de cuidados diretos a pacientes com Tuberculose. O profissional de Enfermagem tem sua importância na assistência ao paciente portador de Tuberculose, pois é ele que conquista maior vínculo com o cliente, ao acolhê-lo na unidade de saúde aumentando assim a adesão ao tratamento.

























Referências Bibliográficas

Enfermagem médico cirúrgico 4 º edição, (alguns colaboradores: Mary Ann Boucher, Linda F. O. Connor, Ken W, Edmisson , Mónica Narvaez Ramires e Mercida Bartmano.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o controle da tuberculose. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica.pdf. Acesso em: 01 ago 2010.

Fonte: Assessoria Médica Fleury